Gol de Calleri trouxe colírios aos olhos de quem tem sofrido há tempos com o time

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não posso negar que estou voando nas nuvens. O golaço de Calleri, algo que não vemos com facilidade no futebol e, principalmente no São Paulo, há décadas não víamos, me fez esquecer tudo o que de ruim tem feito esse time e as diretorias que se sucedem desde Juvenal Juvêncio. Fui realmente ao delírio.

O São Paulo que teve em sua história o criador da bicicleta, grande Leônidas da Silva, o Diamante Negro, está agradecido a você, Calleri. Diria mais: a torcida do São Paulo lhe agradece por essa emoção que nos causou.

Falando sobre o jogo em si, foi ruim. No primeiro tempo até tivemos um pouco de futebol. O São Paulo conseguiu algo que não vinha alcançando nos últimos jogos contra times pequenos: marcar um gol. Mas não segurou o placar e, cinco minutos depois, sofreu o empate. O que significaria novo início de cavalgada, sob um sol de quase 40 graus, num horário estapafúrdio como esse das 15h.

Aliás, vamos falar sobre isso: por que um jogo ás 15h, em pleno verão brasileiro? Por que o estádio de Diadema não tem refletores? Ora bolas, marque o jogo para outro estádio. Afinal, lá só tinha torcida do São Paulo. Então, jogar em São Caetano, São Bernardo, Canindé, Arenas, Vila Belmiro, Brinco de Ouro, seja lá onde for, não mudaria nada em termos de presença de torcida.

Mas o Água Santa, ao que parece, tem mais força na Federação Paulista de Futebol do que o São Paulo. Como temos visto, nos bastidores somos nível série B, enquanto todos são do nível série A. Não conseguimos nada. Vejam se Palmeiras ou Santos foram jogar lá nesse horário. Fora isso, a pressão exercida pelo clube na arbitragem mostrou bem quem comanda o Água Santa. Com mãos de armas, digo, de ferro.

Voltando ao jogo, muito picotado no segundo tempo, parecia que terminaria empatado. Aí, num bate rebate, onde Andrés Colorado ganha uma bola no alto dentro da área, ela espirrada se oferece para um cara que é centro-avante nato, que sabe se colocar na área e ter a premonição de onde a bola vai. Foi aí que Calleri encontrou a magia de dar uma bicicleta e marcar o gol da vitória.

Sei que a nossa realidade é muito diferente deste êxtase que estou vivendo nesse momento. Mas quero saboreá-lo um milhão de vezes, antes de voltar ao mundo normal. Afinal, é carnaval!

A classificação veio com um triste empate contra um time da série C

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a classificação era inevitável, deveria vir a qualquer custo. Mas veio com um simples empate, em 0 a 0, contra a Campinense, time da série B.

Estranhar por que? Empatamos com Inter de Limeira e Ituano, ambos times de série C do Brasileiro, dentro do Morumbi. Por que seria diferente com a Campinense, ainda mais jogando em Campina Grande.?

O São Paulo dominou o jogo todo, isso é verdade. Aliás, foi destacado nas entrevistas de Rogério Ceni e Rafinha. Eles minimizaram o empate. O que valeu, para ambos, foi a classificação. E a partida de Rodrigo Nestor que, além dos chutes certeiros a gol, obrigando o goleiro adversário a boas defesas, ainda deixou companheiros na cara do gol. Mas o gol não saiu.

Fico muito preocupado com essa aceitação plena de resultados assim. Outrora me sentiria envergonhado, com todo o respeito que o povo de Paraíba mereça, de empatar com um time de lá. A folha de pagamento da Campinense, seguramente, é igual a de dois jogadores do São Paulo. Mas, dirão os dirigentes, isso não é ponto de comparação. Afinal, são 11 contra 11.

Está provado mais uma vez que o São Paulo não sabe jogar contra times que se defendem. Fizemos uma grande partida contra o Santos, que veio para cima, que se abriu. Mas quando pegamos alguém que se fecha, voltamos aos cruzamentos desenfreados e passe entre zagueiros.

Aliás, Pablo Maia, que fez grande partida contra o Santos, nesta quinta-feira foi um desastre. Errou vários passes, nos colocando um risco diversas vezes.

Pela Copa do Brasil pegaremos o Manaus, no Morumbi. Nessa fase, quem vencer passa. O empate leva aos pênaltis. Mas também é apenas um jogo.

No Paulista, para onde nossas atenções de voltam, novamente, é o Água Santa, segunda-feira, no incômodo e ridículo horário de 15h, com o sol batendo a pino. Esse é o Campeonato Paulista, organizado pela ridícula Federação Paulista de Futebol.

O massacre da Vila não pode nos iludir

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo deu um passeio na Vila Belmiro, aplicando uma goleada no Santos. Mas a vitória inquestionável não pode nos iludir.

O time do Santos é muito fraco. Horrível. Seguramente, se não chegarem reforços, vai brigar com todos os méritos para não ser rebaixado no Brasileiro. Mas como isso não é problema nosso, fomos lá e ganhamos.

Se esse é o futebol que se pretende apresentar, então tudo bem. Vimos Nikão muito mais ligado no jogo, Eder recuperando sua forma, Igor Vinicius começando bem, saindo contundido e Rafinha entrando na mesma balada. Mas continuamos tendo Igor Gomes como peso morto e Gabriel Sara, que só cresceu no segundo tempo após a entrada de Rodrigo Nestor. Aliás, Rogério Ceni comemorou muito o segundo gol, para mim o terceiro foi o mais bem trabalhado, com a bola rodando na frente da defesa do Santos, passando de pé em pé, até Rodrigo Nestor chegar de trás, como um verdadeiro segundo volante, e bater forte, no canto.

Tivemos falhas. Reinaldo tomou um passeio do Ângelo. A entrada de Léo resolveu parcialmente o problema. Aliás, Rogério Ceni foi bem nas substituições, pois tirou, no intervalo o inútil Igor Gomes e Reinaldo que estava muito mal.

Enfim, o São Paulo fez uma grande partida, mas que não apaga os pífios empates contra Ituano e Inter de Limeira em pleno Morumbi, ou a extrema dificuldade de ganhar dos reservas do Santo André, também em nossa casa.

Agora temos Copa do Brasil. E a pergunta que fica é a seguinte: Rogerio Ceni continuará fazendo rodízio, poupando jogadores e escondendo o time titular? Precisa tomar cuidado, porque o ano pode acabar e ele não encontrar o que escondeu.

Dominamos como sempre…não ganhamos…também como sempre

Amigo são-paulino, mais uma no Morumbi. Depois de sofrermos mais de 90 minutos para ganhar de 1 a 0 dos reservas do Santo André semana passada, agora conseguimos a proeza de ficar no 0 a 0 contra a Inter de Limeira, até então na zona de rebaixamento. Como dizem os amantes do futebol, alguns times “jogam como nunca e perdem como sempre”. Nós, nesse contexto, dhominamos como sempre e não ganhamos, também como sempre.

O jogo todo, salvo raríssimas exceções, transcorreu entre a intermediária e o gol da Inter. Mas perigo mesmo só ocorreu no segundo tempo, em três oportunidades. De resto, foram passes laterais trocados entre Arboleda e Diego Costa, com muitas participações de Rafinha e Léo.

Aliás, queria entender o esquema de Ceni. Num jogo deste tipo, onde o adversário colocou os 11 jogadores na defesa, fizemos de Rafinha um terceiro zagueiro. Arboleda ficara pelo meio, ele pela direita e Diego Costa pela esquerda. Outra coisa: Rogério Ceni fez de Diego Costa o homem pensante do time, pois ele deu a maioria dos passes – muitos errados – para o ataque. De onde se depreende a falta total de jogadas criadas.

Sobraram, mais uma vez, os cruzamentos. Infinitos. E sempre na cabeça dos defensores da Inter. Gabriel Sara ganhou duas bolas, Diego Costa outras duas, mas sempre cabeceando sem direção. Gabriel Sara, nosso “grande” meia, desaparecido. Nikão e Calleri ocupando o espaço um do outro. Rodrigo Nestor desaprendeu a jogar. Sobrou Pablo Maia, que fez uma boa partida.

No segundo tempo, com a entrada de Reinaldo, o time cresceu. E as três principais jogadas com chances de gol foram dele: uma bola no travessão, uma na trave se uma grande defesa do goleiro da Inter.

Acho que já deu. Chega de invenções, rodízio. Se em seis partidas Rogério Ceni ainda não conseguiu encontrar o time titular ou se os jogadores não aguentam duas ou três partidas seguidas, é melhor procurar outra coisa para fazer e abandonar o futebol.

Triste São Paulo, que fica buscando desculpas para explicar o inexplicável. Pobre diretoria, que está completamente perdida desde que assumiu e que projeta dias piores para nós, torcedores.

Time jogou muito mal, mas mostrou que briga até o fim

Amigo são-paulino, durante toda a transmissão do jogo deste domingo falei na Web Rádio São Paulo das deficiências do time, da falta de jogadas construídas, da bagunça tática de Rogerio Ceni, mas tenho que reconhecer que é um time brigador, que luta até o último minuto, não desiste fácil.

Isso já aconteceu contra o Santo André. O jogo foi horrível, mas o São Paulo nunca desistiu de buscar a vitória, ainda que desestruturado, e marcou seu gol aos 46 minutos do segundo tempo. Contra a Ponte, a virada se deu com gols aos 42 e 45 minutos.

O time em si foi uma confusão só. Rogério Ceni começou com Rigoni e Eder jogando colados, como centro-avantes, deixando Gabriel Sara aberto pela direita e Alisson pela esquerda. Com isso ele matou o futebol de Rigoni e o de Alisson, que joga melhor como segundo volante do que um ponta aberto. Também tirou o espaço de Eder e perdeu um meia, já que Gabriel Sara virou ponta.

No segundo tempo ele piorou as coisas, quando colocou Nikão, Marquinhos… Ao invés de abrir um de cada lado, deixou os dois do lado direito. Claro que alguns vão dizer que isso deu resultado, porque ficaram os dois, mais Igor Vinicius, para cima do lateral. Por isso os dois gols do São Paulo saíram por ali. Marquinhos, no primeiro, vai quase à linha de fundo e cruza na medida para a cabeçada de Gabriel Sara. No segundo, no mesmo lugar, Marquinhos pressiona o zagueiro que recua erroneamente a bola, encontrando Calleri que marca o segundo gol.

Algumas constatações: a não ser que haja algum problema físico, Calleri não pode ficar no banco; Marquinhos merece mais a posição de titular do que Nikão; Jandrei é titular; Miranda tem que voltar; Luan é titular, pois Gabriel não convenceu – quase complicou tudo por duas vezes – e Rodrigo Nestor é segundo volante.

O mais importante de tudo é que saímos da incômoda zona de rebaixamento, e de quebra entramos na zona de classificação para a próxima fase. Agora é ganhar da Inter de Limeira quinta-feira, no Morumbi, para ratificar a boa fase que, aparentemente, começou.

Dois pontos: a vitória sofrível do time e um vitorioso (Tricolornaweb) fazendo 18 anos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, tenho dois pontos a abordar no meu comentário de hoje. Começo pelo jogo desta quarta-feira, absolutamente sofrível. O São Paulo ganhou por 1 a 0, gol marcado aos 47 minutos do segundo tempo, contra o time reserva do Santo André.

O retrato do atual quadro em que nos encontramos pode ser visto após o gol:os jogadores, o banco de reservas, enfim, todos pediam desesperadamente para o árbitro encerrar a partida.

O primeiro tempo foi um fiasco. Apesar do São Paulo ter domínio absoluto da posse de bola e o jogo transcorrer dentro do campo do Santo André, não criamos uma única chande de gol. Os dois triângulos formados, com Rafinha, Alisson e Igor Gomes pela direita; Léo, Rigoni e Gabriel Sara pela esquerda. Porém o único jogo do time foi a bola aérea. Rogério Ceni conseguiu suplantar Muricy Ramalho nesse quesito.

No segundo tempo as chances até surgiram: Rigoni obrigou o goleiro andreense a grande defesa; depois, em duas cobranças de falta, o mesmo Riboni colocou a bola no travessão.Mas a grande chance foi do Santo André. Gustavo Nescau perdeu um gol absurdo, inacreditável, dentro da pequena área. E ganhamos o jogo aos 47 minutos, com jogada de Eder, cruzamento para área, gol de Marquinhos.

Saímos do sufoco, mas continuamos jogando muito mal. Parece que os jogadores foram colocados se um conhecer o outro, um catado foi feito. Vamos sofrer demais ainda nesse Paulista e começo a tremer antes de começar o Brasileiro.

Agora passo ao outro ponto, ao vitorioso. Diria, extremamente vitorioso: o Tricolornaweb. Neste 10 de fevereiro completamos 18 anos de existência, atingindo a maioridade. Se for lembrar de tantas vitórias que conquistamos, em decisões que tomamos pelo bem do São Paulo, ficarei escrevendo até aqui. Vou apenas lembrar duas: fomos responsáveis diretos pela renúncia de Carlos Miguel Aidar; também fomos apontados como responsáveis direto pela vitória do NÃO no golpe do estatuto.

Não posso deixar de citar e agradecer aqueles que, em algum momento, fizeram parte do nosso site: Carlos Belmonte, Daniel Lian, Eduardo Barão, Luis Megale, Helo Cavalari, e os colaboradores Sombra, Daniel Perrone, Fred Rezende e tantos outros que participaram do Amigo do Tricolornaweb. Aqui, em nome de todos, destaco e agradeço, principalmente, Flávio Marques.

O Tricolornaweb sempre foi, é e continuará sendo sempre “O Site que está com o São Paulo”.

O time está evoluindo, mas continua perdendo

Amigo são-paulino, o São Paulo voltou a perder no Campeonato Paulista e começa ver a sua situação se complicar. Quando estávamos no Brasileiro, e ficamos nove rodadas sem ganhar, falávamos que eram 38 rodadas que que havia tempo de recuperação. Depois percebemos que não era bem assim. Agora são apenas 12 rodadas e já estamos há três sem vencer.

O time mostrou uma evolução, é verdade.O jogo em Bragança Paulista foi muito bom. Mas ganhou o favorito. Afinal, hoje o São Paulo é tido como a terceira força no Estado, atrás de Palmeiras, Corinthians, Santos e RB Bragantino. Portanto, ganhou o mais forte.

A defesa foi o ponto fraco do time nesta quinta-feira, Miranda fez, talvez, sua pior partida com a camisa do São Paulo. O primeiro gol, com a falha grotesca dele, o perturbou e ele não se acertou mais no jogo. Rodrigo Nestor não é primeiro volante. Então aquele setor do campo ficou livre para, por exemplo, Praxedes dar um passe de cabeça para Alerrandro marcar o segundo gol, nas costas de Arboleda.

Já o ataque, esse sim funcionou e bem. Rigoni, finalmente, voltou a ter um bom desempenho e isso acaba desequilibrando para o nosso lado, pois é um grande jogador. O segundo gol nasceu de jogada dele, com o chute batendo na trave e Igor Vinicius aproveitando o rebote. O terceiro foi uma assistência perfeita dele para Calleri marcar. Alisson, outro que compôs o ataque, também foi muito bem.

Rogério Ceni, para mim, foi o grande responsável pela derrota. Ele tirou Rigoni, o melhor em campo, para colocar Nikão. Matou o time. Perdemos o jogador que prendia dois do RB Bragantino na defesa e, por cima, ele embolou Nikão e Marquinhos pelo mesmo lado. O lado direito ficou sem ninguém. Dependia de Igor Vinicius ou, às vezes, Gabriel Sara tentar aparecer por lá.

Enfim, o time melhorou, mas continuamos 2022 na pegada de 2021, onde o time jogava bem, mas perdia. O primeiro vexame do ano se avizinha: não se classificar para a próxima fase do Paulistinha. O segundo não está tão longe: estamos em 14º lugar na classificação geral, empatados com o 15º, que está caindo. Z2 do Paulista nos chamando. Que Deus nos ajude em 2022, mais do que nos ajudou em 2021.

Empate e “barraco” no Morumbi. E 2021 segue em 2022!

Amigo são-paulino, o São Paulo “conseguiu” um empate no Morumbi contra o “fortíssimo” Ituano. Digo “conseguiu” porque Joandrei foi o herói da partida, defendendo um pênalti e salvando outro lance, cara a cara com o atacante do Ituano. Por outro lado, quantas defesas o goleiro adversário fez? Nem sujou o uniforme.

Rogério Ceni está só começando a temporada e me parece absolutamente perdido, sem saber o que fazer com o elenco que tem. Começou o jogo sem centro-avante e terminou com dois (Calleri e Eder). Quer jogar com jogadores rápidos, abertos. Mas para colocar dois centro-avantes tirou um atacante deste tipo (Rigoni), centralizando o jogo.

É verdade que Rigoni está horrível. Mas o time inteiro está muito mal.

Ele mudou o que fez na quinta-feira, colocando Gabriel Sara na direita e Alisson na esquerda. Como o Ituano se defendia com nove, colocou os dois zagueiros e Rodrigo Nestor jogando na intermediária contrária. Patrick , Nikão, Rigoni, Alisson e Gabriel Sara eram atacantes. Rafinha e Wellington também participavam deste ataque. Mesmo assim a inoperância foi total.

Quantas oportunidades criamos? Um chute de Alisson, no segundo tempo, que passou raspando a trave. De resto, cabeçadas e chutes para fora. Muito fora. Ah! teve uma bola na trave no primeiro tempo. Foi tudo isso. Contra o Ituano, no Morumbi.

Corremos o risco de passarmos o ridículo de não irmos para a próxima fase do Paulistinha. Esse negócio de falar que é só o começo, no Brasileiro também foi assim. Quando percebemos, ficamos dez partidas sem uma vitória. Aliás, nove. A vitória veio na décima. Agora já são dois jogos com uma derrota e um empate. E o próximo jogo é contra o RB Bragantino, em Bragança. É fácil??? Nuvens escuras estão pairando no Morumbi.

Aliás, entro aqui o segundo ponto, na questão do “barraco”. Fiz barraco sim. Saí completamente da minha linha que meus pais me ensinaram, de postura, de ética, e abaixei o nível. Estava no meu direito. Talvez até o tenha perdido em determinado momento. Mas não admito censura e cerceamento de trabalho.

Tenho 42 anos de profissão, 63 anos de idade. O Tricolornaweb completa no próximo dia dez 18 anos de existência; a Web Rádio São Paulo já tem cinco anos. Ambos são legalmente registrados no registro.br, pertencem a uma empresa legalmente registrada, com seus impostos pagos. Sou jornalista profissional (MTB 16.441), matriculado no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (9.123) e sócio da Acessp (credencial 2502). Portanto, absolutamente habilitado para o exercício da profissão.

Recebi, hoje pela manhã, um e-mail da Federação Paulista de Futebol dizendo que meu pedido de credenciamento para o jogo do Morumbi havia sido recusado. Fui me informar sobre os motivos e a informação que recebi é que os pedidos passam pelo clube mandante e a ele cabe o deferimento ou indeferimento dos pedidos.

Não me restou dúvidas que foi represália desta diretoria nefasta pela campanha que puxei pelo NÃO ao golpe do estatuto. Não são poucas as pessoas que me dizem que esta diretoria prefere ver o diabo na frente do que a mim.

Fui ao Morumbi, ciente que não poderia acessar minha cabine de transmissão. Tentei entrar pelas Cativas, por onde sempre entrei (quando não transmitia jogos). Fui impedido. Fui, então, ao setor de acesso da imprensa. Lá fui barrado por um assessor de imprensa do São Paulo, que me disse que eu não passaria. Falei que meu nome não estava na relação da entrada, explicando o que tinha acontecido e ele reforçou que, então, eu não entraria.

Na sequência veio outro assessor de imprensa do São Paulo. Aliás, alguém que me conhece muito bem e por quem eu tenho grande respeito. Também disse que eu não entraria.

Reconheço que me excedi. Falei tudo o que estava engasgado, desta diretoria podre, rancorosa, vingativa, nefasta. Eles afirmaram categoricamente que o São Paulo nada tinha a ver com o problema. E chamaram o assessor de imprensa da Federação Paulista de Futebol.

Graças a sua arrogância ao se dirigir a mim, reconheço que fui rude demais com ele. Em determinado momento ele foi taxativo ao afirmar que eu não entraria. Então peguei meu celular para ligar a Polícia. Queria que os policiais testemunhassem três jornalistas, dois do São Paulo e um da FPF, cerceando meu direito de trabalhar. E, depois, iria para a delegacia registrar um Boletim de Ocorrência.

Então o assessor da FPF disse que iria resolver o caso, ligou para um, para outro, falou com um, com outro e veio com uma história que só criança acredita. Disse que meu cadastro foi feito por uma assessoria de imprensa, a qual nunca ouvi falar, e um cidadão, cujo nome nunca ouvi antes.

Então ele disse que foi uma falha de sistema e que iria autorizar minha entrada. Mas que a culpa foi do sistema, não do São Paulo.

Como essa é uma diretoria mentirosa, eu tenho o direito de não acreditar. Vou apenas engolir, esperando para ver o que vai acontecer na próxima partida no Morumbi .

Peço desculpas pelo “barraco” que armei, mas estava defendendo meus direitos, líquidos e certos.

2022 começou sem terminar 2021

Amigo são-paulino, parece que o ano novo começou sem que o ano velho terminasse. Perdemos como sempre e ouvimos as mesmas explicações do treineiro. Não é vergonha perder para o Guarani em Campinas, sei disso, mas é vergonha apresentar um futebol pífio, um amontoado de jogadores, sem saber o que fazer.

No começo ficou claro a disposição tática, com Gabriel Neves fazendo a frente da zaga e dois triângulos formados: pelo lado direito Rafinha, Alisson e Nikão; pelo lado esquerdo Reinaldo, Rigoni e Gabriel Sara. Só que não deu certo. E não quero dizer que não vai dar. Talvez com os treinos, isso possa render frutos.

Quero ressaltar que tudo estava ruim nesta quinta-feira: o gramado, a imagem (escuridão total), os times. O que se salvou, não para nós, foram os dois gols do Guarani. Dois golaços. Alguns entenderam como falha de Thiago Volpi. Eu vi como felicidade extrema dos atacantes.

Sobraram, neste primeiro jogo, algumas evidências: Luciano é titular e a dupla de zaga é Arboleda e Miranda. O resto vai se moldando à medida do possível. E Rogério Ceni que se vire, porque não virá mais ninguém. Ele foi muito feliz na entrevista pré-jogo, dizendo que não dá para brigar por títulos. Só espero que sua intenção não tenha sido dizer que vamos brigar para não cair até no Campeonato Paulista. Afinal, o São Paulo foi o único dos grandes que estreou com derrota.

No referendo, tivemos um grupo vencedor e um presidente derrotado

Amigo são-paulino, em toda disputa eleitoral, existem vencedores e vencidos. Não era para ser assim no último domingo. Afinal, por mais que fosse um golpe perpetrado pela atual diretoria, os sócios participariam de um referendo. Mas a obstinação pela poder a todo custo fez com que a diretoria transformasse o domingo num pleito, que daria a reeleição a Júlio Casares.

Ele mesmo defendeu isso a todo custo. E seria lógico que sua reeleição estaria consignada no ultimo domingo com a hipotética vitória do SIM. Afinal, os conselheiros eleitos para três anos teriam seus mandatos prorrogados por mais três e a velha política, dos jantares e carteirinhas, sairia premiada e fortalecida.

Nesse contexto, com a politização feita pelos presidentes Júlio Casares e Olten Ayres de Abreu, enfiando goela abaixo dos conselheiros o golpe com 24 propostas indecorosas, membros da oposição se reuniram, ainda em novembro, atendendo um chamamento dos ex-presidentes José Douglas Dallora, Fernando Casal de Rey e José Carlos Ferreira Alves e decidiram se unir em torno de um ideal, que passou a ser único entre os que verdadeiramente amam esse clube: salvar o São Paulo.

A oposição unida, como raras vezes vimos, batizou o grupo de G.O.L – Grupo de Oposição e Luta. Era uma oposição às coisas erradas que acontecem no clube ultimamente e a luta por um São Paulo digno, democrático e melhor para seus torcedores e sócios.

Quando digo que raramente vimos tanta união basta lembrarmos que em 2020, durante a eleição, os diversos grupos que compõem a oposição chegaram a fazer materiais de campanha com suas identidades próprias. Esses interesses individuais foram deixados de lado e a G.O.L conseguiu uma vitória épica, contra quem tentou implantar o golpe, usando toda a força da máquina, descaradamente, para conseguir algo, pensando que os sócios ainda fossem massa de manobra.

Como eu disse, no embate eleitoral, há vencedores e vencidos. Aqui os vencedores são os componentes do grupo G.O.L. Os vencidos, digo, vergonhosamente vencidos, são Júlio Casares, Olten Ayres de Abreu e Dedé.

Quem sabe essa união possa perdurar e possamos ter, por exemplo, um Marco Aurélio Cunha presidente em 2023. É apenas uma ideia. Que pode dar certo. Basta manter a união.