São Paulo chega a 26 eliminações em mata-matas na década

Tido como favorito no confronto, o São Paulo perdeu por 3 a 2 para o Mirassol, quarta-feira, no Morumbi, e disse adeus ao Campeonato Paulista.

Uma zebra se compararmos elencos e investimentos, mas um resultado até certo ponto comum no histórico nem tão recente do Tricolor. Desde 2011, o clube foi eliminado 26 vezes em mata-matas. Nove delas no Morumbi.

Veja a lista completa:

2011

  • Santos (semifinal do Paulistão)
  • Libertad-PAR (oitavas da Copa Sul-Americana)
  • Avaí (quartas da Copa do Brasil)

2012

  • Santos (semifinal do Paulistão)
  • Coritiba (semifinal da Copa do Brasil)

2013

  • Corinthians (semifinal do Paulistão)
  • Atlético-MG (oitavas da Copa Libertadores)
  • Ponte Preta (semifinal da Copa Sul-Americana)

2014

  • Penapolense (quartas do Paulistão)
  • Bragantino (terceira fase da Copa do Brasil)
  • Atlético Nacional (semifinal da Copa Sul-Americana)

2015

  • Santos (semifinal do Paulistão)
  • Santos (semifinal da Copa do Brasil)
  • Cruzeiro (oitavas da Libertadores)

2016

  • Audax (quartas do Paulistão)
  • Juventude (oitavas da Copa do Brasil)
  • Atlético Nacional (semifinal da Libertadores)

2017

  • Corinthians (semifinal do Paulistão)
  • Defensa y Justicia-ARG (primeira fase da Copa Sul-Americana)
  • Cruzeiro (quartas da Copa do Brasil)

2018

  • Corinthians (semifinal do Paulistão)
  • Athletico (quartas da Copa do Brasil)
  • Colón-ARG (segunda fase da Copa Sul-Americana)

2019

  • Talleres-ARG (segunda fase da Libertadores)
  • Bahia (oitavas da Copa do Brasil)

2020

  • Mirassol (quartas do Paulistão)

Se dominou o futebol brasileiro na primeira década dos anos 2000, quando foi tricampeão nacional, venceu a Libertadores e o Mundial, nos dez anos seguintes o São Paulo ficou longe das taças. O time venceu a Copa Sul-Americana de 2012, chegou a uma semifinal da Libertadores (2016) e a uma final do Paulistão (2019). E só.

Além da distância dos títulos, o São Paulo passou a contabilizar quedas diante de rivais de menor expressão. No Paulistão, o clube teve eliminações para Penapolense, Audax e Mirassol. Na Copa do Brasil, ficou pelo caminho contra Avaí, Juventude e Bragantino.

Zé Roberto festeja um dos dois gols marcados diante do São Paulo — Foto: Fernando Roberto / Ag. Futpress / Mirassol

Zé Roberto festeja um dos dois gols marcados diante do São Paulo — Foto: Fernando Roberto / Ag. Futpress / Mirassol

Os vexames também chegaram aos torneios internacionais, como nas eliminações para Defensa y Justicia e Talleres, ambos da Argentina, na Sul-Americana 2017 e na Libertadores 2019, respectivamente.

Em 2018, disse adeus à Copa Sul-Americana diante do também argentino (e também pequeno) Colón. Já em 2013, foi vítima de uma equipe brasileira, a Ponte Preta, nas semifinais do mesmo torneio.

O São Paulo também foi vítima dos principais rivais do país. Das 26 eliminações, dez foram contra clubes considerados grandes: Santos (quatro vezes), Corinthians (três), Cruzeiro (duas) e Atlético-MG (uma). Há eliminação ainda para Coritiba, Bahia e Athletico.

Pressão volta a aparecer

A eliminação no Paulistão contra o Mirassol faz o trabalho do técnico Fernando Diniz ser questionado no clube. O departamento de futebol não pensa na saída do treinador neste momento.

A demissão, portanto, só poderia partir do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. A cinco meses do fim do mandato, uma mudança geral na comissão e no comando do departamento é vista como improvável.

Resta agora ao São Paulo se concentrar na estreia no Brasileirão, dia 9 de agosto, contra o Goiás, às 16h, fora de casa. Pela Libertadores, o Tricolor volta a jogar em 17 de setembro, diante do River Plate, às 19h, no Morumbi.

Relembre eliminações recentes do São Paulo:

Talleres (Libertadores de 2019)

Pela primeira fase da Libertadores, aquele mata-mata antes da fase de grupos, o São Paulo foi derrotado pelo Talleres na Argentina por 2 a 0 no jogo de ida. Na volta, empate sem gols no Morumbi e o maior vexame do time na Libertadores, torneio que venceu três vezes. A derrota custou o emprego do técnico André Jardine.

Colón (Sul-Americana de 2018)

Contra outro time de pouca tradição da Argentina, o São Paulo foi derrotado em casa por 1 a 0 no jogo de ida da segunda fase da Sul-Americana. Na volta, devolveu o placar, mas não conseguiu bater o rival nos pênaltis.

Defensa y Justicia (Sul-Americana de 2017)

Outro time pequeno da Argentina, outra eliminação. Essa com o ídolo Rogério Ceni, que iniciava a carreira de treinador, no banco. O São Paulo empatou sem gols na Argentina e precisava de uma vitória simples para avançar na primeira fase da Sul-Americana. Em casa, empate por 1 a 1 e classificação dos visitantes. Era maio, e o São Paulo já colecionava três eliminações na temporada (Paulista, Copa do Brasil e Sul-Americana).

Audax (Paulista de 2016)

A eliminação contra o Audax foi dolorida. O São Paulo não só foi eliminado, como foi goleado pela equipe de Osasco, na época dirigida pelo atual técnico tricolor, Fernando Diniz. Em Osasco, o São Paulo foi atropelado por 4 a 1 pela equipe que só seria derrotada na final, pelo Santos.

Penapolense (Paulista de 2014)

A Penapolense jogava a primeira divisão do Paulista pela segunda vez e chegou às quartas de final do torneio. No Morumbi, conseguiu se segurar nos 90 minutos em um empate sem gols e levou a definição do semifinalista para os pênaltis. Nas cobranças, acertou todos e viu o jovem Rodrigo Caio desperdiçar. O São Paulo estava fora do estadual.

Bragantino (Copa do Brasil de 2014)

Depois de perder o primeiro jogo por 2 a 0, o São Paulo contava com a força do Morumbi para virar a disputa pela terceira fase da Copa do Brasil. Mas, dentro de campo, aconteceu o oposto. O Massa Bruta dominou o jogo, fez 3 a 1 e ficou com a vaga.

Fonte: Globo Esporte

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