Humilhação no Maracanã e vaga mais distante para a Libertadores

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, mais um vexame do nosso time. Agora no Maracanã.

Quem assistiu apenas o primeiro tempo ficou extasiado com o futebol apresentado por ambas as equipes e o São Paulo saindo na frente com um golaço do Luciano. Tudo funcionava muito bem. A defesa bem postada, meio de campo saindo com velocidade, ataque com toques rápidos e chances sendo criadas.

Bastou o intervalo chegar de o segundo tempo começar para tudo aquilo que parecia ser uma maravilha ruir. Em apenas 15 minutos já estávamos perdendo por 3 a 1. Três substituições feitas por Diniz no intervalo ditaram a virada. Uma substituição feita por Rogério Ceni também contribuiu para isso. Não que Patrick estivesse bem, mas, ao menos, não fez as bobagens que Galoppo fez – responsável direto pelo segundo gol -.

Pior: com o passar do tempo, Rogério Ceni começou a seguir as ordens da diretoria, de dar mais tempo de jogo a André Anderson, Bustos. E o time só piorou,. Tomamos olé no Maracanã.

A vaga para a Libertadores, consequentemente, começou a ficar mais difícil. Ainda estamos em sétimo lugar, mas fomos o primeiro a jogar na rodada. Isso quer dizer que poderemos acabar em nono lugar, ou seja, fora do G8.

Mas será que esse time merece mesmo ir para a Libertadores? Um clube que tem um presidente que só gosta de aparecer nas redes sociais – quando o time ganha – porque quando perde, ele desaparece; um diretor de futebol que também ama as redes sociais na mesma balada do presidente; um presidente de Conselho Deliberativo que ama a ditadura e, assim como o presidente, vive caçando opositores e expulsando do clube; um diretor executivo de futebol que nunca aparece para nada; um gerente de futebol que vive calado e não demonstrou até agora um mínimo de competência.

Logo, a não classificação para a Libertadores poderá ser um prêmio a nossa total incompetência.

Aliás, como disse um amigo meu agora há pouco (não vou identificá-lo porque não pedi autorização), mas num País onde mais de 50% votou por não reeleger um presidente da República, numa torcida onde quase 100% não aprova nossa atual diretoria e presidência, talvez o caminho mais sadio para o clube seria a renúncia. Porém, eles preferem caçar opositores para pavimentarem melhor a totalização do golpe, facilitando a reeleição no próximo ano.

Assim se afunda o São Paulo.

A vitória é o que importa, mas poderia jogar um pouco melhor

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conseguiu os nove pontos obrigatórios: ganhamos com autoridade do Coritiba, tivemos sérias dificuldades contra o rebaixado Juventude e marcamos o gol da vitória no último minuto dos acréscimos contra o Atlético-GO. Diria que foram atuações quase que sofríveis e que só ganhamos mais pela ruindade dos adversários do que pelos nossos próprios méritos.

Mas não posso deixar de reconhecer que o que valem são os três pontos. O resto se discute depois. Oras, é isso que estou fazendo. Discutindo depois, até porque ontem comemorei muito o gol de Luan. Parecia até uma final de Libertadores.

Sobre o jogo em si, o time marcou um gol aos 22 minutos, após um verdadeiro massacre contra o adversário e depois recuou, deixou de jogar. O Atlético-GO gostou do jogo e passou a aparecer em campo aquele que foi o melhor da partida: Felipe Alves. Com defesas impressionantes impediu, num primeiro momento, o empate e num segundo momento a derrota.

Rafinha foi o homem de multi funções. Começou como zagueiro, pelo lado direito, virou lateral, passou a segundo volante, foi quase meia e voltou a ser zagueiro, quando o adversário tinha a bola, e lateral, quando o São Paulo dominava. Convenhamos, é muito para um jogador de 37 anos, que não tem mais o vigor físico que tinha quando jogava no Bayer. Ele até vinha se comportando muito bem, mas acabou errando no passe para Luciano que originou o gol de empate.

Está cada vez mais evidente que Galoppo não reúne condição de jogar, assim como Andrés Colorado (ele joga meia partida e fica dez fora por contusão). Bustos e Ferraresi, ao que parece, não servem nem para reserva. E por conta deles Arboleda ficou de fora do banco.

Voltamos aos nove pontos. Fundamentais. Então teremos mais três pontos obrigatórios: Atlético-Mg na próxima terça-feira. Ouso dizer que se vencermos o Galo, dificilmente ficaremos fora da Libertadores, ainda que pela frente teremos Fluminense e Internacional, entre outros. Mas é um confronto direto pela vaga e a vitória nos colocará em ótima situação.

Só precisa jogar um pouquinho melhor, porque o adversário é muito forte. Mas, como sempre digo, eu acredito.

Vitória em Caxias nos deu o sexto ponto obrigatório. Continuamos jogo a jogo.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu em Caxias e conquistou o sexto ponto dos nove obrigatórios. Como venho dizendo há algumas semanas, não faço mais projeções nem me iludo com possibilidades, mesmo que reais. Continuo vivendo jogo a jogo. Por isso, agora, vamos em busca do nono ponto obrigatório quinta-feira, contra o Atlético-GO, no Morumbi.

Neste domingo Rogério Ceni fez o óbvio. Manteve o time que venceu o Coritiba, só colocando Bustos no lugar do suspenso Luciano e tudo correu bem. Também, ganhar do último colocado, virtualmente rebaixado do Brasileiro, não é coisa de outro mundo.

Algumas constatações que vamos tendo jogo após jogo: as contratações do São Paulo, me refiro aos estrangeiros, são grotescas. Ferraresi aprontou aquilo contra o Palmeiras e, após cumprir a suspensão, teve que esquentar o banco, vendo Rafinha deslocado para seu lugar; Bustos teve oportunidade de começar jogando, mas e mostrou um zero a esquerda, sem quase pegar na bola; Galoppo entrou no segundo tempo e, mais uma vez, não conseguiu entender bem o que fazer em campo.

Repito de novo: usem o Código do Consumidor e devolvam o Galoppo, pedindo restituição do valor pago por engano no produto; desfaçam o tal acordo como Grupo City, porque para receber esse tipo de jogador por aqui (ou esses tipos), não dá.

No jogo destaque para Reinaldo, com dois gols. O mesmo Reinaldo que a diretoria não chama para renovar contrato e que está sendo cobiçado e procurado pelo Fluminense. Talvez a diretoria não possa pagar seu salário porque tem que pagar Galoppo, Eder, Bustos, Marcos Guilherme e outros que não tem um mínimo de eficácia para o elenco.

Estamos no G8, ao menos momentaneamente. Isso porque, caso o Fortaleza vença o Atlético-MG chega aos 47 pontos e o São Paulo cai para nono lugar pelo critério de desempate. Mas, convenhamos, nossa situação é muito, mas infinitamente melhor do que há três semanas. Hoje respiramos, mesmo, o ar que traz a possibilidade de irmos para a Libertadores.

Porém não vou me contradizer e fazer cálculos. Vamos em busca dos próximos três pontos obrigatórios. Depois vemos o que fazer.

A vitória nos colocou próximos ao G8. Mas eu não quero sonhar com ele.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo cumpriu sua meta e conquistou os primeiros três pontos dos nove obrigatórios. Nesta quinta-feira derrotou o Coritiba por 3 a 1 e colou no G8, estando empatado com o Fortaleza, perdendo no quesito número de vitórias, mas se posicionando um ponto atrás do América-MG, oitavo colocado do Brasileiro.

Como afirmei no meu último editorial, não vou mais sonhar com o G8, mas também não terei mais pesadelos com o Z4. Vou deixar a coisa acontecer e, como dizem, num jogo de vôlei temos que jogar ponto por ponto, no futebol temos que jogar jogo por jogo.

Já me iludi em anos anteriores, fazendo contas e mais contas, simulações e mais simulações. Desta vez repeti o fato, quando me animei muito após a vitória sobre o América-MG em Belo Horizonte, mas veio o balde de água fria com a derrota para o Botafogo em pleno Morumbi. Então passei a desencanar.

O jogo desta quinta-feira foi meio maluco. O São Paulo marcou logo aos dois minutos, em jogada de contra-ataque. Depois começou a perder gols com Calleri, Reinaldo. Mas o Coritiba aparecia muito lá na frente e nossa defesa começou a bater cabeça. Por mais que o time paranaense seja horrível, comecei a temer por algo pior.

Mas no segundo tempo tudo se acalmou quando fizemos o terceiro gol. O time passou a administrar a partida, Rogerio Ceni fez cinco substituições para dar ritmo de jogo, principalmente, a Luan, André Anderson e Galoppo. Fiquei muito feliz em ver que Luan entrou e não teve medo de divididas. Esteve muito firme. Também gostei muito da entrada de André Anderson. Precisamos vê-lo um pouco mais em campo para apurarmos se pode ou não continuar.

Já Galoppo…bem, esse continua sendo uma incógnita. Continuo sem saber qual a sua real função.

Domingo tem Juventude em Caxias. Vamos em busca do sexto ponto dos nove obrigatórios. Com eu disse, jogando jogo a jogo. Sem sonhos para não ter novas decepções. Se acontecer, comemoramos. E muito.

O São Paulo que empatou com o Palmeiras é aquele que todos nós sonhamos em ver

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo foi heróico e arrancou um empate com o Palmeiras, mesmo acabando com nove jogadores em campo, tendo um pênalti contra defendido por Felipe Alves e uma arbitragem prá lá de caseira. Foi um sonho ver esse time guerreiro, honrando nosso manto, algo que sempre deveria acontecer.

O São Paulo começou muito bem o jogo e conseguiu equilibrar as ações com o Palmeiras. Na realidade, teve duas chances claras de gol, enquanto o adversário teve apenas uma. E no final do primeiro tempo.

Rogério Ceni fez o que eu esperava, e defendi a semana toda nos jornais São Paulo e Tricolornaweb, ou seja, entrou com três zagueiros, linha de cinco no meio, com Luciano e Calleri lá na frente. Muitos temiam a presença de Luizão, mas jogando ao lado de Miranda ele ganha corpo, experiência e força para atuar na nossa defesa. E assim foi.

Ouso dizer que não fosse a atitude infantil e intempestiva de Ferraresi, que foi – bem – expulso no final do primeiro tempo, e teríamos chance de buscar uma vitória até o final da partida. O Palmeiras começava a se ver pressionado pela torcida. que perdeu Libertadores e Copa do Brasil e quer decidir o Brasileiro o quanto antes para evitar surpresas desagradáveis. Mas, com um a menos, na casa do adversário, o cenário passava a se complicar.

Rogério Ceni agiu corretamente, tirando Luciano que destoava do restante do time e colocou Galoppo. Não que o argentino tenha feito uma grande partida, mas ao menos ajudou a povoar o meio campo, já que estávamos com dois na zaga. Aliás, formaram-se duas linhas de quatro, com Calleri sozinho lá na frente.

Mesmo assim tomando sufoco, o São Paulo conseguia sair em alguns contra-ataques. As entradas de Igor Gomes, Wellington e Marcos Guilherme deram mais mobilidade e velocidade para essa saída de jogo. E quase chegamos a marcar um gol.

Para piorar, pênalti, para mim claro, de Calleri. Levantou a mão onde não deveria. Mas Felipe Alves, em grande jornada, defendeu e evitou a derrota. Voltaríamos a crescer, ainda que com um jogador a menos.

Mas aí veio a expulsão de Beraldo, para mim absurda. Por mais que Endric fosse na direção do gol, não me parecia chance clara de gol, pois Luizão vinha chegando na cobertura. Mas o árbitro mostrou-se muito caseiro, pois houve um pênalti em Rodrigo Nestor, não marcado e um tapa na cara de Igor Vinicius, também ignorado pela arbitragem.

A pressão do Palmeiras aumentou. Foi ataque contra a defesa. Teve uma bola no travessão, mas nossos jogadores conseguiram suportar a tudo e a todos, porque a arbitragem deu 12 minutos de acréscimo. Foi quase do tipo de “vai aí, marca um gol que eu termino o jogo”. Mas tudo foi em vão. Nossos jogadores, desta vez, honraram nosso manto e saímos do Chiqueirão com um empate, com muito sabor de vitória.

Não creio mais em G8, mas também não sinto a pressão do Z4. Que o espírito guerreiro deste domingo nos acompanhe até o final do Brasileiro. Já estará de bom tamanho.

Derrota afasta São Paulo do sonho impossível de Libertadores e agrava crise

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo está se enfiando numa grande crise. A derrota para o Botafogo no Morumbi, neste domingo, acoplado com a inesperada vitória do América-MG sobre o Fluminense, no Maracanã, nos afastaram definitivamente das chances de classificação para a pré-Libertadores. Se não matemáticas, ao menos reais.

O São Paulo vem de uma derrota que acabou com nossa perspectiva imediata de Libertadores. Aliás, essa diretoria não pensa em títulos, mas em classificação para a Libertadores. Não fosse assim, não teria colocado no orçamento deste ano chegar em sexto lugar no Brasileiro para…ir para a Libertadores. Depois ganhamos um jogo de vida ou morte do América em Belo Horizonte. Então pensamos: agora vai. Aí perdemos do medíocre Botafogo no Morumbi. E tudo se desfez.

A crise é inevitável. Nos aprofundamos nela a cada dia que passa. E há razões para isso. Vejamos:

  • Perdemos a Sul-Americana, um torneio que, na fase final, todos os torcedores acreditvam em título, levados por uma ação de marketing desta diretoria perdedora;
  • Nos afastamos de vez da briga pelo G8 do Brasileiro, após nossa derrota deste domingo e a vitória do América no Rio;
  • A dívida do São Paulo continua subindo, mesmo com as vendas de jogadores – nossos e externos -, arrecadações, com público superior à média de 35 mil por jogo. premiação das Copas, patrocínios pontuais e correntes, verba de TV, royalties e outros mais;
  • Ainda em cima de toda essa dinheirama, os direitos de imagens dos jogadores continuam atrasados; o acordo da era Leco ainda não foi pago; a premiação pela classificação à final da Sul-Americana também não foi paga;
  • Existe hoje uma total desconfiança do elenco com a diretoria. Afinal, há promessas de datas para pagamentos e elas nunca são cumpridas. Talvez o calendário são-paulino não seja o Gregoriano;
  • A diretoria está mais preocupada com perpetuação no poder, depois do golpe dado no estatuto, do que propriamente ter um time forte, pago em dia e com condição plena de jogar futebol.

Acredito que os argumentos acima sirvam para ilustrar as razões de estarmos numa grande crise. E as humilhações continuam. Ou não leram a entrevista de Rogério Ceni, quando ele diz que gostaria de ajudar o clube investindo dinheiro “até para comprar o clube”? Um funcionário querendo emprestar dinheiro para o patrão, é o fim dos tempos.

Ainda em relação ao atraso nos pagamentos, será que Júlio Casares não está recebendo seu salário em dia? Será que os diretores executivos (não estou falando dos abnegados) estão com pagamernto atrasado?

Infelizmente estamos vivendo a pior era do nosso São Paulo. É diretor que recebe Pix em sua conta para realizar torneios (Judô), conselheiros que torcem para outros times, e que são submissos à atual diretoria. Aliás, parabéns à Independente pelo post, colocando caixões pra cada conselheiro, com os dizeres “”Um caixão representando a falência do sistema podre dentro do São Paulo”.

E eu que pensava que Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar nos tinham causado as maiores vergonhas da história do São Paulo. Estava enganado. Não sabia que o pior estava por vir.

Parabéns, Júlio Casares. Você está superando a todos.

Vitória essencial para recuperarmos a moral e termos um objetivo esse ano

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, precisávamos da vitória contra o América, de qualquer maneira. E essa vitória veio. Sofrida, no último minuto, mas veio.

Aliás, poderia ter sido melhor, não fosse uma arbitragem tendenciosa. O gol anulado de Luciano foi um daqueles absurdos. O zagueiro chuta a bola na direção do corpo dele. O braço está encostado ao corpo. Pior foi o VAR não ter chamado a atenção do árbitro.

Mas o São Paulo fez por merecer. Tirando o frango do Felipe Alves e a defesa maravilhosa que ele fez no segundo tempo, foi o Tricolor quem dominou todo o jogo. Tivemos oportunidades com Calleri, com Miranda, com Luciano, com Igor Vinicius (no começo da partida), com Rodrigo Nestor. Portanto o time criou e não sofreu. Já é um grande passo.

Com essa vitória nossa briga pelo G8, que nos levará à Libertadores, está aberta. Eu diria que hoje estamos no grupo, porque não passa pela minha cabeça, de nenhuma maneira, que possamos perder para o Coritiba, no Morumbi, no jogo que estamos devendo. E teremos o Botafogo domingo agora, também no Morumbi. Vitória certa, obrigatória.

Isso nos devolveu o ânimo e nos deu um parâmetro, uma meta a ser alcançada. Depois da derrota para o Independiente del Valle, seria péssimo não vencer o América e nosso ano terminar no dia 06 de outubro. Só teríamos outro objetivo a ser alcançado a partir do final de janeiro. Ou seja: daqui a quase quatro meses.

Destaquei Miranda, Calleri e Luciano com ótimas participações no jogo e o lado negativo ficou por conta de Igor Vinicius. Mas Rogerio Ceni soube mudar o time e nos levou à vitória.

Agora é domingo, no Morumbi. Tem que ser vitória, ou a crise voltará ao nosso convívio.

E perdemos a Sul-Americana. Ninguém acreditava. Mas, quem acredita nesse time?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, aconteceu o que ninguém acreditava: perdemos do Independiente del Vale e ficamos com o vice da Sul-Americana, a série B da Libertadores.

Durante minha transmissão pela Web Rádio São Paulo eu alertava dos riscos que corríamos. Parece que estava adivinhando. Lembrei que quando fomos jogar contra o Barcelona e o Milan no Japão, nos Mundiais de 92 e 93, os inimigos eram os grandes favoritos, iriam nos atropelar. E ganhamos. Em 2005 a mesma coisa. Também ganhamos.

Desta vez, chegamos como favoritos plenos ao título. Nas bolsas de apostas, o São Paulo pagava apenas R$ 1,70 por R$ 1, enquanto o time equatoriano pagava R$ 5 por R$ 1. Talvez essa soberba nos tenha levado à derrota. Afinal, mesmo tomando um gol logo no início do jogo poderíamos virar a qualquer momento. Salto alto não casa com vitórias.

O time lutou, foi brigador, admito. Mas o Independiente del Valle, aquele mero desconhecido, foi muito mais competente e ficou com o título. Aliás, esse time veio da Libertadores para a Sul-Americana, ou seja, foi rebaixado e retornou para a série principal. Nós continuamos na série B internacional.

Rogério Ceni menosprezou o adversário. Os jogadores menosprezaram. Os dirigentes e conselheiros também. O resultado foi que todos ficaram com cara de paisagem, procurando explicação a ser dada.

No campo, louvor a Calleri. Pessimamente expulso. Não fez nada para receber o cartão amarelo, muito menos o vermelho. De resto, sobrou briga, luta, mas incompetência plena.

Por favor, um apelo que faço, não destruam tudo, não demitam Rogerio Ceni, não saiam por aí mandando jogadores embora, desmontando o elenco. O trabalho feito por todos foi muito bom. Precisamos reforçar o time, não desmontar o que temos. Há alguns jogadores, é fato, que não podem continuar vestindo nossa camisa. Mas o grupo, em sua grande maioria, é bom e deve ser aproveitado.

Por fim, meu recado a Júlio Casares. É triste falar isso, mas aproveite a viagem de volta, com a derrota na cabeça, para refletir sobre o mal que você causou ao clube, com o golpe do estatuto. Observe se esse monte de conselheiros que você levou para Córdoba, às nossas custas, merecem isso. Pois enquanto verdadeiros são-paulinos, aqueles que realmente amam o clube, estão vivendo um sábado à noite, quando as emoções fluem pelo ar, muito triste, esses babacas – sim, babacas – estão, apesar da derrota, comendo um Bife de Chorizo, com las papas fritas, tomando um Malbec ou uma Quilmes. E rindo da nossa cara.

Se tiver dignidade, Júlio Casares, não concorra à reeleição ano que vem. Aí vou parar de dizer que você e Olten Ayres de Abreu deram um golpe no São Paulo.

A proposta está lançada.

O Sim venceu. Perdeu o São Paulo.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, Júlio Casares e Olten Ayres de Abreu poderão disputar a reeleição em 2023. Os sócios do São Paulo disseram sim (foram 973 a 627) e referendaram o golpe no estatuto.

Foi muito triste assistirmos o aliciamento involuntários dos sócios. Não estou aqui dizendo que os sócios se venderam, mas estou afirmando que sofreram uma lavagem cerebral para referendar a proposta. Júlio Casares e Olten Ayres de Abreu devem um caminhão de favores a Dedé e seus militantes. Afinal, foram mais de mil carteirinhas, diretor recebendo PIX na conta e outras coisas mais.

O São Paulo sai perdedor sim. Veremos o feudo que se apossou do clube criar ainda mais garras e levar nossa instituição para o fundo do poço, um poço muito maior do que imaginamos poder existir.

Regredimos definitivamente algumas décadas. Vamos olhar nossos rivais. Quando houve perpetuação de poder, ditadura implantada, Alberto Dualib e Mustafá Contursi levaram seus clubes à série B, afundaram suas instituições em dívidas e quase os deixaram falidos, com portas fechadas.

Foi preciso um choque de administração para que se recuperassem e hoje se tornassem naquilo que fomos outrora. Clubes com democracia, transparência, boa administração, enfim, tudo o que se quer e se pede no São Paulo. Não à tôa somos, hoje, o quinto clube de São Paulo, atrás, muuuuuuuuiiiiito atrás do Palmeiras e do Corinthians, e na rabeira de Santos e RB Bragantino.

O São Paulo, outrora digno de exemplo, administrações competentes, equilíbrio financeiro, transparência e democracia, hoje vive exatamente o oposto. Já provou desse veneno quando Juvenal Juvêncio fez exatamente a mesma coisa. Ficou por oito anos e arrasou o clube. Esportiva e financeiramente.

Júlio Casares e Olten Ayres de Abreu, devidamente alicerçados por Carlos Miguel Aidar, darão o mesmo entendimento. Vencida a reeleição, interpretarão que 2023 marcou o início da vigência do novo estatuto. Portanto, poderão concorrer a uma reeleição. É o projeto de nove anos. Aqueles 30 em três ficaram para trás. Serão 30 em nove. Só que, no dia em que eles saírem da presidência, não sei se teremos mãos para juntar os cacos que se espalharão.

Triste São Paulo, um clube que um dia foi exemplo de grandeza, hoje é exemplo de pequenice, de ditadura, enfim, de tudo de ruim que possa ser dito.

O futuro dirá. Esse editorial ficará guardado, assim como tudo o que faço no site o fica. Um dia voltarei com ele para mostrar que a incompetência e o desejo de poder sem fim se apoderaram do nosso clube.

As razões de insistirmos no NÃO e afirmarmos que o Sim é golpe!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, chegamos, de novo, num dia triste, mas que pode se transformar em alegre para o são-paulino. Triste porque, de novo, estão tentando dar um golpe no estatuto. Alegre porque o NÃO pode ganhar e, assim como em janeiro, quando poucos acreditavam, saímos vitoriosos.

Mas creio ter que explicar as razões da minha defesa enfática do NÃO e de minhas afirmativas de se tratar de um golpe.

Imaginemos que neste sábado, enquanto os sócios votam o NÃO no São Paulo, a Conmebol reúna seus dirigentes e emita uma decisão, dando conta que o campeão da Sul-Americana deste ano, em jogo que será disputado no próximo sábado, não terá acesso à Libertadores do próximo ano. Certamente Júlio Casares, Olten Ayres de Abreu e toda a coletividade são-paulina gritarão: é golpe!

Imaginemos, por exemplo, que a CBF decida que quem está em décimo-terceiro lugar nesta rodada do Brasileiro vai receber uma punição por conta dos maus resultados e perderá 20 pontos. Naturalmente Júlio Casares, Olten Ayres de Abreu e toda a coletividade são-paulina gritarão: é golpe!

Imaginem se o Congresso Nacional se reunir terça-feira que vem e decidir que não existe mais reeleição no País, já a partir deste ano. Todos os brasileiros vão dizer: é golpe!

Percebam, portanto, que não se trata de ser contra Júlio Casares ou Olten Ayres de Abreu. Se trata de ser contra a mudança arbitrária e estapafúrdia em algo que rege o clube, ao bel prazer dos seus interessados diretos.

Alguns juristas, mesmo da oposição do São Paulo, tem falado comigo e seguido a opinião de alguns leitores, dando conta de que a palavra golpe não poderia ser utilizada, pois houve aprovação da proposta por parte do Conselho Deliberativo e vai passar pelo crivo dos sócios. Não mudo minha opinião, pois qualquer mudança das regras do jogo com o campeonato em andamento não deixa de ser golpe. Ou Júlio Casares aceitaria as hipóteses acima com naturalidade?

Preciso deixar claro, também, que não sou contrário à reeleição. Aliás, antes que me chamem de incoerente, quero salientar que fui contra a reeleição na formulação deste estatuto, porque entendia, na época, que a reeleição deveria existir, desde que fosse permitido o voto direto, dos sócios patrimoniais e torcedores. Como fui chamado de maluco por defender voto direto, passei a defender o fim da reeleição.

E anda hoje digo: mudem o estatuto, mas para permitir os votos do sócio patrimonial e do sócio torcedor, e passo a defender o sim neste sábado. Ou aprovem a reeleição apenas a partir de 2026, ainda que sem os votos dos sócios. Será menos ruim do que fazer isso para os atuais mandatários.

E sabem por que mais? Porque Júlio Casares esconde, mas está amparado por Carlos Miguel Aidar, aquele nefasto ex-presidente. O mesmo que foi o mentor jurídico do golpe dado por Juvenal Juvêncio, que o permitiu ficar oito anos no poder. Lembram-se? Juvenal também rasgou o estatuto, tinha ficado dois anos, teria direito a mais dois, deu o golpe, passou para três anos o mandato, usou a interpretação de CMA de que seria seu primeiro mandato no novo estatuto e ele teve mais três anos.

Agora Júlio Casares fará a mesma coisa, por mais que ele desconverse hoje. Vai ficar esses três anos, mais três e, certamente, mais três. Porque quanto mais o dirigente fica no cargo, mas ele consegue angariar votos no Conselho Deliberativo, com a distribuição farta de carteirinhas.

O resultado da perenidade de Juvenal Juvêncio nós conhecemos. O São Paulo se afundou em dívidas e perambulou nas proximidades do Z4. O resultado dessa nova eternização do poder pode ser a falência total do clube e sua inclusão na série B. Afinal, o que nos resta este ano é comemorar o título da Série B da Libertadores.

Portanto, o voto é NÃO neste sábado. É o NÃO contra o golpe, contra a perpetuação no poder.