Ano novo, vida nova. Nova?

Viramos o ano e continuamos renovando nossa esperança. 2020 foi um ano completamente diferente, com temporada inacabada e esperança de título à nossa frente.

Mas não podemos esquecer que deixamos o ano que se findou com uma eliminação patética para o Mirassol dentro do Morumbi; outra para o ridículo Talleres, pela Sul-Americana; ficamos fora da Libertadores na fase de grupos, onde estavam River Plate (provável campeão deste ano), LDU e Binacional. Não contentes, fomos ainda eliminados, mais uma vez, pelo Grêmio, dentro do Morumbi.

Mas, como dizemos entre amigos, longe dos adversários, para quem começou o ano rezando para disputar ao menos uma vaga para a Libertadores do próximo ano (2021) e estamos perto de conquistar o Brasileiro, então saímos no lucro.

Na política, finalmente terminou a era Leco. Foram cinco anos de endividamento, venda de promessas, contratações erradas, luta contra o rebaixamento e um grande vácuo de títulos. Ele, no balanço que fez na posse de Júlio Casares, disse que entregou um clube arrumado. Só se for nas dívidas. Mas como cada um fala o que quer, somos obrigados a ouvir. Só ouvir, não aceitar.

E Júlio Casares? Bem, muitos dizem que será a sequência da gestão Leco, que foi continuidade da gestão Carlos Miguel Aidar, que foi sequência da gestão Juvenal Juvêncio. Se for assim, estamos fadados à falência completa.

Não quero acreditar nessa possibilidade. Espero por uma gestão de mente arejada, de vanguarda, que devolva o São Paulo ao lugar de onde nunca deveria ter saído.

Aparentemente, repito, aparentemente, a distribuição política para pagar custos da eleição não estará presente. Até agora tenho visto profissionais de mercado sendo contratados para os respectivos cargos. Se bem que no segundo escalão, a política continua predominando. Mas são fatos que não se pode impedir que aconteçam.

Só me causa apreensão algumas pessoas que rodeiam Júlio Casares. Aliás, me causa arrepio. E constato que o início não foi nada bom. Um vídeo que está correndo nas redes sociais, da esposa de um conselheiro fazendo um teatrinho ridículo no final da cerimônia de posse do novo presidente, no púlpito do Conselho Deliberativo, me levanta o ar da desconfiança de quão séria vai ser esta gestão.

Que Deus ajude todos que estão juntos pelo São Paulo.

7 comentários em “Ano novo, vida nova. Nova?

  1. Não espero nada de cartolas & conselheiros.
    É a turminha do bem, nunca do mal, já foi o tempo de
    gente que lutava pelo time, hoje a luta é por outros motivos.
    Os exemplos são gigantes, tanto na cartolaiada quanto nos politiqueiros.
    Só não ve que não quer.

  2. Leco elegeu seu sucessor, uma vez que Casares é um antigo aliado e são do mesmo grupo político (grupo Participação). Politicamente é uma gestão de continuísmo.

    Casares era vice presidente de Carlos Miguel Aidar, que foi o sucessor escolhido por Juvenal Juvêncio. Junto com Casares voltam outros então vice presidentes de CMA. O mesmo grupo se mantém no “poder” há quase 20 anos.

    A gestão CMA, lembremos, foi marcada por temas controversos e ainda não esclarecidos. Temas que alguns desejam que permaneçam em “perpétuo silêncio”.

    Como torcedor torço muito para que o time volte a ser vencedor, começando com a conquista deste Brasileiro. e que o clube tenha uma administração austera. Como analista das coisas do SPFC tenho preocupação em como a política poderá impactar na gestão.

    Aguardemos.

  3. “Se queremos que tudo continue como está, é preciso que tudo mude.” – Giuseppe di Lampedusa

    Júlio Casares não inspira confiança. Assim como Leco, sempre atuou nos bastidores a fim de viabilizar sua estadia na
    presidência do clube. Esteve ao lado de todos os dirigentes que levaram o São Paulo à situação em que se encontra, com 600 milhões em dívidas e um jejum de títulos desesperador.

    Pra começar o mandato, segundo o Uol, transformou o gerente de orçamento em diretor financeiro!! Era a melhor pessoa? A dívida não subiu com a gestão dele? E o tal Eduardo Toni no marketing? Seria uma retribuição de “favores”, como alguns sugerem? Espero estar errado. Que Casares deixe a vaidade de lado e faça jus à história do São Paulo, Do contrário, ficará marcado apenas como o “cachorrinho da Iraci”.

  4. Paulo! Feliz 2021 pra vc e a seus familiares. Sempre leio e gosto de sua coluna. Quanto a Júlio Casares, tenho uma enorme desconfiança, descrédito mesmo, mas pelo bem do São Paulo, espero queimar minha língua.

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