São Paulo sofre gols em cinco dos seis jogos após a paralisação

O sistema defensivo do São Paulo é um dos principais pontos a serem resolvidos na equipe comandada por Fernando Diniz para o duelo deste domingo, às 19h, contra o Sport, na Ilha do Retiro, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.

Dos seis jogos disputados após a pausa do futebol, o time foi vazado em cinco. A única partida na qual o São Paulo passou ileso depois da paralisação foi diante do Fortaleza, pelo Brasileirão: vitória por 1 a 0. Nesse período, foram 10 gols sofridos em seis jogos (antes, foram 9 sofridos em 12).

Pressionado no cargo, Fernando Diniz treinou no último sábado o time titular do São Paulo com quatro mudanças, sendo duas justamente na defesa: saíram Bruno Alves e Arboleda, entraram Diego Costa e Léo, lateral improvisado.

A escalação foi a seguinte: Tiago Volpi; Igor Vinícius, Diego Costa, Léo Pelé e Reinaldo; Tchê Tchê, Gabriel Sara e Daniel Alves; Vitor Bueno, Pablo e Luciano.

Diego Costa e Léo nunca atuaram juntos em uma partida, embora Léo tenha treinado como zagueiro nas atividades fechadas no CT da Barra Funda, por vezes fazendo dupla com o próprio Diego.

A facilidade com que o São Paulo vem sofrendo os gols liga um sinal de alerta para um time que tinha como seu ponto forte justamente a defesa entrosada com Bruno Alves e Arboleda. Os dois formavam ao lado de Tiago Volpi o setor mais elogiado do time em 2019, o que mudou em 2020.

Nas partidas contra o Vasco (derrota por 2 a 1) e Bahia (empate por 1 a 1), pelo Brasileirão, porém, as falhas custaram caro para o São Paulo, que deixou de somar pontos importantes e aumentou ainda mais a necessidade de uma resposta rápida ao seu torcedor.

Diante do Vasco, os dois gols sofridos foram falhas do sistema defensivo como um todo. O primeiro, em bola parada, teve uma falha de Liziero e Juanfran. Os dois não se comunicaram e a confusão fez com que Germán Cano ficasse livre para marcar.

No segundo gol, Paulinho Bóia tentou um drible no meio de campo, perdeu a bola e a defesa não estava preparada. Resultado: contra-ataque e uma indefinição do sistema defensivo. Um buraco apareceu entre os zagueiros e Cano, mais uma vez, ampliou.

Contra o Bahia, o pênalti cometido por Igor Vinicius aconteceu após uma falha de Arboleda, que se atrapalhou na marcação de Gilberto e deixou o centroavante fazer o pivô para Rodriguinho. Nessa, Volpi salvou

No gol do clube baiano, porém, o goleiro não teve o que fazer. Reinaldo e Bruno Alves não perceberam a passagem de Rossi nas costas de ambos, e o jogador ficou cara a cara com Volpi para abrir o placar.

Os detalhes minam um São Paulo que vem sofrendo com a falta de confiança no ataque e a desatenção na defesa. Fernando Diniz tem sido alvo de protestos da torcida e sofre forte pressão, mas sua permanência foi bancada por Raí.

Na sexta-feira, o próprio Raí se reuniu com a comissão técnica de Fernando Diniz para fazer uma avaliação do trabalho, corrigir erros e buscar uma reação. Eles também assistiram novamente ao jogo contra o Bahia.

No São Paulo, a avaliação é de que o time precisava de mudanças no time para reagir após o futebol ruim apresentado contra o Bahia.

Embora tenha havido surpresa pelas trocas na zaga de Bruno Alves e Arboleda por Diego Costa e Léo no treino de sábado, isso não é uma novidade para o treinador. No Audax de 2016, a defesa atuou em algumas partidas com jogadores de outras posições.

No São Paulo de Fernando Diniz, Léo entrou como zagueiro no segundo tempo diante do Bahia e Reinaldo também fez a função em outras ocasiões, o que era uma prévia dessa mudança. Por tudo isso, quem conhece o treinador de perto enxerga nessa formação um time “com a sua cara”.

Em três jogos no Brasileirão, o Tricolor soma quatro pontos dos nove possíveis. São três gols marcados e três gols sofridos. No ano, a equipe soma 28 gols marcados e 19 sofridos.

 

Fonte: Globo Esporte

 

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