Classificação épica, que mostra, sim, um divisor de águas para o São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, que noite de glória a que vivemos nesta quinta-feira. Depois de tomar um susto e estar perdendo por 2 a 0 com apenas 16 minutos de jogo, imaginando que sofreríamos uma goleada histórica, saímos da Arena classificados, vencendo na decisão por pênaltis. O divisor de águas está posto.

Desde que houve o sorteio desta chave na Copa do Brasil tenho ouvido, com todos os são-paulinos que converso, que seria o nosso fim no torneio. Alguns chegaram a colocar que esse seria um divisor de águas. E eu tenho dito que se fôssemos eliminados, o que seria absolutamente normal, nada mudaria no nosso destino, pois já estamos nas quartas-de-final da Sul-Americana e brigando pelo G6 do Brasileiro. Mas em caso de classificação, sim, algo mudaria.

Voltaremos a ser um time a ser respeitado, no Morumbi ou fora dele, tendo convicção que não estamos mais nos campeonatos para disputar, e sim para ganhar.

No jogo em si, o São Paulo foi completamente envolvido nos primeiros 15 minutos. Tomou dois gols, como poderia ter tomado outros. Foi um adversário fácil a ser exterminado. Mas o Palmeiras trouxe para si uma soberba, algo que faz qualquer um ser derrotado, pois revigora as forças do adversário.

E foi isso o que aconteceu. O São Paulo conseguiu equilibrar o jogo e, mesmo correndo riscos, passou a procurar mais o ataque. Rogério Ceni começou a mudar o time e voltou para o segundo tempo com Luciano no lugar de Patrick. Eu teria tirado Rodrigo Nestor. Mas ele sabe o que faz.

O lance determinante do destino da partida veio na cobrança de pênalti perdida por Rafael Veiga, que chutou bisonhamente por cima do gol. Na sequência, pênalti para o São Paulo convertido por Luciano. Ali, se o São Paulo forçasse um pouquinho mais chegaria ao empate, porque foi o Palmeiras que se abateu. Desceu da sua soberba, de humilhar o adversário com ar de extrema superioridade, parar o lugar comum. Mas já era tarde.

Esse baque sofrido pelo nosso adversário, aliado às estrela e competência de Jandrei, fez com que Rafael Veiga perdesse outro pênalti e nós saíssemos vitoriosos da Arena.

Noite inesquecível. E o principal: nos respeitem. Estamos vivos para o que der e vier.

Dentro das possibilidades, São Paulo conseguiu um grande resultado em BH

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é inegável que o empate obtido em Belo Horizonte se transformou num grande resultado para o São Paulo. Desfalcado de 14 atletas (número que subiu para 15 durante o jogo), não poderíamos querer sorte maior.

O Atlético-MG, é bom que se lembre, era tido, no início do Brasileiro, o grande favorito ao título, deixando Palmeiras e Flamengo um pouco abaixo. Claro que no decorrer do campeonato as coisas foram mudando, o Palmeiras cresceu muito e os mineiros tiveram alguns percalços.

Portanto, conscientes de que nosso elenco é inferior ao dos mineiros, já seria de bom tamanho trazer um empate de lá. Quanto mais nas atuais circunstâncias, com tanta gente machucada ou suspensa.

Rogério Ceni colocou o time em campo com a estrutura que vitoriosa contra o Palmeiras. Improvisando Rafinha pelo lado direito da zaga, deixou por conta de Miranda e Luizão as interceptações de bolas aéreas, enquanto Rafinha compensava sua baixa estatura com um ótimo posicionamento.

Pablo Maia, na frente da zaga, dava o primeiro combate e geralmente saía vitorioso. Igor Gomes e Patrick, cada um por seu lado, davam a necessária assistência para Wellington e Igor Vinicius. Enquant Calleri, sozinho lá na frente, chamava três zagueiros atleticanos para marcá-lo. Isso diminuía o número de jogadores no meio de campo, o que permitia o São Paulo equilibrar as ações, por ali, não correr risco de contra-ataques e nem de ser muito pressionado pelo Atlético.

Não fosse a peça falha Talles Costa, poderíamos até sonhar com coisa ainda melhor. Mas o time, de qualquer maneira, mostrou que está se encorpando. A partida de Miranda, por exemplo, foi gigante. Ele acabou com Hulck. E quando o atacante caia pelo lado direito, era Luizão quem saía no combate. E ganhou todas do atacante.

Enfim, sabemos das nossas deficiências e inferioridade perante alguns elencos. Mas fizemos uma partida de alto nível e conseguimos o resultado que estava ao nosso alcance.

Se essa pegada continuar, posso sonhar com a briga por uma vaga para a Libertadores ano que vem.

Finalmente descobrimos que tivemos várias ilusões de ótica. Os crimes não aconteceram.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, acabo de descobrir que fomos vítimas de uma grande ilusão de ótica e que não ocorreu crime algum na gestão Carlos Miguel Aidar na presidência do São Paulo.

A juiza Marcia Mayumi Okoda Oshiro absolveu Carlos Miguel Aidar, Leonardo Serafim, Cinira Maturana, Douglas Schwartzmann e José Roberto Cortez sumariamente por falta de provas (na visão dela). Bem, como ela disse que não existem provas, só posso concluir que tivemos uma grande ilusão de ótica, senão vejamos:

  • Não houve contrato com a Far East, assinado por Carlos Miguel Aidar, Júlio Casares, Douglas Schwartzmann, Leonardo Serafim e Osvaldo Abreu, que previa uma comissão de R$ 18 milhões para Jack Banashfeha por intermediar o acordo com a Under Armour. Tudo não passou de ilusão de ótica;
  • Nunca houve qualquer negócio em contratação de jogadores envolvendo o escritório de José Roberto Cortez. O que foi visto no processo foi mera ilusão de ótica;
  • Iago Maidana não custou R$ 200 mil ao Monte Cristo em um dia, junto ao Criciuma não custou R$ 2 milhões ao São Paulo, no dia seguinte;
  • Não houve cheque algum de R$ 30 mil nem de R$ 50 mil na conta de Leonardo Serafim, depositado pela namorada de Carlos Miguel Aidar;
  • Nunca houve a discussão, com vias de fato, entre Atayde Gil Guerreiro e Carlos Miguel Aidar por conta de dinheiro sujo. Também foi ilusão de ótica.

    Porém, como estou com muita ilusão de ótica, acho que também não houve a renúncia de Carlos Miguel Aidar à presidência do São Paulo por conta das denúncias de corrupção. Também entendo que foi ilusão de ótica o Conselho Deliberativo ter vetado o pagamento dos R$ 18 milhões para a Far East. Da mesma forma foi ilusão de ótica a decisão do Conselho Deliberativo ao ler o recomendado pela Comissão de Ética e ter expulso Carlos Miguel Aidar.

    No entanto, vou analisar algo aqui e pediria o apoio de vocês, se é que também não estão com ilusão de ótica. Num trecho da matéria sobre o assunto , a juiza em questão diz que “além disso, afirma que o São Paulo se manifestou no processo “reconhecendo o direito do escritório contratado em receber os honorários e informando que os pagou, conforme a decisão judicial. Informou, por fim, não ter ocorrido qualquer furto”.

    O fato é que o responsável por essas informações no processo foi…foi…Leonardo Serafim, coincidentemente investigado pelo Ministério Público no assunto. Aliás, as informações pedidas pela Justiça ao São Paulo foram dadas por uma diretoria que tem Júlio Casares, Douglas Schwarzmann e Leonardo Seafim. No mínimo, tudo está “viciado”, no termo jurídico. Terá sido mais uma ilusão de ótica?

Ah, apenas para constar, Leonardo Serafim continua dando as cartas, ainda que subliminarmente, no departamento Jurídico do São Paulo.

Algumas coisas que me vem à cabeça: sou muito grato a meu avô e meu pai por me terem feito são-paulino. Repito: sou muito grato (se bem que algumas vezes, como hoje especificamente, sinto vergonha disso). Aliás, eu tenho que sentir vergonha da Justiça, porque o São Paulo já me fez passar muita raiva e muita vergonha.

Cheguei a meditar, antes de escrever esse editorial, em me despedir e encerrar o Tricolornaweb e a Web Rádio São Paulo. Mas aí percebi que tudo isso também pode ser uma ilusão de ótica. A atual diretoria ter aumentado a dívida em um ano em R$ 120 milhões é uma ilusão de ótica; o São Paulo estar muito bem, em todos os sentidos, é uma ilusão de ótica.

O que espero, por fim, é que o Ministério Público recorra desta esdrúxula decisão. Para que o São Paulo não passa a ser, para mim e tantos outros que lutam para vê-lo sempre bem, melhor e melhor, uma mera ilusão de ótica.

Vitória fundamental para a sequência do Brasileiro

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conseguiu uma vitória fundamental para sequência do Brasileiro. Se levarmos em conta que uma derrota nos deixaria na 13ª posição, a dois pontos do Z4, e que nosso próximo jogo será contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte, devemos comemorar muito.

Luciano voltou a ser Luciano. Em dois jogos marcou quatro gols e recuperou seu protagonismo para o time. Calleri, que não marcou, participou muito bem taticamente, abrindo os espaços para Luciano.

Aliás, no jogo em si, o São Paulo foi melhor até marcar o gol. Aí, em um minuto, tomou o empate. Jogando em um volante fixo, a defesa sofria muito com as descidas dos goianienses. E depois do gol de empate, o time entrou em verdadeiro parafuso. Tivemos muita sorte de não levarmos a virada. Atribuo às ótimas performances de Diego Costa, Miranda e Léo, além das perfeitas saídas de gol de Jandrei por não perdermos o jogo, ainda no primeiro tempo.

Rogério Ceni corrigiu o erro, voltou com Gabriel no lugar do horrível Patrick – que não armou, não desarmou, não fez nada – e Reinaldo no lugar do infrutífero Wellington. O time reencontrou o equilíbrio e passou a dominar o jogo. O gol da vitória foi consequência disso.

Agora, em sétimo lugar no Brasileiro, podemos, ao menos por uma semana, olhar para cima, medirmos a distância dos que estão à nossa frente e esquecermos a parte de trás da tabela. Mas estamos cientes que muita coisa vai acontecer pela frente. Se a quinta-feira parece ser tranquila, os próximos dias balizarão nossa caminhada, no Brasileiro e na Copa do Brasil.

A noite em que o São Paulo foi São Paulo. E me deu orgulho de ser são-paulino.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a noite desta quinta-feira ficará marcada na história do nosso clube. Por mais que a Sul-Americana seja, na minha visão, uma série B da Libertadores, é inegável que a performance do time, com tudo o que envolveu o jogo, o transformou em histórico.

O primeiro tempo foi um verdadeiro passeio. Claro que o São Paulo se aproveitou da fragilidade do adversário e fez o que vinha fazendo nos outros jogos. Mandou na partida e desta vez, liquidou o jogo, com 3 a 0. Luciano e Calleri, em grande noite, fizeram a dupla de ataque que eu imaginava que dara certo.

No segundo tempo, o temor voltou a bater. Sofremos um gol com dois minutos e aos cinco Igor Vinicius foi expulso. Pensei que o pior pudesse acontecer.

Mas o São Paulo não recuou, como o fez das outras vezes. Continuou marcando a saída de bola dos chilenos, e numa jogada brilhante que começou com Patrick, dando um drible de calcanhar no meio das canetas do zagueiro adversário, tocando para Igor Gomes que arrumou de letra para Calleri, que bateu de primeira, no ângulo. Um golaço. Como já houvera sido o segundo de Luciano, também um gol lindíssimo.

Com 4 a 1 era normal a tranquilidade reinar no time. Mas de novo o susto: Rodrigo Nestor é expulso. Isso com 25 minutos do segundo tempo. A tal formação com duas linhas de quatro, tradicional quando um jogador é expulso, tinha que mudar.

Rogério Ceni, que tinha colocado Patrick para fazer as duas linhas de quatro, não mexeu no time. Manteve Igor Gomes mais centralizado com Gabriel e Diego Costa mais aberto na direita. O São Paulo passou a viver de contra-ataques.

Mas então Calleri foi expulso. E eram 42 minutos. Rogério colocou, então, Luizão no lugar de Reinaldo, que também já tinha cartão amarelo. Mesmo assim a pressão foi enorme, sofremos o segundo gol e só não tomamos mais porque o time foi gigante, os oito que estavam em campo se transformaram em leões e mostraram que honram a camisa que vestem, nosso manto sagrado.

A arbitragem foi ridícula. Rigidez é uma coisa. Estupidez é outra. O pênalti marcado por uma mão no rosto de Calleri foi perfeito. O cartão amarelo dado a Igor Vinicius, depois o amarelo seguido de vermelho, por lances similares, perfeito. O lance de Rodrigo Nestor é de absoluta interpretação. Na minha visão, pode ser a visão de um são-paulino, não foi intencional. Absolutamente acidental.

A expulsão do Calleri, no entanto, foi absurda. Ele não tocou no rosto do jogador adversário. Ele se apoiou no ombro. O mais triste é que o VAR não corrigiu e o São Paulo ficou com oito em campo.

Tenho a impressão que se houvesse mais dez minutos de jogo, outros dois ou três jogadores seriam exppulsos. Do São Paulo, claro.

Entendo que caberia um registro de protesto junto à Conmebol por parte da diretoria. Aliás, espero que isso aconteça.

No mais, considero a classificação já garantida. Mas nós temos esse direito, não os jogadores, que precisam jogar de forma séria no jogo de volta.

Uma no cravo, outra na ferradura. Ganha do Palmeiras e empata com o Juventude.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, nosso time não tem jeito. Perde do Palmeiras, nos fazendo passar uma grande vergonha, do jeito que foi segunda-feira da semana passada; depois ganha do Palmeiras, quinta-feira, devolvendo a esperança ao torcedor; aí vem domingo e empata com o lanterna do campeonato. Resumo da ópera: time não confiável.

O jogo do São Paulo no primeiro tempo foi patético. Rogério Ceni inventou mais uma vez, fazendo de Rafinha um terceiro zagueiro e não um lateral. Com isso deixou Rigoni fazendo a ala direita. Wellington fazia a esquerda, Patrick e Igor Gomes municiavam o ataque formado, pelo centro por Luciano e Eder.

Acontece que Rigoni viu seu futebol ir embora com Crespo; Luciano vive sua pior fase dentro do São Paulo; Eder é um ex-atleta em atividade; Wellingto chega na linha de fundo todas as vezes, com extrema qualidade, mas cruza as bolas com péssima qualidade. Conclusão: 0 a 0, sem qualquer emoção, sem qualquer sentido de um jogo de futebol onde o mandante era o tricampeão mundial e o visitante o últim colocado na tabela.

Veio o segundo tempo e Rogerio começou a mudar. Entrou com Calleri e Rodrigo Nestor tirando Eder e Patrick. Imagino que a saída de Patrick tenha se dado por conta do cartão amarelo que recebeu no final do primeiro tempo. Já Eder, imagino que tenha saída por absoluta deficiência técnica.

O time melhorou, passou a habitar com mais qualidade e intensidade a área adversária. O Juventude jogava com seus 11 jogadores dentro da sua área. Nem contra-ataque arriscava mais. Então Rogerio tirou Rafinha e Luciano para colocar Igor Vinicius e Diego Costa. Manteve a linha com três zagueiros, desnecessário demais, mas ampliou a ofensividade pelo lado direito.

Foi um massacre. Mas as 22 pernas dentro da área gaúcha não permitiam arremates certeiros. Teve até Miranda perdendo um gol inacreditável, dentro da pequena área.

É inegável que o São Paulo dominou o jogo e parou na extrema retranca adversária. Mas retrancas existem para serem vencidas. E nosso time não conseguiu essa proeza.

Me parece que vamos, mais um ano, brigar pela Sul-Americana, a série B da Libertadores. Triste para um tricampeão mundial.

São Paulo aprendeu com os erros e venceu o “invencível” Palmeiras

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi simples, mais até do que esperávamos. Vencemos o Palmeiras no jogo de ida da Copa do Brasil, da mesma forma como jogamos na última segunda-feira e levamos aquela virada doída no final do jogo.

Rogério Ceni colocou o mesmo time, mesmo esquema tático da segunda, com seis no meio de campo, três zagueiros e apenas Calleri lá na frente. Dominamos o meio de campo, não sofremos e ainda marcamos um gol, como sempre, no primeiro tempo. Patrick, que teve ótima atuação, resolveu o problema e ainda criou outras chances, que não foram aproveitadas.

No meio de campo, além da movimentação de Igor Gomes e Rodrigo Nestor, tivemos uma eficiência impressionante de Gabriel, que não perdeu uma única bola e fez com que Scarpa e Dudu, os responsáveis pelas principais jogadas do adversário, ficassem trocando de lado do campo momento após o outro,s em conseguirem absolutamente nada. No final das contas, ao invés de um Calleri isolado na frente pelo esquema 3-6-1 de Rogério Ceni, foi Rony quem ficou sozinho, apesar do 4-3-3 palmeirense.

Rogério Ceni trocou alguns jogadores no final da partida. Um por necessidade, já que Arboleda saiu contundido, e dois por desgaste físico, como Reinaldo e Patrick. Mas dessa vez não deu chance para o azar, mudando a estrutura do time.

Fizesse isso na última segunda-feira, e possivelmente não tivéssemos tomado os dois gols e passado pelo ridículo que passamos.

Claro que não podemos considerar a classificação na Copa do Brasil. Aliás, eu diria que vai ser muito difícil segurar um empate na Arena. Mas não posso deixar de reconhecer que o resultado foi um alento para nós e refaz nosso ânimo para o futuro.

De vexame em vexame, o São Paulo escreve sua nova história

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, como é difícil uma terça-feira pós o novo vexame que passamos na segunda, no Morumbi. Ganhando o jogo até os 45 minutos do segundo tempo, conseguimos a “proeza” de tomar a virada e sair com nova derrota frente ao Palmeiras.

São vexames e mais vexames que temos passado. Parece que tudo o que conquistamos nos anos 1990 e 2000, principalmente, está se voltando na mesma proporção contra nós: time, em alguns anos, lutando contra o rebaixamento, derrotas humilhantes no Morumbi, crise financeira se agravando e diretorias nefastas. Tudo somado mostra o que é o São Paulo de hoje.

No jogo em si, um primeiro tempo espetacular, com ataques dos dois lados, digno de um choque-rei. Por muito tempo eu até acreditei que sairíamos vitoriosos. Aliás, com 40 minutos do segundo tempo, já dava com certo a vitória.

Só não podia contar com as substituições estapafúrdias de Rogério Ceni, ao colocar Miranda e tirar Léo da área, abrindo um corredor pelo seu lado para o adversário; tirar Calleri, que vinha segurando os dois zagueiros palmeirenses lá atrás, para colocar um Eder que não consegue nem correr, ou um Rigoni que virou estereótipo de jogado; e, principalmente, colocar um Pablo Maia perdido no lugar do Gabriel, que fazia uma excelente partida. Bem, desnecessário lembrar que os gols deles saíram aos 45 e 50 minutos marcados pelos dois zagueiros, aqueles mesmos que o Calleri conseguia prender lá atrás.

Mas a cara do São Paulo, ou uma das caras, é mostrada pelo diretor Social, o famigerado Dedé, santista que se diz são-paulino. Semana passada, antes do jogo contra o Botafogo, fez uma live com a camisa de 2012 do São Paulo, falando que era a camisa do título mundial de 2005; e que neste segunda-feira, após a tragédia do Morumbi, colocou em suas redes sociais que, apesar do resultado, “queria comemorar a alegria das crianças e adolescentes do time de pólo aquático”, pedindo para curtir o post “quem é tricolor de verdade e ama nosso clube”. Nada contra as crianças (parabéns a elas), mas tudo contra esse senhor que não tem a mínima noção do que é ser são-paulino de verdade.

Poderia aqui colocar muitas coisas dessa diretoria que justificam a situação de penúria que nos encontramos. Como eu comentava muitas vezes com Carlos Belmonte, na época de Jovem Pan, quando uma derrota dessas acontecia, eles, que dirigiam nosso clube, estariam no dia seguinte em suas salas e gabinetes com ar condicionado, fechados ao público, enquanto nós, pobres torcedores, tínhamos que encarar os corinthianos e palmeirenses na Redação. Hoje o Belmonte também está na sua sala, sem qualquer torcedor adversário por perto (desde, claro, que o Dedé ou os conselheiros palmeirenses não estejam por lá), enquanto nós estamos aqui fora encarando essa realidade.

Só não pactuo de algumas afirmações de que o São Paulo acabou porque ele é maior que todos esses seres que os habitam hoje e que pensam serem donos do clube. Porém teremos que fazer muita força para não deixar essa máxima persistir. Afinal, eles ainda tem um ano e meio para ficar por ali.

Copa do Brasil? Ah, quem sabe ano que vem tenhamos melhor sorte no adversário pela frente. Porque a deste ano já foi antes de ter ido.

Derrota prevista de um time que não consegue se impor ante os mais fracos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo decepcionou – e muito – nesta quinta-feira, ao perder para um time ridiculamente mais fraco e candidato ao rebaixamento. Assim vamos colecionando péssimos resultados contra os mais fracos do campeonato, o que nos dá um indicativo de muita preocupação para o que vem pela frente. Já padecemos contra Fortaleza, Ceará, Avaí, Coritiba e agora o ridículo e grotesco Botafogo.

Rogério Ceni, mais uma vez, tentou ser o suprassumo da inteligência,ao mudar uma escalação praticamente na escadaria do vestiário, que dá acesso ao campo. Anunciou o time com dois na zaga – Arbolerda e Léo – com Gabriel como volante e entrou com três no setor defensivo, incluindo Diego Costa e tirando Gabriel . A justificativa foi equiparar o número de jogadores no meio de campo com o Botafogo.

Não vou ser incoerente, pois já disse que admitia que Rogério Ceni deveria montar o time de acordo com o adversário. Mas há momentos que esse tipo de atitude mais parece uma admissão de fragilidade do que qualquer outra coisa.

Mas nada funcionou. Rodrigo Nestor, de quem se esperava uma boa atuação, foi grotesco. Errou todos os passes, estragou contra-ataques e tomou um drible desconsertante no gol adversário. Igor Gomes foi mais volante do que meia. Também errou quase todos os passes.

Lá na frente Luciano e Calleri ficavam isolados, a bola não chegava, Rafinha não descia, Wellington tem muita força para chegar à linha de fundo, mas é péssimo nos cruzamentos, e nós passamos 45 minutos com um único chute a gol, exatamente de Wellington.

Pior no segundo tempo, quando demos um único chute perto do gol, por parte de Calleri. Aliás, Rogério mudou muita coisa no segundo tempo, mas de novo, nada funcionou. O único que ainda conseguia dar alguma vida no meio de campo, Patrick, foi substituído, por contusão. Aliás, mais uma contusão.

Assim perdemos para um time que certamente brigará muito, mas muito mesmo, para não voltar para a série B. Agora temos o Palmeiras. O que esperar para a próxima sequência? Sinceramente, começo a temer pelo nosso futuro.

Rogerio Ceni exagerou no direito de errar, mas o São Paulo venceu.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, nunca vi um técnico cometer tantos absurdos numa escalação, e nas substituições, como Rogerío Ceni neste domingo. O cara entrou com quatro volantes, ou três zagueiros e três volantes, contra o América-MG, em pleno Morumbi.

Em jogos onde o sistema defensivo deveria ser privilegiado, com contra o Palmeiras na Arena, por exemplo, ele foi com o time sem volantes. Agora faz esse absurdo.

Quis o destino, por uma fatalidade, que Luan sentisse uma contusão no começo do jogo e Patrick entrasse. Além do gol que marcou, desmontou o sistema rígido defensivo que Rogerio havia montado. Pablo Maia foi jogar no meio de campo, com Gabriel e Rodrigo Nestor, e a zaga ficou com Miranda e Léo.

No segundo tempo, mais erros. Ele volta com Rigoni no lugar de Gabriel. Oras, já estávamos ganhando o jogo, não precisaria arriscar o time mais para frente. Essa era a hora de manter um esquema de time mais fechado. Mas ele abriu o time.

E as besteiras continuaram: colocou Rafinha no lugar de Luciano. De repente passamos a jogar com três na ala direita: Rafinha não passava do meio de campo, Igor Vinicius era meio ponta, meio meia e Rigoni, bem, essa é um caso à parte, mas ficava aberto do lado direito também.

Lá pelo lado esquerdo um cansado Reinaldo, que foi substituído por Wellington, que também ficou isolado.

Com isso pagaram o preço os atacantes, tanto Luciano quanto Calleri, porque a bola nunca chegou até eles. Aliás, até chegou, mas com má qualidade de passe e pouca chance de arremate. Tanto que durante todo o jogo foram apenas duas finalizações corretas a gol.

Vi num comentário por aí que o São Paulo teve dia de Corinthians, porque jogou mal e ganhou. Sempre disse que no Brasileiro precisamos ganhar, não importa se jogando bem ou mal, principalmente em casa. Tanto é que estamos na terceira posição do Brasileiro. O que não dá é para ver uma escalação estapafúrdia e ter certeza, antes do jogo começar, que aquilo não vai dar certo.

Efetivamente, Rogério Ceni é sério candidato a professor Pardal.