O Sim venceu. Perdeu o São Paulo.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, Júlio Casares e Olten Ayres de Abreu poderão disputar a reeleição em 2023. Os sócios do São Paulo disseram sim (foram 973 a 627) e referendaram o golpe no estatuto.

Foi muito triste assistirmos o aliciamento involuntários dos sócios. Não estou aqui dizendo que os sócios se venderam, mas estou afirmando que sofreram uma lavagem cerebral para referendar a proposta. Júlio Casares e Olten Ayres de Abreu devem um caminhão de favores a Dedé e seus militantes. Afinal, foram mais de mil carteirinhas, diretor recebendo PIX na conta e outras coisas mais.

O São Paulo sai perdedor sim. Veremos o feudo que se apossou do clube criar ainda mais garras e levar nossa instituição para o fundo do poço, um poço muito maior do que imaginamos poder existir.

Regredimos definitivamente algumas décadas. Vamos olhar nossos rivais. Quando houve perpetuação de poder, ditadura implantada, Alberto Dualib e Mustafá Contursi levaram seus clubes à série B, afundaram suas instituições em dívidas e quase os deixaram falidos, com portas fechadas.

Foi preciso um choque de administração para que se recuperassem e hoje se tornassem naquilo que fomos outrora. Clubes com democracia, transparência, boa administração, enfim, tudo o que se quer e se pede no São Paulo. Não à tôa somos, hoje, o quinto clube de São Paulo, atrás, muuuuuuuuiiiiito atrás do Palmeiras e do Corinthians, e na rabeira de Santos e RB Bragantino.

O São Paulo, outrora digno de exemplo, administrações competentes, equilíbrio financeiro, transparência e democracia, hoje vive exatamente o oposto. Já provou desse veneno quando Juvenal Juvêncio fez exatamente a mesma coisa. Ficou por oito anos e arrasou o clube. Esportiva e financeiramente.

Júlio Casares e Olten Ayres de Abreu, devidamente alicerçados por Carlos Miguel Aidar, darão o mesmo entendimento. Vencida a reeleição, interpretarão que 2023 marcou o início da vigência do novo estatuto. Portanto, poderão concorrer a uma reeleição. É o projeto de nove anos. Aqueles 30 em três ficaram para trás. Serão 30 em nove. Só que, no dia em que eles saírem da presidência, não sei se teremos mãos para juntar os cacos que se espalharão.

Triste São Paulo, um clube que um dia foi exemplo de grandeza, hoje é exemplo de pequenice, de ditadura, enfim, de tudo de ruim que possa ser dito.

O futuro dirá. Esse editorial ficará guardado, assim como tudo o que faço no site o fica. Um dia voltarei com ele para mostrar que a incompetência e o desejo de poder sem fim se apoderaram do nosso clube.

As razões de insistirmos no NÃO e afirmarmos que o Sim é golpe!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, chegamos, de novo, num dia triste, mas que pode se transformar em alegre para o são-paulino. Triste porque, de novo, estão tentando dar um golpe no estatuto. Alegre porque o NÃO pode ganhar e, assim como em janeiro, quando poucos acreditavam, saímos vitoriosos.

Mas creio ter que explicar as razões da minha defesa enfática do NÃO e de minhas afirmativas de se tratar de um golpe.

Imaginemos que neste sábado, enquanto os sócios votam o NÃO no São Paulo, a Conmebol reúna seus dirigentes e emita uma decisão, dando conta que o campeão da Sul-Americana deste ano, em jogo que será disputado no próximo sábado, não terá acesso à Libertadores do próximo ano. Certamente Júlio Casares, Olten Ayres de Abreu e toda a coletividade são-paulina gritarão: é golpe!

Imaginemos, por exemplo, que a CBF decida que quem está em décimo-terceiro lugar nesta rodada do Brasileiro vai receber uma punição por conta dos maus resultados e perderá 20 pontos. Naturalmente Júlio Casares, Olten Ayres de Abreu e toda a coletividade são-paulina gritarão: é golpe!

Imaginem se o Congresso Nacional se reunir terça-feira que vem e decidir que não existe mais reeleição no País, já a partir deste ano. Todos os brasileiros vão dizer: é golpe!

Percebam, portanto, que não se trata de ser contra Júlio Casares ou Olten Ayres de Abreu. Se trata de ser contra a mudança arbitrária e estapafúrdia em algo que rege o clube, ao bel prazer dos seus interessados diretos.

Alguns juristas, mesmo da oposição do São Paulo, tem falado comigo e seguido a opinião de alguns leitores, dando conta de que a palavra golpe não poderia ser utilizada, pois houve aprovação da proposta por parte do Conselho Deliberativo e vai passar pelo crivo dos sócios. Não mudo minha opinião, pois qualquer mudança das regras do jogo com o campeonato em andamento não deixa de ser golpe. Ou Júlio Casares aceitaria as hipóteses acima com naturalidade?

Preciso deixar claro, também, que não sou contrário à reeleição. Aliás, antes que me chamem de incoerente, quero salientar que fui contra a reeleição na formulação deste estatuto, porque entendia, na época, que a reeleição deveria existir, desde que fosse permitido o voto direto, dos sócios patrimoniais e torcedores. Como fui chamado de maluco por defender voto direto, passei a defender o fim da reeleição.

E anda hoje digo: mudem o estatuto, mas para permitir os votos do sócio patrimonial e do sócio torcedor, e passo a defender o sim neste sábado. Ou aprovem a reeleição apenas a partir de 2026, ainda que sem os votos dos sócios. Será menos ruim do que fazer isso para os atuais mandatários.

E sabem por que mais? Porque Júlio Casares esconde, mas está amparado por Carlos Miguel Aidar, aquele nefasto ex-presidente. O mesmo que foi o mentor jurídico do golpe dado por Juvenal Juvêncio, que o permitiu ficar oito anos no poder. Lembram-se? Juvenal também rasgou o estatuto, tinha ficado dois anos, teria direito a mais dois, deu o golpe, passou para três anos o mandato, usou a interpretação de CMA de que seria seu primeiro mandato no novo estatuto e ele teve mais três anos.

Agora Júlio Casares fará a mesma coisa, por mais que ele desconverse hoje. Vai ficar esses três anos, mais três e, certamente, mais três. Porque quanto mais o dirigente fica no cargo, mas ele consegue angariar votos no Conselho Deliberativo, com a distribuição farta de carteirinhas.

O resultado da perenidade de Juvenal Juvêncio nós conhecemos. O São Paulo se afundou em dívidas e perambulou nas proximidades do Z4. O resultado dessa nova eternização do poder pode ser a falência total do clube e sua inclusão na série B. Afinal, o que nos resta este ano é comemorar o título da Série B da Libertadores.

Portanto, o voto é NÃO neste sábado. É o NÃO contra o golpe, contra a perpetuação no poder.

São Paulo não jogou bem, mas a vitória foi fundamental

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conseguiu um alívio no Campeonato Brasileiro. Ao vencer o Cerá em Fortaleza, subiu um pouco na classificação, abriu seis pontos do Z4 e pode respirar um pouco aliviado. Quanto mais que nosso próximo adversário é o Avaí, time que está atrás de nós e faremos, então, mais um chamado “jogo de seis pontos”.

É de se destacar, mais uma vez, a participação de Calleri. Ele pode até não marcar gol (neste domingo ele fez), mas a entrega dele é impressionante. No ataque, abrindo pelos lados, entrando pelo meio, na defesa, em todos os lugares do campo. É imprescindível para nossa campanha.

Rogério Ceni disse após o jogo, na coletiva, que seu futuro à frente do elenco, depende diretamente do título na Sul-Americana. Creio ser um discurso momentâneo, que mudará, ainda que não conquistemos o título.

O time terá uma semana livre. O próximo jogo só domingo que vem. Mas o clube terá, ao contrário, uma semana muito cheia. No próximo sábado os sócios voltarão a decidir o futuro do São Paulo. A diretoria, que tenta novamente o golpe, prega sim. Mas nós, que somos contra o golpe, pregamos o NÃO.

Nesta semana estaremos fazendo dois programas, com conjunto com a Rádio São Paulo Digital, do meu amigo Ricci Jr. Terça e quinta-feira, às 20h, vamos debater o assunto. Novamente traremos à tona os personagens do golpe e mostrar, mais uma vez, porque de novo, não. Justificar que não se trata de uma reforma estatutária, mas de um golpe, por estar ocorrendo durante a vigência do campeonato, ou seja, com o jogo em andamento.

Contra o cala-boca que a diretoria tenta fazer com quem fala contra, a voz vai para o voto, que é não. Contra mudanças em um regimento que está em curso, o voto é não. Contra os que querem se perpetuar à frente do São Paulo, um grupelho que acha que é dono de tudo, o voto é não.

Por isso, NÃO, NÃO, NÃO!

O estoque de milagres acabou. Agora, só dependemos de nós.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, alguns torcedores, entre eles este que vos escreve, acreditavam, ainda, que a moeda cairia em pé novamente e que sairíamos do Maracanã classificados para a final da Copa do Brasil. Cheguei até a imaginar que sofreríamos o primeiro gol, buscaríamos o empate e, no segundo tempo, viria a grande virada. Se não 4 a 1, ao menos 3 a 1 e vitória nos pênaltis. Mas acordei e vi que o estoque de milagres acabou, que a moeda não cai em pé toda hora e que voltamos à nossa realidade.

Criticar o time? Não. Jogamos bem, dentro das nossas limitações e perdemos para o melhor time da América do Sul por 1 a 0, em seu estádio, completamente lotado. Portanto nossa eliminação não seu deu por conta desta derrota, mas pelo jogo do Morumbi, o trágico 3 1 que o Flamengo fez em nós.

Dito isso, a partir de agora vamos jogar com nossas próprias pernas, deixando os milagres de lado, para não ficar rondando o Z4. Foco total no Brasileiro. Aliás, nunca deveríamos ter tirado esse foco. E, claro, na final da Sul-Americana. Um único jogo, mas que pode nos dar o ano. Afinal, o título nos colocará na Libertadores do próximo ano.

Mas o Brasileiro tem que ser prioridade e ter atenção total. Esse incômodo risco que voltamos a correr este ano, nos remete a anos anteriores onde o sufoco foi grande e sofremos até a última rodada para nos vermos livre deste fantasma.

Não quero esperar, de novo, o último jogo para respirar. Se não podemos almejar o G6, que pelo menos não sejamos sugados para o Z4.

Copa do Brasil? Quem sabe ano que vem. Se as coisas mudarem pelos lados do Morumbi e deixarmos de ser apenas coadjuvantes e voltarmos a ser atores principais.

Colocando time reserva contra o Corinthians, São Paulo mostra que está brincando com fogo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo, definitivamente, perdeu a noção do perigo. Ao colocar o time reserva para jogar contra o Corinthians mostrou que está brincando com fogo, que a preocupação da diretoria é unica e exclusivamente o golpe no estatuto. Para isso vai dormir abraçada à classificação para a final da Sul-Americana, ainda que pese o risco do rebaixamento no Brasileiro.

Qual a desculpa para a escalação do time reserva? Preservar os titulares para o jogo contra o Flamengo, quarta-feira? Alguém acredita, mesmo, que podemos, com todos os titulares, derrotarmos o Flamengo no Maracanã, ao menos por dois gols e irmos aos pênaltis?

É muita irresponsabilidade o que estão fazendo com o clube. E ficou patente a participação da diretoria nessa decisão. A entrevista de Rogério Ceni após o jogo deixou claro. Quando ele diz que se não for campeão da Sul-Americana, coloca o cargo à disposição no dia seguinte e não cobra a multa, escancarou a pressão que existe por esse título, e que se dane o resto.

Essa é a forma com que o São Paulo vem sendo gerido. Com extrema incompetência, irresponsabilidade e amadorismo. Uma diretoria que pensa apenas na sua perpetuação, assim como fizera Juvenal Juvêncio. Aliás, foi ali que o São Paulo começou a deixar de ser grande. Agora tentam fazer com que ele fique pequeno. Ou não viram, neste domingo, Felipe Alves se atirando ao chão para ganhar tempo e segurar o empate com o Corinthians, no Morumbi? Ou não viram sua entrevista, quando ele comemora o empate?

Estamos muito atrás de Palmeiras, Corinthians, Santos e Bragantino. Somos, hoje, a quinta força de São Paulo. Mas nossos líderes na política, bem, esses estão dando de ombros para tudo isso. Afinal, estamos na final da Sul-Americana.

A noite de quinta-feira nos trouxe de volta o sentido de sampaulinidade. Apesar dos pesares.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi uma noite épica, daquelas que não vivíamos há muito tempo. Precisávamos ganhar por três gols de diferença. Não conseguimos. Fizemos dois. O suficiente, o entanto, para gerar mais emoções e liquidarmos a fatura nas penalidades.

Aliás, quesito esse que tem sido impecável neste ano. Nas três decisões que participamos, ganhamos todas, eliminando, antes, Palmeiras e Ceará em seus estádios (por competições diferentes) e agora o Atlético-GO no Mourmbi.

Se formos analisar a ferro e fogo, o São Paulo não fez mais do que a obrigação. Afinal, jogou contra o penúltimo colocado do Campeonato Brasileiro, o que mostra o nível da Sul-Americana. Mas quando se trata de uma decisão, da necessidade de fazer os gols, a situação muda. O estado psicológico é outro, a torcida está em outra vibe, a atmosfera se altera e o imponderável passa a ser presença marcante nos 90 minutos.

Então, por todos esses elementos é que senti voltar aquele ar dos bons anos de nossa história. Não quero aqui comparar com os títulos brasileiros, muito menos da Libertadores ou mundiais, mas não deixou de ser uma forma de desabafar aquele grito contido na garganta. E deixar o coração explodir.

Não há um retoque a fazer no time. Talvez a melhor escalação que Rogerio Ceni possa fazer, se optar por jogar com dois ao invés de três zagueiros. Está muito claro e patente que Patrick é titular e que Igor Gomes vai ter que esquentar o banco. Isso independente da formação tática.

Estamos vivendo um dia de muita felicidade, apesar da minha preocupação continuar voltada para o dia 24 de setembro, quando Júlio Casares, Oltem Ayres de Abreu e Dedé pretendem dar a cartada final do golpe da reeleição. Não vou permitir que essa vitória empane o golpe em andamento.

Mas hoje só quero curtir isso. Amanhã, como já disse Chico Buarque de Holanda, vai ser outro dia.

Golpe aprovado. Pior: ele pode ficar nove anos no poder.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o Conselho Deliberativo se mostrou mais subserviente do que eu previa e, com 157 votos contra 68 (e duas abstenções) aprovou a nova tentativa de golpe engendrada por Júlio Casares, Olten Ayres de Abreu e Dedé. E desta vez veio com instintos ainda mais cruéis, com muita maldade: se o golpe for aprovado pela Assembléia Geral, a dos sócios, Júlio Casares poderá ficar nove anos no poder. Sim: nove anos. Isso porque será uma alteração estatutária. Ou seja, o golpe será idêntico ao dado por Juvenal Juvêncio.

Percebam a situação: lá atrás o mandato presidencial do São Paulo era de dois anos, com direito a uma reeleição. Juvenal Juvêncio ficou os primeiros dois anos mas, no final do primeiro período, deu golpe alterando o estatuto, passando a duração de mandato para três anos. Aí, auxiliado por Carlos Miguel Aidar (aquele nefasto ex-presidente do clube), conseguiu fazer entender que se tratava de um novo estatuto e que a segunda eleição dele, para um período de três anos, seria um primeiro mandato. Portanto teve direito a mais três anos, ficando oito anos no poder. E foi exatamente onde começou a mudança e o São Paulo passou a ser desfigurado.

Agora Júlio Casares, filhote de Juvenal, também incentivado por Carlos Miguel Aidar – de quem nunca se distanciou – faz a mesma coisa. Propõe um golpe estatutário no decorrer de seu primeiro mandato e terá um entendimento jurídico, ali na frente, de que sua eventual – e quase certa – reeleição, na certeza será a primeira do novo estatuto. Ou seja: ele terá direito a uma reeleição. Nove anos. Se dois anos já foram suficientes para ele quase acabar com o clube, imagine nove anos.

Eu vi pelo número de votos pelo NÃo que foram apenas 68. Não creio que a oposição, que continua de pijamas, tenha apenas 68 conselheiros. Se for isso, pode começar a pensar em se planejar para daqui a sete anos. Traição dentro da oposição só pode me causar total espanto.

São conselheiros submissos, que se deixam levar pelos lanchinhos, coxinhas, suquinhos, algumas viagens e muitas benesses. Repito, muitos que não sabem cantar o hino do São Paulo, que sequer torcem pelo clube. São santistas, palmeirenses, corinthianos, flamenguistas e outras coisas mais.

Cada vez mais vejo o fim do nosso São Paulo. Com pessoas deste naipe no poder, absolutamente incompetentes e aproveitadores da instituição, a esperança que havia no final da era Leco de que tudo mudaria, a conclusão é que, realmente, tudo está mudando: para pior. Muito pior.

Vão marcar a assembleia dos sócios para outubro. Se pudessem, marcariam para amanhã, antes do jogo de quinta-feira. Mas não há tempo regimental para isso.

Vou gritar, vou berrar, não sei se terei voz suficiente para isso. Mas se já conseguimos uma vez, por que não de novo. Ou melhor, de novo, não.

Não vou me cansar. Vou lutar. Muitas vezes chego a pensar em desistir. Mas meu amor por esse clube supera a tudo. Só peço a Deus que me dê equilíbrio e forças para ficar apenas nas palavras.

Triste e acabado, arrasado, mas muito amado São Paulo!

ET: havia recebido uma informação de que o Grupo Raiz havia votado a favor do golpe. Na realidade o grupo aprovou os contratos, mas votou contra o golpe. Por isso peço desculpas pela informação errada, já retirada do texto. O grupo Raiz votou CONTRA o golpe.

Conselho vota hoje o novo golpe no estatuto do São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, deveria estar escrevendo sobre o jogo de ontem, em Cuiabá, onde o São Paulo, com time reserva e um jogador a menos, mesmo que na base da sorte (o gol foi maluco), conseguiu um empate com o Cuiabá. Mas como os próprios presidentes Júlio Casares e Olten Ayres de Abreu não estavam nem aí para o jogo, preferiram ficar participando de inaugurações no clube em busca de votos dos associados para o golpe no estatuto, vou deixar o jogo de lado e me prender neste tema.

Preciso remontar a 2016, quando da elaboração do estatuto que está em vigor no clube. Ali, Júlio Casares, hoje presidente, outrora conselheiro, bradou aos quatro cantos ser contra a reeleição. Foi dele – e minha também – a propositura que mantinha em três anos o mandato presidencial, mas extinguia a possibilidade de reeieção.

Anos depois, já em 2020, na campanha para a presidência do clube, ele me falou – e a mais gente também – que permanecia com a mesma ideia. Em determinado momento, inclusive, seu mote de campanha chegou a ser 30 e 3. Ou seja: ele iria trabalhar para fazer em três anos o que deveria ser feito em 30. Ou que em 30 anos não foi feito.

Bastou a eleição e a confabulação para o golpe começou. Sorrateiramente, sem que conselheiros pudessem discutir, Olten Ayres de Abreu marcou uma sessão ano passado, quando o time estava mergulhado na zona de rebaixamento do Brasileiro, e eliminado de todos os outros torneios.

Acuados pela pressão de todos os lados, Olten voltou atrás e adiou a votação, tirando de novembro, passando para dezembro, coincidentemente – ou propositalmente – para dia 16 daquele mês de 2021, data em que se comemorava, no antigo estatuto, o aniversário de fundação do São Paulo.

O golpe foi aprovado e seguiu para a Assembléia dos Sócios. Olten Ayres de Abreu, após a aprovação no Conselho, não deixou de ser ridículo e ironizar os “99” são-paulinos que estiveram protestando, num total desrespeito ao torcedor. Aliás, falar em respeito. Acho que ele nunca teve com ninguém.

Júlio Casares, Olten e Dedé conclamaram a militância e foram à luta. Foram almoços, cafés, jantares, enfim, tudo o que pode ser feito, além da farta distribuição de carteirinhas, para convencer os sócios a aprovarem o golpe. Mais de 600 carteirinhas foram entregues. Isso significa dizer que quem era contra sairia perdendo jogo por 600 a zero.

A imprensa percebeu o que estava por trás disso e passou a mostrar tudo aos torcedores, que fizeram uma grande pressão, um grande barulho e os sócios, que também são torcedores e não são tolos, disseram um retumbante NÃO, dando a Júlio Casares, Olten Ayres de Abreu e Dedé a maior derrota política de todos os tempos.

Júlio Casares foi às redes sociais e declarou que respeitaria a vontade soberana das urnas e que a tentativa de golpe (ele disse reforma do estatuto) estava enterrada e nada mais se faria nesse sentido.

Poucos meses se passaram – sim, a Assembleia foi em janeiro deste ano e em agosto tudo já estava pronto de novo – o novo golpe foi proposto. 98 conselheiros cordeiros, submissos a alguns lanchinhos de queijo, coxinhas, guaranás, sucos, cafezinhos, passagens de avião e hotéis, assinaram novo documento, incentivados pelo trio de ferro, protocolaram numa sexta-feira, a comissão respectiva no clube trabalhou e analisou no sábado, Oltem Ayres de Abreu trabalhou no domingo e convocou a reunião para a outra segunda-feira. Como trabalham…

Por que tão rápido e por que essa data? Porque o time corre risco de rebaixamento no Brasileiro e deixar para votar em janeiro, por exemplo, quando está prevista uma revisão estatutária, seria correr risco demais. Alem disso, o São Paulo teria acabado de se classificar para a final da Sul-Americana. Só não contavam nossos dirigentes com a sacolada que tomamos do Atlético-GO no jogo de ida da semifinal.

E, como eu disse no princípio, como o trio de ferro não está nem aí para o time, só se preocupa com o golpe, não foi para Cuiabá e ficou fazendo festinha com os sócios.

Golpe, de novo, não. Defendo, sim, se quiserem, eleição direta para presidente, já em 2023, por sócios patrimoniais e torcedores. Ou reeleição para 2026. Qualquer outra coisa, ou seja, modificação nas regras do jogo com o campeonato em andamento, é GOLPE. E GOLPE, DE NOVO, NÃO!!!!

Mais um vexame. Vivemos uma crise sem fim. Mas a reeleição está aí!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, continuamos colecionando vexames e humilhações. Cosneguimos a proeza, agora, de perder de 3 a 1, não do Flamengo, um rubro-negro, mas de outro rubro-negro, só que o vice lanterna do Brasileiro. E ficou barato, porque se alguém tivesse que marcar mais um gol seria o Atlético-GO, não o São Paulo.

É uma crise sem fim. Rogério Ceni também se perdeu nesse jogo. Ele entrou com o time que, na sua concepção, é óbvio, o melhor. O tripé de meio da campo formado por Pablo Maia, Rodrigo Nestor e Igor Gomes, quando na visão da massacrante maioria da torcida deveria ser Gabriel, Patrick e, quiçá, Rodrigo Nestor.

Igor Gomes, aquele que a diretoria insiste em deixar na vitrine para vender, e que etá fazendo “doce” para renovar com o São Paulo, além de estar fazendo uma péssima partida, ainda foi expulso e enterrou de vez o time.

Mais uma vez, porém, eu pergunto: como o Palmeiras conseguiu jogar 80 minutos com um a menos e dez minutos com dois a menos, contra o Atlético-MG e segurar o resultado? Como nós não conseguimos jogar com um a menos 50 minutos e segurar?

Como disse, Rogério Ceni se perdeu. Fez duas substituições desnecessárias no final do primeiro tempo, queimando paradas que poderia fazer durante o jogo, e as trocas no intervalo. Além do mais, mostrou que Bustos não serve para nada, porque optar por Marcos Guilherme e deixar o argentino no banco…

Atingimos um ponto de crise incalculável. O próprio Rogerio Ceni havia dito que se não continuássemos nas Copas seria uma catástrofe. Pois estamos virtualmente eliminados da Copa do Brasil, em situação difícil na Sul-Americana e próximos do Z4 do Brasileiro.

A noite realmente foi um estrago em Goiânia. Talvez não o tenha sido para a comitiva que foi passear às custas do clube. Excetuando Júlio Casares e Carlos Belmonte, presidente e diretor de Futebol que tem obrigação de estarem com o elenco, os demais, como Olten Ayres de Abreu e Harri Massis, entre outros, foram curtir o piqui e outras guloseimas, sem ter nada a ver com nada. Ou Olten foi fazer alguma reunião do Conselho lá?

Ah sim. Apesar da crise sem fim, a reeleição segue em frente. Os golpistas estão aí, prontos para o golpe. Unindo ditadores em prol deste golpe, conselheiros cordeirinhos e submissos ao poder, em troca de sanduichinhos de queijo, suco de laranja, coxinhas, cafezinhos, algumas viagens, hoteis…E seguimos em frente.

Esse não é o São Paulo que meu pai me ensinou a amar. Esse não é o São Paulo que se tornou gigante, com uma camisa que entorta varal, que ganhou o Brasil, a América do Sul e o mundo. Esse não é o São Paulo que fez escola, que foi exemplo em todos os sentidos, que ensinou os rivais como se faz uma administração, como se torna um clube gigante.

Esse São Paulo foi tomado por golpistas. Somos 20 milhões de torcedores apaixonados que, unidos, não permitiremos isso. Golpe, de novo, não!

São Paulo é derrotado dentro e fora de campo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo está passando, de novo, por uma fase terrivelmente dura, que maltrata nós, torcedores apaixonados, em prol de um pequeno grupo que se apossou do clube. Por isso o Tricolor está derrotado dentro e fora de campo.

Dentro de campo fomos quase humilhados. Na quarta-feira ficamos praticamente eliminados da Copa do Brasil, com a derrota acachapante para o Flamengo, dentro do Morumbi. E como nossa casa hoje não é mais respeitada por ninguém, agora foi a vez do Fortaleza, aquele mesmo que há cinco rodadas era o penúltimo colocado do Brasileiro, vir ao Morumbi e ganhar do São Paulo, nos ultrapassando na classificação. Vergonhoso.

Rogério Ceni nem colocou o time alternativo. Ele entrou com um mistão, mais para titular do que para reserva, e no segundo tempo colocou o que tinha de melhor. E o cenário se repetiu: assim como acontecera com João Paulo domingo passado e Santos na quarta-feira, Fernando Miguel se tornou o grande nome do jogo. Estamos nos especializando em fazer a fama dos goleiros adversários. Aliás, todos titulares, enquanto nós continuamos com o terceiro goleiro do Santos e o goleiro reserva do Juventude, assim como um criado em Cotia que não tem a mínima condição de vestir nossa camisa.

O São Paulo jogou melhor que o Fortaleza? Jogou. Merecia melhor sorte? Sim. Mas, assim como fizemos contra Santos e Flamengo, voltamos a perder.

Derrotados dentro e fora de campo. Por que? Porque de novo, na surdina, da escuridão da noite de um domingo, Olten Ayres de Abreu convocou uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, para o próximo dia 05 de setembro, para analisar e já votar o novo golpe no estatuto: a reeleição de Júlio Casares. Oportunistas e ditadores, usurpadores do nosso clube no sentido moral.

Mais uma vez conselheiros cordeiros, que se deixam levar por algumas passagens e estadias em hotéis com o time, votarão maciçamente pela reeleição deste presidente, que durante a campanha sempre se posicionou contra esse ato, mas agora trabalha firmemente por ele. Aliado ao presidente do Conselho Deliberativo, defensor-mor deste golpe. Sabem por que? Por que, segundo um grande amigo meu, sairá aí um slogan: “CASAYRES 6 + 6.

Então, Carlos Belmonte, Leonardo Serafim, Harry Massis e outros tantos que sonham em se candidatar à presidência, vão precisar esperar mais dez anos. Aí, quiçá, estarão velhos demais para isso.

E a oposição, o que faz? Essa continua de pijamas, se expressando nos bastidores, nas redes sociais privadas, mas em nada agindo para valer. E Marco Aurélio Cunha? Esse, pelo apreço que tenho por ele, espero que faça por merecer e assuma, de vez, a liderança dessa calada oposição. Ou também cale-se para sempre.