A crise política do São Paulo, agravada na última segunda-feira com a destituição de Juvenal Juvêncio da diretoria de futebol de base, abriu ainda mais caminho para a oposição crescer no clube. Principalmente baseada em Marco Aurélio Cunha.
Ex-superintendente de futebol e ex-genro de Juvenal, o médico e vereador está afastado da diretoria do clube desde janeiro de 2011. Agora, surge como a principal força da virada política nos bastidores.
Há quem diga que Marco é o favorito de Carlos Miguel Aidar para assumir o posto deixado por Juvenal no CFA Laudo Natel, em Cotia. O médico, no entanto, não deve aceitar o cargo a princípio.
Rompido com Juvenal, Marco Aurélio Cunha acharia desnecessário aumentar a tensão com o ex-sogro ao aceitar o cargo em Cotia. Isso, porém, não impede que o médico volte a atuar na diretoria do São Paulo. Mas o retorno ao clube só poderia ser concretizado após o dia 5 de outubro, quando Marco concorrerá à vaga de deputado estadual.
Além de Juvenal, a estrutura política de Cotia sofreu mais duas baixas: José Geraldo de Oliveira e Marcos Tadeu, homens de confiança do ex-presidente. Já no Morumbi, foi o vice-presidente geral, Roberto Natel, quem deixou o cargo, mas por solidariedade ao parceiro político.
Juvenal não se calou. Em entrevista ao UOL, o ex-mandatário acusou Aidar de estar com os neurônios machucados devido a tratamento de beleza e de planejar três demissões.
– Ele está querendo demitir o Muricy no fim do ano, o Gustavo (Oliveira, gerente-executivo), o Milton Cruz (coordenador técnico) – atacou.
A informação foi prontamente negada por pessoas próximas a Aidar. Elas tratam as acusações como um contra-ataque desesperado de Juvenal Juvêncio pela retomada do poder. E esperam por muito mais.
Fonte: Lance