A goleada nos mostrou fragilidades

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é um paradoxo, mas a goleada que o São Paulo impôs sobre o Rio Claro nesta quarta-feira, no Morumbi, mostrou fragilidades que o time tem e que poderão  nos dar dor de cabeça em jogos mais difíceis.

O ataque foi muito bem. Luis Fabiano estava em sua noite e Osvaldo reviveu o futebol que o levou, um dia, à Seleção Brasileira. A decepção ficou por conta de Ademilson, mas, mesmo assim, ele ainda cravou o dele.

No meio Maicon vem dando conta do recado, correndo por todos os lados do campo, acompanhando a bola e Ganso, mesmo fora de ritmo, tem lances magistrais. Além disso, temos um lateral esquerdo que fez apenas dua segunda partida com a camisa do São Paulo, mas parece jogar no Tricolor há dez anos.

A preocupação fica com a defesa – excetuando-se Álvaro Pereira – e com o cabeça de área. Jogando contra um time da fragilidade do Rio Claro, conseguimos tomar três gols. Culpe-se aqui Luis Ricardo no primeiro gol e Rogério Ceni no terceiro, por uma saída errada. Mas, principalmente, nos três, a participação  negativa de Wellington. E mais: os três pelo lado que cobria Rodrigo Caio.

Muricy Ramalho, que sempre montou boas defesas, vai ter que quebrar a cabeça, mas esse sistema de marcação com os jogadores que estão em campo, nos trará sérios problemas ainda. E pela frente temos um clássico. O tempo urge e algo urgente precisa ser feito.

São Paulo apresenta projeto de cobertura do Morumbi aos sócios e põe pressão na oposição

O dia 25 de janeiro marcou o aniversário de São Paulo. E a data não poderia ser melhor para que a diretoria tornasse público o projeto de reforma e modernização do Morumbi.

O pacote, que deveria ter sido aprovado em dezembro, na reunião do Conselho Deliberativo, sequer foi apreciado por falta de quórum, já que a oposição não entrou na reunião. A alegação era de desconhecimento total do bojo do projeto.

Apesar de ser criada uma comissão composta por membros da situação e da oposição, a diretoria viu pouco progresso na negociação e sentiu que dificilmente haveria votação ainda em janeiro. Então optou por convocar todos os sócios, por e-mail, para tornar público todo o pacote de intenções, respondendo a todo tipo de pergunta e assim deixar claro que ninguém mais poderia alegar desconhecimento da matéria. Ou seja: a oposição foi colocada em xeque pelo próprio associado.

O projeto

De acordo com o que foi apresentado, a obra de cobertura do Morumbi vai durar 18 meses. Nesse período será construída uma Arena que terá 25 mil lugares e ficará localizada no setor da antiga arquibancada amarela. A cessão será feita por dez anos, renováveis por mais dez.

Está acordado que a empresa que detiver os direitos da Arena poderá realizar shows nos dias que quiser, só estando impedida de fazê-lo quando houver jogo do São Paulo no Morumbi. Ou seja: o São Paulo não terá que procurar estádio para mandar seus jogos por shows marcados para a Arena.

Nos jogos do São Paulo, a empresa que tiver domínio sobre a arena terá a seus dispor a quantidade de ingressos que cabe ao setor. Ela terá direito exclusivo sobre a venda, mas o valor total dos ingressos terá que ser repassado integralmente ao São Paulo. O mesmo vale para os mega-shows que se realizarem no Morumbi. Já os shows da arena terão renda totalmente revertida à empresa detentora dos direitos, sem qualquer participação do São Paulo.

Serão construídos dois estacionamentos que completem 2.200 vagas. Um prédio de cinco andares ficará onde hoje existem as quadras poliesportivas externas, beirando o muro do clube;o outro será uma extensão do espaço da piscina aquecida, unindo o estacionamento já existente, no portão 13, com o setor onde estão as quadras de Fut Volei.

Os sócios terão direito a 460 vagas ao custo aproximado de R$ 1,50 por hora, independente do dia (se tem jogo, show ou não). As demais vagas serão para uso comum, a preços de mercado.

As quadras poliesportivas, que desaparecerão num primeiro momento, serão resconstruidas no algo do edifício estacionamento.

Essas obras poderão ficar prontas em seis meses e para isso boa parte do clube ficará interditado para os sócios.

Mudança de estatuto

Segundo conversa que mantive com alguns conselheiros, é praticamente certo que Juvenal Juvêncio irá mudar o estatuto do clube, para que a aprovação destas reformas seja feita por 50% mais um do Conselho, ao invés de 75%, que é o número atual.

Aliás, vale explicar que este número qualificado de 75% existe para apenas três fatores, dentro do estatuto: para a extinção do São Paulo Futebol Clube; para a venda do Morumbi; e para o impeachment do presidente.

A oposição entende que ao alienar um setor do Morumbi para a arena seria uma espécie de venda de um setor do estádio, coisa com que a situação não concorda.  Mas Juvenal, para ver seu projeto aprovado, mudará o estatuto na próxima reunião, até porque para isso precisa de 50% mais um dos votos.

Minha opinião

O que aconteceu no sábado foi muito triste. A política falou mais alto e, ao invés do pleno esclarecimento aos sócios, o que se viu foi muita provocação e discussão de lado a lado. Eram camisas amarelas e vermelhas disputando que tinha mais gente. A oposição  não entrou no salão nobre – o que é muito triste -, mas mandou representantes sem identificação para “armar o circo”. E a diretoria, como não poderia deixar de ser, entrou no jogo e o nível foi muito baixo.

Entendo, sim, que a obra será boa e não vejo a alienação do espaço da arena como venda de um pedaço do Morumbi, até porque tem dia e hora para ser encerrada e o setor volta a ser integralmente do São Paulo.

Por isso, agora com pouco mais de conhecimento, defendo, sim a aprovação já do projeto de cobertura do Morumbi. E que a política não nos deixe mais atrasados do que estamos em relação aos nossos “co-irmãos”.

 

A vitória que era simples quase ficou complicada

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o próprio técnico Muricy Ramalho disse: “ganhar dos mais fracos é obrigação”. E eu acrescento: quanto mais pelo jogo ter sido mo Morumbi. Então o São Paulo ganhou do Oeste por 2 a 1, mas por pouco não jogou por terra o que parecia muito fácil.

O Oeste veio para se defender e o São Paulo para atacar. O volume de jogo do Tricolor foi adequado, apesar do ataque estar distante do meio de campo e dependermos muito das descidas dos laterais. Nesse ponto Luis Ricardo ficou devendo, mas Álvaro Pereira, o estreante da tarde, foi muito bem e criou várias jogadas pelo seu setor. Os cruzamenos do uruguaio eram todos certeiros. Finalmente temos alguém que sabe, ao menos, bater escanteios.

Mas o primeiro gol veio de um total voluntarismo de Ademilson, que correu atrás de uma bola praticamente perdida, recuperou e cruzou na cabeça de Antonio Carlos. Depois, em cobrança de escanteio, outro gol de cabeça de Antonio Carlos, ainda no primeiro tempo. Tudo indicava que a fatura estava consumada.

Veio o segundo tempo e, mesmo tendo diminuído o ritmo de jogo, pela ainda pré-temporada e o intenso calor da tarde paulistana, o time continuou com pleno domínio da partida. Até sair um pênalti, que Luis Fabiano bateu e perdeu.

Mas nada parecia tirar a tranquilidade do time, até que, aos 36 minutos do segundo tempo, o Oeste marcou seu gol. Pronto. Foi como se o castelo de areia sã-paulino tivesse desmoronado e o time entrou em pânico. Foram dez minutos de muita pressão do Oeste, com direito a uma defesa espetacular de Denis, que salvou o Tricolor de tomar o gol de empate.

Isso é coisa psicológica, mas que preocupa muito. Ficar perdido em campo em pleno Morumbi, contra o Oeste, só porque tomou um gol aos 36 minutos do segundo tempo, mas quando já ganhava por 2 a 0. O que dirá quando for um clássico ou partida mais decisiva e sairmos atrás no marcador?

Cabe ao professor Muricy Ramalho trabalhar a cabeça dos jogadores e mostrar que 2013 ficou para trás e vivemos um novo ano. E que ele seja, realmente, novo.

Vitória obrigatória na pré-temporada

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo goleou o Mogi Mirim nesta quarta-feira, no Morumbi, e cumpriu com sua obrigação numa fase do Paulistão que reputo como pré-temporada.

Uma constatação que pode ser feita – e aí não digo apenas do São Paulo – é o abismo existente entre os grandes e os pequenos do Estado. Nesse início de campeonato há um nivelamento porque os times do interior vem treinando há tempos para esses jogos, enquanto São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Santos estão voltando das férias.

O primeiro tempo do jogo desta quarta-feira deixou patente essa questão. O número de passes errados, muitos de forma grotesca, do São Paulo, foi assustador. O próprio goleiro Rogério Ceni saiu numa dividida fora da área, completamente sem ritmo e reflexo, e perdeu na corrida para o atacante adversário. É fato que depois, no segundo tempo, ele praticou uma defesa impressionante, de puro reflexo.

Além do mais não podemos nos esquecer que os quatro gols do São Paulo foram feitos com participação efetiva da zaga adversária: o chute de Osvaldo desviou no zagueiro; o gol de Luis Fabiano saiu depois de uma cochilada da zaga, com Ganso roubando a bola; o de Ademilson foi a partir de um recuo completamente errado do zagueiro para o goleiro; e o de Douglas desviou no zagueiro. Reconheço que jogando com três atacantes e, principalmente no segundo tempo, exercendo forte pressão sobre o Mogi, o São Paulo fez com os erros do adversário aparecessem.

É o começo do trabalho do ano, mas não me iludo com os  a 0. O elenco é fraco, o time é o mesmo do ano passado e, salvo grandes e excepcionais surpresas, não espero grandes conquistas este ano.

Ano Novo, futebol velho

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o ano de 2014 começa igual 2013. No campo Luis Ricardo, a única diferença. Diferença? Para o Douglas, só de número e porte físico. Futebol não.

Mas, sinceramente, alguém esperava algo diferente? Se já não tínhamos um bom elenco, e ainda perdemos alguns que tínhamos, o que imaginar? O ataque precisava marcar gols, estava perdendo o jogo. Na linha Ademilson e Luis Fabiano. No banco Osvaldo. Por que só Osvaldo? Porque é o que tem para hoje, amanhã e até não sei quando.

Muricy também foi otimista ao extremo, ou fez de propósito para pressionar a diretoria, pois escalar Wellington como armador do ataque é brincadeira; colocar Cañete para tentar resolver alguma coisa, é outra brincadeira. Mas colocar quem? Osvaldo? Entrou. E é o que tem para hoje, amanhã e até não sei quando.

O time jogou no estilo Barcelona. Mais de 70 por cento de posse de bola. Mas e daí? Na hora de chutar para o gol era bola para esse, para aquele, para o outro, para esse, para aquele, para o outro…e ninguém chutava. E quando o fazia, eram chutes de péssima qualidade. Mas os chutadores que estão aí é que tem para agora, amanhã e até não sei quando.

A torcida presente pediu jogador, falou que é absurdo perder para time de série B, mas esqueceu de dizer um “Fora Juvenal” bem grande. Então essa diretoria vai continuar achando que o time é bom, que o elenco é sensacional e não vai buscar ninguém. Por isso o time é esse que temos para hoje, para amanhã e até não sei quando. Talvez quando Juvenal sair. Quem sabe!

Começa o ano para o time principal

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, hoje começa o ano para o São Paulo. Vou esquecer o time da Copinha, que deu vexame ontem – apesar de entender que foi o Sub-17 enfrentando o Sub-20  – mas 5 a 1 é muito para a minha cabeça.

O time entrará em campo hoje com Luis Ricardo, a única novidade. Esta semana tivemos uma boa notícia que foi a contratação de Álvaro Pereira, lateral da Seleção do Uruguai.

Mas o meio de campo e o ataque não foram modificados. Para piorar, além de não chegar ninguém, ainda perdemos Aloísio. O que quer dizer que, se Luis Fabiano se machucar – que é muito comum acontecer – não teremos ninguém para jogar por ali.

O fato é tão grave que Muricy Ramalho já está preparando Cañete para ser atacante. Triste. E não tenho nenhuma esperança de algo mudará, até porque agora, mais do que nunca, o que Juvenal Juvêncio pensa é na eleição de abril. Até lá, Deus que nos ajude.

Mas como início de temporada, estreia no Paulistinha, torço pelos três pontos.

Então, à vitória Tricolor!

O time da Copinha tem equilíbrio

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, apesar de ter assistido todos os jogos do São Paulo na Copinha, não me manifestei até agora e deixei para fazê-lo hoje.

Não acho que seja um grande time, com destaques prontos para subir ao profissional. Mas inegavelmente é um elenco que tem grande equilíbrio e não perde a cabeça. Já havia percebido isso no jogo contra o Barueri, quando o São Paulo precisava ganhar de qualquer maneira e, apesar da grande dificuldade, conseguiu ter cabeça para chegar à vitória.

Isso repetiu-se nessa quinta-feira. Jogo truncado, o Brasília muito recuado, poucas chances criadas, o Tricolor jogando mal. Aí acontece o que ninguém esperava: 20 minutos do segundo tempo e gol do Brasília. Tudo parecia estar perdido. Mas não. O time continuou consciente, mantendo o esquema tático até chegar ao empate. E teve tranquilidade na cobrança dos pênaltis.

Talvez o fato de não ter nenhuma estrela, mas garotos motivados pelo objetivo maior que é a conquista do título, nos traga alguma surpresa e nos coloque na final da Copinha. Repito: não vejo um grande time em campo, mas vejo um elenco muito consciente e sabendo o que quer.

Destaco o lateral Auto, o meia Boschilia e o atacante Ewandro como os grandes nomes deste time. Acho, até, que eles poderiam estar no time de cima durante o Paulistão, para serem utilizados em alguns jogos.

Não gosto da zaga nem dos outros atacantes. O técnico Menta já testou Avelino, Paulo, Joanderson e nenhum conseguiu nada.

Mas se a cada ano conseguirmos promover três jogadores para o profissional, com boas condições, acho que o trabalho de Cotia terá frutificado.

O ano é novo, mas o time é velho

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, esperei a apresentação do elenco nesta segunda-feira para ter certeza de que nada iria mudar. E, tirando Luis Ricardo, o que vimos foi o mesmo elenco do ano passado. Ou seja: foi só pegar uma foto de 2013 para publicar, pois nada de novo há no front.

E para minha decepção as entrevistas sucessivas que Juvenal Juvêncio vem dando, por conta dos jogos na Copinha onde ele está comparecendo, a ordem é enxugar o elenco e não se fala em contratação. Briga por Jucelei, como se fosse um Chicão; brigaram por Vargas, como se fosse o Lucas. E quem é que aparece como salvador da pátria, querendo nova chance e já reintegrado? Cañete. Exatamente aquele jogador que não conseguiu fazer nada no São Paulo, um absoluto “chinelinho” e que não conseguiu ser titular, sequer, na Portuguesa, time rebaixado para a série B do Brasileiro.

Para piorar, perdemos Aloísio, que ausência de Luis Fabiano, mesmo sem ser um grande jogador, quebrava o galho. Levando-se em conta que Luis Fabiano mais fica fora do que joga, estamos sem centro-avante.

Juvenal diz que quer subir jogadores de Cotia. Quem? Pelo que tenho visto na Copinha, apenas Boschilia e Auro reúnem condições. Mas ambos são do sub-17 e ao disputa a Copa São Paulo de Juniores, já estão queimando uma etapa. Portanto, serão mais do que prematuros no time profissional.

O fato é que, do jeito que as coisas caminham, brigaremos para ser, quando muito, a quarta força do Estado no Paulistão. E teremos outro ano de muito sufoco no Campeonato Brasileiro. E, de imediato, esqueçam qualquer possibilidade na Copa do Brasil.

É o São Paulo se apequenando, graças a um final de administração nefasto de Juvenal Juvêncio.

Que 2014 chegue com mudanças e títulos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, 2013 termina sem que possamos ter algo a comemorar, em termos de futebol. Fomos eliminados ainda na semifinal do Campeonato Paulista pelo nosso maior rival; perdemos para eles, também, a Recopa Sul-americana; fomos pessimamente na Libertadores; pior ainda na Copa Sul-Americana, quando acabamos eliminados por um time que foi rebaixado no Campeonato Brasileiro; e lutamos desesperadamente para não estarmos entre os quatro que foram mandados para a série B do Brasileiro, terminando o campeonato num “honroso” nono lugar.

Trocamos de técnico três vezes: começamos o ano com Ney Franco, passamos por Paulo Autuori até chegar Muricy Ramalho, que como salvador da pátria, nos tirou da posição incômoda em que nos encontrávamos e nos deu alguma esperança de que, com um trabalho sério começando o ano, algo pode melhorar.

Mas 2014 não será promissor só por termos Muricy Ramalho no comando da equipe. Até agora o que vimos foram saídas de jogadores e a chegada apenas de Luis Ricardo. As tentativas, ao menos até agora, são deprimentes: Fabrício (Internacional), Souza (Grêmio), Jucilei (aquele), Welliton (permanência) e todos os demais que continuam. Até os que voltaram, como Cañete.

Vamos colocar fé na eleição de abril. Não importa, nesse momento, quem vai ganhar: seja Carlos Miguel Aidar, seja Kalil Rocha Abdala, o que importa é que nova mentalidade estará presente na diretoria e o nefasto Juvenal Juvêncio estará fora do poder. Por mais que seja um dos cardeais e tente exercer influência, aposto na independência que Carlos Miguel Aidar ou Kalil Rocha Abdala tendem a construir e formar sua própria equipe.

Espero, mais do que isso, que possamos voltar a sorrir do ano que se inicia. Por isso, feliz 2014 a todos, com saúde, paz, conquistas e vitórias!

Reunião do Conselho teve dois derrotados: O São Paulo e Juvenal

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, ainda não foi desta vez que saiu do papel a cobertura tão sonhada por todos nós do Morumbi. Nosso Templo Soberano e Monárquico do Futebol continuará como está, a cada ano mais defasado em relação aos demais estádios, principalmente as arenas que estão sendo construídas.

Mas a sessão desta terça-feira do Conselho Deliberativo do São Paulo acabou por não votar e autorizar o projeto por falta de quórum. A oposição se posicionou no Salão Nobre do Morumbi, mas do lado de fora, não permitindo que a sessão extraordinária fosse aberta. Eram necessários 177 conselheiros, dos 240 existentes, e não mais do que 125 marcaram presença. A oposição exigia explicação dos contratos que serão feitos, pois até agora tudo está muito obscuro, como obscura é a atual diretoria. E ela só veio depois de muita pressão, ainda que precariamente. Diz a CVM que detalhes do contrato com tantos investidores só pode ser explicitado após aprovado, para evitar especulações no mercado. Muito estranho.

O primeiro e maior derrotado foi o São Paulo. É sonho de todo são-paulino ver sua casa coberta, modernizada, com uma arena construída para gerar receitas ao clube, que mantenha os custos do estádio, sem perdermos o controle do Morumbi. Pelo que foi apresentado, apenas a Arena de show receberia uma name raghts e ficaria para um pool de empresas (ou uma única, se fosse o caso) durante 20 anos, além dos estacionamentos que seriam explorados nesse período pelos construtores. E se algo não for feito ainda em dezembro, em alguma reunião extraordinária que pode ser marcada, tudo ficará para o meio do ano que vem, pois pelo estatuto, nenhuma obra nova, que não seja emergencial, pode ser aprovada num período inferior a quatro meses da eleição.

O segundo derrotado foi Juvenal Juvêncio. Tido como imbatível e controlador de um número significativamente grande, a  ponto de ser taxado como massacrante, no Conselho, viu seu poder esvair-se entre seus dedos e deu de cara com uma oposição, para muitos inexistente, mas que mostrou estar coesa e crescendo. No cenário que foi apresentado nessa terça-feira, já não é loucura afirmar que a eleição não será tão “favas contadas” para Carlos Miguel Aidar, candidato de Juvenal, e que Kalil Rocha Abdala está, efetivamente, aglutinando forças e começa a incomodar a diretoria.

Isso implica dizer que poderemos ter uma eleição disputada em abril e quem achava que Juvenal elegeria um poste – não que eu classifique Carlos Miguel Aidar assim, que fique claro – sem fazer força, vai ter que rever seus conceitos.