O ano foi do quase, com muitas lamentações. Mas lembraremos com ternura de 2022 ano que vem.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, 2022 terminou com uma grande goleada por 4 a 0 contra o Goiás, com direito a gols de Galoppo e Marcos Guilherme, e um suspiro por alguns minutos, quando estávamos indo para a Libertadores. Sim, porque faltava o Botafogo perder. Mas logo depois que o Athletico fez o primeiro gol, o Fortaleza também fez. E nosso castelo desmoronou, coroando de vez o ano do “quase”.

Ano em que fomos quase campeões paulistas, quase campeões da Sul-Americana, quase campeões da Copa do Brasil, quase classificados para a Libertadores. A única coisa que não foi “quase” foi o golpe no estatuto. Havia sido “quase” em janeiro, mas foi concretizado num segundo momento. E, convenhamos, para essa diretoria golpista, é isso o que interessa. O resto, bem, para essa diretoria, não importa.

Foi um ano em que choramos muito, lamentando um elenco mediano e resultados não condizentes com nossa história. Mas, como diz nosso hino, “a tua glória vem do passado”. Nunca foi tão perfeita a letra de um hino.

Mas 2022 será lembrado com saudosismo ano que vem. Partindo-se do princípio do que vem por aí, podemos nos preparar para o pior. Se ficamos no “quase” este ano, ficaremos muito longe disso ano que vem. e o risco de rebaixamento será muito real no Brasileiro.

Perdemos Miranda, um zagueiro que para jogar em linha de três poderia ficar mais um ano tranquilamente; Reinaldo, para mim hoje, o melhor lateral esquerdo em atividade no País (lembro que Arana não está jogando); traremos para o lugar de Reinaldo Liziero ou Juninho Capixaba. Do outro lado teremos de volta do Zé Ruela, aliás, Orejuela. Que nunca foi “quase”, quanto mais solução para um problema.

Luan, nosso pitbull vai ser usado como moeda de troca, por um não sei quem. E outras mazelas virão por aí, porque incompetência é o que não falta a essa diretoria.

Concordo plenamente com a rescisão de contrato com André Anderson, Eder, provavelmente Marcos Guilherme. Mas, no caso de André Anderson, lembro que ele foi contratado a pedido de Rogério Ceni, que o viu jogando na Lazio e amou seu futebol. Na época lembrei que este ano, ele jogou 20 minutos pela Lazio. E fiquei indignado como pode nosso técnico ter gostado tanto de um jogador por 20 minutos em campo. No São Paulo, acho que não jogou nem isso (ironia).

Marcos Guillherme, desde sempre, sabemos que não tem futebol para jogar no São Paulo. Mas insistiram em trazê-lo de volta e ele voltou pior do que na primeira passagem pelo clube.

Mas e o Galoppo? 26 milhões de reais por um jogador que ninguém sabe onde joga. Como ele marcou um gol neste domingo, já estão falando que eu não entendo de futebol. Tudo bem. Parabéns a quem entende.

E o Bustos? Esse é o preço que temos que pagar por um tal acordo com o grupo City? Ele e o Ferraresi? É demais para nós, são-paulinos.

Não sou pessimista, nunca fui, mas hoje estou sendo realista. Com os jogadores que estão saindo, com os que estão ficando e, principalmente com os que estão voltando e podem chegar, nosso 2023 será trágico, de muito sofrimento, de plenos coadjuvantes, disputando sempre a parte de baixo da tabela.

Júlio Casares pode concretizar a arquitetura iniciada por Juvenal Juvêncio, continuada por Carlos Miguel Aidar e lapidada por Leco: nos levar à série B no Brasileiro. Talvez não fiquemos n o “quase”.

Quem viver, verá!

Humilhações e vergonhas. Mas qual a novidade para um clube há anos sem rumo?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a derrota do São Paulo para o Internacional no Morumbi, nesta terça-feira, foi apenas mais uma humilhação, mais uma vergonha, entre todas as que temos passado nos últimos anos. Mas, falando em últimos anos, qual a novidade, pois há tempos o clube está sem rumo?

A torcida gritou e xingou vários jogadores. Curiosamente, o xingamento foi dirigido apenas a jogadores que estão em fim de contrato. Sabendo-se da ligação do comando da Independente com a diretoria, será que não foi algo “mandado”, para ajudar na definição de renovar ou não os contratos? Reinaldo, Rafinha, Eder… Bem curioso, não é?

A torcida também cantou: “vergonha, vergonha, time sem-vergonha”. Mas será mesmo que só o time é sem-vergonha? E a diretoria? /será que vocês sabem que, apesar dos inúmeros empréstimos feitos, dinheiro que entrou com premiações e outros mais, o clube ainda não pagou os jogadores? O alarde feito pelo diretor de Futebol, Carlos Belmonte, foi apenas de pagamento parcial.

O fato é que os jogadores estão há meses sem receber; alguns há anos (sim, porque provêm do acordo de Leco durante a pandemia).

O clube está sem rumo. Tem um elenco rachado, alguns jogadores descompromissados, uma comissão técnica que não fala a mesma língua, uma diretoria de futebol que, ou se cala por desconhecimento do assunto ou por omissão e falta de comando, e um presidente que tem como única preocupação a reeleição, pouco se importante com o resto.

Uma diretoria que não consegue vir a público e explicar como entra tanto dinheiro e as contas não são pagas, os salários não são quitados. E a torcida ainda xinga os jogadores.

Seria lógico falar: vergonhas, vergonhas, time e diretoria sem-vergonhas.

Não vamos para a Libertadores. Melhor assim. Não vamos passar vergonha sendo eliminados, de novo, na pré-Libertadores. E acordem, ou, com base em toda essa desorganização e nau sem rumo, nosso trágico caminho está traçado para 2023.

Ainda é tempo, Júlio Casares. Faça um bem para toda a coletividade são-paulina. Pegue seu boné e vá embora. Você pode conseguir a proeza que seus antecessores Juvenal Juvêncio, Carlos Miguel Aindar e Leco não conseguiram: nos levar para a série B no próximo ano.

Humilhação no Maracanã e vaga mais distante para a Libertadores

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, mais um vexame do nosso time. Agora no Maracanã.

Quem assistiu apenas o primeiro tempo ficou extasiado com o futebol apresentado por ambas as equipes e o São Paulo saindo na frente com um golaço do Luciano. Tudo funcionava muito bem. A defesa bem postada, meio de campo saindo com velocidade, ataque com toques rápidos e chances sendo criadas.

Bastou o intervalo chegar de o segundo tempo começar para tudo aquilo que parecia ser uma maravilha ruir. Em apenas 15 minutos já estávamos perdendo por 3 a 1. Três substituições feitas por Diniz no intervalo ditaram a virada. Uma substituição feita por Rogério Ceni também contribuiu para isso. Não que Patrick estivesse bem, mas, ao menos, não fez as bobagens que Galoppo fez – responsável direto pelo segundo gol -.

Pior: com o passar do tempo, Rogério Ceni começou a seguir as ordens da diretoria, de dar mais tempo de jogo a André Anderson, Bustos. E o time só piorou,. Tomamos olé no Maracanã.

A vaga para a Libertadores, consequentemente, começou a ficar mais difícil. Ainda estamos em sétimo lugar, mas fomos o primeiro a jogar na rodada. Isso quer dizer que poderemos acabar em nono lugar, ou seja, fora do G8.

Mas será que esse time merece mesmo ir para a Libertadores? Um clube que tem um presidente que só gosta de aparecer nas redes sociais – quando o time ganha – porque quando perde, ele desaparece; um diretor de futebol que também ama as redes sociais na mesma balada do presidente; um presidente de Conselho Deliberativo que ama a ditadura e, assim como o presidente, vive caçando opositores e expulsando do clube; um diretor executivo de futebol que nunca aparece para nada; um gerente de futebol que vive calado e não demonstrou até agora um mínimo de competência.

Logo, a não classificação para a Libertadores poderá ser um prêmio a nossa total incompetência.

Aliás, como disse um amigo meu agora há pouco (não vou identificá-lo porque não pedi autorização), mas num País onde mais de 50% votou por não reeleger um presidente da República, numa torcida onde quase 100% não aprova nossa atual diretoria e presidência, talvez o caminho mais sadio para o clube seria a renúncia. Porém, eles preferem caçar opositores para pavimentarem melhor a totalização do golpe, facilitando a reeleição no próximo ano.

Assim se afunda o São Paulo.

A vitória é o que importa, mas poderia jogar um pouco melhor

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conseguiu os nove pontos obrigatórios: ganhamos com autoridade do Coritiba, tivemos sérias dificuldades contra o rebaixado Juventude e marcamos o gol da vitória no último minuto dos acréscimos contra o Atlético-GO. Diria que foram atuações quase que sofríveis e que só ganhamos mais pela ruindade dos adversários do que pelos nossos próprios méritos.

Mas não posso deixar de reconhecer que o que valem são os três pontos. O resto se discute depois. Oras, é isso que estou fazendo. Discutindo depois, até porque ontem comemorei muito o gol de Luan. Parecia até uma final de Libertadores.

Sobre o jogo em si, o time marcou um gol aos 22 minutos, após um verdadeiro massacre contra o adversário e depois recuou, deixou de jogar. O Atlético-GO gostou do jogo e passou a aparecer em campo aquele que foi o melhor da partida: Felipe Alves. Com defesas impressionantes impediu, num primeiro momento, o empate e num segundo momento a derrota.

Rafinha foi o homem de multi funções. Começou como zagueiro, pelo lado direito, virou lateral, passou a segundo volante, foi quase meia e voltou a ser zagueiro, quando o adversário tinha a bola, e lateral, quando o São Paulo dominava. Convenhamos, é muito para um jogador de 37 anos, que não tem mais o vigor físico que tinha quando jogava no Bayer. Ele até vinha se comportando muito bem, mas acabou errando no passe para Luciano que originou o gol de empate.

Está cada vez mais evidente que Galoppo não reúne condição de jogar, assim como Andrés Colorado (ele joga meia partida e fica dez fora por contusão). Bustos e Ferraresi, ao que parece, não servem nem para reserva. E por conta deles Arboleda ficou de fora do banco.

Voltamos aos nove pontos. Fundamentais. Então teremos mais três pontos obrigatórios: Atlético-Mg na próxima terça-feira. Ouso dizer que se vencermos o Galo, dificilmente ficaremos fora da Libertadores, ainda que pela frente teremos Fluminense e Internacional, entre outros. Mas é um confronto direto pela vaga e a vitória nos colocará em ótima situação.

Só precisa jogar um pouquinho melhor, porque o adversário é muito forte. Mas, como sempre digo, eu acredito.

Vitória em Caxias nos deu o sexto ponto obrigatório. Continuamos jogo a jogo.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu em Caxias e conquistou o sexto ponto dos nove obrigatórios. Como venho dizendo há algumas semanas, não faço mais projeções nem me iludo com possibilidades, mesmo que reais. Continuo vivendo jogo a jogo. Por isso, agora, vamos em busca do nono ponto obrigatório quinta-feira, contra o Atlético-GO, no Morumbi.

Neste domingo Rogério Ceni fez o óbvio. Manteve o time que venceu o Coritiba, só colocando Bustos no lugar do suspenso Luciano e tudo correu bem. Também, ganhar do último colocado, virtualmente rebaixado do Brasileiro, não é coisa de outro mundo.

Algumas constatações que vamos tendo jogo após jogo: as contratações do São Paulo, me refiro aos estrangeiros, são grotescas. Ferraresi aprontou aquilo contra o Palmeiras e, após cumprir a suspensão, teve que esquentar o banco, vendo Rafinha deslocado para seu lugar; Bustos teve oportunidade de começar jogando, mas e mostrou um zero a esquerda, sem quase pegar na bola; Galoppo entrou no segundo tempo e, mais uma vez, não conseguiu entender bem o que fazer em campo.

Repito de novo: usem o Código do Consumidor e devolvam o Galoppo, pedindo restituição do valor pago por engano no produto; desfaçam o tal acordo como Grupo City, porque para receber esse tipo de jogador por aqui (ou esses tipos), não dá.

No jogo destaque para Reinaldo, com dois gols. O mesmo Reinaldo que a diretoria não chama para renovar contrato e que está sendo cobiçado e procurado pelo Fluminense. Talvez a diretoria não possa pagar seu salário porque tem que pagar Galoppo, Eder, Bustos, Marcos Guilherme e outros que não tem um mínimo de eficácia para o elenco.

Estamos no G8, ao menos momentaneamente. Isso porque, caso o Fortaleza vença o Atlético-MG chega aos 47 pontos e o São Paulo cai para nono lugar pelo critério de desempate. Mas, convenhamos, nossa situação é muito, mas infinitamente melhor do que há três semanas. Hoje respiramos, mesmo, o ar que traz a possibilidade de irmos para a Libertadores.

Porém não vou me contradizer e fazer cálculos. Vamos em busca dos próximos três pontos obrigatórios. Depois vemos o que fazer.

A vitória nos colocou próximos ao G8. Mas eu não quero sonhar com ele.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo cumpriu sua meta e conquistou os primeiros três pontos dos nove obrigatórios. Nesta quinta-feira derrotou o Coritiba por 3 a 1 e colou no G8, estando empatado com o Fortaleza, perdendo no quesito número de vitórias, mas se posicionando um ponto atrás do América-MG, oitavo colocado do Brasileiro.

Como afirmei no meu último editorial, não vou mais sonhar com o G8, mas também não terei mais pesadelos com o Z4. Vou deixar a coisa acontecer e, como dizem, num jogo de vôlei temos que jogar ponto por ponto, no futebol temos que jogar jogo por jogo.

Já me iludi em anos anteriores, fazendo contas e mais contas, simulações e mais simulações. Desta vez repeti o fato, quando me animei muito após a vitória sobre o América-MG em Belo Horizonte, mas veio o balde de água fria com a derrota para o Botafogo em pleno Morumbi. Então passei a desencanar.

O jogo desta quinta-feira foi meio maluco. O São Paulo marcou logo aos dois minutos, em jogada de contra-ataque. Depois começou a perder gols com Calleri, Reinaldo. Mas o Coritiba aparecia muito lá na frente e nossa defesa começou a bater cabeça. Por mais que o time paranaense seja horrível, comecei a temer por algo pior.

Mas no segundo tempo tudo se acalmou quando fizemos o terceiro gol. O time passou a administrar a partida, Rogerio Ceni fez cinco substituições para dar ritmo de jogo, principalmente, a Luan, André Anderson e Galoppo. Fiquei muito feliz em ver que Luan entrou e não teve medo de divididas. Esteve muito firme. Também gostei muito da entrada de André Anderson. Precisamos vê-lo um pouco mais em campo para apurarmos se pode ou não continuar.

Já Galoppo…bem, esse continua sendo uma incógnita. Continuo sem saber qual a sua real função.

Domingo tem Juventude em Caxias. Vamos em busca do sexto ponto dos nove obrigatórios. Com eu disse, jogando jogo a jogo. Sem sonhos para não ter novas decepções. Se acontecer, comemoramos. E muito.

O São Paulo que empatou com o Palmeiras é aquele que todos nós sonhamos em ver

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo foi heróico e arrancou um empate com o Palmeiras, mesmo acabando com nove jogadores em campo, tendo um pênalti contra defendido por Felipe Alves e uma arbitragem prá lá de caseira. Foi um sonho ver esse time guerreiro, honrando nosso manto, algo que sempre deveria acontecer.

O São Paulo começou muito bem o jogo e conseguiu equilibrar as ações com o Palmeiras. Na realidade, teve duas chances claras de gol, enquanto o adversário teve apenas uma. E no final do primeiro tempo.

Rogério Ceni fez o que eu esperava, e defendi a semana toda nos jornais São Paulo e Tricolornaweb, ou seja, entrou com três zagueiros, linha de cinco no meio, com Luciano e Calleri lá na frente. Muitos temiam a presença de Luizão, mas jogando ao lado de Miranda ele ganha corpo, experiência e força para atuar na nossa defesa. E assim foi.

Ouso dizer que não fosse a atitude infantil e intempestiva de Ferraresi, que foi – bem – expulso no final do primeiro tempo, e teríamos chance de buscar uma vitória até o final da partida. O Palmeiras começava a se ver pressionado pela torcida. que perdeu Libertadores e Copa do Brasil e quer decidir o Brasileiro o quanto antes para evitar surpresas desagradáveis. Mas, com um a menos, na casa do adversário, o cenário passava a se complicar.

Rogério Ceni agiu corretamente, tirando Luciano que destoava do restante do time e colocou Galoppo. Não que o argentino tenha feito uma grande partida, mas ao menos ajudou a povoar o meio campo, já que estávamos com dois na zaga. Aliás, formaram-se duas linhas de quatro, com Calleri sozinho lá na frente.

Mesmo assim tomando sufoco, o São Paulo conseguia sair em alguns contra-ataques. As entradas de Igor Gomes, Wellington e Marcos Guilherme deram mais mobilidade e velocidade para essa saída de jogo. E quase chegamos a marcar um gol.

Para piorar, pênalti, para mim claro, de Calleri. Levantou a mão onde não deveria. Mas Felipe Alves, em grande jornada, defendeu e evitou a derrota. Voltaríamos a crescer, ainda que com um jogador a menos.

Mas aí veio a expulsão de Beraldo, para mim absurda. Por mais que Endric fosse na direção do gol, não me parecia chance clara de gol, pois Luizão vinha chegando na cobertura. Mas o árbitro mostrou-se muito caseiro, pois houve um pênalti em Rodrigo Nestor, não marcado e um tapa na cara de Igor Vinicius, também ignorado pela arbitragem.

A pressão do Palmeiras aumentou. Foi ataque contra a defesa. Teve uma bola no travessão, mas nossos jogadores conseguiram suportar a tudo e a todos, porque a arbitragem deu 12 minutos de acréscimo. Foi quase do tipo de “vai aí, marca um gol que eu termino o jogo”. Mas tudo foi em vão. Nossos jogadores, desta vez, honraram nosso manto e saímos do Chiqueirão com um empate, com muito sabor de vitória.

Não creio mais em G8, mas também não sinto a pressão do Z4. Que o espírito guerreiro deste domingo nos acompanhe até o final do Brasileiro. Já estará de bom tamanho.

Derrota afasta São Paulo do sonho impossível de Libertadores e agrava crise

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo está se enfiando numa grande crise. A derrota para o Botafogo no Morumbi, neste domingo, acoplado com a inesperada vitória do América-MG sobre o Fluminense, no Maracanã, nos afastaram definitivamente das chances de classificação para a pré-Libertadores. Se não matemáticas, ao menos reais.

O São Paulo vem de uma derrota que acabou com nossa perspectiva imediata de Libertadores. Aliás, essa diretoria não pensa em títulos, mas em classificação para a Libertadores. Não fosse assim, não teria colocado no orçamento deste ano chegar em sexto lugar no Brasileiro para…ir para a Libertadores. Depois ganhamos um jogo de vida ou morte do América em Belo Horizonte. Então pensamos: agora vai. Aí perdemos do medíocre Botafogo no Morumbi. E tudo se desfez.

A crise é inevitável. Nos aprofundamos nela a cada dia que passa. E há razões para isso. Vejamos:

  • Perdemos a Sul-Americana, um torneio que, na fase final, todos os torcedores acreditvam em título, levados por uma ação de marketing desta diretoria perdedora;
  • Nos afastamos de vez da briga pelo G8 do Brasileiro, após nossa derrota deste domingo e a vitória do América no Rio;
  • A dívida do São Paulo continua subindo, mesmo com as vendas de jogadores – nossos e externos -, arrecadações, com público superior à média de 35 mil por jogo. premiação das Copas, patrocínios pontuais e correntes, verba de TV, royalties e outros mais;
  • Ainda em cima de toda essa dinheirama, os direitos de imagens dos jogadores continuam atrasados; o acordo da era Leco ainda não foi pago; a premiação pela classificação à final da Sul-Americana também não foi paga;
  • Existe hoje uma total desconfiança do elenco com a diretoria. Afinal, há promessas de datas para pagamentos e elas nunca são cumpridas. Talvez o calendário são-paulino não seja o Gregoriano;
  • A diretoria está mais preocupada com perpetuação no poder, depois do golpe dado no estatuto, do que propriamente ter um time forte, pago em dia e com condição plena de jogar futebol.

Acredito que os argumentos acima sirvam para ilustrar as razões de estarmos numa grande crise. E as humilhações continuam. Ou não leram a entrevista de Rogério Ceni, quando ele diz que gostaria de ajudar o clube investindo dinheiro “até para comprar o clube”? Um funcionário querendo emprestar dinheiro para o patrão, é o fim dos tempos.

Ainda em relação ao atraso nos pagamentos, será que Júlio Casares não está recebendo seu salário em dia? Será que os diretores executivos (não estou falando dos abnegados) estão com pagamernto atrasado?

Infelizmente estamos vivendo a pior era do nosso São Paulo. É diretor que recebe Pix em sua conta para realizar torneios (Judô), conselheiros que torcem para outros times, e que são submissos à atual diretoria. Aliás, parabéns à Independente pelo post, colocando caixões pra cada conselheiro, com os dizeres “”Um caixão representando a falência do sistema podre dentro do São Paulo”.

E eu que pensava que Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar nos tinham causado as maiores vergonhas da história do São Paulo. Estava enganado. Não sabia que o pior estava por vir.

Parabéns, Júlio Casares. Você está superando a todos.

Vitória essencial para recuperarmos a moral e termos um objetivo esse ano

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, precisávamos da vitória contra o América, de qualquer maneira. E essa vitória veio. Sofrida, no último minuto, mas veio.

Aliás, poderia ter sido melhor, não fosse uma arbitragem tendenciosa. O gol anulado de Luciano foi um daqueles absurdos. O zagueiro chuta a bola na direção do corpo dele. O braço está encostado ao corpo. Pior foi o VAR não ter chamado a atenção do árbitro.

Mas o São Paulo fez por merecer. Tirando o frango do Felipe Alves e a defesa maravilhosa que ele fez no segundo tempo, foi o Tricolor quem dominou todo o jogo. Tivemos oportunidades com Calleri, com Miranda, com Luciano, com Igor Vinicius (no começo da partida), com Rodrigo Nestor. Portanto o time criou e não sofreu. Já é um grande passo.

Com essa vitória nossa briga pelo G8, que nos levará à Libertadores, está aberta. Eu diria que hoje estamos no grupo, porque não passa pela minha cabeça, de nenhuma maneira, que possamos perder para o Coritiba, no Morumbi, no jogo que estamos devendo. E teremos o Botafogo domingo agora, também no Morumbi. Vitória certa, obrigatória.

Isso nos devolveu o ânimo e nos deu um parâmetro, uma meta a ser alcançada. Depois da derrota para o Independiente del Valle, seria péssimo não vencer o América e nosso ano terminar no dia 06 de outubro. Só teríamos outro objetivo a ser alcançado a partir do final de janeiro. Ou seja: daqui a quase quatro meses.

Destaquei Miranda, Calleri e Luciano com ótimas participações no jogo e o lado negativo ficou por conta de Igor Vinicius. Mas Rogerio Ceni soube mudar o time e nos levou à vitória.

Agora é domingo, no Morumbi. Tem que ser vitória, ou a crise voltará ao nosso convívio.

E perdemos a Sul-Americana. Ninguém acreditava. Mas, quem acredita nesse time?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, aconteceu o que ninguém acreditava: perdemos do Independiente del Vale e ficamos com o vice da Sul-Americana, a série B da Libertadores.

Durante minha transmissão pela Web Rádio São Paulo eu alertava dos riscos que corríamos. Parece que estava adivinhando. Lembrei que quando fomos jogar contra o Barcelona e o Milan no Japão, nos Mundiais de 92 e 93, os inimigos eram os grandes favoritos, iriam nos atropelar. E ganhamos. Em 2005 a mesma coisa. Também ganhamos.

Desta vez, chegamos como favoritos plenos ao título. Nas bolsas de apostas, o São Paulo pagava apenas R$ 1,70 por R$ 1, enquanto o time equatoriano pagava R$ 5 por R$ 1. Talvez essa soberba nos tenha levado à derrota. Afinal, mesmo tomando um gol logo no início do jogo poderíamos virar a qualquer momento. Salto alto não casa com vitórias.

O time lutou, foi brigador, admito. Mas o Independiente del Valle, aquele mero desconhecido, foi muito mais competente e ficou com o título. Aliás, esse time veio da Libertadores para a Sul-Americana, ou seja, foi rebaixado e retornou para a série principal. Nós continuamos na série B internacional.

Rogério Ceni menosprezou o adversário. Os jogadores menosprezaram. Os dirigentes e conselheiros também. O resultado foi que todos ficaram com cara de paisagem, procurando explicação a ser dada.

No campo, louvor a Calleri. Pessimamente expulso. Não fez nada para receber o cartão amarelo, muito menos o vermelho. De resto, sobrou briga, luta, mas incompetência plena.

Por favor, um apelo que faço, não destruam tudo, não demitam Rogerio Ceni, não saiam por aí mandando jogadores embora, desmontando o elenco. O trabalho feito por todos foi muito bom. Precisamos reforçar o time, não desmontar o que temos. Há alguns jogadores, é fato, que não podem continuar vestindo nossa camisa. Mas o grupo, em sua grande maioria, é bom e deve ser aproveitado.

Por fim, meu recado a Júlio Casares. É triste falar isso, mas aproveite a viagem de volta, com a derrota na cabeça, para refletir sobre o mal que você causou ao clube, com o golpe do estatuto. Observe se esse monte de conselheiros que você levou para Córdoba, às nossas custas, merecem isso. Pois enquanto verdadeiros são-paulinos, aqueles que realmente amam o clube, estão vivendo um sábado à noite, quando as emoções fluem pelo ar, muito triste, esses babacas – sim, babacas – estão, apesar da derrota, comendo um Bife de Chorizo, com las papas fritas, tomando um Malbec ou uma Quilmes. E rindo da nossa cara.

Se tiver dignidade, Júlio Casares, não concorra à reeleição ano que vem. Aí vou parar de dizer que você e Olten Ayres de Abreu deram um golpe no São Paulo.

A proposta está lançada.