Próximo de miniférias, São Paulo procura ainda padrão tático

Ora sem meias, ora sem atacantes, Ney Franco ainda não achou a formação ofensiva ideal para o São Paulo neste começo de Campeonato Brasileiro. Apesar da segunda colocação na tabela, o treinador tem procurado encaixar a escalação durante as próprias partidas, com substituições no intervalo e na etapa final.

Foi assim nos dois últimos jogos no Morumbi. Contra o Vasco, as entradas de Maicon e Aloísio nos lugares de Roni e Silvinho surtiram efeito, e o time saiu de empate para uma goleada por 5 a 1. Já diante do Goiás, quando Paulo Henrique Ganso e Maicon começaram entre os titulares, Ney Franco, na tentativa de virar o jogo, deixou o desenho tático bastante confuso.

“Realmente, a equipe terminou o jogo de forma descaracterizada em alguns setores, mas muito em função de tentar sufocar o adversário lá na frente. Quis colocar a força máxima ofensiva, infelizmente a bola não entrou”, disse o comandante, após a derrota por 1 a 0, justificando as substituições de Rodrigo Caio, Juan e Maicon por Aloísio, Silvinho e Caramelo respectivamente.

Se Jadson não tivesse sido convocado para a Seleção Brasileira, o São Paulo continuaria atuando com dois meias e Osvaldo e Luis Fabiano à frente. Como Ganso agora é o único armador de fato à disposição, Ney Franco tem ficado em dúvida para armar o time, abdicando algumas vezes do losango para retornar ao esquema com dois pontas e um centroavante.

O próximo compromisso será apenas na quarta-feira que vem, contra o Grêmio, em Porto Alegre. Depois disso, o elenco vai ganhar dez dias das férias devidas pelo início adiantado de temporada, em função da fase preliminar da Libertadores, voltando às atividades somente na quarta semana de junho. No meio da semana seguinte, enfrentará o Corinthians, pelo jogo de ida da Recopa Sul-americana.

“Essa parada (depois das miniférias) vai ser boa para o elenco todo. A gente vai poder melhorar ainda mais fisicamente, se entrosar ainda mais. Taticamente, só vai melhorar. Espero que a gente possa fazer isso bem e, ao voltar, ficar no ponto mais alto do Brasileiro”, opina Ganso, que, após um mês em recuperação de lesão na coxa esquerda, voltou na quarta-feira.

Ao final da partida, ele ouviu Luis Fabiano reclamar que a bola havia chegado pouco. “Acho que até chegou, mas um pouco mais rebatida. Tinha muito jogador do Goiás atrás. Em algumas horas, tinha dez jogadores deles dentro da área. Por isso é que ficou difícil”, minimizou o camisa 8.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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