São Paulo começa o ano com ‘capitães’ em todos os setores do campo

– Precisamos ter mais vozes, não só uma solitária.

A frase acima foi dita em Cotia, mas na pré-temporada do ano passado por Emerson Leão, ex-treinador. Um ano passou e muita coisa mudou, inclusive o técnico. Em 2013, o São Paulo começará a temporada com jogadores, em todos os setores do time, que já foram capitães.

Rogério Ceni era a voz solitária dita por Leão, que saiu sem deixar saudades. O goleiro, dono da braçadeira, é o principal líder do elenco e assim será até a sua aposentadoria, que pode acontecer no fim deste ano.

Luis Fabiano e Denilson estavam no grupo um ano atrás, mas se familiarizaram com a condição de líder durante a temporada passada. O camisa 01 ficou todo o primeiro semestre se recuperando de uma cirurgia no ombro direito e abriu espaço para outros usarem a faixa.

Rhodolfo também foi um deles, mas seu novo companheiro de zaga tem uma experiência difícil de ser comparada. Lúcio, 34 anos, “só” foi o capitão da Seleção Brasileira na última Copa do Mundo, em 2010, na África do Sul.

– Eu acho que com o Lúcio nós ganhamos, além da qualidade técnica,  mais um líder no grupo. Essa liderança pode ser exercida sem usar a braçadeira de capitão. Ele tem um currículo vitorioso, com muitos títulos. Tem o mesmo perfil do Rogério em termos de comunicação dentro de campo. Enxerga bem o jogo, entende a tática. Durante a partida, pode auxiliar muito, até mesmo o treinador dentro do jogo – comentou o técnico Ney Franco, sobre a presença do experiente zagueiro.

Com Rogério Ceni no gol, Lúcio na defesa, Denilson no meio e Luis Fabiano no ataque, Ney tem seus quatro “capitães” para ajudá-lo dentro de campo. Se a equipe ainda não estará pronta tática e fisicamente, a liderança do quarteto pode ser decisiva para superar o Bolívar e colocar o Tricolor na fase de grupos da Copa Libertadores da América.

Os quatro ‘capitães’

Rogério Ceni – Um dos vários recordes que Rogério Ceni tem no São Paulo é o de ser o atleta que mais vezes foi capitão da equipe na história do clube. O Mito usou a braçadeira 807 vezes em toda a sua carreira, sendo que ele entrou em campo 1050 vezes. Assumiu a condição de capitão da equipe no ano de 2001. Na despedida de Romário da Seleção Brasileira, em 2005, Rogério Ceni entrou na segunda etapa e também usou a braçadeira de capitão.

Denilson – O volante foi capitão pela primeira vez de uma equipe profissional no ano passado. A chance surgiu contra o Coritiba, no Morumbi, e ele repetiu a dose em outras duas oportunidades pelo Tricolor. Pelas seleções de base, Denilson também usou a braçadeira algumas vezes.

Lúcio – Se a Seleção Brasileira não tivesse fracassado nas quartas de final, diante da Holanda, e conquistasse o hexacampeonato mundial, Lúcio seria o responsável pela honraria de erguer o troféu da Copa do Mundo, em 2010, na África do Sul. Ele assumiu a faixa em 2006, com a chegada de Dunga e a saída de Cafu.

Luis Fabiano – Ele foi o jogador que mais usou a braçadeira no ano passado, quando Rogério Ceni estava se recuperando da cirurgia no ombro direito. Com isso, até o momento, Fabuloso foi o responsável por representar o time no sorteio da arbitragem antes das partidas, 27 vezes com a camisa são-paulina. O atacante poderia ter um número maior de participações como capitão, mas teve a faixa tirada por Emerson Leão, em março do ano passado. No entanto, o treinador voltou atrás no jogo seguinte.

Fonte: Lance

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