Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, alguém pode considerar ruim um empate em Itaquera? Não, assim como consideramos bom o empate contra o Internacional em Criciúma. Porém, na minha opinião, perdemos quatro pontos ao invés de ganharmos dois. Em Criciúma jogamos contra um Inter desfigurado, em “campo neutro”. Porém fomos “garfados” com a anulação do gol de Calleri, absolutamente legítimo. Neste domingo, novamente fomos roubados. Talvez o árbitro não fosse tão bundão, tão caseiro, expulsaria Carlos Miguel e o rumo do jogo seria outro.
Mesmo assim, com a conivência da arbitragem para a pressão do Corinthians, também não fosse a exuberante displicência de Luciano, ainda assim sairíamos com a vitória.
O gol de Lucas logo no início do jogo já mostrava que teríamos um grande resultado. Não só o gol, mas o total domínio do São Paulo. Lucas não ficou preso do lado direito do campo e jogando mais centralizado, causava alvoroço em toda a zaga corinthiana.
Mas um mal posicionamento de Alisson e pior ainda de Jandrei possibilitou o empate dos caras. Foi um belo chute de fora da área, mas dedutível para um bom goleiro. Coisa que Jandrei não é. E Alisson, a quem cabia a marcação por aquele setor, já que Igor Vinicius estava preso em Wesley, permitiu a liberdade para o jogador corinthiano.
Mas o São Paulo voltou ao domínio. Diria um massacre contra o Corinthians. O segundo gol foi fruto desta superioridade, já que o time da casa, após o empate, recuou esperando novo erro do São Paulo.
O erro veio, mas após estarmos vencendo. Luciano vai sair jogado da área, erra, perde a bola e sai o gol de empate.
Aliás, vamos falar um pouco de Luciano. É o artilheiro do São Paulo no Campeonato Brasileiro, é o cara da “família’, cumpre ordens do “chefe da família”, mas só atrapalha o time. Neste domingo, após o segundo gol, foi cumprir uma destas ordens e comemorar em frente à Gaviões da Fiel. Calleri, inteligentemente, entrou na frente do goleiro marginal do Corinthians e foi agredido. Luciano não tinha nada o que fazer ali, mas foi aumentar a confusão e também tomou amarelo (o cartão do goleiro marginal deles tinha que ser vermelho). Depois desta lambança e de ter atrapalhado ora Lucas, ora Rodrigo Nestor, ele resolveu fazer a lambança maior que deu o gol de empate para o Corimthians.
No segundo tempo Calleri, sempre ele, conseguiu a expulsão do zagueiro Caetano. Percebam a importância deste jogador: dá assistência para o primeiro gol entra no meio de uma confusão para ser empurrado e causar cartão para o goleiro, obriga o zagueiro a fazer uma falta que lhe cabe o amarelo e na sequência parte para cima do mesmo zagueiro, faz a mesma jogada e lhe causa a expulsão. E ainda tem gente que contesta a importância fundamental de Calleri ao time, assim como Lucas.
Com um a mais não conseguimos a vitória, mesmo jogando muito melhor. E quanto eu disse que a situação poderia ser diferente com a expulsão do goleiro marginal, basta ver a defesa que ele fez no chute de Michel Araujo. Outro não a faria.
Com esse empate caímos para a quinta colocação e poderemos cair muito mais, para perto da décima posição, já que os times que estão um ou dois pontos atrás de nós tem um ou dois jogos a menos. Mas ficaremos dentro de uma zona confortável, afastados do risco de Z4.
Quanto a Alan Franco, está claro que, numa sacada muito boa de Zubeldía, só foi para o banco para receber o terceiro cartão amarelo.
Em resumo, seguimos em aguas calmas.