Pássaro rechaça “cabo de guerra” e explica acordo de redução salarial

Um dos assuntos mais comentados em relação ao São Paulo durante a paralisação do futebol por conta do coronavírus foi o acordo entre diretoria e elenco para a redução de salários. Com as dificuldades financeiras causadas pela falta de dinheiro entrando nos cofres do clube, o Tricolor buscou uma maneira de amenizar o impacto da crise.

O gerente-executivo de futebol do clube do Morumbi, Alexandre Pássaro, explicou que a diretoria evitou costurar um acordo com os jogadores durante o isolamento, já que a comunicação foi prejudicada pela ausência de contato presencial. O dirigente ainda comentou que, após o reinício dos treinamentos, foi necessário conversar com todos os jogadores, já que cada um possui um modelo de contrato distinto.

“A gente teve uma conversa com alguns líderes, para tentar estabelecer um acordo, mas, naquele momento, eles preferiram não fazer, porque não sabíamos quanto tempo iria demorar. Eu mesmo achei que seria coisa de 45, 60 dias, mas acabou sendo muito mais do que isso. A partir do momento que a gente viu a dificuldade do tratamento online, das pessoas estarem todas juntas e um só falar por vez, a gente combinou que assim que todos voltassem, falaríamos”, afirmou Pássaro em entrevista por live aos jornalistas Arnaldo Ribeiro e Eduardo Tironi.

“Eles voltaram de fato no dia primeiro de julho. Apesar de termos começado a treinar no dia 23 de junho, eram grupos separados, cinco atletas por campo, então a gente não conseguia ter todo mundo. A partir do dia 4, 5 de julho, nós começamos a conversar com eles, mas uma coisa bem tranquila, começando a entender cada um. Hoje nosso grupo tem 32 atletas, cada um tem sua realidade. Um acabou de renovar, o outro quer renovar, outro veio da base, um tem mais valor na CLT, outro tem mais valor na imagem… É uma junção de interesses muito difícil de equacionar”, completou.

Pássaro conta que a estadia do elenco no CFA de Cotia, na última semana, foi fundamental para que as conversas sobre o acordo pudessem avançar. O gerente-executivo elogiou a compreensão dos jogadores, acrescentando que as duas partes devem chegar a um denominador comum em breve.

“Lá em Cotia, nós estávamos 24 horas por dia juntos. Foi um período muito importante, nós alinhamos muito bem as coisas. Não é uma questão que nos preocupa, nunca nos preocupou. Provavelmente na semana que vem nós vamos terminar de formatar esse acordo, que com certeza será muito bom para o São Paulo e para os jogadores”, disse Pássaro.

“Mas o que eu quero ressaltar aqui é a confiança dos jogadores na diretoria, sabendo que estávamos fazendo o melhor. Às vezes parece que tem um cabo de guerra, no qual a diretoria puxa para um lado e o elenco puxa para o outro. Com muito trabalho, nós colocamos que estávamos puxando para o mesmo lado, para o São Paulo”, finalizou.

O São Paulo se prepara para retornar aos gramados depois de mais de quatro meses sem disputar uma partida oficial. O reinício será contra o Red Bull Bragantino, no Morumbi, na próxima quinta-feira, às 20h, pela penúltima rodada do Campeonato Paulista.

Fonte: Gazeta Esportiva

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