Fotografia do jogo me passa a impressão que jogadores entraram em férias

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, vou parecer meio antagônico, incoerente no meu comentário, mas, acredito, vocês vão entender. O empate neste sábado, em São Januário, pode ser considerado um bom resultado. Porém, esse empate me soa como uma derrota. Estou louco? Não. vou explicar.

A semana toda venho falando que tinha convicção numa derrota do São Paulo, afinal, nas últimas rodadas venho observando uma “Operação Salva Vasco”. Em São Januário, um verdadeiro caldeirão dos infernos, o São Paulo, sem qualquer força nos bastidores, seria presa fácil. Portanto, nesse caso, jogando sem Calleri, Beraldo e Rafinha, considero que o empate foi um bom resultado.

Por outro lado, e aqui entra a sensação de derrota, nada do que eu imaginava aconteceu. Ao contrário, Bráulio da Silva Machado teve uma boa arbitragem. Marcou um pênalti, para mim claro, porém dentro de São Januário, aos 45 minutos do primeiro tempo. E aí se sucedem a sensação de derrota.

Wellington Rato pega a bola, autorizado por Lucas, capitão do time, e vai rebolando para a bola, dando pulinhos. Aí bate fraco no meio do gol, quase como um recuo para o goleiro do Vasco.

Daí para a frente gol perdido pelo Lucas, pelo Luciano (já no segundo tempo), outras jogadas inacabadas. O São Paulo, mesmo não querendo, jogou melhor que o Vasco. Só que chegou um momento, como não fazíamos nada, o Vasco foi para frente e transformou Rafael no nome do jogo.

Não foi só o pênalti que Wellington Rato perdeu. Ele fez uma das piores partidas de sua vida; Pablo Maia cansou de dar contra-ataque para o Vasco; Alan Franco também exagerou no direito de errar.

Salvaram-se Lucas – sempre ele -, Nathan, que fez boa partida; Caio e Rodrigo Nestor, além de Alisson, que foi razoável. Ou seja: conseguimos não ganhar, em condições normais, de um time muito ruim.

Isso me dá a clara impressão de que os jogadores, tidos como titulares, entraram em férias depois da conquista da Copa do Brasil e da vitória sobre o Corinthians. Portanto, resta a Dorival utilizar o que falta no campeonato para testar jogadores do elenco.

Ah!, Dorival, por favor: separe os cobradores de pênalti (Calleri, Luciano, James, Rato) e coloque para cobrar 200 pênaltis por dia no CT, com Rafael no gol. Assim você consegue fazer um baita treinamento para cobradores e goleiros. Porque eu estou de saco cheio de perder pontos ou ser eliminado porpênaltis mal cobrasos

São Paulo mostrou futebol de campeão para virar sobre o Corinthians

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi uma grande vitória no Majestoso deste sábado. Sofremos um gol com dois minutos de jogo, numa falha de Rafael, mas o time mostrou um verdadeiro futebol de campeão para virar sobre o reserva do Corinthians e vencer o jogo por 2 a 1.

A despeito de ser, como eu disse, reserva, do lado de lá estava uma camisa que merece respeito pela sua tradição. Já jogamos com time reserva contra eles, em Itaquera, nem por isso desdenhamos da nossa situação por ter perdido ou empatado algum jogo. Por isso respeito muito o resultado e a partida de alguns jogadores.

Destaco, principalmente, Calleri, Lucas, Alisson e Beraldo. Partida exemplar. Não que os demais tenham decepcionado. Mas procurei, nesse nomes, indicar os melhores em campo.

Calleri, como disse o amigo Waldir Albieri, tem uma simbiose com nossa caminha que é algo que impressiona. Além do profissionalismo acima de tudo, tem amor, tem feeling, tem tudo que faz dele um dos cinco maiores centroavantes que passaram pelo São Paulo.

Lucas traz consigo a experiência adquirida da Europa. Tem uma força de arranque fora do comum. Faço aqui um contraponto: o Corinthians destacou Maycon para marcar Lucas. De repente tinham Maycon e Giuliano. E Lucas ganhou todas. Do outro lado, quando entrou Renato Augusto, Alisso foi destacado para marcá-lo . E Renato Augusto não conseguiu jogar.

Também falei de Beraldo. Que zagueiro. Que sobriedade. Jogou sem Arboleda a seu lado e não deu sopa para o azar. É verdade que Diego Costa também fez boa partida.

Enfim, o primeiro tempo do São Paulo foi digno de time campeão. E o segundo, bem, o segundo também. Soube segurar o resultado sem correr riscos e ainda criou várias chances perdidas no ataque. A mais gritante a de Wellington, depois de ótima jogada de Lucas, deixa o lateral na cara do gol e ele chuta para longe do gol.

O ano acabou para o São Paulo. O pequeno risco de rebaixamento desapareceu. Estamos na Libertadores do próximo ano. Agora Calleri, que forçou o terceiro cartão amarelo, poderá fazer sua cirurgia. Outros poderão se tratar. Afinal temos o Vasco sábado que vem e depois paramos por dez dias por conta das Eliminatórias da Copa do Mundo.

No Brasileiro, é só manter o ritmo e terminaremos o ano com ótimo retrospecto geral. Mais uma vez, parabéns elenco. Você deu a resposta que esperávamos. Não vou me cansar de gritar: É Campeao!!!

Time reserva dá conta do horrível lanterna e traz alívio para a sequência

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o time reserva do São Paulo não teve a menor dificuldade para passar pelo horrível lanterna do Brasileiro nesta quarta-feira, no Morumbi. Depois de dois gols anulados, por impedimento, finalmente o terceiro valeu – apesar de ter sido anulado pelo bandeira, mas corrigido pelo VAR – e ratificou a superioridade impressionante do São Paulo em campo.

Por mais que tivéssemos levado um susto com o gol do Coritiba, absolutamente sem querer, pois foi um verdadeiro “passe” de Gabriel Neves, o São Paulo voltou ao domínio das rédeas do jogo e conseguiu o segundo gol, numa penalidade muito clara, no ângulo de visão do árbitro, mas só marcada pela revisão do VAR. Ou seja: uma arbitragem totalmente dependente do juiz de vídeo. E, por incrível que pareça, o VAR acertou todas as decisões.

Gostei muito da partida de James Rodriguez. Dá para perceber que ele está retomando a forma física e isso é fundamental para ele galgar uma posição de titular no time. Até porque, futebol ele tem e demonstra que, tecnicamente, está bem acima de quase todo o elenco.

Também vi em Diego Costa uma grande partida. E olha que ele teve que “carregar” a mala do Alan Franco. O argentino marcou o primeiro gol, mas por muito pouco não deu um gol para o Coritiba e ainda falhou em alguns botes lá perto da área. Nathan é outro que, por mais que consiga fazer algumas jogadas interessantes, tem esse lado bom superado pelas péssimas apresentações no restante dos jogos.

Gabriel está provando, a cada dia, que a reserva é o que melhor lhe cabe, enquanto Luan, ao que parece, está retomando a forma física e fez boa partida. Enquanto isso lá na frente, bem, contamos com Luciano, porque Juan continua devendo explicação para sua escalação como titular.

Não falei de Michel Araújo, ou melhor, deixei por último, assim como Wellington. O uruguaio tem repentes de craque, descola algumas jogadas meio mágicas, mas na maioria das vezes vive uma mesmice e não consegue passar ao torcedor a confiança de que pode ter uma vaga no time titular. Já Wellington, bem esse continua com um índice altíssimo de cruzamentos errados. Isso quando eles vão por cima, porque quando são por baixo, se tornam em verdadeiras assistências.

Enfim, o time reserva ganhou, tirou o São Paulo de uma situação não confortável, a apenas três pontos do Z4. Mais do que subir quatro posições e ficar a seis pontos do Z4, colocou seis times entre nós e o primeiro time da zona de rebaixamento, que é o Bahia. Isso quer dizer que uma vitória sobre o Corinthians no próximo sábado, praticamente nos tira de qualquer pesadelo de voltarmos a rondar o Z4. E, então, Calleri vai poder operar.

O campeão de todos os títulos que existem voltou!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o tempo de glória voltou. E com um rigor impressionante. Afinal, conquistamos o único título que faltava em nossa vasta coleção, com requintes de crueldade, eliminando, numa sequência, dois arquirrivais locais, como Palmeiras (não é o melhor da América?) e o Corinthians (não é nossa asa negra?) e, de quebra, o Flamengo (não é o melhor do mundo?). Foi um título com a marca do São Paulo, aquele que sempre foi gigante e estava um pouco adormecido, mas que deixaram acordar. Agora, segura.

Se há um acerto desta diretoria foi o momento da troca de técnicos. Rogério Ceni tinha criado atrito com todo o elenco e não conseguia mais fazer o time andar. Dorival chegou, mudou o clima, uniu o grupo e conseguiu tirar bons resultados dos mesmos jogadores que estavam com Ceni. Dorival disse na entrevista que havia pedido a Júlio Casares que, se não pudesse contratar, ao menos não vendesse ninguém. A diretoria atendeu o pedido e ainda trouxe, de quebra, Lucas e James Rodrigues (esse último um bom expectador dos grandes jogos).

Jogadores como Arboleda e Calleri não tinham nada a provar. Mas o crescimento de Rafinha, Beraldo, Caio, Rodrigo Nestor e Alisson nas mãos de Dorival é algo fora do comum. Essa somatória fez do São Paulo um digno e legítimo campeão.

Não teve Palmeiras, não teve Corinthians, não teve Flamengo, não teve ninguém. Chegamos como zebra contra todos eles, assim como acontecem em 1992 e 1993, quando Barcelona e Milan eram os favoritos disparados e conheceram a força do Tricolor. Agora, em menor intensidade por conta dos adversários, é claro, a história se repetiu.

O elenco está de parabéns, Dorival, acima de tudo, é sensacional. Todos que se envolveram nessa conquista devem ser reverenciados. Muricy voltou para ser campeão.

Falei durante a transmissão pela Rádio São Paulo e vou deixar marcado aqui. Sou um crítico desta administração, mas sou acima de tudo ético e sei bem separar as coisas. Devemos reverenciar algumas figuras que tem sido alvo de minhas críticas, às vezes, ferozes: Carlos Belmonte, diretor de Futebol, pois afinal foi ele quem montou, em última análise, o time que conquistou a Copa do Brasil; Dedé, diretor Social, que espalhou telões por todos os cantos do clube para que os sócios pudessem acompanhar a partida; Eduardo Toni, diretor de Marketing, pelo grande trabalho feito no final de semana, como um dirigível pelo céu de São Paulo, as bandeirinhas, a queima de fogos, etc. E, claro, Júlio Casares, o presidente que comandou tudo isso. Um presidente campeão.

Não vou permitir que o título encubra os erros da diretoria. Mas, como já disse aquele grande filósofo Confúcio, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. E, acima de tudo, de divergências e outras coisas mais, somos todos São Paulo.

Por último, quero apenas fazer uma retificação no título desta editorial. Não temos todos os campeonatos não. Há um Palmeiras e Corinthians tem e nós não. Aliás, esse eu não quero.

Salve o Tricolor Paulista, eterno amor da minha vida. Obrigado, São Paulo. É Campeão!!!

São Paulo jogo contra o Fortaleza pensando no Flamengo. Mas até o time reserva?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo voltou a perder no Campeonato Brasileiro e só não se afundou na tabela porque os times que estão atrás de nós também perderam ou empataram. Mas a situação está ficando cada vez mais preocupante no Brasileiro, pois estamos a apenas quatro pontos do Z4. Mas estamos pensando no Flamengo, no título da Copa do Brasil e o resto que se dane.

Interessante é que o Flamengo mandou seu time principal para Goiânia ontem. Apesar de jogar um futebol pífio e só empatar com o Goiás, ele, que teve que viajar, que terá viajar no final de semana, que terá que ganhar o jogo na casa do adversário, não poupou jogadores. Apenas os que estavam suspensos ou machucados não jogaram.

Já o São Paulo, que joga por um empate, não viajou para jogar com o Fortaleza, não viajará no final de semana, vindo de uma folga de 15 dias, precisou poupar o time todo. Vai entender.

Aliás, parece que até o time reserva entrou em campo pensando no Flamengo, pois se esqueceu de jogar contra o Fortaleza, assim como já houvera acontecido contra o Internacional, semana passada.

Por mais que eu admita que o elenco do São Paulo é fraco – temos bom time titular, mas elenco ruim – não posso admitir que nossa camisa seja vilipendiada deste forma dentro do Morumbi. São oito jogos sem vitória, quatro deles no Morumbi.

Pensem: esse time reserva não é do Nacional da Comendador Souza, do Juventus da Mooca. É um time reserva do São Paulo, que tem, por obrigação, encarar diversos times no Brasil de igual para igual. Um time reserva com James Rodriguez, Luciano, Wellington, Michel Araújo, não pode perder tão facilmente assim para o Fortaleza.

Ah, o goleiro deles foi o melhor em campo no primeiro tempo. Pegou até pênalti. Então é fácil concluir que continuamos fazendo o nome dos goleiros, pois a cada jogo um goleiro adversário se torna herói do jogo. Tem algo errado aí.

James perdeu outro pênalti. O segundo cobrado desde que chegou, o segundo perdido. Mas ele não foi tão mal. Mostrou que é um verdadeiro meia, que vem buscar a bola no meio de campo, se desloca por todos os pontos do campo no ataque, sabe dar assistência, tem ótima batida na bola e fez um gol de craque. Mas ainda não está no ritmo do time principal e, por isso, deve continuar no banco contra o Flamengo.

Em compensação, Luan, Nathan, Gabriel e Juan, definitivamente, desaprenderam a jogar futebol. Ou, em alguns casos, nunca aprenderam

Enfim, que a vitória venha domingo para coroar o ano, nos colocar na Libertadores em 2024, trazer o título que falta para nossa prateleira e, claro, os R$ 70 milhões para os cofres do clube. Porque se algo der errado e não vier, a casa vai cair.

Vitória irrefutável, de um time que jogou com cara de campeão!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória do São Paulo sobre o Flamengo no Maracanã mostrou que o time está com verdadeira cara de campeão. Não se assustou com os quase 60 mil flamenguistas presentes no estádio, nem com a fama do adversário tido como o melhor elenco das Américas. Mandou e desmandou na partida o tempo todo, criando oportunidades e não sofrendo com uma pífia pressão carioca no segundo tempo.

Desde o início do jogo já dava para perceber que o São Paulo havia entrado em campo consciente de sua força e possibilidade real de não se entregar facilmente ao adversário. Mais do que isso, que poderia vencer o jogo.

Dorival Jr armou um sistema de meio de campo muito forte, com Pablo Maia, Alisson e Rodrigo Nestor formando uma linha de três, ajudado por Caio que, por vezes, funcionava com quarto home, enquanto Rafinha ficava mais recuado formando a zaga com Arboleda e Beraldo.

Lucas tinha liberdade e se posicionava atrás do meio campo do Flamengo. Quando estava com a bola, Rodrigo Nestor virava ponta esquerda e Wellington Rato ponta direita. Aliás, as jogadas de Caio Paulista arrancando do campo do São Paulo, sem receber marcação, levando a bola em diagonal na direção da área, obrigavam Wesley a fechar para segurar sua descida. Rodrigo Nestor, aberto, sempre sobrava livre para receber as bolas. Na primeira que cruzou, Calleri desviou para a defesa do goleiro do Flamengo. Na segunda, Calleri colocou lá dentro.

O primeiro tempo terminou com 1 a 0 e o São Paulo sobrando em campo. Perdeu algumas oportunidades, não bem gols perdidos, mas demora em arrematar na direção do gol após chances criadas. Isso ocorreu duas vezes com Wellington Rato, uma vez com Calleri, outra com Rodrigo Nestor. A superioridade do Tricolor foi tão grande que levou o técnico Jorge Sampaolli a dar um chute nas placas de publicidade ao sair do campo para o intervalo.

Era evidente que o Flamengo viria para cima no segundo tempo. Everton Ribeiro entrou no lugar de um volante e o Flamengo passou a ter quatro jogadores na frente: Everton, Gabi, Pedro e Bruno Henrique. Só que o meio de campo do São Paulo estava fechado e o Flamengo não conseguia criar. Pablo Maia tirava tudo na frente da área e Alisson, bem, esse mais uma vez foi um gigante.

Restou ao Flamengo levantar bolas na área. Mas Arboleda, imbatível no quesito e Beraldo, também gigante no jogo não deixavam nada passar. Tanto que Rafael saiu de campo sem sujar uniforme. O que ele fez, o jogo todo, foi cobrar tiro de meta.

Vitória incontestável, irrefutável, de um time que mostrou ter cara de campeão. Mas como disse o próprio técnico Dorival Jr, nada está ganho. A torcida tem o direto de se empolgar, de rir, de comemorar. Ao elenco resta ter os pés no chão, treinar muito e manter concentração 100 por cento para o jogo do próximo domingo. São quatro tempos de 45 minutos. Ganhamos os dois primeiros. Precisamos manter o foco que o título inédito da Copa do Brasil está muito próximo de ser conquistado pelo Maior do mundo.

Depois de 15 dias treinando, é isso o que o São Paulo pode apresentar? Preocupa.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é no mínimo preocupante a situação do time num momento de decisão de título. A derrota de virada para o Internacional nesta quarta-feira, pelo Campeonato Brasileiro assustou e nos deixou apreensivos em relação ao que pode acontecer domingo, quando começamos a decidir o título da Copa do Brasil, contra o Flamengo. Ainda que o Mengo tenha ido pior ainda, perdendo, no Rio, do Athelico por 3 a 0.

Não quero com isso dizer que a derrota vai abalar os jogadores, que vai tirar a confiança, coisa e tal, até porque ficou nítido que o São Paulo jogou contra o Inter pensando no Flamengo. Por isso foi presa fácil de um time medíocre como esse do Internacional, mais um que não ganhava há dez jogos e nós ressuscitamos.

Alguns dizem que Rafael falhou no segundo gol. Posso até admitir que era uma bola defensável, não que foi falha dele. E temos que lembrar que ele fez duas grandes defesas na partida, evitando que sofrêssemos uma goleada no Sul.

O time estava tão fora de sintonia que até o pênalti cobrado por Calleri foi pessimamente batido. A bola só entrou porque o goleiro gaúcho, Keller, é ruim demais. Além de cometer a penalidade por um erro grotesco, não segurou uma cobrança fraca, no meio do gol. Então, se Caller estava assim, imagina o resto.

Tiro deste resto Lucas, por mais que tenha sido colocado por Dorival Jr como assistente de lateral esquerdo, soube se posicionar em campo e era o único que levava a bola na vertical. Os demais jogavam para o lado o para trás. Ou erravam passes grosseiramente como Pablo Maia, Luciano, Rafinha, Caio, Rato.

Mas Dorival, quando sofremos o empate, tirou Lucas, o único que arrancava suspiros da torcida. E o time desandou. Tomou o segundo gol e ficou a mercê do Internacional, grogue no canto do ringue. Só não foi goleado, repito, por conta de duas defesas de Rafael e da limitação do time gaúcho.

Culpo a diretoria por essa situação toda. É ela quem, mais uma vez, optou pelas Copas. Está cometendo o mesmo erro do ano passado, quando jogou fora o Brasileiro para ganhar a Copa Mundial Sul-Americana. Perdeu e se acabou no Brasileiro. Saiu do sexto lugar em que se encontrava e foi parar na décima-terceira posição. Agora, outra vez, largou o Brasileiro e optou pelas Copas. Já dançamos na Sul-Americana. Mas se perdermos do Flamengo e cairmos, de novo, sete posições, iremos para o Z4.

Não estou dizendo que tem que abrir mão da decisão da Copa do Brasil. De maneira alguma. Mas afirmo que não troco um título inédito na Copa do Brasil por outro inédito ano que vem, na série B. Até porque, já estamos em 12º lugar. A depender dos resultados, poderemos chegar domingo, no Maracanã, em 14º, empatados com o Goiás, que só estará atrás pelos critérios de desempate, tendo entre nós e o Z4 apenas o Bahia.

Enquanto tudo isso acontece, no clube e nos camarotes corporativos do estádios as festas continuam. Quase todos os dias tem uma. De grupos políticos ligados ao presidente Júlio Casares. O que prova que eles não estão nem aí com o futebol.

E isso tudo é. no mínimo, para se preocupar. E muito.

Casares demonstrou aversão à controvérsia e que não aguenta um apertão que entrega

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a entrevista do presidente Júlio Casares ao Roda Viva da TV Cutlura, nesta segunda-feira, tinha tudo para ser um elevador que o colocasse em alto patamar, mas tomou o sentido contrário. O presidente do São Paulo demonstrou total aversão à controvérsia, chegando mesmo a mostrar irritação em um pequeno debate, e justificou a razão de manter a imprensa tão longe do clube: basta um apertão que ele entrega.

Sua entrevista chegou a irritar vários torcedores nas redes sociais. Não foram poucos os sócios torcedores que se sentiram magoados, ofendidos com o descaso que vinham sentindo por parte do clube, agora chancelado pelo presidente, quando em momento algum defendeu ou deu explicações minimamente razoáveis para quem ficou sem ingresso nos jogos contra o Corinthians e o Flamengo, mesmo após ter frequentado as arquibancadas em jogos que “não valiam nada”. Foram preteridos pelos mais afortunados, colocados na classe Diamante.

Casares não conseguiu explicar os motivos de tantas contusões no São Paulo e um Refis, que outrora fora parâmetro internacional e hoje se encontra defasado em relação aos modernos equipamentos de fisioterapia. Ao chamar constantemente o local de Rafis Plus, Júlio Casares preferiu falar do restaurante, fartamente elogiado por Lucas Moura, do que detalhar os tais equipamentos de ponta que ele diz terem sido adquiridos.

Júlio também deixou claro, nas entrelinhas, que ainda há dívidas com os direitos de imagem dos jogadores. Quando alguém pergunta se você fez tal coisa, ou você diz que sim ou tergiversa. Foi o que ele fez. Alegando questão “interna corporis”, não quis falar sobre as dívidas. Apenas quero lembrar que muitas promessas de quitação foram feitas. A última, à véspera do jogo contra o Corinthians pela Copa do Brasil, prometendo que em caso de classificação para a final, dois meses de atraso seriam quitados. Ao que parece, mais uma promessa não cumprida por esta diretoria mitômana.

Não quis dar explicações sobre as questões dos ingressos, mudou o valor pago para Galoppo, fazendo crescer em dólares, disse agora que foi o São Paulo quem pagou pelo passe, desdenhou de quem quer saber se terá como comprar ingresso para o jogo do Rio de Janeiro, falou de venda de cervejas quando foi perguntado sobre a mudança de perfil dos sócios torcedores, ou seja, responde batata para uma pergunta sobre melão.

Mas quando foi apertado, entregou: admitiu textualmente ser candidato à reeleição e, contradizendo tudo o que pregou até agora, que a dívida do São Paulo hoje está em R$ 700 milhões, como vínhamos afirmando há tempos.

Casares demonstrou irritação ao ser questionado sobre os títulos conquistados pelos adversários enquanto o São Paulo comemora o Paulista de 2021. Deu respostas bruscas, se exaltando visivelmente. Isso por si só justifica sua resposta de ainda manter afastada do Centro de Treinamento da Barra Funda e também do Morumbi a imprensa. Afinal, tirando os cordeirinhos de plantão, os jornalistas costumam ser agudos. E isso não interessa para uma diretoria que só quer esconder o que há por detrás dos muros.

Triste entrevista de um grotesco presidente de um grande clube. Diria: de um clube gigante.

180 conselheiros decidiram que os conchavos políticos vão continuar

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, aconteceu o que eu esperava: a proposta de eleição direta para presidente do São Paulo foi derrotada no Conselho Deliberativo e, portanto, arquivada pelo presidente do CD, Olten Ayres de Abreu. 180 conselheiros decidiram que os conchavos políticos vão continuar. Os acordos, muitas vezes não republicanos, continuarão prevalecendo sobre a vontade do sócio são-paulino de eleger seu presidente.

É bem verdade que a mudança seria pequena. Afinal, ainda caberia ao Conselho Deliberativo indicar entre seus membros dois candidatos que iriam para votação na Assembleia Geral. Ou seja: democracia até a página 2. Mas de qualquer forma, os sócios teriam mais direito de cobrar seu candidato caso ele não cumprisse promessas feitas na eleição.

Vejam como a situação é hoje: Olten Ayres de Abreu prometeu que transmitiria todas as sessões do Conselho, para que conselheiros dessem satisfação aos sócios de atos e votos emitidos. Durou uma sessão e meia, se muito. Júlio Casares prometeu cumprir um mandato de três anos e teve um discurso veemente, como é normal em sua postura “marketeira”, e a primeira coisa que fez foi dar um golpe, passando a reeleição para si próprio (isso sem contar a praça com seu nome que foi inaugurada no clube) e foi firme e forte na defesa do voto antidemocrático, para derrubar a ideia de eleição direta, ainda que fosse para 2026. Isso, é lógico, porque novo golpe está sendo preparado, com texto de Carlos Miguel Aidar, para mostrar que ele pode se reeleger daqui a três anos, porque estará na vigência de um novo estatuto.

Os sócios não conseguem cobrar nada. Por mais que Olten e Júlio sejam frequentadores assíduos do clube, pouco tem contato com os sócios. Prendem-se às rodas políticas para aliciar, com falsos argumentos, conselheiros mais fracos de opinião.

Não me causou espanto ver que, além dos dois, Leco, José Eduardo Mesquita Pimenta, Leonardo Serafin, Osvaldo Abreu, Douglas Shwartzmann (a turma dos Jacks), Dorival Decousseau e Dario Speranzoni (ambos com problemas com a Justiça, e que já visitaram uma cela), Carlos Belmonte (mais uma gigantesca decepção) tenham votado pela manutenção do status quo. Mas os recém egressos da oposição (Fábio Mariz, Maurício Canassa, Itagiba Francês, Rodrigo Gaspar), isso já é demais. Acho que ali dentro a coisa é boa demais.

Vanglorio pessoas como Fernando Casal de Rey, José Douglas Dallora, Edson Lapolla, Carlos Sadi, Erovan Tadeu, Marco Aurélio Cunha, José Carlos Ferreira Alves, Alexandre Médicis, e mais alguns responsáveis e defensores da democracia, pelo voto Sim.

E chamo a atenção para mais dois nomes: José Sorrentino Dias e Sylvio de Barros. O primeiro, líder da oposição. Única abstenção na votação. O segundo, ex-provável candidato a presidente pela oposição. Votou NÃO. Depois se explicou ao grupo e disse ter errado. Ou seja: fosse candidato ficaríamos entre o marketeiro e o burro.

O São Paulo, após a votação do Conselho Deliberativo, deu milhares de passos atrás. Mostrou que continuará a ser um clube de conchavos, de igrejinhas, dominado pelos amigos do rei e que vai ficar cada vez mais distante de clubes, que outrora tinham que olhar para cima para nos enxergar. Hoje eles olham para baixo. E riem da nossa patética situação.

Votação de eleição direta para presidente será a democracia contra a ditadura

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o Conselho Deliberativo vota, nesta terça-feira, uma mudança no estatuto: ela permite eleição direta para presidente do clube, a partir de 2026. Quem votar SIM, estará aprovando o projeto; quem votar NÃO, estará contra. Será a democracia (o sim) contra a ditadura (o não).

É importante salientar esse ponto: a medida valerá para 2026. Isso derruba a narrativa de membros ligados a Júlio Casares, que estão alardeando ser mais um golpe, que vai tumultuar a eleição presidencial. Na realidade, golpe deu esta diretoria, ao aprovar, para essa gestão, a reeleição. O que se quer agora é aprovar a eleição direta para a próxima gestão. E se não for aprovada este ano, ficará para 2029.

Ouvi alguns relatos de sócios e conselheiros neste final de semana, entre eles e Júlio Casares, que esteve no clube tentando explicar a razão de votar NÃO.

Num dos diálogos, ele falou:

-Por que você é a favor do voto direto do sócio para presidente?

O interlocutor respondeu:

-O sócio quer votar para presidente.

Júlio: mas o sócio já vota para presidente, ao eleger o conselheiro, que elege o presidente.

Interlocutor: mas o sócio quer continuar elegendo o conselheiro e também votando direto no presidente.

Júlio: mas teremos corinthianos e palmeirenses elegendo o presidente do São Paulo, já que muitos sócios não torcem para o time.

Interlocutor: mas os corinthianos e palmeirenses já elegem o presidente do São Paulo, votando nos conselheiros.

Acho que ficou claro.

Outro ponto que os defensores do NÃO vão defender é que seria importante que nas eleições diretas fossem permitidos os votos dos sócios patrimoniais, sócios torcedores e proprietários de cadeiras cativas.

O que obtive junto aos signatários é que o projeto previu apenas sócios patrimoniais nesse primeiro momento para ser menos difícil de ser deglutido pelos situacionistas, mas que num segundo momento, nova alteração no estatuto seria proposta, com as inclusões de sócios torcedores e proprietários de cadeiras cativas.

Mas já que o discurso dos defensores do NÃO será esse, deixo aqui uma sugestão à oposição: feche um acordo com a diretoria, retire da pauta desta terça-feira esse projeto, apresente outro dentro de 15 dias, com essas inclusões e aprovem no Conselho Deliberativo, aí com voto da situação e da oposição. Mas atente, oposição: pegue assinaturas e registre em cartório, porque não dá para ficar na palavra com essa diretoria que adora flertar com a mentira.

Sei, de antemão, que Júlio Casares se fará presente na Sessão para defender o voto NÃO. Aqui encontro uma explicação: além dos flertes e casamento que citei acima, há também o temor de uma eleição direta, ainda que para 2026. Afinal, novo golpe será tramado, com apoio intelectual de Carlos Miguel Aidar, nos mesmos moldes que fez com Juvenal Juvêncio. Júlio Casares será eleito em um novo estatuto e, portanto, terá direito a mais uma reeleição em 2026. E ele não quer correr o risco de ter que disputar o voto do sócio.

Então, sócio, ligue para o seu conselheiro, mande mensagens, fale com ele. Diga a ele que, se votar sim, quando ele lhe pedir o voto você dirá sim, mas que se ele votar não, quando ele te pedir o voto, também ouvirá um não.

Nós, no Tricolornaweb e na Rádio São Paulo, vamos acompanhar minuto a minuto desta sessão. A votação será eletrônica, durante 24 horas (portanto acabando na quarta-feira), mas teremos debates na tribuna. E, principalmente, teremos os nomes dos que votaram SIM e dos que votaram NÃO.

Haverá uma página no Tricolornaweb, que ficará até o final do ano, com esses nomes.

O Tricolornaweb, neste editorial, defende o voto SIM. Aqui fazemos democracia e, por isso, a defendemos em todos os pontos. Porém, creio seja difícil a aprovação, já que esta diretoria, além de flertar com a mentira, é casada com a opacidade.