Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o técnico Thiago Carpini começou com suas invenções. Na realidade, o esquema tático colocado por ele em campo contra o Mirassol não foi uma novidade, uma invenção plena, mas cópia perfeita do esquema montado por Rogerio Ceni no Campeonato Paulista do ano passado.
Ants da partida iniciar, eu e meu amigo Edson Lapolla conversávamos: ele achando que o Diego Costa seria lateral e eu que o esquema seria 3-5-2, com Wellington Rato como ala direito. Eu acertei, mas durou pouco. Rato não conseguiu fazer o vai e vem (precisava de um Uber para isso) e Galoppo acabou, em certos momentos, virando assistente de lateral.
Depois virou um não sei o que. Começou com 3-5-2, virou 3-4-3 e outros mais.
Mas como um esquema desses pode dar certo? Você tem um “ala” pela direita, que é canhoto; depois você tem um quarteto no meio de campo, com dois volantes, um meia e um lateral esquerdo. E tem mais um jogando pela esquerda (Ferreira). Ou seja: time capenga.
Se ele queria jogar com três zagueiros, nos moldes tradicionais, não seria mais fácil ter tirado Wellington Rato (ou Ferreira) e entrado com Igor Vinicius? Ah, ele quis poupar Igor Vinicius. Então por que levou Igor Felisberto para lá, se não servia para nada?
Esperei ansiosamente pela explicação de Carpini no pós jogo, mas ela não veio. Na realidade, a brilhante imprensa presente não insistiu na pergunta para elucidar. Ele, na primeira indagação, tergiversou, falou do desgaste físico nessa início de temporada, de precisar rodar o elenco, mas não convenceu a mim.
Se é para poupar, por que não Wellington? Poderia ter entrado com três zagueiros, Igor Vinicius e Patryck como alas e vida que segue. Afinal, Wellington também jogou contra o Santo Andre.
Foi invenção e pronto. E não gostei. Não fico cornetando técnico no início, mas erros deste tamanho precisam ser criticados. Além do mais, Carpini tem que entender que é técnico do São Paulo, não mais do Água Santa ou do Juventude. Até porque na coletiva ele disse que vai observar a Portuguesa para ver como montar o São Paulo.
Pera aí, cara pálida. É a Portuguesa quem tem que estudar o São Paulo, não o contrário. O time grande é o Tricolor.
Destaco Galoppo que está ganhando essa posição. Rende mais do que Luciano. E, se mantiver o ritmo, colocará James Rodrigues no banco. Aliás, se James um dia for relacionado.
O empate fora não foi ruim. O Mirassol é um bom time. O que me incomodou mesmo foi o esquema tático. Por isso digo que começamos mal essa caminhada com Carpini.