Metade dos atletas usados pelo São Paulo em 2020 veio da base do clube

Antes da paralisação do futebol nacional e internacional por conta da pandemia de coronavírus, o São Paulo teve praticamente dois meses de competições oficiais. Nesse período, o clube completou 12 jogos entre Paulistão e Libertadores, e utilizou 30 jogadores para esses compromissos. Interessante notar que metade deles teve passagem pela base tricolor.

Vale lembrar que na 9ª rodada do Campeonato Paulista, o técnico Fernando Diniz optou pela utilização de um time todo alternativo para enfrentar o Botafogo-SP, pensando em poupar os jogadores titulares que tiveram uma desgastante viagem para a altitude de Juliaca, no Peru, onde foram derrotados pelo Binacional, por 2 a 1, pela estreia na fase de grupos da Libertadores.

Naquele dia, oito atletas provenientes da base foram titulares: Luan, Diego Costa, Liziero, Rodrigo Nestor, Shaylon, Fabinho, Toró e Brenner. Somente Tiago Volpi, Anderson Martins e Everton não tinham passagem por Cotia. Entre os reservas, Welington e Fasson entraram em campo e elevaram o número de pratas da casa para dez. O colombiano Tréllez completou o grupo dos “outros”.

Sem dúvidas, o duelo em Ribeirão Preto inflacionou a participação dos formados na base no elenco atual, porém isso comprova uma maior utilização dessa “mina de ouro” fornecida por Cotia. Foi uma das maneiras de fortalecer o elenco mesmo diante da dificuldade de contratar reforços na última janela, devido aos problemas financeiros do clube. Como prêmio, ganhou nomes importantes e vê o amadurecimento crescente de cada um no profissional.

Ao observar a participação de cada jogador durante este início de temporada, podemos notar que uma parte deles concentra maior número de jogos, o que indica uma espinha dorsal formada pelo trabalho de Fernando Diniz, mantido desde 2019, bem como a formatação do elenco. Na lista, 11 jogadores fizeram entre nove e 11 partidas oficiais, sendo que apenas Pablo e Hernanes não são titulares, mas estão entre aqueles que entram sempre na equipe.

Antony e Igor Gomes, formados em Cotia, possivelmente integrariam essa lista se não tivessem perdido alguns jogos do Tricolor no começo do ano enquanto estavam com a Seleção Brasileira sub-23, que conquistou vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Atualmente, ambos são figuras garantidas nos 11 inciais de Diniz e os únicos da base do clube com esse status neste momento.

Outros pratas da casa com participação relevante até aqui são Liziero e Toró, com sete e seis jogos respectivamente, e já estavam no elenco em 2019, permanecendo para este ano como opções para o treinador. Helinho, que começou a temporada com a titularidade, por conta da ausência de Antony, fez apenas duas partidas, acabou sofrendo uma lesão no tornozelo e não voltou.

O São Paulo paralisou as atividades do futebol profissional do clube por tempo indeterminado em decorrência da pandemia de coronavírus. Sob as orientações da comissão técnica e do departamento médico do Tricolor, o elenco tem se dividido entre atividades em casa e nas dependências do clube, todas elas individualizadas cumprindo os protocolos de prevenção.

Confira todos os jogadores utilizados pelo São Paulo em 2020:

Arboleda – 11 jogos
Daniel Alves – 11 jogos
Tchê Tchê – 11 jogos
Tiago Volpi – 11 jogos
Alexandre Pato – 11 jogos
Pablo – 11 jogos
Hernanes – 11 jogos (formado na base)
Reinaldo – 10 jogos
Bruno Alves – 10 jogos
Vitor Bueno – 10 jogos
Juanfran – 9 jogos
Liziero – 7 jogos (formado na base)
Igor Gomes – 6 jogos (formado na base)
Toró – 6 jogos (formado na base)
Everton – 5 jogos
Antony – 4 jogos (formado na base)
Brenner – 4 jogos (formado na base)
Igor Vinícius – 3 jogos
Anderson Martins – 2 jogos
Lucas Perri – 2 jogos (formado na base)
Helinho – 2 jogos (formado na base)
Luan – 2 jogos (formado na base)
Léo – 1 jogo
Rodrigo Nestor – 1 jogo (formado na base)
Shaylon – 1 jogo (formado na base)
Diego Costa – 1 jogo (formado na base)
Fabinho – 1 jogo (formado na base)
Tréllez – 1 jogo
Welington – 1 jogo (formado na base)
Fasson – 1 jogo (formado na base)

 

Fonte: Lance

Um comentário em “Metade dos atletas usados pelo São Paulo em 2020 veio da base do clube

  1. Poderia ser 100%.
    E a cada jogador vendido, subiria novos criando um ciclo.
    Assim faria sentido existir uma base.
    E os que estão lá hoje, saberia da importância e saberia que teriam chances.
    E os que passaram pela base, ajudariam e apoiariam os que viriam de lá, como já teriam feito parte um dia.

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