Mistão do São Paulo deu para o gasto. Para minha surpresa.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o mistão do São Paulo foi bem, deu para o gasto, segurou um empate com o Fortaleza e só não ganhou o jogo por detalhes. Corremos poucos riscos, apesar de uma defesa estapafúrdia, e ainda perdemos gol por excesso de preciosismo de nossos jogadores.

Quando vi a escalação, pensei que seríamos presas fáceis e a derrota seria acachapante. Uma defesa formada por Raí Ramos, Alan Franco, Diego Costa e Patryck é para causar enfarto em qualquer torcedor. E as falhas foram gritantes sim. Alan Franco e Diego Costa perderam todas as bolas que foram para a nossa área. Teve bola no travessão, bola passando rente a trave, Rafael se destacando outra vez. Os lados do campo eram avenidas, porque nossos laterais não conseguem dar conta de nada. E de novo, foram batidos facilmente.

Mas do meio de campo para a frente a coisa funcionou melhor. Com Pablo Maia e Rodrigo Nestor à frente da defesa, o Fortaleza não conseguiu penetrações e essas chances que os cearenses tiveram foram criadas pelos lados do campo, com bolas alçadas na área.

Na frente Marcos Paulo e Wellington Rato abertos pelos lados, com Calleri centralizado, criaram algumas chances. Em uma Rodrigo Nestor poderia ter feito o gol, mas quis dar um drible dentro da área e perdeu a chance de chutar. Depois foi Marcos Paulo que fez a mesma coisa.

Quando ficamos com um a mais, no segundo tempo, o São Paulo apertou o Fortaleza, mas não conseguiu marcar. Com a expulsão de Rodrigo Nestor, a situação se inverteu. O São Paulo sentiu muito a perda do jogador.

Depois, ambas as equipes se contentaram com o empate e passaram a gastar o tempo.

Não concordei com a escalação de Dorival Jr, apesar do resultado ter sido satisfatório. Entendo que ele deverá poupar todos os principais jogadores semana que vem, na viagem para a Venezuela. A única explicação que encontro para isso é que Dorival tinha certeza que poderia ser derrotado com o titular então, derrota por derrota, entra com o reserva e vê o que acontece.

Se foi isso, deu certo. Mas o risco foi grande. De qualquer maneira, estamos em ótima situação no Brasileiro, ao contrário do que muitas – inclusive eu – esperavam. Domingo teremos uma real chance de quebrar o tabu em Itaquera. Vamos que vamos!

Editorial: Alguém me disse

Vocês que me seguem pelos meus canais me conhecem muito bem. Alguns há muitas décadas. Outros há alguns anos. Há, também, os que me acompanham há alguns dias.

Mas sempre prezei pela ética na minha profissão, por isso fui, sou e serei eternamente contra Fake News. Portanto, não a propago, pois seria incoerência de minha parte.

Minha vida foi pautada pela militância no jornalismo político, por vezes investigativo. Sempre fui muito crítico a presidentes, governadores, prefeitos, senadores, deputados. E assim continuo. Nunca aceitei o negacionismo à ciência, do ex-presidente Bolsonaro, nem  os crimes do Petrolão do PT e do presidente Lula.

No esporte, não é segredo para ninguém que sou um alucinado pelo São Paulo FC. Assim sendo, viso o bem da agremiação que amo, sendo crítico aos presidente e ex-presidentes, diretores e outros mais. Minhas críticas e denúncias  não tem caráter eleitoreiro, mas visam servir o torcedor são-paulino. As críticas são construtivas, apesar de lá acharem que elas são destrutivas.

Pois bem, chegou ao meu conhecimento (e por isso Alguém me disse) que pessoas estão fazendo um dossiê contra mim, incomodados com minha atuação, e, através de verdadeiras Fake News que estariam sendo montadas, me acusar até de crimes hediondos.

Pois quero deixar aqui claro que estou de coração aberto esperando, de camarote, o que vão fazer. E que passo nesse momento esse texto, além de publicá-lo aqui, ao dr. Nico, sub-Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo (de quem prezo a amizade), para que ele tenha ciência da tentativa de intimidação a que estou sendo vítima e de que, de minha parte, providências na área criminal já estão prontas para serem tomadas.

Aliás, não posso deixar de citar que recebi, ainda pela manhã, informação do meu advogado, dr. Valter Roberto Augusto, que o Ministério Público pediu minha absolvição no processo movido contra mim pelo presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, Olten Ayres de Abreu.

Vitória imponente, com segundo tempo impecável do time

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conquistou uma vitória obrigatória – por ter jogado no Morumbi – mas contra um time de ponta, que está na Libertadores e, portanto, alguns degraus acima de nós.

O primeiro tempo foi chato. O Inter tentou pressionar a saída de bola do São Paulo mas, bem no estilo Mano Menezes, formava um ferrolho do meio para trás. Claro, o São Paulo tinha dificuldades de penetração.

O lado direito ofensivo era habitado por Alisson, com auxílio de Rodrigo Nestor. Rafinha ficava preso lá atrás, atuando mesmo como lateral, mas muitas vezes funcionando como terceiro zagueiro. Do lado esquerdo, Caio era ala e seu setor era coberto por Gabriel. Aliás, o uruguaio e Pablo Maia jogavam sempre lado a lado, permitindo que Rodrigo Nestor ficasse livre par flutuar pelo campo,

Ao contrário do que sempre ocorre, desta vez Nestor foi bem. Deu assistências, cobriu contra-ataques do adversário, perdeu gol, de um gol para Wellington Rato incrivelmente perder.

Mas nada se compara ao que jogou Pablo Maia. Merecidamente eleito o melhor em campo, não só pelo golaço que marcou, ele foi gigante na marcação, à frente da zaga. E salvou três gols certos do Internacional. Duas vezes se atirando na frente da bola e na outra tirando em cima da linha. Nesse último caso uma falta clamorosa sobre Rafael não marcada pela arbitragem.

Mas há que se destacar a mudança que o time teve no segundo tempo a partir da entrada de Calleri. Até Luciano, que vinha muito mal no jogo, melhorou subitamente. Ele passou a fazer a função de segundo atacante, que é sua verdadeira posição, e cresceu demais.

Já Calleri, bem, esse é um caso a parte. Sua entrada prendeu os dois zagueiros do Inter e ainda fez com que o volante ficasse mais atrás. É cada vez mais impressionante a identidade que o argentino tem com a camisa do São Paulo.

Lá atrás, Arboleda e Beraldo foram gigantes, ganhando tudo e mais um pouco, além de ótimas saídas de bola.

Sem viajar na maionese, me parece que Dorival Jr está conseguindo dar uma nova cara para o São Paulo. Se não concordei com sua entrevista pós jogo contra o Tolima (uma noite de horror na Colômbia), desta vez vi evolução. Tomara não seja um sobe e desce constante, onde fazemos uma grande partida seguida de uma horrível e aí voltamos ao ostracismo.

Se conseguirmos dois pontos nos dois próximos jogos me darei por satisfeito, pois continuo, apesar deste jogo, fazendo as contas para 46. Então faltam 39.

Noite de horrores. Mostrou bem o nível em que nos encontramos.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, Ibagué viveu uma verdadeira noite de terror nesta terça-feira. O jogo entre Tolima e São Paulo mostrou bem o nível em que nós nos encontramos. Os colombianos, seis jogos sem vencer, ocupando a 13ª posição do “fortíssimo” campeonato de lá, e nós, bem, nós, outrora gigantes, imbatíveis, temíveis, agora nos nivelando a esse timeco e jogando uma partida horripilante.

Falei, durante minha transmissão pela Web Rádio São Paulo, que se fosse nosso vizinho de muro no CT da Barra Funda, mandaria o terceiro time e ganharia de uns 4 a 0. Nós fomos com o time tido como principal e fizemos só isso.

Estou preocupado com a Sul-Americana? De maneira alguma. Nem com a Copa do Brasil. Meu foco continua sendo o Brasileiro e o risco real que temos de rebaixamento. Olho ali na frente e vejo uma sequência com Internacional (casa), Fortaleza e Corinthians (fora) e dá arrepios. Afinal, vendo o que jogamos contra o Coritiba e nesta terça-feira, contra o Tolima, entro de modo desespero.

Pior do que isso é ver e ouvir Dorival Jr falar que estamos melhorando, o time está progredindo. Onde isso, cara pálida? Não vou cornetar e começar a criticar o técnico, que acabou de chegar. Também durante a transmissão, e depois, no Mesa Redonda, falei que não sei se a ruindade do time é herança de Rogério Ceni e Dorival não teve tempo de consertar, ou se o elenco é ruim de doer mesmo e vamos ter que suportar isso daí.

O fato é que o São Paulo está dando pena de ver. Tento me empolgar, assisto DVDs que tenho dos grandes momentos de nosso glorioso clube, mas acabo tendo que assistir – e transmitir – esse horrendo time, que dá sono e raiva.

Algumas caixas de calmante serão poucas para suportar esse ano de 2023. Parece que ele já acabou, mesmo estando no primeiro semestre. Mas, na realidade, ele vai demorar uma eternidade para acabar.

Outrora lamentaríamos o empate. Hoje comemoramos esse ponto.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, sempre faço as contas visando o título: três pontos em casa, um fora. Naturalmente considero jogos “perdíveis” fora, como Palmeiras, Corinthians, Flamengo, Fluminense, mas também jogos “ganháveis”, como Bahia, Coritiba, Goiás, Botafogo, Cruzeiro. Então, um jogo compensa o outro. O importante é chegarmos no final do Brasileiro com a média de dois pontos por jogo.

Já saímos no prejuízo ao perdermos um jogo “ganhável” para o Botafogo, na abertura do Brasileiro. Contra o Coritiba tínhamos obrigação de ganhar o jogo, para compensar aquela derrota. Mas ficamos no empate. E, mais uma vez, graças a Rafael e a ruindade extrema do atacante do Coxa não perdemos o jogo.

Porém depois, pensando, pensando, entendi que tenho que calcular de forma diferente, pois esse é o nosso momento (já de anos). Ao invés de projetar 76 pontos, tenho que projetar 46. Portanto, temos que comemorar o empate. Afinal, faltam 42 para atingirmos a meta. E mais: conseguimos empatar na casa de um time que certamente vai brigar para não cair. Portanto, adversário direto em nossa meta deste ano.

Não entendi a opção de Dorival Jr. E digo mais: tenho certeza que não foi decisão dele, pois acabou de chegar ao clube e não teve tempo de entender as prioridades. Certamente foi ordem da diretoria de poupar alguns jogadores contra o Coritiba para ir com força total contra o Tolima, pela Sul-Americana. Uma diretoria que brinca com o rebaixamento, acreditando que a força da nossa camisa, que entorta varal, por si só, será capaz de evitar o vexame maior. E insiste em tentar conquistar um título menor para colocar um quadro nas paredes do clube como a diretoria que ganhou o Campeonato Mundial Paulista e pode conquistar o Campeonato Interplanetário Sul-Americana.

Sobre o jogo em si, nada a salientar, a não ser outra grande apresentação de Rafael e o talismã Marcos Paulo, que entrou e empatou o jogo para nós. Fez coisa que Luciano e outros companheiros de ataque não conseguiram fazer. Realmente, o time sem Calleri padece muito, pois não temos criatividade e dependemos de um cara goleador, que enxergue a lugar onde a bola vai, se antecipe e coloque para o fundo da rede.

Será, cada vez mais tenho absoluta convicção, um ano de muito sofrimento, com uma diretoria ridícula, que só pensa na reeleição e no próprio ego, deixando que o resto se dane.

Mesmo sem convencer, São Paulo avança na Copa do Brasil

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, mesmo sem convencer, levando um sufoco no final do jogo, o São Paulo venceu o Ituano e garantiu sua classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil. Além da vitória esportiva, teve também importância econômica, pois foram mais de R$ 3 milhões que entraram no caixa do Tricolor.

Dorival mostrou que tem estrela e bom papo, pois não acredito que em apenas cinco dias, dentro dos quais foram dois jogos, conseguiu mudar tanta coisa no time a ponto de obter duas vitórias, marcando quatro gols e não sofrendo nenhum.

Claro que conto com o fator mudança de técnico, que faz naturalmente com que os jogadores corram mais, se entreguem à exaustão, até como fator para mostrar serviço e ganhar posição.

Dorival mexeu no time desta terça-feira, em relação ao que jogou sábado. Rafinha entrou na lateral direita, já que Raí Ramos não podia jogar; Caio ganhou o lugar de Patryck; Gabriel no de Luan; e Marcos Paulo no de Calleri, diagnosticado com Dengue.

O ataque não se encontrou. Luciano perdido, Marcos Paulo dando trombada com ele, não havia uma definição quem abria e quem ficava pelo meio. Enquanto isso a defesa continuava sólida demais, com Arboleda ganhando tudo lá atrás.

O time fez um primeiro tempo melhor que o segundo. Mas, curiosamente, ganhou o jogo quando jogava pior. Foi preciso Wellington Ratro entrar e, no segundo lance que pegou na bola, definir o jogo com um golaço.

As outras substituições de Dorival, por mais que tenham sido acertadas, não renderam frutos. Todos, sem exceção, entraram muito mal. Luan, Michel Araujo e Orejuela só erraram e atrapalharam o time.

De saldo ficou mesmo a vitória, Prefiro ganhar jogando mal do que perder jogando bem. Como venho dizendo, não me importaria se fosse eliminado pelo Ituano. Iria gritar, xingar, cornetar, mas passados dois dias iria esquecer. Meu foco está no Campeonato Brasileiro. E sábado, a coisa pega.

Vitória dá moral, apesar de Rafael ter sido o melhor em campo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, sem dúvida alguma uma vitória por 3 a 0 sobre qualquer time dá moral ao elenco. Não importa se Rafael foi o melhor em campo, se o primeiro gol, além de falta de Luciano, contou com uma grande falha do goleiro, se o terceiro gol nos foi dado de presente pelo zagueiro do América. O que importa é a vitória e o placar elástico. Os detalhes são apenas detalhes, que fazem parte do futebol.

Agora tem um ponto: não me venham dizer que o elenco não estava de corpo mole, prontinho para derrubar Rogerio Ceni. Não é possível tanta vivacidade e produtividade em apenas 24 horas de Dorival Jr à frente do elenco.

Bem, mas o que importa, repito, é a vitória. Vimos Luciano voltando a marcar, Calleri idem e Marcos Paulo provando, mais uma vez, que merece uma chance nesse time. Quiçá agora com Dorival isso seja possível.

Também temos algumas constatações: Patryck não tem pegada para o profissional. Ou volta para a base e se arruma por lá, ganhando experiência e poder de marcação, ou não terá futuro algum no futebol, principalmente nessa posição; Rai Ramos me parece um Igor Vinicius piorado. Ou seja: estamos muito mal pelas laterais.

Talvez tenha sido por isso que sofremos tanto no jogo. Wagner Mancini, muito espero, fez o jogo dele todinho pelas pontas. As avenidas Patryck e Rai Ramos facilitaram o trabalho do técnico adversário e fizeram de Rafael o grande nome do jogo. Arrisco a dizer que foi a melhor partida de sua carreira.

Não gostei a improvisação de Pablo Maia pelo lado. Dorival jogou com dois volantes de ofício e um segundo volante. Mas admito o receio que ele tinha de perder o jogo em sua estreia. Então tratou de rechear o meio de campo. Além do mais, é claro que não vou criticar Dorival agora, pois acabou de chegar e não teve tempo de conhecer o elenco que tem em mãos.

Vamos virar o foco. Terça-feira tem Ituano, jogo decisivo pela Copa do Brasil. Acho que vamos passar.

Vitória nos últimos minutos contra o tal de Cabello. Nós merecemos sofrer.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu o Puerto Cabello (quem?), sim, Puerto Cabello, por 2 a 0, com dois gols nos últimos minutos. É para sofrer mesmo. Não que eu esteja preocupado com a Sul-Americana. Já disse e repito: que se dane Sul-Americana. Que se dane Copa do Brasil.

O problema é a vergonha, o vexame, a humilhação. Não ganhar do Puerto Cabello (quem?), Puerto Cabello, em pleno Morumbi, seria mais uma para colecionarmos.

Rogério Ceni mandou um time quase misto a campo. Deixou jogadores como Calleri, Wellington Rato, Mendez e Rafinha no banco. Mas, verdade mesmo que precisava do time titular para ganhar do Puerto Cabello (quem?), sim, Puerto Cabello?

É. Parece que sim. Afinal, precisamos ter Calleri e Wellington Rato em campo para chegarmos à vitória, até porque o primeiro tempo foi horrível. Nada de nada. De ambos os lados. Bem, do lado de lá, nada para estranhar, porque o time é muito ruim. Mas do lado de cá, se pensarmos, também nada a estranhar, porque o nosso time é muito ruim também.

Rogério Ceni entrou com Juan e Luciano na frente. Aliás, fez um 4-2-4, porque Michel Araujo jogava aberto pela direita e Alisson pela esquerda. Nossos meias, mais uma vez, eram Beraldo e Arboleda. Desnecessário falar que a bola nunca chegou aos atacantes. Juan, por exemplo, acho que só falei o nome dele na escalação e na substituição.

Com o emprego em jogo ele foi colocando os titulares no segundo tempo. Mas foi Marcos Paulo quem resolveu a situação. Sim, o jogador desprezado por Rogerio Ceni, que lhe fez críticas nas redes sociais, que causou um alvoroço. Assim como já tinha incendiado o time no jogo contra o Botafogo, quando entrou, desta vez repetiu a dose. Além de criar jogadas, marcou o gol que abriu o placar.

A teimosia de Rogerio Ceni não tem fim. A vitória suada contra o Puerto Cabello (quem?), Puerto Cabello, rendeu mais alguns dias no cargo ao nosso técnico. Mas não sei se ele sobreviverá a um resultado negativo contra o América-MG, no Morumbi ou, principalmente, a uma hipotética eliminação contra o Ituano, na Copa do Brasil.

Enfim, parece que sofrer é o nosso destino. Nos tornarmos um time médio, deixando de ser um gigante, não se mostra ser algo tão distante de acontecer. Ao menos enquanto tivermos na diretoria profissionais em muitas coisas, menos nas gestões financeira, administrativa e no futebol.

Lembramos o México: jogamos como nunca, perdemos como sempre

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, como até prevíamos, com a razão, não com o coração, o São Paulo estreou com derrota no Campeonato Brasileiro. Num gramado artificial e muita chuva no Rio de Janeiro, perdemos para o Botafogo por 2 a 1.

Os primeiros 13 minutos de jogo foram sufocantes. O Botafogo abriu o placar aos três minutos e impôs um verdadeiro massacre ao São Paulo. Não tomamos mais dois ou três gols nesse pequeno intervalo de tempo por obra do acaso. Em determinado momento Arboleda foi flagrado pelas câmeras pedindo a Rogerio Ceni para inverter as posições dele com Alan Franco. Destro, o argentino já é muito fraco pelo lado direito. Imagina do lado esquerdo. Foi um sufoco.

Mas quis o destino que Rogério Ceni tivesse um minuto de humildade e cedesse ao que a torcida queria: Luciano e Calleri juntos no ataque. E na primeira descida do time, lançamento de Wellington Rato para Calleri, que tabela com Luciano e empata o jogo.

O Botafogo, um time tão ou mais fraco que o São Paulo, sentiu o impacto e passou a ser presa fácil. O São Paulo passou a dominar o jogo e se tivesse terminado o primeiro tempo vencendo por um placar elástico, não seria de se abismar.

Veio o segundo tempo e o São Paulo sem Luciano. O gramado sintético fazia mais uma vítima no Tricolor. Entrou David e o ritmo caiu assustadoramente. Afinal, Calleri se viu isolado lá na frente. Mas David também se machucou e entrou Marcos Paulo. O São Paulo voltou a crescer.

Pressionando muito, desta vez sem cruzamentos, mas com bola no chão, penetrações pelo meio ou pelos lados do campo, o time fez com que Lucas Perri se tornasse o grande nome do jogo, com ótimas defesas, impedindo a vitória do Tricolor.

Só que no final, mais uma bobeira da defesa, entenda-se Alan Franco, e tomamos o segundo gol.

Antes disso Rogério Ceni já havia cometido diversos erros. O time foi bem no primeiro tempo, mas ele colocou Michel Araujo pela direita e trouxe Wellington Rato pelo meio. Perdemos o meio campo. Quando Rato se machucou, colocou Gabriel, quando poderia ter colocado Juan. Já perdíamos o meio de campo, perdemos, também, o ataque. Sobrou espaço para o Botafogo vencer o jogo.

Portanto atribuo diretamente a Rogério Ceni a derrota na partida deste sábado. Com ela, o fantasma que nos assusta desde antes de começar o Brasileiro. O Z4.

Oremos!!!

Empate grotesco em casa contra time pequeno. Nossa sina continua.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a sina de nosso sofrimento continua. Não tem fim. Nesta terça-feira ficamos no 0 a 0 contra o Ituano. Sim, aquele time que até a última rodada do Campeonato Paulista estava para ser rebaixado no Estadual.

Lá atrás, em janeiro, primeiro jogo do Paulista, também empatamos em 0 a 0 com o Ituano. A desculpa foi o início de temporada. Agora, em abril, qual será a desculpa? Início da Copa do Brasil. Bem, se não ganhar lá, adeus Copa do Brasil. Adeus matéria encomendada pela diretoria, que alguns sites se deixaram levar, de que começava a Copa do Brasil e com ela a possibilidade do clube ter dinheiro para pagar os jogadores.

No jogo contra o Tigre, na Argentina, depois de 23 dias de inter temporada, analisamos de forma a esquecer o primeiro tempo, horrível, e pensar apenas no segundo, quando realmente crescemos, fizemos dois gols e ganhamos.

Nesta terça-feira, quando terminou o primeiro tempo, pensei que pudesse ser a mesma coisa. Rogério Ceni, de novo, entrou com o time errado, ele mudaria no intervalo e seria gênio, conseguindo uma grande vitória. Realmente ele mudou, o time até saiu do marasmo inicial, mas nada de novo aconteceu.

O São Paulo, mais uma vez, viveu de cruzamentos ineficazes, foi dependente de bolas paradas, e nenhuma outra jogada convincente. Afinal, com meias no nível de Beraldo e Alan Franco, a coisa não pode fluir.

O primeiro lance de tabela surgiu aos 40 do segundo tempo, quando Luciano e Calleri, que deveriam ter começado o jogo, quase conseguiram alguma coisa. E o único lance de perigo para o gol do Ituano foi aos 49 minutos do segundo tempo, uma cabeçada de Luciano, grande defesa do goleiro, com direito a rebote, mas a zaga colocando para escanteio.

Enfim, um horror, digno das vaias da torcida ao final da partida. E vou repetir: que se dane se for eliminado pelo Ituano; que se dane se não avançarmos na Cola Sul-Americana. Para a diretoria será um transtorno, pois ela só pensa no dinheiro. Para nós, torcedores, não fará a menor diferença.

Que não se dane, isso sim, é o jogo contra o Botafogo sábado, no Rio de Janeiro. Aí sim, é que a coisa vai pegar.