A série B não precisa vir. Moralmente ela já veio.

Amigo são-paulino, acho que nunca me senti tão humilhado como torcedor do São Paulo em toda a minha vida. Já tivemos derrotas maiores, eu sei. Já fomos goleados por 7 pelo Vasco, pela Portuguesa, tomamos de 6 do Palmeiras, do Corinthians. Foram vexames atrás de vexames. Mas muitos deles compensados com títulos, o que significa dizer que foram meros acidentes.

Não foram os 3 a 0 para o Grêmio, com direito a gol do meio de campo, que me jogaram nesse lamaçal de lágrimas. O clube como um todo já está moralmente rebaixado. Desde o presidente, um marqueteiro adepto à ditadura, passando pelo presidente do Conselho Deliberativo, outro adepto a sistema autoritário, chegando ao time e todo o departamento de futebol.

Leco teve em sua gestão duas muralhas para ele se esconder. Queimou num primeiro momento Rogério Ceni, ídolo m maior, apostando nele como técnico, e Raí, segundo maior ídolo da torcida, o colocando na diretoria de futebol. Júlio Casares segue a mesma trilha: Muricy Ramalho e, de novo, Rogerio Ceni, já completamente desgastado com a torcida.

A escalação desta quinta-feira foi desastrosa e já, de antemão, eu falava em nossa transmissão pela Web Rádio São Paulo que nos traria problemas. Quando ele improvisou Shaylon e Marquinhos na ala direita tomamos gols por ali. Não deveria, nem foi, diferente com Gabriel Sara. Além de matar o jogador que melhor estava se saindo como meia.

O São Paulo não jogou. Jogadores com as mãos na cintura, assustados com tudo o que estava acontecendo, parecia estar jogando contra um extraterrestre. O resultado foi 3 a 0, mas podeira ter sido 5 a 0, não fossem os dois agols absurdamente perdidos pelo Grêmio.

Mas o rebaixamento moral está aí. Jogadores sem coração, diretores sem conhecimento, presidente e conselheiros que ão estão nem aí para o time e só pensam no golpe estatutário, marcado para o dia 16.

Será o fim anunciado do São Paulo, com a perpetuação do poder. A série B não veio este ano, virá certamente em 2022. Com as dívidas assombrosas que temos, e presentes nas páginas policiais, nos tornaremos um novo Cruzeiro.

O que tenho de orgulho em minha vida é que vi títulos paulistas como os de 1970 e 1971 (entre outros), seis títulos brasileiros, três Libertadores e três mundiais. Eu vi o São Paulo grande, monstruoso, gigante. Hoje vejo um arremedo de clube, entregue às baratas e aos ratos.

São Paulo chega aos 45 pontos mas não pode se acomodar

Amigo são-paulino, a vitória do São Paulo sobre o Sport neste sábado, no Morumbi foi fundamental, essencial, obrigatória e nos deu um certo respiro. Analistas dizem que essa é a marca de corte, ou seja, para não correr risco de rebaixamento.

Não concordo. Apenas Chapecoense e Sport (já rebaixados) não podem chegar nesse número. Até o Grêmio pode chegar, se vencer todos os jogos que lhe restam. E os demais, que estão atrás do São Paulo, estão beirando os 40 pontos, podendo chegar a 49. Então estimo que o número real seja 47 pontos, ou seja, precisamos de mais dois ainda.

Aí está meu desespero. Pelo que vem jogando, o time não inspira nenhuma confiança. Como posso acreditar que vamos ganhar do Grêmio em Porto Alegre? Como posso ter certeza que vamos ganhar do mísero Juventude dentro do Morumbi? E do América, em Belo Horizonte?

Após o triste sábado, onde à tarde Palmeiras e Flamengo disputavam o título da Libertadores e nós jogávamos contra o Sport a permanência na Série A, agora me vejo assombrado pelos fantasmas destes adversários, outrora dignos de dó (exceção ao Grêmio) e presas fáceis.

O São Paulo ganhou do Sport quase que por inércia. O time pernambucano é muito ruim. Se o São Paulo fosse um pouco melhor, teria goleado. O dr. Marco Aurélio Cunha, comentarista convidado em nossa transmissão pela Web Rádio São Paulo, disse bem: “o time está jogando sob pressão”. E no CT da Barra Funda parece que ninguém é profissional e também atua sob pressão. Carlos Belmonte, Rui Costa, Muricy Ramalho e todos os outros.

E temos um técnico que prefere abrir mão do talento de Benitez para não ter o trabalho de constituir um esquema tático que permita que ele jogue.

Entendo, portanto, que temos uma diretoria amadora cuidando de um bem maior que é o elenco profissional do clube. Essa é a razão de termos um dos piores anos de nossa história, só não coroado de vez como o mais triste porque ganhamos no Campeonato Mundial Paulista. Pouco para quem um dia assombrou estádios e arrebatou verdadeiros mundiais.

Sem jogar, ficamos longe do Z4. Jogando, nos aproximamos dele.

Amigo são-paulino, o São Paulo se supera a cada jogo. Os vexames aumentam. Não bastasse tudo o que vem ocorrendo com o profissional, o sub-20 foi eliminado do Campeonato Paulista, nas oitavas-de-final, para o Desportivo Brasil, coisa que não ocorria há mais de uma década. No profissional, mais vergonha.

A vergonha não é empatar com o Athletico-PR no Morumbi. Isso já virou rotina. O problema é que a rodada do final de semana, amplamente benéfica para nós, deixou o São Paulo com possibilidades ínfimas de rebaixamento. E nem jogamos para que isso ocorresse. Bastou entrarmos em campo, e aumentamos essa possibilidade novamente. Até porque, jogo no Morumbi, ou se ganha ou se ganha. Ou então se ganha. Mas com o São Paulo de nossos tempos essa tese não vale nada.

O time nem jogou mal. Dominou o tempo todo, teve posse de bola, mas não criou. Não chutou para o gol. Quais foram as chances reais de gol? Duas com Rigoni (uma Santos defendeu e a outra foi para fora); uma com Arboleda (o gol, se tivesse sido marcado, seria invalidado por impedimento). Não me lembro de mais nenhuma.

Muitas vezes Igor Gomes teve a bola nos pés, fora da área mas de frente para o gol e preferiu não chutar. É medo de concluir e marcar o gol? Gabriel Sara até tentou, mas nunca conseguiu ganhar da zaga paranaense.

No final do jogo, os jogadores do Athletico estava extenuados, não aguentavam mais andar em campo. E nós não tivemos competência de marcar um único gol. E, portanto, voltamos a ver crescer o risco de rebaixamento.

Talvez seja o que essa diretoria esteja planejando. A partir da entrevista de Rogerio Ceni, que desabafou e disse que dias piores virão para o São Paulo, concluo que se a série B não vier agora, virá em 2022. Triste São Paulo, tomada por incompetentes que só pensam em seus próprios projetos, largando de mão o clube e o futebol.

Vitória não mudou nada no desespero do Z4, mas encheu de moral para fugir dele

Amigo são-paulino, foi uma noite gloriosa. O São Paulo lembrou os velhos tempos de um clube que se impunha em campo, mostrava o peso da camisa e nem se lixava para quem estava à sua frente ou em que campo estava jogando. E triturou o Palmeiras. Sim, triturou, porque os 2 a 0 poderiam ter sido 5 ou 6 a 0 e ninguém iria ficar surpreso, tal nossa superioridade em campo,

O Palmeiras jogou com um time chamado alternativo? E daí? Alguns não jogaram por estarem suspensos ou servindo a Seleção de seus países. Outros porque o técnico quis poupar. E nós com isso? Se nossa obrigação era ganhar, ganhamos. E jogando muito.

Tenho em mente que Gabriel Sara e Igor Gomes fazem uma partida ótima de dez ruins. Ontem foi a ótima. Agora é nos prepararmos para o pior . Gostaria muito de estar errado, de pagar a minha boca, mas sei que isso é muito difícil de acontecer.

Luciano, que vinha devendo há tempos, fez uma partida digna de Luciano. A defesa foi sublime. Igor Vinicius chegou a me irritar, porque não acerta um passe, um único cruzamento. Mas foi muito bem nos desarmes. Willian não ganhou uma única jogada dele.

É verdade que a derrota não moveu moinhos. Permanecemos na mesma situação, dois pontos atrás do Juventude, que tem um jogo a menos, e cinco à frente do Bahia, que tem dois jogos a menos. O que quer dizer que se o Bahia vencer hoje o Sport, em Recife, e no domingo o Cuiabá, em Salvador, e o Juventude vencer o Atlético-MG, em Belo Horizonte, e o Atlético-GO vencer o Ceará, em Goiânia, estaremos no Z4. Mas perceba que é muito “se” para ser confirmado.

De qualquer maneira, continuamos dependendo somente de nós para não mergulharmos no Z4. Temos uma semana para respirar, e nesse meio tempo secar nossos principais adversários. Carlos Belmonte falou que o São Paulo enverga mas não quebra. Sim, nosso gigantismo domina nessas horas.Mas não gosto de ficar me envergando o tempo todo. E o problema continua. A podre política do São Paulo segue contaminando todos os setores do clube. Por isso poderemos ter um futuro com uma tragédia anunciada.

Nova humilhação nos mostra a realidade e aponta dias mais difíceis

Amigo são-paulino, continuamos colhendo vergonhas atrás de vergonhas, humilhação após humilhação. Mais uma goleada e dentro do Morumbi. Aliás, somando os jogos de ida e volta contra o Flamengo, perdemos de 9 a 1. Você acredita que isso possa fazer parte da história do São Paulo? Sim, com nossa situação atual, isso é absolutamente normal. Afinal, jogamos quatro partidas contra o Fortaleza este ano (Brasileiro e Copa do Brasil), perdemos duas e empatamos duas.

Mas o que pior nos pode pesar é que essa humilhação deste domingo nos aponta para dias muito piores. Vem aí o Palmeiras, na Arena. Depois confrontos diretos, contra Sport e Juventude no Morumbi; e Grêmio fora. Não nessa ordem, naturalmente.

O fato é que já estamos, teoricamente, no Z4. Se olharmos a tabela por pontos perdidos, já somos o primeiro do Z4. Juventude e Bahia estão, em pontos ganhos, dois atrás de nós. Mas ambos tem um jogo a menos que o São Paulo. Se perdermos do Palmeiras quarta-feira, a situação se agrava ainda mais, porque continuaremos dois pontos ganhos a frente da dupla, mas com dois jogos a mais. O jogo a menos que o Bahia tem é contra o Atlético-MG. mas será em Salvador e jogado em 02 de dezembro, quando o Galo, muito provavelmente, já será campeão e estará preocupado com as finais da Copa do Brasil. Logo…

O Juventude tem jogo em casa e também não deverá ter problemas para ganhar essa jogo faltante.

E o São Paulo? O que esperar deste time?Um técnico que fica improvisando na lateral direita o tempo todo. Nos três jogos que improvisou, tomamos os gols por ali. Contra o Bahia, coolcou Shaylon no lugar de Orejuela e o gol baiano saiu por ali. Contra o Fortaleza colocou Marquinhos no lugar de Igor Vinicius e o gol cearense saiu por ali. Contra o Flamengo foi a vez de Diego Costa. Todos viram que Michael fez com ele.

Um técnico que continua insistindo com Liziero, Igor Gomes e Gabriel Sara (que só não jogou ontem porque estava suspenso, mas volta contra o Palmeiras). Um esquema tático que ninguém entende, se é 3-5-2, 3-4-3, enfim, não é técnico ainda.

Uma diretoria que vê o time nessa situação degradante e pensa em golpe estatutário. Afinal, com apoio integral de Olten Aires de Abreu Filho, Júlio Casares se prepara para passar um rolo compressor no Conselho Deliberativo e aprovar um golpe o estatuto, que lhe permitirá algumas reeleições.

Interessante é que, após o jogo, ele pediu união de todos. Juntos pelo São Paulo antes das eleições. Com meus coparss pelo São Paulo após as eleições. Juntos pelo São Paulo de novo no momento do desespero.

Fossem dignos, alguns jogadores deste elenco medíocre, o presidente, o diretor e o gerente de futebol, todos entregariam seus cargos hoje. Os jogadores, com rescisão de contrato sem multas. O presidente e o diretor renunciando e indo para casa cuidar de seus afazeres domésticos. Acho que é o muito que podem fazer sem causar mais danos ao clube.

Júlio Casares repete Juvenal Juvêncio e planeja golpe no São Paulo

Amigo são-paulino, o tempo passa, o tempo voa, mas a poupança Bamerindus contininua numa boa. Lembram-se do comercial? Era dos tempos de Juvenal Juvêncio. Pois hoje tudo se repete.

O Conselho Deliberativo votará no próximo dia 18, algo que tramitou em absoluto sigilo e está prontinho para ser aprovado: entre outras coisas, reeleição do presidente e aumento do mandato dos conselheiros eleitos de três para seis anos.

O modus operandi de Júlio Casares e seus comparsas se equipara ao de Juvenal Juvêncio. Se não vejamos:

Juvenal Juvêncio foi eleito para um mandato de dois anos, com direito a uma reeleição. No meio do caminho fez um planejamento secreto para mudar o estatuto, cooptou dezenas de conselheiros ficando com um rolo compressor sobre quem ousasse se opor, e acabou aprovando, de forma secreta, a mudança estatutária. Com isso o mandato do presidente passou de dois para três anos, com direito a uma reeleição, e dos conselheiros de três para seis anos.

Juvenal conseguiu se reeleger, manter sua maioria expressiva ao final do segundo mandato e partiu para o terceiro. A defesa jurídica, mentalizada e colocada em prática por elementos como Carlos Miguel Aidar e Leonardo Serafim (réus em ação do Ministério Público), fez todos engolirem a história de que ele havia sido eleito para três anos (e não reeleito) por um novo estatuto e que, portanto, estaria apto a ser reeleito.

Me lembro como se fosse hoje que fui muito crítico a essa perpetuação. O Tricolornaweb berrou demais. Um dia, no São Paulo, fui levado pelo então diretor social, Antonio Donizete Gonçalves, o Dedé, para conversar com Juvenal. Ambos tentaram me convencer da correção da interpretação do estatuto. Não me curvei. E isso meu causou alguns processos financiados por Juvenal Juvêncio. Ganhei todos.

Pior: uma mudança de estatuto demanda debate, sugestões dos sócios, aprovação no Conselho e ratificação, ou não, na assembleia geral. Juvenal não fez nada disso.

Com Leco no poder, elaborou-se um novo estatuto. Nele o mandato do presidente ficaria em três anos, sem direito à reeleição. Os conselheiros também teriam mandato de três anos.

Agora, depois de conseguir um número gigantesco de conselheiros (cordeiros) a lhe apoiar, tal qual Juvenal Juêncio, Júlio Casares se prepara para dar o mesmo golpe. Na surdina, aliado a Olten Aires de Abreu Filho, formulou um novo estatuto, que será votado no próximo dia 18, em total sigilo, e se prepara para se autorizar a se eleger em 2024 (novo estatuto) e, consequentemente, se reeleger em 2027. A perpetuação do poder.

Oltem Aires de Abreu Filho, é bom que se lembre, é o presidente do Conselho Deliberativo. Quando ele se elegeu, garantiu transparência nas sessões do CD, colocando até transmissão pela TV São Paulo. Agora faz tramitar em total sigilo um golpe estatutário.

Júlio Casares mostra cada vez mais que está intrinsecamente ligado a réus do MP, como Carlos Miguel Aidar e Leonardo Serafim. E por que não, Douglas Shwartzmann. Mais uma vez não cumpre o que promete, pois uma vez, conversando comigo, disse que o mote de sua campanha seria “30 em 3”, ou seja, 30 anos em três. O mais engraçado é que o marqueteiro Júlio Casares não consegue nem criar algo novo. Repete o golpe de seu mestre supremo. Ditador tal qual fora Juvenal.

Canalhas. Isso é o que são. Tomaram o São Paulo para si. Estão afundando cada vez mais o clube. O time se debatendo para não ser rebaixado e a podre política fedendo mais que ralo de esgoto.

O fim do São Paulo está próximo. Acho que ainda estarei vivo para assistir. Triste, muito triste. Eu ainda entro em depressão por ver o time perdendo. Enquanto eles tramam golpes na clube.

Cada vez mais nossa briga é contra o Z4. E os de trás se aproximando.

Amigo são-paulino, cada jogo que passa nossa situação se complica ainda mais no Brasileiro. Com o G8 na nossa cara há tantas rodadas, optamos por não chegarmos até ele e continuarmos – ou voltarmos – a flertar com o Z4. E o resultado é esse: se o Bahia arrancar um empate hoje contra o Flamengo, nós só teremos o Atlético-GO entre nós e o primeiro do Z4, Juventude, que, diga-se de passagem, reduziu a diferença que tinha para nós dos sete para perigosos cinco pontos.

Digo perigosos porque domingo pegamos o Flamengo no Morumbi e na sequência Palmeiras na Arena. Vejo com pessimismo possibilidade de resultados bons nestes jogos.

Contra o Fortaleza, de novo, o São Paulo começou bem o jogo. Fez 15 minutos de pressão, marcando a saída de bola na frente, tentando alguma coisa. Mas, também de novo, faltaram os meias. Igor Gomes e Gabriel Sara não conseguem exercer essa função com regularidade. Até o fazem bem em um jogo, mas em 50 ficam devendo. E muito.

A escalação do São Paulo nesta quarta-feira me convenceu de que um pensamento meu – não informação, mas resultado de observação – está correto. Rogério Ceni está a serviço da diretoria, colocando em campo jogadores que possam dar retorno financeiro no final do ano, casos de Liziero, Igor Gomes e Gabriel Sara. Essa certeza veio com a escalação surpreendente de Rodrigo Nestor, no lugar de Liziero. É que esta semana chegou ao São Paulo uma proposta de um time norte-americano para a venda de Nestor por 5 milhões de dólares. Mas o São Paulo quer US$ 6 milhões.

Liziero vinha sendo titular em todos os jogos com Rogerio Ceni. Qual outra explicação para a súbita mudança? E qual a justificativa para manter os inertes Igor Gomes e Gabriel Sara e deixar Benitez no banco?

Talvez o golaço desta quarta-feira, aliado ao fato de Gabriel Sara e Rodrigo Nestor estarem suspensos, abra espaço para Benitez no jogo contra o Flamengo.

Triste São Paulo, da podridão política, passando pelo Conselho Deliberativo e diretoria, ao time. U remendo só. Bons tempos em que torcer para o São Paulo era uma grande moleza. Hoje é uma grande sofrência.

Definitivamente estamos mais para Z4 do que para G8

Amigo são-paulino, mais uma derrota vexatória, ridícula, de um time que vai ficar até o final do Brasileiro brigado para não cair. Esqueçam G8. Esqueçam Libertadores. Nosso destino é ficar fora do Z4. Nem Sul-Americana vamos conseguir.

A atuação do time neste domingo foi sofrível. Um meio de campo ineficiente, ataque inoperante, alas presos na defesa. Vivemos do contra-ataque, sem termos treinamento para isso.

Quando o time joga no esquema 3-5-2 se prevê que os dois alas serão atacantes e dois meias vão impulsionar o ataque. Quando o time se defende os dois alas viram laterais e os meias ajudam na marcação.

O que vimos no São Paulo, no entanto, foram dois alas sendo apenas laterais e os meias completamente perdidos, sem concluir uma só jogada. Aliás, o jogo foi um completo clássico de times beirando a zona de rebaixamento.

Rogerio Ceni foi culpado de tudo isso. Entrou com a escalação errada ao deixar Calleri no banco. Depois piorou ainda mais as coisas ao colocar Shaylon no lugar de Orejuela. Não que o colombiano não devesse sair. Mas foi plena invenção do técnico, assim como já houvera feito Crespo ao locar Igor Gomes por ali.

O fato é que antes tínhamos um time, longe de termos um elenco. Hoje nem time temos, pois com a saída de Daniel Alves ficamos com Igor Vinicius e Orejuela. O nhô ruim e nhô pior.

Triste São Paulo, que continua sendo um caldeirão político efervescente, onde o odor da podridão política se espalha por todos os cantos, e o time desmorona para entrarmos em outro ano sendo apenas coadjuvantes, longe de sermos protagonistas.

Com tudo isso arrisco a dizer: Deus nos livre de irmos para a série B. Se formos, seremos o novo Cruzeiro, um time multi-campeão, mas que pagou o preço dos desmandos administrativos, se afundou em dívidas, foi para a série B, não voltou e ainda corre o risco de ir para a série C. Esse, se uma tragédia ocorrer, será o nosso destino.

Vitória importante, nos distancia do Z4 e aproxima do G8

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória do São Paulo sobre o Internacional foi fundamental para nos dar alívio no Brasileiro. Além de nos distanciar do Z4 (estamos a sete pontos e com cinco clubes entre nós e o primeiro do Z4), nos colocou a dois pontos do G8 (temos só dois clubes a nossa frente). O mais importante: fizemos uma grande partdia.

Sempre digo que dentro do Morumbi não podemos pensar em não ganhar, não importa como, se jogando bem ou mal. O que vale são os três pontos. Mas neste domingo o time reeditou a atuação que teve contra o Corinthians. Foram 15 minutos de inferno para o Internacional, tanto que o gol saiu logo no começo. Depois uma sequência de gols perdidos, que, se convertidos, resultariam numa goleada ainda no primeiro tempo

O meio de campo de Cotia finalmente funcionou. Lizeiro comandou a frente da área e permitiu que Gabriel Sara e Igor Gomes se lançassem ao ataque servindo os companheiros. Jogando com três zagueiros, Reinaldo e Orejuela também tiveram liberdade para atacar. E mais uma vez Reinaldo foi decisivo, com um passe perfeito para Gabriel Sara marcar o gol.

Por mais que o time tenha diminuído o ritmo no segundo tempo e o Inter crescido um pouco, foi o São Paulo quem continuou criando e perdendo chances. Para não dizer que o Inter não ameaçou, houve um chute a gol, de fora da área, que acertou o travessão. De resto, Volpi só assistiu a partida. A defesa esteve perfeita e o meio de campo não deu espaço para o time adversário.

Li alguns comentários aqui de leitores dizendo que tomamos um sufoco do time quase reservado Inter. Em primeiro lugar não vi sufoco algum; em segundo, era o Internacional, não importa se com muitos reservas ou não; em terceiro lugar, nós também não tivemos Calleri, Luan, Rigoni não estava cem por cento…

Muitas vezes queremos desmerecer um resultado. Mas ele foi importante. E nos dá tranquilidade para um confronto direto no próximo domingo, em Salvador, contra o Bahia. Seguimos em frente.

O Tricolornaweb cobrou ação do Conselho. E ela veio: arquivamento!

Amigo são-paulino, o Conselho Deliberativo, de novo, deu uma demonstração de total omissão e cumplicidade com a coisa errada. Talvez eu tivesse que isentar o Conselho, e deixar o foco de luz apenas em seu presidente, Olten Aires de Abreu Filho.

A decisão do presidente do CD de arquivar o pedido feito por alguns conselheiros da oposição, de afastamento temporário de Carlos Miguel Aidar, Douglas Shwartzmann e Leonardo Serafim por conta do indiciamento de ambos pelo Ministério Público, é sinônimo de cumplicidade com a coisa errada.

Apenas para lembrar, os três, mais cinco, incluindo a ex-namorada de Aidar, Cinira Maturana, foram indiciados por diversos crimes, entre os quais roubo, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Mas o digníssimo presidente do Conselho Deliberativo entendeu que é necessário esperar a decisão final da Justiça para tomar alguma atitude.

O que se pediu, aliás a partir de publicação do Tricolornaweb nesse sentido, foi que estes três mosqueteiros fossem afastados provisoriamente, para que esperassem fora do Conselho a decisão da Justiça, após a defesa que estão apresentando. Ao arquivar a não afastá-los, Olten Aires de Abreu Filho mostra-se cúmplice dos erros cometidos, assim como Júlio Casares, que manteve Douglas Shwartzmann na diretoria até outro dia (foi Douglas quem saiu do cargo) e Leonardo Serafim como principal negociador do clube.

O curioso é que, enquanto três conselheiros indiciados por crimes continuam ocupando cadeiras no nosso CD, alguns outros que ousaram denunciar esses fatos, como Newton Ferreira e Edson Lapolla, estão suspensos, precisando recorrer à Justiça para retomar suas funções (no caso de Newton Ferreira voltar a frequentar o clube). É uma administração que pune os inocentes e protege os bandidos (ao menos assim entendeu o Judiciário, ao devolver os direitos a Newton e Lapolla e indiciar os três mosqueteiros).

É preciso salientar que o arquivamento foi pedido pelo o presidente da comissão de ética, Antonio Maria Patiño Zorz, que afirmou que não cabe ao órgão investigar e indicou que é preciso esperar o fim do processo –, mas a decisão final foi do presidente do Conselho Deliberativo.

O Tricolornaweb manifesta sua indignação com essa decisão. Isso só endossa o quadro em que se encontra nosso clube, onde a política suja e podre fala mais alto que os conceitos do são-paulinismo, e que os presidentes da diretoria, Júlio Casares e do Conselho, Olten Aires de Abreu  Filho, fazem bem o jogo. Pena que é o jogo do mal.

A tudo isso só podemos dar o nome de cumplicidade. Pobre São Paulo.

Quem ama o clube fica afastado, enquanto quem se usa dele continua nadando de braçadas.