Vitória de virada foi boa. Mas, convenhamos, foi obrigação cumprida.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo fez um ótimo segundo tempo e conseguiu uma grande virada sobre o Botafogo. Mas, convenhamos, foi obrigação cumprida. Afinal, se pegarmos nosso vizinho de lado no CT da Barra Funda, ele passou por todos esses times aí sem dar o menor conhecimento.

Não. Não estou comparando o São Paulo com o Palmeiras. Apenas estou dizendo que temos, por obrigação, estar patamares acima dos times do interior. Por isso não admiti a derrota para o São Bernardo semana passada, no Morumbi, e não admitiria derrota para o Botafogo.

O primeiro tempo do time foi horrível novamente. Teve 73% da posse de bola, mas não conseguiu criar uma única chance de gol. Ficamos novamente na dependência das faltas laterais ou cobranças de escanteio por parte de Wellington Rato. De novo, ele não estava inspirado.

No segundo tempo, com as entradas de David e Wellington, o time melhorou bastante. Aliás, não só as substituições, tirando Aisson e Caio, mas principalmente por uma mudança de postura, o time foi mais à frente com penetrações pelo meio e pelos lados do campo. Isso fez com que em apenas três minutos David já tivesse chutado uma bola rente à trave e tivéssemos acertado a trave.

O gol de Luan – um golaço – coroou a grande partida que ele vinha fazendo. No primeiro tempo, inclusive, ele teve uma chance idêntica. Só que o governo defendeu.

Depois o pênalti, a virada e o terceiro gol para sacramentar vitória. Poderia até ter saído uma goleada. Mas fruto do bom futebol do São Paulo?

Não. Evidente que fez um bom segundo tempo, mas é normal o time que está perdendo partir para cima e abrir espaços para o adversário. Diria que o maior responsável pela vitória do São Paulo foi Adilson Batista, que acabou com o ataque de seu time para fazê-lo ficar na defesa. E aí pediu para tomar gols. E tomou

Agora a situação começa a pegar. Não acredito que tenhamos qualquer dificuldade contra o Água Santa. Mas depois…Aí sim, o elenco estará em teste.

São Paulo funda movimento de gestão, prevendo, entre outros, transparência e ética. É sério, produção?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo uniu-se a Vasco da Gama, Atlético-MG e Athletico para fundar um movimento a fim de discutir e difundir práticas de compliance no futebol brasileiro. Trata-se do Movimento pela Integridade no Futebol, que buscará aprimorar as gestões esportivas por meio de governança, transparência, sustentabilidade, ética, integridade, inclusão e diversidade.

Grifei esses três pontos porque é neles que vou basear esse editorial. E começo pela transparência. Eu só posso dar exemplo a alguém se eu praticar o que estou ensinando. E a transparência que o São Paulo tem para ensinar é exatamente o inverso a ser aplicado. Senão, vejamos:

O Conselho Deliberativo trata a maioria dos contratos a serem votados de forma sigilosa, proibindo conselheiros de comentarem o assunto com pessoas de fora do CD, como se os sócios patrimoniais e torcedores não fossem parte interessada. O jeito de ser de Olten Ayres de Abreu, presidente do Conselho é exatamente esse. Ou seja: transparência zero. Aliás, quando se torna algo sigiloso, no mínimo nos permite levantar suspeita de alguma irregularidade. Afinal, qual o medo de tornar público um documento?

O CT da Barra Funda está fechado a sete chaves. Jogador se machuca e, com muito custo conseguimos saber a lesão, mas de forma alguma o tratamento e, pior ainda, o tempo de recuperação. Não consigo acreditar que médicos conceituados – assim entendo que são os que habitam o Refis – não consigam prever o tratamento e um mínimo de tempo de recuperação. Será que nós, torcedores, não temos o direito de saber o que será feito com Calleri e qual o tempo para sua recuperação? Se nós, torcedores, não temos esse direito, quem o tem? Então não devemos mais comprar camisas, chaveiros, enfim, objetos com royalties do São Paulo, pararmos de pagar o carnê de sócio-torcedor, cancelarmos o Premiere, deixarmos de ir ao estádio. Afinal, o clube só quer que demos dinheiro a ele. Não nos dá um mínimo em troca, que é a informação clara.

É essa a transparência que o São Paulo vai mostrar nesse movimento que visa ensinar a gestão?

Ética. Qual a ética do presidente do Conselho Deliberativo, e de Júlio Casares, na relação com seus opositores? Por qualquer palavra, qualquer comentário contrário, são levados à Comissão Disciplinar e expulsos do Conselho e do clube. Claro que sempre revertem na Justiça, mas é essa a ética que será ensinada?

E a governança? O presidente Júlio Casares disse que anunciaria em abril um balanço muito positivo, com grande redução na dívida do clube. Mas, até onde eu sei, a redução haverá após um grande aumento nessa mesma dívida e o valor estará superior ao herdado por ele da gestão Leco. Essa é a governança que vai ser ensinada? Gastamos primeiro para depois falar que reduzimos? E tudo isso, diga-se de passagem, graças a repasses de terceiros (Casemiro, Antony e outros mais), e empréstimos, muitos empréstimos que diminuem a dívida no curto prazo, mas aumentam no horizonte mais distante.

Portanto, não usem a escrita de “Façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço”. Essa máxima está batida, defasada. Mas parece que a diretoria do São Paulo acha que todos são tolos e vão dormir nesse mar revolto.

Para encerrar, estou esperando as explicações do diretor de Beach Tênis, que foi desmascarado e cobrado publicamente na matéria que fiz sobre a camiseta verde. Ele se calou. E quem cala, consente.

O choque de realidade começa a chegar

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo pegou um time um pouquinho mais arrumado e , mais do que ter dificuldade, perdeu em pleno Morumbi lotado, com 52 mil torcedores. É o choque de realidade que começa a se aproximar.

Tenho dito repetidamente: ganhar de quatro da Portuguesa, de cinco da Inter de Limeira, é uma coisa. Quando os adversários forem mais fortes, teremos problemas. Nosso elenco é limitado. Também tenho dito repetidamente que não me preocupa perder, por exemplo, para o Água Santa, ou ser eliminado nas primeiras fases da Copa do Brasil e da Sul-Americana.

O que bate forte é pegarmos pela frente Flamengo, Internacional, Atlético-MG, Fluminense, Grêmio, Cruzeiro, sem contar Palmeiras e Corinthians. Aí sim a preocupação cresce e o desespero de pensar que poderemos mergulhar num Z4 aumenta a cada dia.

Ficou mais do que provado neste sábado nossa dependência direta dos cruzamentos de Wellington Rato. Como ele jogou mal, errou quase tudo, não fizemos nada. Nossas jogadas são para conseguimos escanteios e faltas pelas laterais. Não há jogada ensaiada, ultrapassagem, tabela. Afinal, não temos um ser pensante no meio de campo. Grande elenco esse formado sem termos um meia de verdade.

Que se vá o Paulista, não ligo a mínima. Afinal, ele serve para prepararmos o time para algo mais forte aí na frente. E se é assim, só nos resta agarrar a nossa fé e torcer para o ano de 2023 passar voando.

Para encerrar, lembro que a partir desta segunda-feira todos os nossos jornais (das 8, São Paulo e Tricolornaweb) ganharão imagem. Sim, a Web Rádio São Paulo e o Tricolornaweb tem imagem a partir de agora.

Se ligue nas nossas redes sociais: Youtube (paulopontesjornalista), Facebook (Paulo Pontes), Linkedin (Paulo Pontes) e Twitter (Tricolornaweb e paulopontespp). Conto com vocês!!!

Ataque funciona de novo, mais uma goleada, mas mantenho os pés no chão

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não há dúvida que causa um frisson e até arrepios quando vejo o time goleando, marcando muitos gols. Foi uma ótima sequência, com quatro na Portuguesa, três no Santos, cinco na Inter de Limeira, agora três no São Bento, em Sorocaba. Mas calma lá! Mantenho os pés no chão.

Entendam: o Campeonato Paulista tem um nível fraquíssimo, formado por equipes que sequer frequentam grupos baixos do Brasileiro, salvo algumas exceções. Mesmo aquelas que jogam o Nacional, tirando os da Série A, sobram poucos e, por estarem em divisões mais baixas, não podem nos oferecer qualquer resistência.

Além do mais, se puxarmos um passado bastante recente, goleamos vários jogos contra pequenos, e na hora da onça beber água, ficamos pelo caminho. Verdade que em 2021 até chegamos ao título. Mas depois o anos os mostrou que tudo não passava de mera ilusão.

Então o Paulista serve para apurarmos o elenco, dar rodagem a todos os atletas e formar o real time para encarar o ano. Até porque , quando chegarmos ao Brasileiro e dermos de frente com Flamengo, Atlético-MG, Internacional, Fluminense e outros tantos, vamos ver que o buraco é mais embaixo.

Estou gostando muito das atuações de Galoppo e, para mim, ganhou a vaga de titular. Dispensável falar qualquer coisa de Calleri.

Mas nesta terça-feira me chamaram muito a atenção as apresentações de Nathan e Caio. Nathan está ganhando confiança, partindo para cima e não descuida do setor defensivo. Caio foi muito bem apoiando o ataque. Só que precisa se preocupar mais com os buracos que deixa em suas costas.

Fiquei feliz também por ver Luan começando uma partida e a constatação que, se existe um lugar onde estamos excepcionalmente bem servidos, é o setor de volantes. Com Mendez, Gabriel e Luan, não precisamos de mais nada por ali.

Portanto, contente sim com mais uma goleada, mas absolutamente consciente que foi apenas o São Bento. E muita água tem para rolar aí na frente.

Goleada sobre a Inter mostra que o ataque começou a funcionar

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo viveu uma grande noite nesta quarta-feira, n o Morumbi, e aplicou uma sonora goleada sobre a Inter de Limeira, com direito a dois golaços. Interessante notar que cada um fez um gol: Caio, Galoppo, Wellington Rato, Pedrinho e Pablo Maia. Calleri, que não marcou, deu assistência.

Uma preocupação que nós tínhamos era exatamente essa: a dificuldade de marcar um gol. Na realidade o São Paulo vinha apresentando um estilo de jogo que visava as bolas cruzadas pelo alto. Se por um lado temos a eficiência de Wellingto Rato, do outro temos a ineficiência de Wellington.

Como nessa quarta-feira a lateral esquerda esteve ocupada pelo Caio, até gol ele fez. Sem contar que fez algumas boas jogadas pelo seu setor.

Mais do que isso, tivemos jogadas individuais e chutes de fora da área, coisa rara de ser ver no time. E a certeza de que isso é preciso é tão grande, que Luan marcou um golaço contra o Santos, domingo, e Pablo Maia marcou outro nesta quarta-feira, contra a Inter. O gol, em jogada individual, foi de Pedrinho, com direito a elástico e bola no meio das pernas do marcador.

Na escalação original, vi um excesso de zelo por parte de Rogério Ceni. Entrar com três volantes (Rodrigo Nestor, para mim, não é nem nunca será meia) e, de novo abandonar a criação de jogadas, era um grande erro.

Porém, de novo apareceu Wellington Rato, em duas vezes: na cobrança de escanteio, perfeita para o gol de Caio, e no seu gol, com passe de Calleri.

Porteira aberta, a Inter teve que sair. Aliás, bom que se saliente, o Beraldo errou de novo uma saída de bola, que acabou sucedendo com o gol da Inter, após uma sequência de escanteios. Ele já havia errado contra o Santos. Isso é extremamente grave para um jogador que se julgue titular do time.

Continuo longe de qualquer euforia, apenas observando e percebendo que alguma evolução estamos tendo. Já disse e vou repetir: meus olhos não estão para o Paulista, nem para a Copa do Brasil, nem para a Sul-Americana. Meu pensamento está no Campeonato Brasileiro, onde existe rebaixamento. Aí a coisa vai pegar bastante.

São Paulo afogou o Peixe na chuva do Morumbi

Amigo são-paulino, o São Paulo fez uma grande partida e derrotou o Santos num Morumbi alagado, depois de muita chuva. Pera aí! Não estou criticando a diretoria. Ao contrário, fosse outro campo, não haveria jogo, tal a quantidade de chuva que caiu e o sistema de drenagem funcionou perfeitamente.

O São Paulo foi preciso. Com Galoppo no time, ao invés de David, o time criou chances, teve boa movimentação na frente, permitiu que o futebol de Luciano crescesse e Calleri não ficasse tão isolado no meio da defesa. Ainda por cima conseguimos contar com a precisão das assistências de Wellington Rato, tanto no cruzamento para o gol de Calleri quanto no outro para Luciano, que acabou gerando o pênalti e a expulsão do zagueiro santista.

Vi nas redes sociais alguns falando que o São Paulo bateu em bêbado, que só ganhou porque o Santos teve dois expulsos e coisas assim. Quero lembrar que os jogadores expulsos do Santos o foram dentro da regra. Além do mais, quando o primeiro foi expulso, já estávamos ganhando e a expulsão só houve por conta do pênalti cometido, e que foi convertido. Em outras palavras, podemos dizer que já ganhávamos por 2 a 0 quando ocorreram as expulsões.

Com disse acima, gostei muito de Galoppo. Aliás, assim como a FPF, eu o elegi como o melhor em campo. Teve muita movimentação, deu opções de passe para o meio de campo, juntou-se a Calleri, deu mais volume ao ataque.

Também aprovei as mudanças feitas por Rogerio Ceni. No início do segundo tempo, com um a mais, dois a zero no placar, ou seja, jogo ganho, deu tempo de jogo para Nathan, Marcos Paulo e Belém. Depois, também, para Luan. Aliás, que golaço do nosso volante.

Entusiasmado por essa vitória? Não, claro que não. Sei que o Santos está em situação muito pior que a nossa. Se temo nossa participação no Brasileiro e uma briga constante para fugir da série B, acredito que o Santos, desse jeito, dificilmente escapará da degola.

Mas é muito bom começar a semana com o dever de casa feito. E é isso que estou comemorando.

Para finalizar, uma palavra sobre nosso basquete. Temos que comemorar, sim, o vice campeonato Mundial. Quem até há quatro anos nem sabia o significado do termo basquete, hoje é vice-campeão mundial, tem mais é que comemorar.

19 anos de Tricolornaweb! Muitas conquistas. E novidades vem por aí!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, nosso site está em festa. Hoje estamos completando 19 anos de existência. Muitos de vocês já conhecem nossa história, mas não custa relembrarmos o início.

Ainda na redação da Jovem Pan, eu, Carlos Belmonte (sim, o diretor de Futebol do São Paulo), Daniel Lian (ainda na Jovem Pan), e Luiz Megale (hoje na Rádio Bandeirantes) e Eduardo Barão (também hoje na Band) decidimos fazer um blog para falar do São Paulo.

A Helo Cavalari me sugeriu que fizéssemos um site. Ela desenharia esse site. Faltava o nome. A Juliana Paiva, então coordenadora do Jornal da Manhã da Jovem Pan, sugeriu o nome. E aceitamos. Assim, no dia 10 de fevereiro de 2004, véspera do jogo entre São Paulo e Ponte Preta, aquele que nos levou de volta à Libertadores, o Tricolornaweb entrava no ar.

No início hospedamos nosso site num provedor pequeno. Mas no dia que o São Paulo perdeu para o Once Caldas, véspera de Corpus Christi, e que o site saiu do ar, só voltando na segunda-feira, percebemos que o acesso era muito maior do que esperávamos.

Migramos, então para o Terra, onde ficamos por muitos anos. Depois, sentindo que o Terra também não suportava nossos acessos, migramos para o Hostgator, um provedor sediado na Flórida, e que permanece hospedando nosso site, sob responsabilidade do Douglas Moura, nosso programador.

Voltando ao início, o Carlos Belmonte, o Daniel Lian, o Barão e o Luiz Megale decidiram sair do site, entendendo que o trabalho para levá-lo em frente seria árduo e lhes faltaria tempo para isso.

Eu, então, decidi continuar. E assim o Tricolornaweb seguiu e chegou até hoje, com muito trabalho, muita luta, dedicação e total imparcialidade.

O Tricolornaweb se gaba de nunca ter entrado em qualquer eleição no São Paulo. Se orgulha, também de ter levantado muitos casos, como a Far East, o Iago Maidana, enfim, coisas que causaram a renúncia de Carlos Miguel Aidar da presidência do clube e fizeram o Conselho Deliberativo impedir o repasse de R$ 18 milhões de comissão à Jack Banashfera, num contrato que havia sido assinado por Carlos Miguel Aidar, Júlio Casares, Douglas Schwartzmann, Leonardo Serafim e Osvaldo Abreu. Tudo foi por água abaixo.

E tantos outros assuntos que vieram à tona pelo nosso site. O mais recente trabalho que saiu vitorioso foi a vitória do NÃO sobre o SIM na primeira tentativa de golpe do estatuto do São Paulo. Ninguém acreditava. Mas nós acreditamos, mobilizamos os torcedores e sócios e mostramos a nossa força.

Mas, o passado fica com a história e ela tem que ser contada lá na frente, para também virar história. Então vem novidades por aí.

A partir do dia 27 de fevereiro a Web Rádio São Paulo – que hoje já pode ser ouvida pelos aplicativos da Radios Net e da Online Rádio Box, passa a ter imagem, assim como o Tricolornaweb. A partir deste dia os Jornais das 8, São Paulo e Tricolornaweb estarão em vídeo, pelas nossas páginas do YouTube, Facebook e Twitter.

O Jornal Tricolornaweb, especificamente, que entra no ar gravado às 21h, 1h, 4h e 7h, e que fica em PodCast na Anchor e no Spotfy, será “gravado ao vivo”, com imagem, às 19h, nestas redes sociais. Todas as noites traremos uma entrevista para ilustrar e aprimorar nosso Jornal Tricolornaweb, que já soma 1.314 edições.

As Jornadas Esportivas também passarão a ter imagem. Claro, que como não temos direito das imagens dos jogos, a câmera estará focada em mim. Após os jogos haverá uma mesa redonda, sempre com, no mínimo, três convidados. Nós iremos dissecar o jogo, com análise e perspectivas futuras.

Para você ficar antenado nos horários em que os programas entrarão no ar, se inscreva em nossa página no Youtube. Lá você marca e é avisado das nossas transmissões.

Não posso deixar de agradecer todos vocês que estiveram comigo este tempo todo. Muitos chegaram ao longo do caminho, mas muitos são lá do início e permaneceram conosco estes 19 anos. Vocês também estão de parabéns.

E fica aqui nossa promessa: o Tricolornaweb continuará sendo sempre o Site que está com o São Paulo.

São Paulo não evolui e continua não mostrando forças contra times da Série A

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, durante a transmissão desta quarta-feira, após a virada ridícula que o São Paulo sofreu para o RB Bragantino, falei que o mais preocupante não era exatamente essa derrota. Aliás, mantenho aqui: que se dane essa derrota; que se dane se ficar em segundo no grupo; que se dane até se não se classificar, algo quase impossível de acontecer; que se dane se não ganhar o Paulista, até porque não vejo qualquer chance de conquista por conta da participação do Palmeiras; que se dane se formos eliminados na primeira fase da Copa do Brasil; que se dane se formos eliminados na primeira fase da Sul-Americana; mas se isso acontecer no Brasileiro, nós nos danamos.

Continuamos jogando como se não houvesse treinamento. Aliás, na chegada ao estádio em Bragança Paulista, Rogério Ceni lamentou não ter podido treinar o time na terça-feira por conta das chuvas que caíram em São Paulo. Mas ele está treinando o time desde o dia 13 de dezembro, quando as férias acabaram, e até agora não conseguiu dar conjunto ao time.

As jogadas do São Paulo são as mesmas: jogadores que atuam abertos pelos lados do campo cruzam a bola para a área para alguém cabecear. E com um agravante: não poucas vezes, Wellington Rato e Orejuela sequer cruzam para a área. Viram o jogo para Wellington fazer isso pelo lado esquerdo. A outra grande jogada é a saída de bola do goleiro Rafael com um chutão lá para a frente. Quando Calleri está em campo, geralmente ele ganha a disputa pelo alto. Quando não está, como ontem, cabe a David fazer isso e geralmente ele perde.

Isso tudo por não termos um meia de verdade. Rogério Ceni pediu zagueiro, lateral, volante, atacantes pelos lados, centro-avante, mas esqueceu que um time precisa ter alguém que pense o jogo. Ele tenta fazer isso com Luciano, mas já deu para perceber que não dá certo. Ontem, quando Erison saiu machucado e entrou Galoppo, o correto seria adiantar Luciano e deixar o argentino pelo meio. Mas ele não fez isso.

Verdade que jogando adiantado, Galoppo marcou o gol. Um golaço, diga-se de passagem. Mas no todo, isso não funcionou. A saída de Mendez para entrar Rodrigo Nestor deixou a frente de nossa zaga vulnerável e culminou nos dois gols que sofremos. Derrota justa.

Voltando ao início, que se dane tudo isso. Mas a preocupação está voltada para o Brasileiro, onde existe chance real de rebaixamento. Levando-se em conta que enfrentamos três times da Série A , ou seja, nove pontos disputados, e só ganhamos um, a luz de alerta já se acendeu. E o temor de tragédia anunciada aumenta a cada dia.

Vitória em Santo André não esconde a mediocridade do time

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, parece que nós, torcedores, somos muito chatos, corneteiros, mas a verdade está estampada aí para quem quiser ver e não se fizer de cego: nosso time é medíocre.

O futebol apresentado pelo São Paulo neste domingo, em Santo André, mais uma vez foi de dar dó e causar imensa irritação. Nos traz a constatação que o treino deve ser dirigido apenas para cruzamentos altos na área e seja o que Deus quiser.

Mas sabem por que esse é o jogo do São Paulo? Porque não temos meia. Rogério Ceni pediu zagueiro, lateral, atacantes de ponta, centro-avante, mas nenhum meia. Rogério quis fazer de Luciano esse jogador de criação, mas nem de longe isso está acontecendo. Galoppo, que teoricamente seria este meia, é preterido na conta dos estrangeiros. Então resta a tática de avançar os laterais, junto com os pontas, e cruzamento na área.

Neste domingo tivemos alguns lances bizarros, tanto de Orejuela quanto de Wellington. Ele pegam um rebote dentro da área, livres, podem chutar para o gol ou bater cruzado para alguém desviar. Sim, alguém desviar, porque não temos esquema tático para essas jogadas. Então eles preferem levantar a bola. Nem nos piores momentos do futebol inglês presenciamos isso.

Não estou criticando Orejuela. Dentro de suas limitações, até que ele fez uma boa partida. Já Wellington, que continua errando todos os cruzamentos pelo alto, quando fez por baixo, fez uma verdadeira assistência para Rodrigo Nestor, que se encarregou de isolar a bola.

O empate caminhava para ser o mais indicado resultado, até porque o adversário abdicou do jogo e colocou seus 11 jogadores quase dentro da área. Mas o gol saiu, em cobrança de escanteio, provando a qualidade de Wellington Rato nesse tipo de jogada. Passamos o jogo inteiro cobrando escanteios, com Wellington e Rodrigo Nestor, com nenhum acerto. No segundo batido por Rato, o gol.

Alan Franco, eleito pela FPF como o melhor em campo, só porque fez o gol, nos colocou em risco o jogo todo. Erros de saída de bola, de posicionamento, bote, enfim, um zagueiro fraco. Não sei quem pediu sua contratação, nem se foi pela posição ou pelo nome. Muito menos o nome do empresário. Mas é outro jogador a ser estudado.

Sobra para nós a certeza que temos desde antes do ano começar. De que será de muito sofrimento e várias decepções. Desta vez não cravarei a culpa na diretoria que é muito fraca -, mas em Rogério Ceni. Afinal, tudo e todos que ele pediu foram contratados. A ele resta mostrar trabalho e competência, algo que, me parece, está longe de acontecer. Enquanto isso, sofreremos por aqui.

Mais preocupante do que a derrota foi o reconhecimento de Ceni no erro de planejamento

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb a derrota do São Paulo para o Corinthians no Morumbi, neste domingo, não preocupa tanto quanto o reconhecimento do técnico Rogerio Ceni, de que houve erro no planejamento. Isso no dia 29 de janeiro, ou seja, início do início do início da temporada. Em outras palavras, entendo que podemos pegar o ano de 2023 e jogarmos na lata do lixo, observando-se a tortura a que seremos submetidos no Brasileiro, para não mergulharmos na série B.

Desde que as dispensas começaram e as contratações vieram vínhamos alertando aqui: precisamos de elenco para disputar os campeonatos, as um elenco que esteja apto a ser utilizado quando Rogerio precisar, não que fique impedido de jogar por algum motivo alheio às contusões e suspensões.

O que eu queria dizer com isso? Que o excesso de estrangeiros, que de certa forma já nos atrapalhou ano passado, viria com mais força. Afinal, mantivemos Calleri, Arboleda, Ferraresi e Gabriel, titularíssimos ano passado, e trouxemos Mendez (para ser titular) e outros que copletam o elenco, como Galoppo, Alan Franco e Orejuela.

Era evidente que o time iria ter problemas. Galoppo, que marcou dois gols na vitória contra a Portuguesa foi cortado, porque Alan Franco, Orejuela, Mendez, Calleri e Arboleda tinham que jogar. Então nos sobraram para reservas jogadores abaixo do nível que tínhamos em 2022.

Ao invés de outros estrangeiros, tivéssemos buscado jogadores no mercado nacional, a situação poderia ser bem diferente. Mas somente agora, depois dos questionamentos sobre a ausência de Galoppo e outros sobre a falta de Gabriel é que Rogerio Ceni admitiu o erro de planejamento.

Também, esperar o que de uma diretoria completamente amadora? Júlio Casares conseguiu destruir o estatuto em todos os sentidos. Além de patrocinar o “golpe” da reeleição, ao lado de Oltem Ayres de Abreu, tornou o departamento de Futebol amador, onde o diretor abnegado Carlos Belmonte, e seus eternos adjuntos (Nelson Ferreira e Chapecò) trabalham de graça, pelo amor ao clube. Sei.

No jogo contra o Corinthians, fizemos um primeiro tempo pífio. Rogério Ceni entrou com o time errado, com três volantes e três atacantes. Subentende-se que ele não queria criação de jogadas, mas bolas aéreas. Para isso contava com as descidas de Orejuela e Wellington. Só que eles erraram absolutamente todas as jogadas. Numa delas, de Orejuela, originou-se o segundo gol. Claro que com a intensa colaboração de Alan Franco e Rafael.

No segundo tempo, com as alterações feitas por Ceni, as coisas melhoraram. Chegamos ao nosso gol, colocamos uma bola no travessão, Luciano perdeu outro gol no finalzinho. Pelo segundo tempo, merecíamos o empate. Mas ficamos com a derrota.

Não coloco ainda na conta de que ganhamos de ninguém e perdemos quando deveríamos mostrar nossa força. Mas o campeonato está indo e o tempo para desculpas está acabando.

Só não acaba o tempo para a desculpa do “erramos no planejamento”. Esse erro não tem mais jeito.