Em meio à pandemia, internet e irmão ajudam Walce com lesão

Walce rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo às vésperas da disputa do Torneio Pré-Olímpico. Titular na zaga da Seleção Brasileira sub-23, a jovem promessa do São Paulo viu seu sonho ir por água abaixo a poucos dias do início da competição na Colômbia e agora vem se recuperando de uma maneira um tanto quanto inusitada por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Tendo de se preservar por conta da covid-19, Walce vem concentrando seus esforços em Indaiatuba, onde reside sua família. Através de vídeochamadas e aplicativos, o zagueiro mantém contato com os fisioterapeutas do São Paulo e dispõe da ajuda de seu irmão Walber, estudante de fisioterapeuta que também aproveita para aprender com os profissionais tricolores.

“A gente está tendo contato online, por whatsapp e ligação de vídeo. Todos os dias pela manhã a gente recebe ligação de um fisioterapeuta que está diretamente conosco e recebemos todas as informações que eu receberia estando pessoalmente no CT. Está facilitando muito o trabalho, a questão de o meu irmão estudar fisioterapia facilita também, ele tem aprendido muito com o que estou passando e com os fisioterapeutas do CT”, afirmou Walce em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva.

O acompanhamento de Walber, inclusive, é visto como fundamental. “Talvez se ele não estivesse aqui, poderia atrasar meu tratamento. Graças a Deus, as coisas estão se encaixando, estamos conseguindo ter uma comunicação bem clara, e as coisas estão fluindo. Estou conseguindo evoluir e creio que, por mais que eu tenha dificuldades por tudo estar sendo online, à distância, a força de vontade, o querer, ter me ajudado a cada dia”, completou.

O zagueiro revelado pelas categorias da base do São Paulo rompeu o ligamento do joelho esquerdo no dia 12 de janeiro, quando a Seleção Brasileira sub-23, comandada por André Jardine, disputava um amistoso contra o Boavista na Granja Comary, em Teresópolis. Após passar por cirurgia, ficou definido que o prazo para seu retorno aos gramados seria de seis a oito meses, período em que Walce vem tendo de ser bastante paciente.

“Já foi uns 40% do processo, tem muita coisa ainda para fazer. Estou na luta para ganhar músculo novamente na perna, conseguir andar normal, como andava antes. Por enquanto, a briga é essa”, contou, reconhecendo as dificuldades físicas causadas pela grave lesão.

“Ainda ando mancando, com o joelho travado. Tenho que acordar cedo todos os dias para fazer um trabalho de mobilidade, treino de força. Meu irmão me ajuda soltando o músculo para eu andar normal. Eu diria que estou aprendendo a andar novamente”, concluiu.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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