Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a bola pune e mais uma vez, em apenas três dias, a situação se repetiu e perdemos dois jogos seguidos. Rogério Ceni havia falado após a derrota para o Santos, onde martelamos 45 minutos e não conseguimos chegar ao empate, que se errássemos contra o Flamengo tomaríamos três gols.
Longe de ter uma bola de cristal, anteviu o fato e tomamos, sim, três gols, não sem antes termos dominado, diria até amassado o Flamengo em sua área. Foi bola na trave, defesas gigantescas de Santos, bola para fora, chutes no corpo dos zagueiros cariocas. Enfim, uma avalanche, mas que se traduziu apenas em um gol. E os erros nos levaram a sofrer os três gols.
Rogério Ceni colocou o time em campo como se fôssemos pequenos. Não pelo fato de jogar com seis no meio de campo, três zagueiros e apenas Calleri à frente. Mas porque em nenhum momento, até sofrer o primeiro gol, o São Paulo quis jogar. Limitou-se à defesa e, com isso, atraiu o Flamengo para seu campo. Não seria ruim se tivéssemos contra-ataque. Mas um time acostumado a propor o jogo não treina saídas rápidas.
Eu falava na transmissão que não se traz o Flamengo para seu campo. Isso é pedir para tomar gol. E tomamos. Somente a partir daí é que Patrick se posicionou mais na frente, que Reinaldo e Igor Vinicius foram ao ataque e Igor Gomes…bem, esse não conta; e que Rodrigo Nestor passou a fazer um trio pelo lado esquerdo com Reinaldo e Patrick. As jogadas começaram a sair, tanto que Patrick meteu uma bola no travessão.
Rogério Ceni – os anjos soaram a corneta com força em seus ouvidos – tirou Igor Gomes e colocou Galoppo. É fato que foi trocar seis por meia dúzia, mas ao menos houve uma tentativa de mexer. E o time correspondeu, indo mais à frente.
Só que num erro de Pablo Maia o Flamengo saiu em contra-ataque e fez o segundo gol. Quando Rodrigo Nestor marcou nosso gol, até pensei que o campeonato não estava de todo perdido. Afinal, ganhar por um gol de diferença no Rio pode ser difícil, mas não impossível. Porém, veio o terceiro e o desinfetante foi colocado em nosso chopp.
Aos que como eu acreditam que a moeda possa cair em pé novamente, estamos juntos. Mas, pensando com a razão – e não com o coração -, a Copa do Brasil já era.
Alguns fatos que ficam aqui: será que os jogadores leram a carta da Independente? será que o Baby, presidente da Independente e amigo de Júlio Casares, vai fazer alguma carta criticando a diretoria? Será que alguém vai explicar os 26 milhões de reais investidos no Galoppo, cujo jogador nem a posição eu consegui até agora entender qual é?
E ficam as sugestões: se aparecer alguém com R$ 4 milhões para levar o Wellington embora, R$ 6 milhões para levar o Igor Gomes e R$ 6 milhões para levar o Rodrigo Nestor, coloquem numa caixa com uma fitinha para presente e deixem na porta do Morumbi que eu passo por lá e levo no meu carro até o aeroporto. O São Paulo não vai precisar nem gastar com combustível. Quanto ao Galoppo, providenciem a devolução evocando o Código do Consumidor, quando o produto entregue não correspondeu ao comprado.