Vitória contra o Flu nos recoloca nos trilhos do Brasileiro

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é claro que, como qualquer torcedor do nosso São Paulo, estou preocupado e com foco voltado para a Libertadores, mas isso não quer dizer que tenhamos que jogar fora o Brasileiro ou simplesmente participar para não cair. O resto é o resto.

Não. De maneira alguma. O Brasileiro é de suma importância e nos toma a maior parte do ano. Imaginem em junho, no meio do ano, abrirmos mão de disputar um título no restante da temporada.

Tenho entendido a opção de Bauza em poupar os jogadores. Mas considero que jogar uma vez por semana não mata ninguém. Entendo que para domingo que vem, no jogo contra a Ponte, o time tem que ser totalmente reserva. Mas não entendi isso para ontem nem para domingo passado.

Menos mal que conseguimos a vitória contra o Fluminense e retornamos aos trilhos do Brasileiro. Estamos em sétimo lugar, mas bem próximos do G4 e até da liderança. Há três jogos que não vencíamos e, jogando em casa, não havia outro resultado a pensar que não a conquista dos três pontos.

E a missão foi facilitada com o gol logo a dois minutos. Assim como sofremos e padecemos contra o Santos, o gol de João Schimidt desmontou a estrutura tática do Fluminense. E isso possibilitou total domínio do jogo pelo Tricolor paulista.

Bom também por kardec voltou a marcar. Ele precisava de um gol para readquirir confiança. E nós precisaremos muito dele, pois Calleri, sabemos, é um barril de pólvora próximo a explodir a qualquer momento e, se ocorrer alguma expulsão, temos que ter um reserva a altura e confiante.

Quanto a contusão de Ganso, ainda não confirmada sua gravidade, não pode ser tratada como excesso de jogos. Ele não não atuou – nem ficou concentrado – na partida contra o Santos e ontem entrou apenas 15 minutos. Talvez tenhamos que cobrar o Refis, os fisiologistas e preparadores físicos, pois o número de jogadores afastados por problemas musculares é enorme. Mas também não podemos deixar de lado o tal de “azar”.

Tenho esperança que não seja nada de tão grave, pois Kelvin, quando sentiu a fisgada, caiu em campo e teve que ser levado de maca ao vestiário. Com Ganso isso não aconteceu. Vamos aguardar.

A contratação de Maicon mostra que estamos no caminho certo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, me senti orgulhoso com a confirmação da contratação de Maicon. Escrevi ontem que não poderíamos fazer grandes loucuras, afinal a situação financeira do clube é delicada e temos que pensar no que vem pela frente. Mas, confesso, no fundo torcia sem limites para que a aquisição se confirmasse. Quando recebi a informação, por volta das 22h, tive uma grande explosão de alegria.

O que senti ontem à noite talvez tenha sido retratado pelo meu amigo, brilhante jornalista Menon em seu blog. Ele diz, no título, que “O São Paulo fez uma loucura ao contratar Maicon. Parabéns”. Es eu texto exprimiu exatamente meu sentimento. Eu torço, sim para um time grande. Um time capaz de fazer uma loucura, em meio aos seus problemas financeiros, mas que pensa grande, pensa em título, e sabe que para isso tem que ter um time forte.

Quero, aqui, cumprimentar o Gustavo Oliveira. Tenho tido as melhores informações a seu respeito. Não encontrei, até agora, alguém que desabonasse sua conduta. Volto ao que já constatei lá atrás, quando da saída de Luiz Cunha, que foi Gustavo quem montou boa parte deste time que está aí, e praticamente de graça. Foi ele quem trouxe Maicon, Mena, Thiago Mendes, Hudson, Calleri, Kelvin e alguns outros. Foi ele quem viajou para Portugal, e com muita perspicácia, negociou com os duros dirigentes do Porto e conseguiu dobrá-los, baixando dos 12 milhões de euros – pedindo inicial do Porto – para 6 milhões, e dando 50% dos passes de Lucão e Inácio. Ou seja: ainda vamos lucrar bastante em dois jogadores que não vem tendo espaço no elenco. Um lucro que pode chegar a pagar Maicon, pois 6 milhões de euros é um caminha de dinheiro para nós, mas é dinheiro de pinga para o mercado europeu.

Não posso deixar de cumprimentar os novos dirigentes de futebol do Tricolor, José Jacobson Neto e Alexandre Médicis, que estrearam com o pé direito. E, claro, o presidente Leco, que respaldou Gustavo Oliveira nessa negociação e abriu o cofre para a aquisição em definitivo de Maicon. Leco pensou grande, pensou como presidente de um time que não entra num campeonato para disputar, mas entra para ganhar.

Agora a missão é segurar Ganso e trazer mais dois ou três reforços para brigarmos pelo Brasileiro. O São Paulo está muito vivo e é, acima de tudo muito grande. É enorme!

Maicon, Pato e outros: reforços não podem significar loucuras!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, nós, mais do que ninguém, estamos ávidos pela notícia de que o Porto aceitou a proposta do São Paulo e Maicon é Tricolor. Mas as notícias que chegam de Portugal não trazem essa feliz informação e as negociações prosseguem.

Já noticiamos ontem que, em caso de fechamento de negócio, será o maior da história do clube, em termos financeiros.  O título de contratação mais cara da história do São Paulo é de Ganso. Em 2012, o jogador foi comprado do Santos por R$ 23,9 milhões. Agora, apesar de tentar reduzir os 8 milhões de euros (cerca de R$ 30 milhões) pedidos pelo Porto, a diretoria sabe que terá de chegar pelo menos perto do valor. A expectativa tricolor é que saia negócio por cerca de 7 milhões de euros (cerca de R$ 26,5 milhões), superando Ganso.

Maicon tem 28 anos, ou seja, não é um garotinho, e está longe de ser um Oscar ou Dario Pereira. Mas ele, em menos de seis meses, se encaixou como uma luva em nossa defesa e assumiu o papel que antes fora exercido por Diego Lugano. Aliás, o uruguaio foi contratado exatamente por exercer essa liderança, pois ele já se encontra nos estertores de sua carreira.

Comumente, nas Notas dos Jogadores, classifico Maicon como gigante, monstro. Realmente ele tem sido a alma tricolor e seria muito ruim para o clube sua saída. Diria que perderíamos boa parte do nosso potencial para as semifinais da Libertadores.

Deveria criticar os responsáveis por essa contratação, que repetiram o mesmo erro de quando Ricardo Oliveira veio para o São Paulo, em 2006. Ali perdemos o centro-avante na véspera da final contra o Internacional, fato que pode se repetir agora. Mas Maicon foi contratado dois dias antes do encerramento do prazo de inscrições. Era uma incógnita, estava mal no Porto, vinha para compor elenco e a data derradeira do empréstimo foi fixada pelos portugueses. Ou seja: era pegar ou largar. Pegamos.

 

Acho que pagar 7 milhões de euros por um zagueiro de 28 anos é um investimento sólido, por mais que o valor seja exagerado, pois ele pode ser fundamental para conquistarmos a Libertadores. Mas que se pare por aí, que não envolvam mais valores, pois loucura tem limite.

Quanto a Alexandre Pato, apesar de, publicamente, a diretoria negar qualquer negociação – postura absolutamente correta – tenho informação segura que as sondagens prosseguem. E defendo, sim, a contratação de Pato. Claro que com valores racionais, longe do que ele recebia em sua primeira passagem pelo Morumbi, e com valor do passe lá embaixo, já que seu contrato com o Corinthians se encerra em 30 de dezembro e ele, a partir de 30 de junho, pode assinar pré-contrato com qualquer equipe e, se for o caso, vir de graça no fim do ano. Se você pagar por seu passe hoje, o valor seria ínfimo.

Sei que a volta de Pato causa celeuma entre os torcedores, mas é inegável que ele teve um grande ano de 2015, sendo o artilheiro do time. É indolente, meio desligado, mas tendo um técnico enérgico no seu pé, ele funciona.

Sei também que a diretoria está procurando trazer ao menos três reforços para o segundo semestre. Certamente não disputarão a Libertadores, mas se pensa no Brasileiro. O time precisa, sim reforçar seu elenco. Só não deve fazer loucuras que afundem o São Paulo em dívidas impagáveis. Pode usar vários jogadores que temos ali, ganhando bem e rendendo nada, como moedas de troca. Ou com a simples venda. As finanças vem sendo recuperadas, depois das tsunamis provocadas por Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar. Que Leco mantenha o rumo sem desviar a proa.

Um passeio no Pacaembu e Bauza passa a me preocupar

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo tomou um verdadeiro passeio do Santos no Pacaembu. Tudo bem que vamos falar que estávamos desfalcados de vários titulares (Bruno, Mena, Rodrigo Caio, Hudson, Thiago Mendes, Ganso e Kelvin). Mas um clube como o São Paulo, que tem por objetivo sempre disputar títulos, não pode ter o elenco medíocre que tem. Repito o comentário que fiz semana passada: temos um ótimo time titular, mas um péssimo elenco.

Aliás, quando relacionei os jogadores ausentes esqueci de um: o goleiro. Sim, porque Denis, para mim, não pode ser titular do São Paulo. É fato que ele foi o melhor em campo contra o Flamengo. Mas formei a convicção que aquele foi uma atuação anormal. A verdadeira foi hoje. Um autêntico peru no primeiro gol, saídas de bola ridículas e falha no segundo gol, pois bola na pequena área é do goleiro. Sem contar as bolas espalmadas para o meio da área.

Caramelo é um agressão ao bom futebol. No segundo gol ele falhou na cobertura. Aliás, falhou em várias coberturas. Tomou um tropeção no ataque, no segundo tempo, digno de risos. Ou de pena. Matheus Reis é uma verdadeira avenida. Não é de hoje. É desde sempre.

A ruindade acabou contagiando João Schimidt, para mim um grande jogador, mas que fez uma péssima partida, repetindo a má atuação que já tinha tido contra o Flamengo.

Ytalo, que foi centro-avante contra o Sport, e foi muito mal, hoje foi meia. Voltou a jogar muito mal. Michel Bastos é outro que voltou e não conseguiu jogar. E Calleri um brigador eterno, que não desiste nunca.

Mas me preocupa Edgardo Bauza. Algumas vezes ele tirou kelvin do time, quando ele vinha se destacando como o mais agressivo e perigoso jogador do ataque, gerando minhas críticas. Mas hoje foi brutal. Luiz Araujo era o único jogador que conseguia levar vantagem sobre seu marcados. O Santos chegou a colocar dois jogadores para marcá-lo. E ele tira o garoto para colocar Carlinhos. Ele só pode estar brincando com o bom senso das pessoas.

Vai falar que Caramelo estava sobrecarregado na marcação, que Luiz Araujo não voltava como deveria. Se for isso, aquela altura do campeonato não seria o momento para corrigir isso, pois já estava 2 a 0. Bauza foi terrivelmente mal e me preocupa bastante. Não para a Libertadores, pois lá colocamos um outro chip, mas para o Brasileiro. Se é verdade que estamos a sete pontos do lider e a quatro do G4, não é menos verdade que estamos a quatro, também, do Z4.

Por isso é bom colocar na cabeça que a Libertadores é importante. Mas o Brasileiro não pode ser abandonado. E que a diretoria acorde para reforçar esse elenco, enquanto ainda há tempo para reagir.

Empate do Morumbi mostrou que temos time titular, não elenco

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a cada jogo que passa ficou mais convencido que temos um bom time titular, mas um mau elenco. O empate nesta quinta-feira no Morumbi, contra o frágil Sport Recife foi a pura constatação disso. A falta de jogadores como Calleri, Mena e Hudson deixou muito claro essa minha afirmação.

Alguns poderão falar que nosso time reserva ganhou do Botafogo, em Volta Redonda. De quem? Ah, um time misto ganhou do Cruzeiro em BH. De quem? Times que estão na zona de rebaixamento. O do Rio, então, para mim, já rebaixado.

Carlinhos, o substituto de Mena, é o rei do Refis. Matheus Reis, o substituto do substituto, é ruim. Kardec, o imediato do Calleri, parece um poste. Ytalo, que foi colocado por ali, não consegue finalizar. Para piorar, sem Kelvin, que, ao que parece, tem algo grave, teremos que aguentar Centurion, um verdadeiro cemitério de jogadas.

Incrível que, mesmo com toda a ruindade do futebol apresentado pelo time nesta quinta-feira, no mento em que Kelvin se machuca ele iria, aparentemente, fazer o gol. Ah, teve um pênalti não marcado sobre Ytalo. Muito claro. Se fosse em Itaquera geraria até expulsão do zagueiro, mas como é no Morumbi, não se marca. Muito pouco para quem tem como objetivo a disputa do título brasileiro.

Vou, portanto, entrar bom mastro içado na bandeira dos que defendem contratações já. Na saída do estádio encontrei um membro da alta cúpula do São Paulo, que veio me cumprimentar e eu disparei: meu amigo, temos um bom time titular, capaz até de ganhar a Libertadores, mas o elenco é muito ruim.

O fato é este: temos 11 jogadores. Nada mais. Tenho pena do Bauza quando precisa mudar o andamento de um jogo. Tem que colocar Centurion, kardec e outras coisas mais. Situação lastimável.

Apesar de tudo, pelas circunstâncias, o empate pode ser comemorado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, empatar com o Flamengo fora de casa sempre pode ser considerado um bom resultado. Hoje, principalmente, por mais que tivéssemos ficado por duas vezes à frente no marcador, a expulsão de Calleri – para mim injusta – e o pênalti cometido por Maicon aos 48 minutos do segundo tempo, cuja cobrança foi feita para fora por parte do Flamengo, realçam que o empate pode ser considerado um ponto conquistado e não dois perdidos.

O São Paulo, diga-se de passagem, jogou muito mal e foi sempre inferior ao Flamengo. Com o miolo de zaga e a dupla de volantes diferentes dos que vinha atuando, o time teve muita dificuldade na marcação e sobrou espaço para o Flamengo trabalhar. Rodrigo Caio fez uma péssima partida e Arturo volante estreante, sentiu a responsabilidade e ficou pedido sem saber a quem marcar, ou mesmo em que ponto do campo se posicionar. Isso dificultou o trabalho de João Schimidt, que também fez uma má partida.

O Flamengo pressionou muito, obrigando Denis a grandes defesas. Aliás, hoje ele foi o melhor do time, contando até com a sorte no final da partida, com o pênalti desperdiçado pelos cariocas. Mesmo assim foi o São Paulo quem saiu na frente, num contra-ataque, com lançamento perfeito de Ganso para Calleri.

Mas o Flamengo não tardou a empatar, num gol contra de Rodrigo Caio. E continuou na frente. O São Paulo vivia de míseros contra-ataques.

No segundo tempo a situação não mudou. Kelvin mal, Michel Bastos apático, os volantes se complicando e a defesa sobrecarregada. O Flamengo batia todos os escanteios no primeiro pau. Ali a marcação cabe aos laterais. Bruno e Matheus Reis perderam todas as bolas.

Mas de novo foi o São Paulo quem ficou na frente, num belo contra-ataque, lançamento de Ganso para Kelvin e um cruzamento perfeito para Calleri. O jogo estava nas mãos do São Paulo mas, e novo, falha da defesa, escanteio cobrado aberto, entre o primeiro pau e a grande área, e gol do Flamengo.

Era possível tentar a vitória, mas Calleri acabou expulso. Não vi motivo para isso, por mais que ele tivesse insistido na reclamação. Mas achei excesso de rigidez do árbitro. Isso mudou toda a estória. O Flamengo foi para cima e virou, mais do que nunca, um jogo da defesa contra o ataque.

Bauza foi tentando dar mais gás ao time colocando Caramelo – não entendi sua entrada -, Ytalo e Kardec. Mas o São Paulo já se dava por satisfeito com o empate. E na única falha que teve no jogo, Maicon comete um pênalti infantil em Emerson, aos 48 minutos do segundo tempo. Para nossa sorte, o flamenguista chutou para fora.

Por tudo isso, o empate pode ser considerado como altamente positivo. Agora é ganhar do Sport na quinta-eira, no Morumbi, e seguir entre os primeiros do Brasileiro.

Ganhamos após primeiro tempo sofrível

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conseguiu os três pontos no Morumbi, contra o Vitória, com gols após os 30 minutos do segundo tempo. Porque o primeiro tempo foi sofrível. E não dava a impressão de que seria assim, pois com um minuto, em duas vezes, o São Paulo obrigou o goleiro do Vitória a fazer duas grandes defesas, enquanto no minuto seguinte era Denis quem operava um milagre.

Mas depois o time se desarmou e o Vitória mandou na partida. Teve algumas oportunidades, não tão claras de gol, é verdade, mas teve o domínio completo. O trio de meio de campo formado por Auro, Ytalo e Centurion não se encaixava e Calleri ficava abandonado na frente, entre três zagueiros baianos.

O futebol do São Paulo foi tão medonho que até os refletores apagaram, como se impedissem a torcida de assistir tal “espetáculo”.

Bauza mexeu no time e colocou Ganso na volta para o segundo tempo. O time começou a se organizar. Ele tirou Auro, um zero a esquerda, deslocou Ytalo para a direita e o time passou a criar. Ytalo perdeu uma chance clara de gol, Calleri outra, Centurion outra e as chances foram aumentando.

João Schimidt dava as cartas no meio de campo. Ótima presença na marcação e passes perfeitos, com índice zero de erros. E Ganso começava a girar o ataque, aí já com a presença de Michel Bastos, que entrou no lugar de Centurion.

Após a marcação do primeiro gol as coisas ficaram mais fáceis. O Vitória se abriu, tentou partir para o ataque e deu espaço para o São Paulo. O segundo gol veio com naturalidade.

Está provado que temos um bom time titular, mas que não podemos nos dar ao luxo de jogar com seis reservas, pois o elenco não é esse primor que alguns dos nossos dirigentes pensam ser.

Perdemos para as traves e as alterações

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a derrota do São Paulo no Morumbi, nesta noite de sábado gelada, foi absolutamente inesperada. O time do Atlético-PR estava, até outro dia, na zona de rebaixamento. E é muito fraco.

O primeiro tempo do São Paulo foi digno de euforia do mais frio torcedor presente ao estádio. Cheguei a postar nas redes sociais que, “longe de ser uma plástica primorosa, está dando gosto de ver o São Paulo jogar”. Muita movimentação, zaga bem posicionada, os dois volantes saindo com qualidade. Um minuto de jogo Maicon acerta o travessão em cobrança de falta. Pouco depois, Kardec deixa Ytalo na cara do gol e ele chuta para fora. Depois é Centurion quem perde um gol. Mais um pouco e Ytalo tem boa oportunidade. E sai o gol e cobrança de escanteio. E o São Paulo continua em cima.

Veio o segundo tempo e o quadro não mudou. Mesmo o Atlético vindo mais para cima, com alterações feitas por Paulo Autuori, o São Paulo continuava senhor das ações. E a trave voltou a nos barrar. Primeiro num chute de João Schmidt de fora da área. A bola bate nas duas traves e Kardec, dentro da pequena área, escorrega, a bola bate nele e volta para o goleiro. Depois foi a vez de Kelvin, que traz a bola da ponta para o meio e chuta na trave.

Mas o gol do Atlético-PR desmontou esse domínio tricolor. Então entram em cena as alterações. Era claro que Lucas Fernandes deveria entrar, mas no lugar de Kardec e não de Ytalo. Mas ele tirou o meia, alegando, depois, que foi Ytalo quem pediu para sair. Aí colocou Luiz Araujo no lugar de Kelvin, deixando Centurion em campo. Foi chamado de burro pelo estádio. Mas depois veio a explicação que Kelvin sentiu uma fisgada na coxa e pediu para sair.

O fato é que com as alterações o São Paulo perdeu o poder de força no ataque. Mas o Atlético não chegou a pressionar, não chutou uma bola a gol. Aí achou o escanteio e, numa falha clara de marcação de Bruno, o segundo gol. Então fui contestado nas notas que dei aos jogadores por dar notas tão altas, parecendo que o time ganhou. Mas realmente foi uma questão de detalhe. E pensem que estamos jogando sem mais da metade do time titular, que está machucada ou na Seleção Brasileira. Claro que não podemos, mesmo assim, perder para o Atlético-PR em casa, mas nossa campanha não é das piores e ainda é recuperável.

A saída de Cunha mostra a força de Gustavo no futebol

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a terça-feira foi sacudida no São Paulo com o pedido de demissão de Luiz Cunha da diretoria de futebol. Frágil politicamente, pois não é conselheiro nem ligado a grupo político algum no clube, Cunha tinha como apoio a simpatia dos sócios e da torcida. Afinal, aparecendo do nada, foi para Cotia, mudou a estrutura e, em cinco meses, viu o sub 20 ganhando títulos, entre os quais a Libertadores da categoria.

Não conheço pessoalmente Luiz Cunha, mas com todos que conversei e converso sempre ouvi as melhores referências possíveis, quanto a honestidade, competência, seriedade no trabalho e, acima de tudo, amor pelo São Paulo.

Na nota que publiquei na coluna “Alguém me disse”, fui claro que a gota d’água havia sido a contratação de Cuevas, em detrimento dos esforços para manter Maicon no clube. Claro que por trás desta saída não seria apenas este fato, mas o agravante. Afinal, Cunha havia dito a Gustavo Oliveira para iniciar qualquer negociação de compra de jogador enquanto não se canalizassem todos os esforços para comprar o passe de Maicon. E foi traído por Gustavo e por Leco, pois a negociação foi feita sem que ele soubesse.

Mas outros motivos foram enchendo o caldeirão. Luiz Cunha foi o principal responsável por melhorar a integração de Cotia com a Barra Funda. Entregou a Edgardo Bauza muitos jogadores da base que, aos poucos, vem sendo utilizados. Surgiu a informação de que ele tentou demitir Bauza para colocar André Jardine em seu lugar, fato negado por ele, que hipotecava apoio ao trabalho do atual técnico tricolor.

Com sua saída, Gustavo Oliveira fica super fortalecido. Ele não era do agrado de Ataíde Gil Guerreiro e montou uma estrutura no futebol que impediu algumas tarefas de Luiz Cunha. Mas entende-se que, como gerente de futebol remunerado, tem obrigação de cuidar de tudo e trazer resultados.

Por esse prisma, é inegável que os resultados estão aparecendo. Gustavo Oliveira foi o responsável pela contratação, a custo muito baixo, de mais da metade do time titular do São Paulo: Maicon, Mena, Hudson, Thiago Mendes, Kelvin, Michel Bastos e Calleri. Mas questiono, também, a vantagem e o momento para a contratação de Cuevas, pois é uma posição para a qual não temos carência. A partir daí começam a pairar dúvidas, pois nosso passado recente remete a comissão em quase tudo, algo que esta administração cortou. Mas o passado muito recente ainda machuca. Eu lembro que Gustavo Oliveira é muito ligado ao vice-presidente de Comunicação e Marketing, José Francisco Manssur.

Quanto ao presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, me parece que agiu, nesse caso, mais com a razão do que com o espírito político, de quem precisa de apoio forte no Conselho Deliberativo para conseguir sua reeleição em abril de 2017. Mas falou jogo de cintura e um pouco mais de mão forte para evitar esse desenlace. Vivemos um momento muito bom, tanto no social quanto – e principalmente – no futebol e certas questões demandariam atitude mais sólida do nosso mandatário maior.

Talvez isso me remeta a pensar que Leco está dando indicativos, por esta atitude, de que uma boa reforma estatutária virá aí pela frente, com a modernidade em vista. Essa modernidade prevê, entre outras coisas, a profissionalização de alguns setores do clube. Outro dia entrarei mais a fundo nesse tema.

Com todos os desfalques ganhamos em Minas. É muito bom!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não dá para contestar a campanha que o São Paulo vem fazendo nesse campeonato Brasileiro. Daria para estar melhor? Sim. Mas levando-se em conta os desfalques que temos, seja por contusão, seja pela malfadada Copa América, não dá para reclamar do time. Estamos em sexto lugar, com três pontos a menos que o líder, mas levando-se em conta que todos que estão à nossa frente estão jogando completos. Além do mais, enquanto o lider fez quatro partidas em casa e duas fora, nós fizemos o oposto. Ou seja: quatro fora (Botafogo, Coritiba, Figueirense e Botafogo) e duas em casa (Internacional e Palmeiras).

No jogo deste domingo o time começou com apenas quatro titulares: Denis, Bruno, Maicon, Thiago Mendes e Kelvin. No banco, exceção feita a Rogerio e Daniel, só estavam jogadores formados na base. Mesmo assim o time manteve um bom ritmo, equilibrou o jogo, encontrou o gol em grande assistência de Bruno e excelente presença de área de Ytalo e não correu riscos. Em outras palavras: não sofremos.

Nosso grande problema tem sido o lado esquerdo. Matheus Reis não vai ao ataque e não consegue dar conta na marcação. Forma-se uma verdadeira avenida, pois ele geralmente fecha para a área e a lateral fica livre. Centurion não consegue render nem na frente nem atrás. Esse é um grande problema de Bauza, que continua teimando com ele e o lado fica praticamente morto.

Quero destacar aqui João Schimdt, que fez uma partida de encher os olhos. Cabeça levantada, bom posicionamento, ótimos desarmes e passes perfeitos. Ele, se não estou enganado, errou apenas um passe em todo o jogo. Foi num lançamento onde a bola bateu no árbitro e voltou. De resto foi impecável. Seu estilo de jogo, sua forma de correr em campo me lembram muito Paulo Roberto Falcão. Quem sabe não temos um grande craque em nosso elenco.

O ataque continua devendo. Tanto Alan Kardec quanto Centurion – já falei dele acima – não conseguem produzir nada. Então vivemos das ótimas jogadas de Kelvin, as boas descidas de Bruno e a presença de Ytalo. Aliás, foi essa força do lado direito que criou nosso gol, com Ytalo no meio da área.

Não é um futebol dos meus sonhos, mas indiscutivelmente o time está jogando um futebol de resultados, bem no estilo Bauza. E eles estão vindo. Que continue assim.