A Comissão Disciplinar do São Paulo está inovando. No roteiro ditatorial empregado pela atual diretoria, os membros deste conselho estão criando normas que ferem o escopo jurídico, com o único objetivo de desviar o foco das questões em atender interesses da diretoria, o que está causando perplexidade entre os sócios.

Se não é unânime essa perplexidade é porque as coisas acontecem entre quatro paredes e não chegam ao conhecimento dos associados. Só que agora o Tricolornaweb entrou na briga e vai demonstrar o que se passa por ali.

Não é estranho a ninguém, sejam sócios ou torcedores, que existe uma verdadeira “caça às bruxas” dentro do clube. Hoje, pensar diferentemente do que pensam Júlio Casares, Oltem Ayres de Abreu Filho e Dedé chega a ser um crime. Ou ao menos é tratado como tal.

Vejam o que aconteceu com uma sócia, cujo nome vou manter oculto por pedido dela. Mas fácil de ser identificada, por ser filha de um conselheiro que sofreu processos e sanções da atual diretoria, chegando a perder o direito de frrequentar as reuniões do Conselho Deliberativo, já que é conselheiro vitalício. Recentemente ele recuperou seus direitos.

Mas a sócia em questão foi levada à Comissão Disciplinar por supostamente ter ofendido um funcionário da Limpeza na Academia do Clube. A coordenadora da Academia, informada sobre o assunto, não tomou qualquer tipo de providência imediata. Porém ela passou o caso para o diretor da Academia que, por sua vez, encaminhou o caso para o diretor Geral Social, Antonio Donizette Gonçalves, o Dedé.

Foi aí que começaram os absurdos. Vendo o sobrenome da sócia, Dedé mandou representar imediatamente contra ela, não fazendo qualquer tipo de apuração preliminar. O relator da Comissão Disciplinar pegou a representação como uma peça do Ministério Público, aceitando sem fundamentar sua decisão. Ao invés do que seria óbvio, mandou a sócia, na audiência de instrução, apresentar provas e sua defesa.

A sócia pediu a presença de um advogado, coincidentemente, também, sócio do clube e de ideias opositoras à atual diretoria.

O advogado tentou mostrar que não havia nada que provasse o ato irregular da sócia, mas o relator não aceitou a defesa e continuou com o indiciamento. Diga-se de passagem, a propensa vítima foi ouvida pelo relator como testemunha, o que é um imenso absurdo. Mas as barbaridades não param por aqui.

As “testemunhas” relataram cada qual um dia para o cometimento da propensa transgressão, diferenciando da representação. Comunicaram que o fato foi feito em um local diferente também do relatado. Assim, as provas não concluíram ter a sócia transgredido. E um detalhe: não há filmagem alguma, seja por câmeras ou celulares.

O relator determinou prazo para alegações finais. O advogado as apresentou. Mas o relator, propenso a punir a sócia, apresentou uma prova nova: o registro de entrada da sócia no clube social, e não na academia. Algo absolutamente fora de contexto.

Dadas as ponderações do advogado, ele, percebam o ridículo, determinou que o caso voltasse para o início e que fossem colhidas novos depoimentos das testemunhas. Abusrdo total

O advogado foi muito firme, forte e categórico nas ponderações.

E aí vem o grande absurdo final: o relator impediu que o advogado continuasse prestando seus serviços à sócia, o tornou parte da ação como sócio e o colocou como indiciado também.

A ignorância destes senhores da Comissão Disciplinar, no afã de atender os anseios de Júlio Casares, Oltem Aires de Abreu e Dedé chega ao ponto de não entenderem que qualquer ato errado praticado por um advogado, existe uma Comissão de Ética na OAB que pode ser representada para apurar os abusos.

Sei que meu texto foi longo, mas quis expor para que todos saibam como anda a ditadura no São Paulo. E isso porque o NÃO venceu o SIM. Imaginem se tivesse ocorrido o contrário.

Pior: o tal Dedè anda fazendo reuniões pelo clube, falando dos próximos três anos de Júlio Casares. Ou seja: estão planejando novo golpe. Vai ficar feio de novo, porque o Tricolornaweb está atento. E vocês sabem que em briga que nós entramos, nunca perdemos. Não é Juvenal Juvêncio (in memoriam)? Não é Carlos Miguel Aidar? Não é Douglas Schwartzmann???

Paulo Pontes