Ceni agradece plano de Juvenal e diz que só interfere no lado motivacional

No Japão, Rogério Ceni ficou sabendo que Juvenal Juvêncio vê o goleiro como técnico do São Paulo no futuro e planeja até um plano de carreira ao atleta que irá se aposentar ao fim desta temporada. O capitão agradeceu as palavras do presidente e confirmou que nenhuma reunião formal aconteceu, mas que há conversas informais.

O camisa 01 evitou falar abertamente sobre o planejamento pessoal para 2014. Ceni está focado na final da Copa Suruga, que será disputada nesta quarta-feira, e na situação do time no Brasileirão.

– A gente sempre bate papo como sempre, mas fico superfeliz pela preocupação e pelo carinho. Mas no momento o que me preocupa é essa decisão de amanhã e a situação que a gente vive no Campeonato Brasileiro. Futuramente, não sabemos como será o dia de amanhã, mas agradeço todo o carinho e preocupação que o São Paulo tem e é recíproco pelo clube – afirmou.

Antigamente, Rogério dizia que não queria se tornar técnico um dia. Mas, ano passado, revelou a possibilidade e até visitou o Real Madrid e Barcelona, maiores clubes espanhóis e dois dos principais do mundo, para ganhar experiência.

Questionado sobre o porquê de, com o passar dos anos, mudar de ideia, o capitão são-paulino respondeu da seguinte forma:

– Na verdade, acho que na vida quando você deixa de ter interesse em aprender é quando, entre aspas, você morre. Então, eu procuro sempre aprender e adquirir novos conhecimentos. Independentemente da função que eu vá exercer, muito provavelmente eu devo exercer algo ligado ao futebol que é onde eu vivi praticamente toda minha vida profissional, acho que aprender nunca é demais. Eu vim conhecer clubes que são considerados os melhores do mundo, com treinadores e pessoas que são consideradas tops na área que trabalham. Para mim é prazeroso estar vivendo dentro do mundo do futebol e aprendendo com gente que tem mais conhecimento. Como trabalhar com o Paulo (Autuori) agora. Talvez as pessoas não o tenham como um Guardiola, um Mourinho, mas é um cara que tem muito a acrescentar, assim como grandes treinadores que tive ao longo da minha carreira no São Paulo.

Rogério Ceni também comentou a declaração do ex-companheiro Souza, que afirmou que o time fazia em campo o que o goleiro pedia, mesmo que fosse diferente do que o treinador havia orientado. O meia jogou no São Paulo de 2003 a 2008:

– Primeiro que o Souza é um grande amigo e parceiro que tenho, e ele é brincalhão, você sabe como é. A minha parte sempre foi e sempre é o lado motivacional, de dar a última palavra, de incentivo, de apoio, de querer ganhar o jogo, mas a parte tática e técnica sempre, não só do Muricy (Ramalho, técnico de 2006 a 2009), mas como de todos os outros treinadores, sempre foi dos treinadores mesmo. A minha parte cabe tentar naquele último momento dar uma injeção de ânimo aos companheiros. E o Souza, além de brincalhão, é um grande amigo, um dos maiores que tenho no futebol.

Nesta quarta feira, às 19h (7h de Brasília), Rogério entra em campo no Japão para enfrentar o Kashima Antlers, pela Copa Suruga. O São Paulo tem a chance de conquistar um título internacional oficial antes de retornar para o Brasileirão, competição em que está na zona de rebaixamento.

Fonte: Lance

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