Amigo são-paulino, o São Paulo “conseguiu” um empate no Morumbi contra o “fortíssimo” Ituano. Digo “conseguiu” porque Joandrei foi o herói da partida, defendendo um pênalti e salvando outro lance, cara a cara com o atacante do Ituano. Por outro lado, quantas defesas o goleiro adversário fez? Nem sujou o uniforme.
Rogério Ceni está só começando a temporada e me parece absolutamente perdido, sem saber o que fazer com o elenco que tem. Começou o jogo sem centro-avante e terminou com dois (Calleri e Eder). Quer jogar com jogadores rápidos, abertos. Mas para colocar dois centro-avantes tirou um atacante deste tipo (Rigoni), centralizando o jogo.
É verdade que Rigoni está horrível. Mas o time inteiro está muito mal.
Ele mudou o que fez na quinta-feira, colocando Gabriel Sara na direita e Alisson na esquerda. Como o Ituano se defendia com nove, colocou os dois zagueiros e Rodrigo Nestor jogando na intermediária contrária. Patrick , Nikão, Rigoni, Alisson e Gabriel Sara eram atacantes. Rafinha e Wellington também participavam deste ataque. Mesmo assim a inoperância foi total.
Quantas oportunidades criamos? Um chute de Alisson, no segundo tempo, que passou raspando a trave. De resto, cabeçadas e chutes para fora. Muito fora. Ah! teve uma bola na trave no primeiro tempo. Foi tudo isso. Contra o Ituano, no Morumbi.
Corremos o risco de passarmos o ridículo de não irmos para a próxima fase do Paulistinha. Esse negócio de falar que é só o começo, no Brasileiro também foi assim. Quando percebemos, ficamos dez partidas sem uma vitória. Aliás, nove. A vitória veio na décima. Agora já são dois jogos com uma derrota e um empate. E o próximo jogo é contra o RB Bragantino, em Bragança. É fácil??? Nuvens escuras estão pairando no Morumbi.
Aliás, entro aqui o segundo ponto, na questão do “barraco”. Fiz barraco sim. Saí completamente da minha linha que meus pais me ensinaram, de postura, de ética, e abaixei o nível. Estava no meu direito. Talvez até o tenha perdido em determinado momento. Mas não admito censura e cerceamento de trabalho.
Tenho 42 anos de profissão, 63 anos de idade. O Tricolornaweb completa no próximo dia dez 18 anos de existência; a Web Rádio São Paulo já tem cinco anos. Ambos são legalmente registrados no registro.br, pertencem a uma empresa legalmente registrada, com seus impostos pagos. Sou jornalista profissional (MTB 16.441), matriculado no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (9.123) e sócio da Acessp (credencial 2502). Portanto, absolutamente habilitado para o exercício da profissão.
Recebi, hoje pela manhã, um e-mail da Federação Paulista de Futebol dizendo que meu pedido de credenciamento para o jogo do Morumbi havia sido recusado. Fui me informar sobre os motivos e a informação que recebi é que os pedidos passam pelo clube mandante e a ele cabe o deferimento ou indeferimento dos pedidos.
Não me restou dúvidas que foi represália desta diretoria nefasta pela campanha que puxei pelo NÃO ao golpe do estatuto. Não são poucas as pessoas que me dizem que esta diretoria prefere ver o diabo na frente do que a mim.
Fui ao Morumbi, ciente que não poderia acessar minha cabine de transmissão. Tentei entrar pelas Cativas, por onde sempre entrei (quando não transmitia jogos). Fui impedido. Fui, então, ao setor de acesso da imprensa. Lá fui barrado por um assessor de imprensa do São Paulo, que me disse que eu não passaria. Falei que meu nome não estava na relação da entrada, explicando o que tinha acontecido e ele reforçou que, então, eu não entraria.
Na sequência veio outro assessor de imprensa do São Paulo. Aliás, alguém que me conhece muito bem e por quem eu tenho grande respeito. Também disse que eu não entraria.
Reconheço que me excedi. Falei tudo o que estava engasgado, desta diretoria podre, rancorosa, vingativa, nefasta. Eles afirmaram categoricamente que o São Paulo nada tinha a ver com o problema. E chamaram o assessor de imprensa da Federação Paulista de Futebol.
Graças a sua arrogância ao se dirigir a mim, reconheço que fui rude demais com ele. Em determinado momento ele foi taxativo ao afirmar que eu não entraria. Então peguei meu celular para ligar a Polícia. Queria que os policiais testemunhassem três jornalistas, dois do São Paulo e um da FPF, cerceando meu direito de trabalhar. E, depois, iria para a delegacia registrar um Boletim de Ocorrência.
Então o assessor da FPF disse que iria resolver o caso, ligou para um, para outro, falou com um, com outro e veio com uma história que só criança acredita. Disse que meu cadastro foi feito por uma assessoria de imprensa, a qual nunca ouvi falar, e um cidadão, cujo nome nunca ouvi antes.
Então ele disse que foi uma falha de sistema e que iria autorizar minha entrada. Mas que a culpa foi do sistema, não do São Paulo.
Como essa é uma diretoria mentirosa, eu tenho o direito de não acreditar. Vou apenas engolir, esperando para ver o que vai acontecer na próxima partida no Morumbi .
Peço desculpas pelo “barraco” que armei, mas estava defendendo meus direitos, líquidos e certos.