Vitória em Santo André não esconde a mediocridade do time

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, parece que nós, torcedores, somos muito chatos, corneteiros, mas a verdade está estampada aí para quem quiser ver e não se fizer de cego: nosso time é medíocre.

O futebol apresentado pelo São Paulo neste domingo, em Santo André, mais uma vez foi de dar dó e causar imensa irritação. Nos traz a constatação que o treino deve ser dirigido apenas para cruzamentos altos na área e seja o que Deus quiser.

Mas sabem por que esse é o jogo do São Paulo? Porque não temos meia. Rogério Ceni pediu zagueiro, lateral, atacantes de ponta, centro-avante, mas nenhum meia. Rogério quis fazer de Luciano esse jogador de criação, mas nem de longe isso está acontecendo. Galoppo, que teoricamente seria este meia, é preterido na conta dos estrangeiros. Então resta a tática de avançar os laterais, junto com os pontas, e cruzamento na área.

Neste domingo tivemos alguns lances bizarros, tanto de Orejuela quanto de Wellington. Ele pegam um rebote dentro da área, livres, podem chutar para o gol ou bater cruzado para alguém desviar. Sim, alguém desviar, porque não temos esquema tático para essas jogadas. Então eles preferem levantar a bola. Nem nos piores momentos do futebol inglês presenciamos isso.

Não estou criticando Orejuela. Dentro de suas limitações, até que ele fez uma boa partida. Já Wellington, que continua errando todos os cruzamentos pelo alto, quando fez por baixo, fez uma verdadeira assistência para Rodrigo Nestor, que se encarregou de isolar a bola.

O empate caminhava para ser o mais indicado resultado, até porque o adversário abdicou do jogo e colocou seus 11 jogadores quase dentro da área. Mas o gol saiu, em cobrança de escanteio, provando a qualidade de Wellington Rato nesse tipo de jogada. Passamos o jogo inteiro cobrando escanteios, com Wellington e Rodrigo Nestor, com nenhum acerto. No segundo batido por Rato, o gol.

Alan Franco, eleito pela FPF como o melhor em campo, só porque fez o gol, nos colocou em risco o jogo todo. Erros de saída de bola, de posicionamento, bote, enfim, um zagueiro fraco. Não sei quem pediu sua contratação, nem se foi pela posição ou pelo nome. Muito menos o nome do empresário. Mas é outro jogador a ser estudado.

Sobra para nós a certeza que temos desde antes do ano começar. De que será de muito sofrimento e várias decepções. Desta vez não cravarei a culpa na diretoria que é muito fraca -, mas em Rogério Ceni. Afinal, tudo e todos que ele pediu foram contratados. A ele resta mostrar trabalho e competência, algo que, me parece, está longe de acontecer. Enquanto isso, sofreremos por aqui.

Mais preocupante do que a derrota foi o reconhecimento de Ceni no erro de planejamento

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb a derrota do São Paulo para o Corinthians no Morumbi, neste domingo, não preocupa tanto quanto o reconhecimento do técnico Rogerio Ceni, de que houve erro no planejamento. Isso no dia 29 de janeiro, ou seja, início do início do início da temporada. Em outras palavras, entendo que podemos pegar o ano de 2023 e jogarmos na lata do lixo, observando-se a tortura a que seremos submetidos no Brasileiro, para não mergulharmos na série B.

Desde que as dispensas começaram e as contratações vieram vínhamos alertando aqui: precisamos de elenco para disputar os campeonatos, as um elenco que esteja apto a ser utilizado quando Rogerio precisar, não que fique impedido de jogar por algum motivo alheio às contusões e suspensões.

O que eu queria dizer com isso? Que o excesso de estrangeiros, que de certa forma já nos atrapalhou ano passado, viria com mais força. Afinal, mantivemos Calleri, Arboleda, Ferraresi e Gabriel, titularíssimos ano passado, e trouxemos Mendez (para ser titular) e outros que copletam o elenco, como Galoppo, Alan Franco e Orejuela.

Era evidente que o time iria ter problemas. Galoppo, que marcou dois gols na vitória contra a Portuguesa foi cortado, porque Alan Franco, Orejuela, Mendez, Calleri e Arboleda tinham que jogar. Então nos sobraram para reservas jogadores abaixo do nível que tínhamos em 2022.

Ao invés de outros estrangeiros, tivéssemos buscado jogadores no mercado nacional, a situação poderia ser bem diferente. Mas somente agora, depois dos questionamentos sobre a ausência de Galoppo e outros sobre a falta de Gabriel é que Rogerio Ceni admitiu o erro de planejamento.

Também, esperar o que de uma diretoria completamente amadora? Júlio Casares conseguiu destruir o estatuto em todos os sentidos. Além de patrocinar o “golpe” da reeleição, ao lado de Oltem Ayres de Abreu, tornou o departamento de Futebol amador, onde o diretor abnegado Carlos Belmonte, e seus eternos adjuntos (Nelson Ferreira e Chapecò) trabalham de graça, pelo amor ao clube. Sei.

No jogo contra o Corinthians, fizemos um primeiro tempo pífio. Rogério Ceni entrou com o time errado, com três volantes e três atacantes. Subentende-se que ele não queria criação de jogadas, mas bolas aéreas. Para isso contava com as descidas de Orejuela e Wellington. Só que eles erraram absolutamente todas as jogadas. Numa delas, de Orejuela, originou-se o segundo gol. Claro que com a intensa colaboração de Alan Franco e Rafael.

No segundo tempo, com as alterações feitas por Ceni, as coisas melhoraram. Chegamos ao nosso gol, colocamos uma bola no travessão, Luciano perdeu outro gol no finalzinho. Pelo segundo tempo, merecíamos o empate. Mas ficamos com a derrota.

Não coloco ainda na conta de que ganhamos de ninguém e perdemos quando deveríamos mostrar nossa força. Mas o campeonato está indo e o tempo para desculpas está acabando.

Só não acaba o tempo para a desculpa do “erramos no planejamento”. Esse erro não tem mais jeito.

O principal da vitória foi a energia positiva que nos levará ao clássico

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo goleou a Portuguesa nesta quinta-feira, no Morumbi e leva, consigo, uma energia positiva, de muita confiança, para o clássico de domingo contra o Corinthians, no mesmo Morumbi.

Não dá para tirar por base o jogo contra a Portuguesa para medirmos a força do elenco, como também não dava para fazer medição alguma o jogo contra o Palmeiras. Temos que ser coerentes para entender que ainda é o início da temporada e peças estão se ajustando.

Rogerio Ceni fez algumas improvisações, mas dentro do esperado, pois Galoppo, por exemplo, vem treinando como centro-avante. Se no primeiro tempo foi de inutilidade extrema, no segundo se soltou e vingou na posição. Luciano, que vem sendo meia sem sê-lo, pois não consegue se dar bem na posição, jogou mais à frente, até porque a Portuguesa estava completamente fechada, e marcou um gol.

Deivid, que fazia um primeiro tempo sofrível, com diversos passes errados, também fez uma jogada sensacional no segundo tempo, que originou o primeiro gol de Galoppo.

Destaco a performance de Rodrigo Nestor, para mim o melhor em campo. Jogou como verdadeiro segundo volante, por onde domina completamente o setor, e virou meia no segundo tempo. Foi o jogador que sempre esperei ver no profissional, desde que saiu de Cotia.

Enfim, em meio a improvisações, como eu disse, previstas, o time teve dificuldade no primeiro tempo, pela retranca lusa, abusou das jogadas aéreas, mas foi de um escanteio que surgiu o primeiro gol. Depois a porteira se abriu e tudo ficou mais fácil.

Gostei do desempenho da defesa, vendo um Beraldo seguro e Alan Franco com ótima saída de bola.

Digamos que o time está se encaixando. Agora um grande desafio pela frente. As análises começarão a mudar. Afinal, não estaremos no início de temporada até outubro. Já entrará fevereiro e as cobranças deverão começar a ser mais fortes.

Por enquanto, comemoramos. Espero continuar assim.

Empate com cara típica de jogo de início de temprada

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não podemos exigir tanto em entrosamento e jogadas ensaiadas neste início de temporada. Por mais que estejamos sempre cobrando por isso, há que se reconhecer que os times ainda estão sem ritmo.

Nesse contexto, São Paulo e Palmeiras ficaram num empate na Arena, num jogo onde poucas chances foram criadas, os times estavam mais preocupados em não perder do que em ganhar, o que fez com que o jogo fosse ruim tecnicamente e em emoções.

De positivo, pelo nosso lado, o sistema defensivo. Arboleda e Ferraresi fizeram uma partida espetacular e o goleiro Rafael também transmitiu bastante segurança. A lamentar a grave contusão de Ferrarei. Desejo toda a sorte do mundo ao jogador. No time, acredito que Alan Franco pode ocupar bem essa vaga.

O que preocupa, ainda, é a ligação meio de campo – ataque. Luciano não está se dando bem como meia, a bola não chega em Calleri que fica completamente isolado no meio dos zagueiros. No jogo deste domingo, por exemplo, Deivid e Wellington Rato mais marcaram do que atacaram e nosso jogo voltou a ser aquele de lançamentos do goleiro para Caller brigar pela bola no meio de campo.

Por mais que estejamos num início de temporada, considero muito pouco o que o São Paulo tem apresentado. Mas não serei corneteiro tão grande e ficar bradando por aqui nesse momento. Disse antes deste jogo que não colocaria o clássico como fiel da balança para testarmos o elenco. Ainda é muito cedo para isso.

Talvez seja possível um bom rodízio de jogadores contra a Portuguesa, para os principais estarem descansados para encarar o Corinthians. Até porque, com todo o respeito que me mereça a coletividade lusa, a Portuguesa deixou de ser time grande há algum tempo.

Vitória mostra que nem tudo pode estar perdido

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conseguiu uma bela virada, nos acréscimos, em Araraquara, contra o bom time da Ferroviária. E, incrível, o gol da vitória foi marcado por Galoppo, sem contar que o primeiro gol foi marcado por David, que foi inscrito nesta quinta-feira, sequer foi apresentado ou treinou com o elenco. Lembrando que há dez meses ele não marcava um gol. Precisamos saber agora quando vai marcar outro.

O São Paulo foi melhor durante todo o tempo. Atuando num gramado bastante prejudicado pelas fortes chuvas que caíram, sofre um gol logo de cara, com dois minutos. Um golaço, diga-se de passagem.

O time foi para cima e foi criando oportunidades. Em nenhum momento o São Paulo deixou de jogar ou buscar o gol. No meio Mendez cadenciava e acelerava o jogo, de acordo com as condições do campo. Igor Vinicius e Wellington apareciam o tempo todo como opções. Isso permitia liberdade para Wellington Rato, que trazia a bola do lado para o meio e David, que fazia incursões pelo lado esquerdo do campo.

Na defesa gostei da solidez de Ferraresi e achei que Alan Franco estava muito nervoso, tanto que errou muitas saídas de bola. Mas se acertou no segundo tempo e ajudou bastante o time.

O gol de David saiu num início de jogada de Mendez, que serviu Igor Vinicius, que colocou na medida para David.

Pablo Maia foi expulso corretamente, o que poderia colocar o São Paulo em risco. Mas a Ferroviária não se aproveitou da situação, continuou recuada e Rogério Ceni foi mudando o time. Colocou Galoppo mais à frente, Pedrinho pelo lado esquerdo e Luan para reforçar o meio de campo. Depois tirou o desgastado Mendez para colocar Rodrigo Nestor.

E foi com essa mentalidade ofensiva que o time, mesmo com dez jogadores em campo, continuou apertando, variando jogadas, até chegar ao segundo gol, que seria de Calleri, não tivesse Galoppo “estragado tudo”. A bola já estava entrando quando ele empurrou para o fundo do gol.

Vitória boa, no começo de temporada, que tenta afastar um pouco a má impressão que ficou na estreia, quando empatamos com o Ituano em 0 a 0, em pleno Morumbi.

Não vou falar aqui que a grande prova da qualidade desse elenco será domingo, quando enfrentaremos o Palmeiras na Arena. A prova se dá ao longo do campeonato. Mas que poderá nos dar uma amostra um pouco mais apurada, isso é fato.

2023 começa lembrando 2022. Aliás, um pouco pior.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a temporada deste ano começou lembrando a do ano passado. Nada que não tivéssemos previsto e falado aqui nos últimos meses, quando não tivemos futebol regional.

Desde que o São Paulo começou as dispensas e contratações, com volta de alguns emprestados, estava claro que o nível do elenco teria uma grande perda de qualidade. Perder Miranda (mal para ser zagueiro no mano a mano, mas ótimo para jogar na sobra), Reinaldo (para mim o melhor lateral esquerdo em atividade no País), Patrick, que resolveu alguns jogos para nós ano passado, e para esses lugares ficar com Ferraresi, trazer Wellington Rato, Pedrinho…dá licença. Aliás, trouxemos, também, um outro goleiro para disputar quem é o melhor reserva. Agora temos um que foi terceiro goleiro do Santos, um reserva do Juventude e um reserva do Atlético-MG.

Portanto, nada a se estranhar a apresentação pífia deste domingo contra o Ituano. E não me venham falar que o Palmeiras empatou em casa com o São Bento e o Corinthians perdeu do Bragantino. Não tenho nada a ver com eles. Além do mais, o Palmeiras pode até perder três partidas seguidas, mas no final acabará campeão paulista e, possivelmente, campeão brasileiro de novo.

Meu problema é o São Paulo. A própria torcida sabe disso e, com mais de 45 mil pagantes no Morumbi, vaiou estridentemente o time no final do jogo. Rogério Ceni, na coletiva, falou que a vaia é resquício da temporada passada. Eu diria que o time é resquício de 2022 e, certamente, muito pior. Nos fará ter sérios problemas de coração e sistema nervoso neste ano inteiro.

Mas disse no título que começamos piores que o ano passado porque até na Copinha, onde vendíamos talento e tradição, fomos ridiculamente eliminados na terceira fase, perdendo para o América-MG por 3 a 1. Eu vinha afirmando ao longo da primeira fase que esse time era um dos piores dos últimos anos.

Mais um mérito da gestão blá blá blá. Aliás, sumiram das redes sociais. O domingo foi de lamentações. Mas nessa hora os marqueteiros do Morumbi desaparecem.

Estamos num barco sem rumo. E isso porque é início de temporada. Mas os ventos são os piores possíveis.

Depois dos sócios, Oltem Ayres de Abreu avança contra jornalista

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o presidente do Conselho Deliberativo não tem limites. Depois de atacar sócios, com processos judiciais e ações administrativas, que em alguns casos levaram à expulsão destes sócios – contrários à administração – agora, ele avança contra jornalista. Desta vez eu fui o alvo de uma ação criminal, por difamação.

Na acusação, o presidente do Conselho Deliberativo afirma que sentiu-se difamado por uma matéria que fiz em abril de 2021, sob o título “Conselho aprovou o contrato que só vê um lado: contra o São Paulo!”.

Ali eu cobrava dele transparência na votação do contrato do São Paulo com a FEMG, para gerir o programa de Sócio-Torcedor.

Olten afirma no processo que foi difamado por eu ter afirmado que “Pior do que isso é a ditadura implantada no Conselho Deliberativo por seu presidente Olten Ayres de Abreu Junior. Além de tornar o contrato sigiloso, ainda está fazendo uma “caça as bruxas” para saber quem passou os dados a mim.”

Bem, ele se magoou com a palavra “ditadura”, por isso teve mais um arroubo de ataque à democracia ao tentar calar esse escriba.

Naturalmente não darei aqui minha linha de defesa, que está a cargo do meu consultor jurídico Valter Roberto Augusto, mas quero lembrar que já fui alvo de vários processos de pessoas não afeitas à democracia dentro do São Paulo

Um, por exemplo, que corre em segredo de Justiça (por pedido da outra parte, não minha) é contra Douglas Schwartzmann, também conhecido nas hostes são-paulinas como Jack. Nesse caso eu o processei por ameaças, calúnia e difamação. Ganhei na primeira instância, mesmo ele tentando reverter o processo, passando de réu a acusador, algo rechaçado pela Justiça; ganhei em Segunda Instância; ganhei em Terceira Instância; e agora especo decisão do STF. Sim, do STF, porque o cidadão em questão foi até essa instância.

E fica um aviso do meu algoz do momento: até hoje, basta fazer uma pesquisa rápida, fui alvo de mais de uma dezena de processos evocando a Lei de Imprensa. Nunca, vou repetir, NUNCA, perdi uma única ação.

Olten Ayres de Abreu usa esse tipo de arma para amedrontar outros, que não tem voz para gritar. Não são poucos os sócios que conversam comigo, de uma maneira ou de outra, dizendo que não podem se posicionar no Tricolornaweb sob pena de serem expulsos do clube.

Aliás, vale salientar que o presidente do Conselho Deliberativo pediu – e a Justiça concedeu – segredo de Justiça nesse processo. Isso mostra mais uma vez o receio que tem da vergonha que irá passar.

Assim como prometi em outros casos, darei conhecimento a vocês do andamento dessa brincadeirinha do presidente do Conselho Deliberativo, que me dá, a cada dia, mais argumentos para entender o quão ele odeia a tal democracia.

São Paulo implanta ditadura e perseguição aos sócios

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é muito triste, para não dizer deprimente, o que vem acontecendo no clube. A diretoria vem perseguindo sistematicamente quem ousa ser contrário à situação, ou mesmo faz comentários com críticas à diretoria.

A chamada “caça às bruxas” começou logo após a eleição de Júlio Casares, mas teve incremento depois da tentativa de golpe frustrada em janeiro, com a vitória do NÃO sobre o SIM. Verdade que o golpe voltou a ser tentado depois e se saiu vitorioso. Para dano do São Paulo.

Nesse período tivemos diversas atitudes intempestivas da dupla Julio Casares/Oltem Ayres de Abreu. Chamo de atitudes intempestivas porque o São Paulo perdeu todas, inclusive os recursos. Isso significa mais despesa para um clube já muito endividado, pois acaba arcando com os custos advocatícios. Talvez seja por isso que essa diretoria faça tantas trapalhadas jurídicas. Afinal, o dinheiro não sai do bolso da dupla dinâmia.

Cito aqui alguns exemplos que reforçam meus argumentos:

  • Edson Lapolla, sócio n 111, conselheiro vitalício. Foi expulso do Conselho e do clube por ter escrito um documento, na época da eleição, falando sobre “Nuvens Grafites” que circundavam o Morumbi, referindo-se à chapa eleita. No documento Lapolla lembrava o caso Far East (aquela empresa que intermediou o contrato com a Under Armour na gestão Carlos MIguel Aidar e que receberia uma comissão de R$ 18 milhões. A comissão não foi paga em razão da denúncia do Tricolornaweb e veto do Conselho Deliberativo). Lapolla lembrou no texto que Júlio Casares e muitos que o cercavam (Douglas Schwartzmann, Leonardo Serafim e Oswaldo Abreu) faziam parte do esquema e voltariam a comandar o São Paulo. A Justiça deu ganho de causa para Lapolla, o devolvendo ao clube e ao Conselho. O São Paulo recorreu e, de novo, perdeu.
  • Ainda no caso Lapolla, sua filha e seu neto também foram impedidos de entrar no clube, ainda que tivessem outro título e não usassem o de Edson Lapolla. Isso é perseguição ou não? Aliás, a própria Paola, filha de Edson Lapolla, também sofre processo administrativo de expulsão, por fazer críticas à diretoria.
  • Sobre Paola Lapolla, um fato ainda mais estranho: seu advogado, Valter Roberto Augusto, também sócio do clube, fez críticas ao andamento do processo administrativo, estendendo essas críticas à forma como a diretoria vem atuando contra opositores. Num caso “suigeneres”, a Comissão Disciplinar excluiu Valter de advogado do processo e o colocou como sócio, portanto, passando a ser processado também. Pode isso, produção? O caso está em andamento.
  • Newton Ferreira, ex-conselheiro, sócio que foi um dos líderes da campanha do NÃO contra o SIM, foi expulso do clube. O pior de tudo é que o São Paulo não o notificou nem apresentou argumentos que embasassem sua expulsão. Ele foi à Justiça comum pedindo que o clube mostrassem os documentos, mas até agora, estranhamento, passados 45 dias do fato, os oficiais de Justiça não conseguiram encontrar ninguém no São Paulo para apresentar o pedido judicial dando prazo de cinco dias para que o clube se manifeste. Acho que as férias começaram mais cedo na diretoria.
  • Ainda Newton Ferreira, foi processado por Olten Ayres de Abre Filho, presidente do Conselho Deliberativo, por críticas que fez na época do golpe do estatuto. Newton ganhou na Justiça, com o arquivamento do processo. Oltem recorreu, perdeu de novo.
  • Eu mesmo agora já posso falar do meu processo contra Douglas Schwartzmann. Ele me fez ameaças, acusações indevidas, calúnias e eu fui à Justiça. Por pedido dele, houve sigilo processual. Ganhei na Primeira Instância (por mais que seu advogado tenha tentado inverter o processo, o transformando em vítima); recorreu para a Segunda Instância e perdeu; recorreu para Terceira Instância e perdeu; procurou meu advogado para fazer um acordo e nós dissemos NÃO; foi à Quarta Instância e estamos aguardando o resultado. Claro, vai perder novamente.

Há outros casos, mas me estenderia muito nesse editorial e acho que já consegui embasar minha tese: essa diretoria, além de golpista, é ditadora e tem como hábito perseguir quem ousa criticá-la.

Oxalá 2023 chegue com outros ares e o sócio acorde para o que vai acontecer no final de novembro. Mais três anos com a dupla Júlio Casares/Oltem Ayres de Abreu vai ser um peso duro demais para os 20 milhões de torcedores deste clube.

O elenco voltou das férias mais enfraquecido do que fora em 2022. Obrigado, diretoria!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, acabaram-se as férias dos jogadores e o elenco voltou mais enfraquecido do que fora durante todo esse ano. Saíram Marcos Guilherme, Bustos, Andrés Colorado, Eder (todos, que bom), Miranda, Reinaldo (dificilmente conseguiremos substituí-los à altura), Luizão, Thiago Couto (emprestado ao Juventude), e deverão sair Igor Gomes, Nikão e, pasmem, até Patrick. Chegaram Rafael, goleiro reserva do Atlético-Mg e Pedrinho, do fortíssimo Lokomotiv.

Tenho dito na Web Rádio São Paulo que a diretoria está montando um time digno de ser rebaixado para a série B. E mostra, a cada dia que passa, o quão foi e é incompetente. Aliás, incompetência demostrada com absoluta clareza e admitida, ainda que não conscientemente.

Se livraram de jogadores que foram trazido por essa gestão: Eder, Colorado, Marcos Guilherme, Bustos; perderam jogador que, repito, por pura incompetência, não teve seu contrato renovado no momento certo, como Luizão; estão cedendo Nikão, ainda que por empréstimo ao Cruzeiro, aquele que foi trazido com “pompa e circunstance”, vestindo a nossa camisa 10; estão negociando Patrick, um dos poucos acertos em contratações, porque não conseguem pagar o salário. Em suma: com as negociações feitas admitem claramente o quanto foram irresponsáveis e incompetentes nossos dirigentes.

Outra coisa: público recorde no Morumbi o ano inteiro, cotas de TV, premiações de vice no Paulista e na Sul-americana, de semifinal na Copa do Brasil, receitas inimagináveis na formulação do orçamento passado com venda e repasse de jogadores (mormente Antony e Casemiro), empréstimos atrás de empréstimos, e continuamos devendo salários para os jogadores. Lembro que a primeira promessa era de quitação antes da final da Sul-Americana; depois ficou para as últimas rodadas do Brasileiro; depois para antes das férias; depois para o retorno das férias; agora…sim, agora…sabe-se que a dívida é dce R$ 6 milhões (menos de um por cento da dívida total do clube) e o calote continua.

Ah, vieram Pedrinho, jogador do Lokomotiv, que fez sucesso no RB Bragantino e no América-MG e Rafael, reserva do Atlético-MG. Mais um para disputar a vaga de reserva com outros nomes como Felipa Alves (reserva do Juventude) e Jandrei (reserva do reserva do Santos). Menos mal que emprestaram o Thiago Couto, aquele que um dia a cigana enganou dizendo que seria goleiro.

Desculpem o total mau-humor neste final de ano, já cornetando antes mesmo da folhinha virar o calendário. Mas estou absolutamente decepcionado com tudo o que envolve o São Paulo, buscando forças até para continuar com o Tricolornaweb e com a Web Rádio São Paulo.

Mas vou juntar forças e continuar, para desdita dos que estão acabando com o São Paulo.

Orçamento para 2023 parece peça de ficção

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o orçamento preparado pela diretoria para 2023 parece mais uma peça de ficção, principalmente por alguns valores que ali constam. Claro que será facilmente aprovado pelo Conselho Deliberativo. Afinal, graças a alguns “sanduichinhos”, suquinhos, cafezinhos, viagens, hoteis e algumas coisa mais, tudo ali passa. Não é o Orçamento Secreto do Congresso Nacional, mas funciona nos mesmos moldes, salvo raríssimas e honrosas exceções.

Por que digo que parece uma peça de ficção? Apesar de não ter sido tornado público, como jornalista tive acesso a alguns números (claro que o presidente do Conselho Deliberativo começará nova caça às bruxas e, quiçá, provocará algum processo contra este escriba).

É possível imaginar, por exemplo, que o clube disponha de quase R$ 750 mil para gastar com a Festa Junina? Ou que pague cerca de R$ 140 mil mensais para assessores do presidente Júlio Casares? Parece festa na casa da mãe Joana.

Tem mais: imaginem que está estimado um gasto de mais de R$ 10.700.000,00 para confeccionar ingressos cujos jogos são de mando do São Paulo, ou R$ 3,9 milhões em “ingressos cortesia” quando o Tricolor é mandante. Se fizermos uma simples conta, o São Paulo está gastando, em média, R$ 10 para cada ingresso vendido, levando-se em conta o número de jogos que o São Paulo deverá mandar em 2023 e tendo como base o público deste ano, ou seja, será superior a um milhão de torcedores. É possível a confecção de um ingresso custar mais do que o valor dele próprio? Isso tomando por base ingressos promocionais, sócio torcedor e outras coisas mais.

Querem mais números? Se este ano chegamos a R$ 198 milhões em empréstimos bancários, para 2023 estão previstos outros R$ 145 milhões. Não há receita que resista a tudo isso.

Quando o orçamento for votado, espero, os números exatos se tornarão públicos. Mas que os que tive acesso, e publiquei acima, parecem ficção, isso não resta dúvida. O pior é que os astros da ficção são eles. E quem paga o preço somos nós, que torcemos por esse time mas que vemos, dia após dia, ele se acabando.