Derrota num estádio vazio. Tão vazio quanto o futebol do time

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o futebol do São Paulo foi tão pequenininho, tão pequenininho, que pareceu o vazio do estádio Moisés Lucarelli. Sem tática, sem vontade, sem técnico, sem fibra, sem técnica, sem nada. Foram 90 minutos com dois chutes a gol e um massacre da Ponte Preta. Não fosse Rogério Ceni – que falhou no gol, é verdade – e voltaríamos de Campinas com uma sonora goleada. Falar em 5 ou 6 a 0 não é absurdo.

Milton Cruz voltou a insistir com três volantes. Ah, ele diz que Wesley atua mais como meia. Mas Wesley, na minha visão, é um jogador apenas mediano, que deve jogar como segundo volante ou lateral, nunca como meia. Não tem aptidão para isso. Então entrou com três volantes, fazendo Centurion jogar no meio com Ganso e Pato, mais uma vez, isolado lá na frente.

Para completar a micelânia, Centurion perdeu a bola na defesa e saiu o gol da Ponte. Daí para a frente foi domínio total dos campineiros. Eles chegavam ao gol do São Paulo como bem queriam. Nosso volantes, Rodrigo Caio e Hudson, não davam conta da marcação. A defesa ficava exposta e os laterais não atacavam… e também não defendiam.

Rodrigo Caio estava irreconhecível. Eu, que defendi que a dupla de volantes deveria ser  Rodrigo Caio e Hudson, me arrependi profundamente. Ele conseguiu errar mais passes do que Denilson. E o Hudson não teve a pegada que Souza tem ali na marcação.

O ataque não existiu. Milton Cruz até que concertou o erro inicial, quando tirou Wesley e colocou Luis Fabiano. Mas foi apenas um lampejo de que algo poderia melhorar. Ficou tudo na mesma e LF ainda tomou um cartão amarelo por reclamação.

Pior é ouvir, depois de tudo, o presidente Carlos Miguel Aidar reconhecer que nos livramos de uma goleada, mostrar descontentamento, mas ratificar a confiança em Milton Cruz. Isso quer dizer que nada vai mudar e vamos continuar do jeito que está, sem técnico, nesta “eficiente gestão moderna” do seu Aidar. Talvez modernidade signifique não ter técnico. Então…

A culpa da eliminação é de todos. A começar por Aidar.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo foi eliminado da Libertadores e a culpa tem que ser diluída entre muitas pessoas. Mas ela começa pelo presidente, passa pela diretoria de futebol, atravessa a “comissão técnica” e chega aos jogadores.

Primeiro quero falar sobre a partida. Assim vou enumerando esses culpados, no caminho inverso que indiquei acima.

O time não jogou nada, absolutamente nada. Foi um time medroso, que estava preocupado em não perder e em nenhum momento pensou que poderia ganhar. Bastava jogar metade do que jogou no Morumbi, e sairíamos do Mineirão classificados.M1TO

Mas temos Reinaldo no time. O lateral que até jogou razoavelmente bem – pois nos acostumamos a achar que jogador “meia-boca” joga bem – , mas nesta quarta-feira voltou a ser aquele mesmo lateral, que um dia teve unanimidade contra. Ele perdeu todas, absolutamente todas, as jogadas para Marquinhos. E no banco, aquele que “está” técnico não enxergou o quadro. Wesley, escalado para ajudar no setor, não marcava, não defendia, não atacava, não fazia nada. O gol não poderia ter saído por outro lugar.

Vieram os pênaltis. Rogério Ceni, para sempre o M1TO, marcou, defendeu e, então, viu a tragédia acontecer. A começar por Souza, a quem nunca vi batendo uma penalidade. Nem chutar para o gol ele sabe. Isolou. Depois, Luis Fabiano, eterno perdedor de pênaltis, perdeu mais um. Na última cobrança, o M1TO mais uma vez fez a parte dele e devolveu o São Paulo à disputa. Mas aí veio Lucão, garoto de 18 anos, num Mineirão lotado, cobrar na série alternada. Claro, errou. E ficamos fora.

Aí passo ao segundo culpado: Milton Cruz. Tenho criticado consecutivamente a escalação de três ou quatro volantes. De que adianta essa retranca toda se fomos  pegos em contra-ataques diversas vezes e perdemos o jogo, sem ter qualquer chance de reação. Quando precisa botar o time para a frente, coloca Luis Fabiano e tira Pato. Troca seis por meia dúzia. E coloca Hudson no  lugar de Michel Bastos. Ele não queria ganhar o jogo. Não queria nem buscar o empate. E, para completar a tragédia, foi o responsável pela indicação dos cobradores de pênaltis. Portanto, ele escalou Souza e Lucão, preterindo Rafael Tolói e Denilson, que são cobradores.

Mas por que Milton Cruz fez isso? Porque “estava técnico”, bancado por Carlos Miguel Aidar e toda a diretoria do São Paulo. Eles, assim como nós, torcedores, foram iludidos pelas vitórias sobre o Corinthians e o próprio Cruzeiro. Só que nós, torcedores, somos passionais e nos é permitido pensar com o coração. Ao presidente e seus diretores, não. Precisam aliar coração à razão. E o lógico seria ter aproveitado os 15 dias que o time ficou parado entre o jogo do Corinthians e o do Cruzeiro e ter contratado um técnico, para dar início ao trabalho.

E agora? Agora irá atrás de um técnico. Não sei qual, mas irá. Esperou a vaca ir para o brejo, o time ser eliminado da Libertadores para fazer o que deveria ser feito há um mês. Mas, sinceramente, só espero que faça logo. Ou será tarde até para almejar alguma coisa no Campeonato Brasileiro, ainda que seja apenas a briga por uma vaga para a Libertadores.

 

Vitória importante para começar bem o Brasileiro

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é bem verdade que o time que entrou em campo deu para o gasto, ganhou o jogo e isso é o que interessa. Mas que fiquei bastante irritado com Milton Cruz, isso é fato.

O elenco ficou 15 dias sem jogar, desde a vitória sobre o Corinthians, na Libertadores. Só jogou na última quarta-feira, contra o Cruzeiro. Por que raios tinha que poupar os jogadores hoje? Jogando contra o Flamengo, uma camisa forte que sempre é candidata ao título, dentro do Morumbi, num campeonato por pontos corridos onde em casa sempre é preciso ganhar, vencer era absolutamente obrigatório.

Quando vi a escalação me irritei ainda mais. Se já sou contra o trio de volantes, pois o time ganha poder defensivo mas perde muito lá na frente, hoje ele entrou com quatro volantes. Somente Boschilia para armar e o “veloz” Luis Fabiano para jogar entre os zagueiros.

Aí foi o que vimos no primeiro tempo. O time não sofre pressão, até dominou o jogo, mas criou apenas uma chance de gol, perdida por Luis Fabiano. Não adianta imaginar que Hudson, Souza, Rodrigo Caio ou Wesley vão fazer as vezes de meia. Não tem técnica para isso.

Bastou colocar Ganso no segundo tempo e tirar Hudson para o time ficar mais leve. Melhor ainda quando colocou Pato no lugar de Boschilia. O futebol fluiu, não perdemos força de marcação e os gols apareceram. Fato que o primeiro surgiu de um brilhante e mágico passe de Wesley. Mas atribuo isso ao acaso.

Não aceito ouvir que temos que poupar esses jogadores para a Libertadores. O Campeonato Brasileiro tem que ser levado a sério em todas as rodadas. Jogo em casa é jogo para ganhar. Fora é para, no mínimo, empatar. Se quisermos ganhar o título. E não imagino que, seja qual for a circunstância, o São Paulo possa começar um campeonato preocupado em não cair. Isso não faz parte do nosso vocabulário.

Mas como eu disse acima, ganhou e é o que interessa. Agora, contra o Cruzeiro em Belo Horizonte, até aceito a escalação com três volantes. E vamos em frente.

Mais uma vitória com a cara de Libertadores

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo fez nova apresentação digna de jogos da Libertadores. Ao vencer o Cruzeiro por 1  a 0, num jogo que se tivesse sido 4 a 0 não seria nada de anormal, o time deu aos mais de 66 mil torcedores que estiveram no Morumbi a resposta necessária para que a confiança voltasse e ficasse definitivamente.

Quando ganhou do Corinthians há 15 dias, jogando um futebol digno de nossas tradições, ficamos com a pulga atrás da orelha por causa de um prêmio de R$ 100 mil que teria sido dado aos jogadores. Ontem não teve prêmio extra, mas tivemos a mesma vontade em campo. E melhor: vimos variação de jogadas, com flutuações pelo meio de campo e movimentação no ataque.

É bom lembrar que jogamos, teoricamente, sem quatro titulares: Michel Bastos, que tem sido o melhor do jogador do time nos últimos jogos; Luis Fabiano, Dória e Hudson. E mesmo assim o São Paulo dominou por completo a partida. O próprio técnico do Cruzeiro, Marcelo Oliveira, na entrevista que deu após a partida disse que o São Paulo poderia ter garantido a classificação nesta noite, reconhecendo a imensa superioridade do Tricolor.

Estamos mais vivos do que nunca e agora, mais do que simplesmente por ser torcedor do Time da Fé, acredito na classificação. Acho que o 1 a 0, apesar de ser um placar pequeno, vai nos dar a segurança necessária para o jogo do Mineirão.

Primeiro impacto do novo uniforme é positivo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi em grande estilo o lançamento do novo uniforme do São Paulo. Produzido pela Under Armour, empresa norte-americana, o clube insiste em chamar de “armadura”, pela própria tradução do segundo nome da empresa.

Confesso que vi grandiosidade no lançamento e gostei dos modelos. A UA está entrando no Brasil agora e escolheu o São Paulo para ser sua porta de acesso. Garantiu exclusividade ao clube e exposição mundial. Fez um contrato de cinco anos e por este período dará R$ 80 milhões.

Por enquanto, salvo alguma denúncia que venha por aí e que se comprove, me parece um ótimo negócio. Uma empresa que é a segunda em vendas nos Estados Unidos, acaba de entrar na Inglaterra e no Chile, não vai manchar sua marca ao começar sua atuação no Brasil.

As camisas foram totalmente do meu agrado. A principal entra um pouco no saudosismo. Vai lá atrás no tempo. Volta a ter as faixas nas costas, coisa que a Penalty omitiu. Aliás, nossa última camisa, olhando por trás, parecia mais uniforme do Santos. A segunda camisa ficou espetacular. Cores balanceadas nos litas vermelha, branca e preta, também lembrando o passado.

Algumas empresas ao longo do caminho, sob pretexto de inovar, acabaram destruindo essa segunda camisa. Aos poucos ela foi voltando ao original e afirmo que este lançamento é o melhor dos últimos anos.

O começo foi bom. O impacto junto aos jogadores e aos torcedores não poderia ter sido melhor. Mas vamos aguardar os próximos passos para ver se correspondem com a expectativa.

Foi o São Paulo das Libertadores

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo desta quarta-feira vestiu o espírito de Libertadores e mostrou que sabe jogar, misturando raça, técnica, marcação, objetividade e com isso massacrar seus adversários. Estávamos perdendo essa forma, fazendo com que um jogo de Libertadores fosse como qualquer outro, quando, na realidade, é maior, é único.

Como expressei no editorial de ontem, estava um tanto incrédulo na vitória do São Paulo, mas como somos o Time da Fé, ela tinha que existir até o fim. Bastaram o apito inicial e os primeiros minutos de jogo para perceber que a noite seria gloriosa, que os bons tempos seriam relembrados.

Não foi a expulsão – justa –  de Emerson Sheik que motivou a vitória. Ela viria mesmo com ele em campo. O São Paulo entrou decidido a ganhar e não dar qualquer chance para sofrer. E assim aconteceu. Ganhou, não sofreu, não correu riscos e poderia, tivesse feito um segundo tempo tão agudo quanto o primeiro, imposto uma goleada sobre o adversário.

Não houve um destaque negativo no jogo. Todos se entregaram por inteiro. Sufocaram o Corinthians. Foi um Itaquerão às avessas. Lá vimos o Corinthians jogar. Aqui eles nos viram desfilar em campo.

A questão é: por que o time não pode apresentar sempre esse empenho, essa pegada, esse futebol? Com os jogadores que temos no elenco, isso era o mínimo que poderíamos exigir.

Espero que a vitória não apague a má campanha que fizemos durante o ano e que um técnico chegue urgentemente. Afinal, quarta-feira tem oitavas-de-final contra o  Cruzeiro, no Morumbi. Ótimo momento para a estreia do novo comandante.

O jogo será um divisor de águas

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o jogo desta noite entre São Paulo e Corinthians será um divisor de águas na situação do Tricolor. Se ganhar, ainda que não demonstre um grande futebol, tudo será esquecido, a torcida fará festa, os jogadores recuperarão o prestígio, ganharão confiança e seguiremos em frente.

Se empatar e conseguir a classificação, também haverá festa, a torcida esquecerá momentaneamente o passado recente, os jogadores poderão respirar com um pouco mais de tranquilidade e, aos trancos e barrancos, esperaremos a próxima batalha.

Mas se perder, ou for eliminado mesmo com um empate, o mundo vai cair. A torcida não vai perdoar e todo o passado recente de derrotas, eliminações vexatórias, escândalos denunciados da diretoria, enfim, tudo de ruim que o clube nos trouxe nos últimos tempos desabará sobre todos e não sobrará pedra sobre pedra.

Se estou confiante numa vitória? Confesso que já fui muito mais otimista do que estou hoje. E não é em função do adversário. Mas é pelo nosso momento, que não me permite acreditar, sequer, que consigamos um empate.

As coisas vão ficando piores quando eu olho lá fora e continua chovendo. Não é segredo para ninguém que o campo favorece quem vai se defender, quem não tem obrigação de ganhar. E se agrava mais quando o árbitro escalado é Sandro Meira Ricci. Peguem uma lista de jogos do São Paulo apitados por ele e vão entender a razão do meu receio. Infelicidade ou proposital, o fato é que ele sempre prejudica o São Paulo.

Mas somos o Time da Fé e ela não pode parar, nem acabar. Por isso estarei no Templo Soberano e Monárquico do Futebol confiante de que sairei de lá feliz. Então, à vitória, Tricolor!

São Paulo eliminado do Paulista. Mas…é quarta-feira!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo foi eliminado do Paulista neste domingo. Final de uma história já antecipadamente esperada por toda a torcida, por vários motivos; por não darmos ao Campeonato Paulista o devido respeito – e ele não merece mesmo -, por estarmos sem técnico e, principalmente, porque o time, até agora, não mostrou que poderia chegar à final. Seria ter um clássico pela frente que perderíamos. E aconteceu.

Mais uma vez Ganso foi ausente no jogo. Mas não pode carregar a culpa sozinho, até porque a maior responsabilidade é de Milton Cruz. Com a escalação retranqueira, medrosa, que fez mais uma vez, onde jogaram três volantes, um zagueiro na lateral e outros dois zagueiros, privilegiando a marcação e deixando a criação de lado, o quadro não poderia ser outro. Ganso sem posição, Pato abandonado na frente e Michel Bastos carregando o piano.

Ms de fato eram Denilson, Wesley e Hudson os responsáveis por fazer a transposição da bola não sei de onde para não sei onde. Fica difícil demais, pois, além de tudo, falta categoria. E era previsível que tomando o gol, como tomou, mudaria tudo, como fez no Uruguai. Entrou Luis Fabiano no lugar de Paulo Miranda e, bem depois, Centurion no lugar de Carlinhos. Mas a mediocridade permanecia, pois o São Paulo continua sem ter um padrão de jogo.

Os olhos estão voltados para quarta-feira. Mas é duro demais perceber que Milton Cruz estará sentado no banco e não teremos Pato. Ou seja: missão quase impossível.

E não vejo chance de chegar um técnico nesta segunda-feira. O São Paulo foi colocado de joelhos por esta diretoria aos pés do Sabella. Ele está dando canseira, esperando uma resposta do Manchester City, e nós de joelhos. E o Ataíde ainda vem falar que Milton Cruz pode ser efetivado.

Estão brincando com nossas tradições. Pensei que nada poderia ser pior do que os últimos três anos de Juvenal Juvêncio. Mas Carlos Miguel Aidar está se esforçando muito pra bater todas as metas de JJ.  Saudades de administrações como de Marcelo Portugal Gouvea, de José Eduardo Mesquita Pimenta (que completou 77 anos neste domingo). Aliás, ele foi enxotado do clube – depois conseguiu voltar – por ter sido comprovado que recebeu uma comissão na venda do passe de Mário Tilico. E naquela época não existiam Ciniras. Comparem com o que acontece hoje no clube.

Deixo bem claro: se o São Paulo for eliminado da Libertadores na próxima quarta-feira, transferirei a responsabilidade total para esta diretoria. E serei um inferno nesta administração.

Vamos lá. A torcida exige a vitória na quarta-feira.

A vitória no Uruguai demonstrou que podemos quando queremos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória sobre o Danúbio no Uruguai, de virada, aos 44 do segundo tempo, traz a certeza de que podemos quando queremos. Isso já houvera acontecido no Morumbi, contra o San Lorenzo, com aquele gol do Michel Bastos aos 44 do segundo tempo.

O primeiro tempo do jogo desta quarta-feira foi sofrível. Ninguém jogou bola. Aliás, caberia ao São Paulo apresentar um melhor futebol, porque o time do Danúbio é muito ruim. Mas entrando com três volantes de marcação e Paulo Miranda pela lateral direita, as opções de ataque ficavam restritas a Michel Bastos, Pato e Ganso. Paulo Miranda não desce, os volantes são horríveis na frente e Reinaldo , não sei se por ordem ou iniciativa própria, evita passar do meio de campo. E, convenhamos, quando o faz, a qualidade é pequena.

Critiquei muito Milton Cruz durante o jogo, nas redes sociais, porque é inadmissível um time que precisa vencer ou vencer, jogando contra o adversário mais fraco do grupo, entrar com esta formação. Pensei que ele fosse mudar no intervalo. Eu já teria voltado com Bruno e Centurion no lugar de Paulo Miranda e Souza. E depois colocado Luis Fabiano no lugar de outro volante, se houvesse necessidade.

Ele esperou tomar o gol, aos dois minutos do segundo tempo, para mudar o time. Então colocou Luis Fabiano tirando Rodrigo Caio; logo depois colocou Centurion tirando Paulo Miranda. E mandou o time para a frente.

A partir daí o futebol do São Paulo começou a fluir. O gol de empate ter saído poucos minutos depois também ajudou muito. Mas as chances começaram a ser criadas e o time, com muita vontade, em nenhum momento perdeu a esperança de marcar o gol da vitória.

Valeu pelos três pontos. Tenho consciência que não temos um técnico e que o time está capengando. Mas está indo e nesse momento praticamente classificado para a próxima fase. Já é alguma coisa.

Quando Ganso joga bem, tudo funciona. Já o M1TO, dispensa comentários!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, fiquei vendo os títulos por aí e quase todos bateram no mesmo círculo. Ou falavam que Ganso e Rogério decidiram o jogo, ou usavam os termos “maestro” e M1TO. Mas o reconhecimento foi de todos.

Falaram aos quatro cantos, antes dos jogos deste sábado, que o Corinthians não teria qualquer dificuldade para passar pela Ponte e que o São Paulo não era o favorito contra o RB Brasil. O que vimos foi um time, aquele que não teria dificuldade para vencer, sendo escandalosamente ajudado pela arbitragem e ganhando às duras penas de 1 a 0 e o que não era favorito metendo uma goleada e sobrando no jogo.

Confesso que num primeiro momento fiquei bastante revoltado com a escalação de Milton Cruz. Não entendia como um time jogando no Morumbi, contra um pequeno, precisando vencer, entrar com quatro volantes – sim, porque Hudson também o é -, dois meias e apenas Pato no ataque. Imaginei que esse esquema deixaria Ganso mais próximo da área, ao lado de Pato.

Mas não foi isso o que aconteceu no primeiro tempo. Ganso muito marcado, sem mobilidade, jogando atrás dos volantes adversários, mas longe da área. O São Paulo, como era de se esperar pela escalação, tendo claras dificuldades para entrar na defesa adversária. Precisou um gol salvador de Rogério Ceni para abrir o caminho. Isso aos 44 do primeiro tempo.

No segundo tempo o RB foi obrigado a se abrir e tentar o ataque. Isso permitiu espaços para o São Paulo tocar a bola. A lentidão continuou, mas Ganso resolveu jogar. Apareceu com lances genais. Bolas deixadas para alguém que entrava em velocidade pela lateral, um passe perfeito, caído, para Pato marcar e um gol por estar jogando mais dentro da área.

Nesse caso o esquema de Milton Cruz funcionou. Mas não sei se é o melhor, nem sei se deve ser repetido no Uruguai. Precisamos vencer e, portanto, temos que atuar com mais jogadores de ataque. É o nosso semestre em jogo.

No Paulista cumprimos nossa obrigação. Não sei o que será pela frente. Só sei que quarta-feira precisamos vencer. E depois pensamos no Paulista.