Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, 2022 terminou com uma grande goleada por 4 a 0 contra o Goiás, com direito a gols de Galoppo e Marcos Guilherme, e um suspiro por alguns minutos, quando estávamos indo para a Libertadores. Sim, porque faltava o Botafogo perder. Mas logo depois que o Athletico fez o primeiro gol, o Fortaleza também fez. E nosso castelo desmoronou, coroando de vez o ano do “quase”.
Ano em que fomos quase campeões paulistas, quase campeões da Sul-Americana, quase campeões da Copa do Brasil, quase classificados para a Libertadores. A única coisa que não foi “quase” foi o golpe no estatuto. Havia sido “quase” em janeiro, mas foi concretizado num segundo momento. E, convenhamos, para essa diretoria golpista, é isso o que interessa. O resto, bem, para essa diretoria, não importa.
Foi um ano em que choramos muito, lamentando um elenco mediano e resultados não condizentes com nossa história. Mas, como diz nosso hino, “a tua glória vem do passado”. Nunca foi tão perfeita a letra de um hino.
Mas 2022 será lembrado com saudosismo ano que vem. Partindo-se do princípio do que vem por aí, podemos nos preparar para o pior. Se ficamos no “quase” este ano, ficaremos muito longe disso ano que vem. e o risco de rebaixamento será muito real no Brasileiro.
Perdemos Miranda, um zagueiro que para jogar em linha de três poderia ficar mais um ano tranquilamente; Reinaldo, para mim hoje, o melhor lateral esquerdo em atividade no País (lembro que Arana não está jogando); traremos para o lugar de Reinaldo Liziero ou Juninho Capixaba. Do outro lado teremos de volta do Zé Ruela, aliás, Orejuela. Que nunca foi “quase”, quanto mais solução para um problema.
Luan, nosso pitbull vai ser usado como moeda de troca, por um não sei quem. E outras mazelas virão por aí, porque incompetência é o que não falta a essa diretoria.
Concordo plenamente com a rescisão de contrato com André Anderson, Eder, provavelmente Marcos Guilherme. Mas, no caso de André Anderson, lembro que ele foi contratado a pedido de Rogério Ceni, que o viu jogando na Lazio e amou seu futebol. Na época lembrei que este ano, ele jogou 20 minutos pela Lazio. E fiquei indignado como pode nosso técnico ter gostado tanto de um jogador por 20 minutos em campo. No São Paulo, acho que não jogou nem isso (ironia).
Marcos Guillherme, desde sempre, sabemos que não tem futebol para jogar no São Paulo. Mas insistiram em trazê-lo de volta e ele voltou pior do que na primeira passagem pelo clube.
Mas e o Galoppo? 26 milhões de reais por um jogador que ninguém sabe onde joga. Como ele marcou um gol neste domingo, já estão falando que eu não entendo de futebol. Tudo bem. Parabéns a quem entende.
E o Bustos? Esse é o preço que temos que pagar por um tal acordo com o grupo City? Ele e o Ferraresi? É demais para nós, são-paulinos.
Não sou pessimista, nunca fui, mas hoje estou sendo realista. Com os jogadores que estão saindo, com os que estão ficando e, principalmente com os que estão voltando e podem chegar, nosso 2023 será trágico, de muito sofrimento, de plenos coadjuvantes, disputando sempre a parte de baixo da tabela.
Júlio Casares pode concretizar a arquitetura iniciada por Juvenal Juvêncio, continuada por Carlos Miguel Aidar e lapidada por Leco: nos levar à série B no Brasileiro. Talvez não fiquemos n o “quase”.
Quem viver, verá!