Renascimento no Brasileiro e eliminações: volta de Muricy completa um ano

Muricy Ramalho completa nesta terça-feira um ano de sua volta ao São Paulo e continua praticamente o mesmo Muricy de sempre. Ranzinza, ácido com os jornalistas, repetindo jargões com um toque folclórico. Já o clube, desde nove de setembro do ano passado, quando apostou na volta do treinador para se livrar da queda no Brasileiro, mudou consideravalmente. E muito disso por causa de Muricy.

Após salvar o clube da queda com rodadas de antecedência, Muricy começou a modificar o modo de se planejar. Tudo no futebol teria de passar por ele. A autonomia foi dada pela diretoria e as buscas ficaram criteriosas. Não dava para errar tanto.

Todas contratações desse ano tiveram seu crivo e o balanço é positivo. Alvaro Pereira, Souza, Kaká, Pato e Alan Kardec são titulares. Michel Bastos chegou há pouco, mas já tem jogado com frequência. O resultado já pode ser visto. Após a última rodada, o São Paulo é o vice-líder do Nacional, sete pontos atrás do líder Cruzeiro, faltando um turno inteiro pela frente.

Muricy virou o marco da mudança confiando em poucas pessoas. O coordenador técnico Milton Cruz é sempre consultado e um dos únicos de quem aceita conselhos. Já o gerente Gustavo Oliveira tem a confiança para atuar no mercado e consegue os resultados que agradam.

Ele mantém uma política de minimização de gastos e tem sido bem-sucedido. A única contratação com valor considerável foi a de Alan Kardec, quando pagou R$ 15 milhões ao Benfica para tirá-lo do rival Palmeiras. Mas lembrando que foi o cartão de visita da nova gestão do presidente Carlos Miguel Aidar.

Por outro lado, Muricy já coleciona três eliminações para clubes menores: Ponte Preta (Sul-Americana do ano passado), Penapolense (Paulistão deste ano) e Bragantino (Copa do Brasil deste ano). O assunto o desagrada, mas ele sabe que o título Brasileiro é a resposta ideal.

CRISE FINANCEIRA PREOCUPA O TREINADOR

Muricy encontrou um São Paulo esfacelado dentro de campo, conseguiu devolver a competitividade, mas não impediu uma crise financeira vivida principalmente agora.

A situação é tão grave que, pela primeira vez, após três passagens pelo clube, o treinador se deparou com o problema de atraso de salário, inclusive o próprio e de membros da comissão técnica, além de pendências no direito de imagem dos atletas.

Pensando nisso, o treinador já usou de sua autoridade no clube para não desperdiçar recursos. Ele preferiu um contrato até o fim do ano para o volante Hudson ao invés de três anos, como proposto inicialmente. Com avaliação prévia, a diretoria reduz as chances de falhar no investimento, que poderá ser feito da mesma forma ao término do ano.

Pessoas do clube relatam outras transferências em que o treinador manteve essa preocupação. Agora mesmo, o clube busca um lateral-direito para suprir as ausências de Douglas e Paulo Miranda, lesionado, mas o treinador já avisou que não vai arriscar e que só virá um jogador após passar por análise minuciosa. Terá de valer o investimento.


Fonte: Lance

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