A química que, dizem, une torcedores do São Paulo à Conmebol Libertadores parece causar efeito no atacante Jonathan Calleri. Quando ele entra em campo com a camisa tricolor para uma partida do torneio, a chance de marcar um gol é quase o dobro do que o normal.
Calleri disputa sua segunda Libertadores pelo São Paulo e, nesta quarta, contra o Botafogo, tentará igualar a campanha de 2016, quando o time disputou a semifinal – foi eliminado pelo Atlético Nacional, da Colômbia, semanas antes de o atacante se transferir para a Europa.
São 19 jogos até agora, com 13 gols marcados. A média é de 0,68 por partida. Esse número é 83% maior do que a média geral de Calleri no clube, de 0,37 (75 gols em 202 jogos).
A proporção é semelhante se considerados só os gols marcados neste ano. Pela Libertadores, são quatro em sete partidas, média de 0,57. Em 2024, tem 13 gols em 44 jogos (0,29).
Na Libertadores deste ano, Calleri marcou dois gols contra o Cobresal, em São Paulo e no Chile, um contra o Barcelona, em Guayaquil, e outro contra o Nacional-URU, na partida de volta das oitavas.
No duelo da semana passada, contra o Botafogo, no Rio de Janeiro, teve uma atuação apagada e desperdiçou a melhor chance do São Paulo no jogo – que terminou em 0 a 0.
Se marcar um gol na volta, quarta, no Morumbis, Calleri não só poderá ajudar o time a avançar às semifinais, mas vai também igualar Rogério Ceni e Luis Fabiano, os maiores artilheiros da equipe na Libertadores, com 14 gols.
Como o confronto de ida terminou empatado, quem vencer na quarta continua vivo na competição. Uma nova igualdade leva essa definição para os pênaltis.
Esse, também, perdeu aquele carisma que pregava: “toca no Calleri que é gol”!
Tá certo que o time não o ajuda a receber bolas dentro da área adversária e, quando ele tem que jogar, sair da área, é uma lástima: erra todos os passes tentados; não consegue passar por nenhum marcador, enfim, é jogador de apenas um toque dentro da área. E ponto!!!