Diretor financeiro do São Paulo freia empolgação com Cavani

Após Diego Lugano falar sobre a possibilidade de Edinson Cavani vestir a camisa do São Paulo no futuro, os torcedores do Tricolor foram à loucura nas redes sociais e passaram a criar expectativa pela contratação do jogador. O técnico Fernando Diniz e o atacante Pablo, inclusive, mostraram-se entusiastas da chegada do uruguaio. Contudo, o diretor executivo financeiro do clube, Elias Barquete Albarello, tratou de frear a empolgação dos são-paulinos.

Em entrevista à Rádio Transamérica, o dirigente explicou que a atual situação financeira do São Paulo não permite a realização de um grande investimento pela transferência atacante do Paris Saint-Germain, que tem contrato com o clube francês até junho deste ano.

“Não podemos fazer neste momento. Não há disponibilidade de recursos, evidentemente, pelo que estamos enfrentando. Não podemos imaginar uma irresponsabilidade de fazer uma contratação desse nível para um pagamento futuro. Não podemos mais trabalhar dessa forma. Até porque temos um orçamento aprovado pelo Conselho de Administração e Conselho Deliberativo, e esse orçamento precisa ser respeitado e cumprido. Respondendo objetivamente: entendo que isso não faz parte dos nossos planos pelo menos nos próximos meses”, declarou.

Elias Albarello afirmou que um jogador do porte de Cavani claramente teria espaço no elenco são-paulino, mas revelou que o Tricolor não planeja repetir uma operação como a de Daniel Alves, contratado em agosto do ano passado com um salário milionário.

“O São Paulo fez um movimento quase que inédito trazendo o Daniel Alves no meio do ano passado, coisa que não se imaginava, com um projeto que está em desenvolvimento, e sempre almeja evidentemente reforçar o elenco. No meu ponto de vista como torcedor o nosso elenco é de primeira grandeza. Não que evidentemente o Cavani não teria espaço ou qualquer outro. Lógico que sim. Mas não creio”, disse.

O dirigente ainda projetou um cenário de grande prejuízo financeiro por causa da pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, a perda de receita durante o período de paralisação das competições pode passar de 100 milhões de reais.

“No momento que estamos passando, falando de uma perda de receita de centenas de milhões de reais, de uma indefinição ainda de quando vai ter o retorno do futebol, de uma contratação desse nível. Então entendo que isso não deva ocorrer. Pelo menos aqui não tem nenhuma discussão interna na diretoria ou com presidente. É talvez um desejo, mas creio que dificilmente a gente conseguiria fazer isso no momento, até porque temos que ter responsabilidade com os recursos”, completou.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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