Tricolor aumenta número de passes e desarmes, mas sofre contra retrancas

Durante o intenso trabalho realizado nos Estados Unidos durante a pausa do Campeonato Brasileiro e nos treinos realizados no CT da Barra Funda, Muricy Ramalho diagnosticou o que faltava para o São Paulo crescer de rendimento dentro de campo: marcação forte na saída de bola do adversário e valorização da posse. A ordem era não dar chance ao rival, mantendo-se com a bola, e, quando não estivesse com ela, evitar contra-ataques.

Os números mostram que a equipe evoluiu como o treinador queria. Antes da parada, o São Paulo tinha uma média de 276 passes certos e 19 desarmes por partida. Nos jogos contra Bahia e Chapecoense, a média subiu para 344 passes e 24 desarmes. Só que a irregularidade continua sendo a maior característica. O mesmo time que encantou em Salvador, com ótimo futebol mostrado principalmente no primeiro tempo, deixou o torcedor irritado no último sábado, no Morumbi.

Diante da Chapecoense, dois números chamaram a atenção. O Tricolor teve 69% da posse da bola e deu 458 passes certos. No entanto, não conseguiu furar a marcação adversária. Ao se analisar os jogos da equipe no campeonato nacional, percebe-se que o segundo jogo com maior número de toques foi contra o Coritiba (376), no Pacaembu, no qual o script foi praticamente o mesmo: rival retrancado e falta de criatividade. Curiosamente, nos dois jogos, o esquema foi o mesmo: 4-2-3-1, com dois homens abertos pelas pontas.

Paulo Henrique Ganso São Paulo e Chapecoense morumbi (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Com Ganso bem marcado, São Paulo foi presa fácil diante do Chapecoense (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

No sábado, com Maicon e Paulo Henrique Ganso, os homens que fazem o time sair para o jogo, bem marcados, a equipe foi presa fácil para a marcação adversária. Na coletiva, Muricy reconheceu a jornada infeliz.

– Prevíamos dificuldades, o adversário não deixaria espaço. Não encaixamos o jogo. Tivemos oportunidades, mas não muito claras. Parecia que jogaria até amanhã e não faria o gol. Eles vieram para uma bola. Foi o que aconteceu. O São Paulo não teve clareza. Um jogo que mudou demais em relação ao outro. É difícil explicar. Não soubemos furar a retranca – lamentou.

O próximo encontro entre o Tricolor e as retrancas já tem data marcada: 2 de agosto, contra o Criciúma, novamente no Cícero Pompeu de Toledo. E nessa data, estará em campo a peça que poderá resolver os problemas de Muricy: Kaká. Com a entrada do camisa 8, o treinador será obrigado a modificar o esquema tático. Um dos atacantes (Ademilson ou Osvaldo) terá de sair para a entrada do meio-campista que, ao lado de Paulo Henrique Ganso, poderá dar a qualidade que o time precisa para abrir os ferrolhos adversários.

Fonte: Globo Esporte

Um comentário em “Tricolor aumenta número de passes e desarmes, mas sofre contra retrancas

  1. Com boa vontade, é muito fácil explicar!
    80% desses passes certos foram trocados entre o goleiro, os zagueiros, e os volantes e completamente inúteis, já que para trás e de lado. Às vezes os meias ajudavam neste trabalho sem utilidade.
    Gostaria de ver o SP trocando menos passes, mais mais objetivamente. Estou nada preocupado com a tal posse de bola; o máximo que ela pode fazer pelo time é segurar um empate.
    Mas o Murici gosta . . .

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