Noite de horrores. Mostrou bem o nível em que nos encontramos.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, Ibagué viveu uma verdadeira noite de terror nesta terça-feira. O jogo entre Tolima e São Paulo mostrou bem o nível em que nós nos encontramos. Os colombianos, seis jogos sem vencer, ocupando a 13ª posição do “fortíssimo” campeonato de lá, e nós, bem, nós, outrora gigantes, imbatíveis, temíveis, agora nos nivelando a esse timeco e jogando uma partida horripilante.

Falei, durante minha transmissão pela Web Rádio São Paulo, que se fosse nosso vizinho de muro no CT da Barra Funda, mandaria o terceiro time e ganharia de uns 4 a 0. Nós fomos com o time tido como principal e fizemos só isso.

Estou preocupado com a Sul-Americana? De maneira alguma. Nem com a Copa do Brasil. Meu foco continua sendo o Brasileiro e o risco real que temos de rebaixamento. Olho ali na frente e vejo uma sequência com Internacional (casa), Fortaleza e Corinthians (fora) e dá arrepios. Afinal, vendo o que jogamos contra o Coritiba e nesta terça-feira, contra o Tolima, entro de modo desespero.

Pior do que isso é ver e ouvir Dorival Jr falar que estamos melhorando, o time está progredindo. Onde isso, cara pálida? Não vou cornetar e começar a criticar o técnico, que acabou de chegar. Também durante a transmissão, e depois, no Mesa Redonda, falei que não sei se a ruindade do time é herança de Rogério Ceni e Dorival não teve tempo de consertar, ou se o elenco é ruim de doer mesmo e vamos ter que suportar isso daí.

O fato é que o São Paulo está dando pena de ver. Tento me empolgar, assisto DVDs que tenho dos grandes momentos de nosso glorioso clube, mas acabo tendo que assistir – e transmitir – esse horrendo time, que dá sono e raiva.

Algumas caixas de calmante serão poucas para suportar esse ano de 2023. Parece que ele já acabou, mesmo estando no primeiro semestre. Mas, na realidade, ele vai demorar uma eternidade para acabar.

Outrora lamentaríamos o empate. Hoje comemoramos esse ponto.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, sempre faço as contas visando o título: três pontos em casa, um fora. Naturalmente considero jogos “perdíveis” fora, como Palmeiras, Corinthians, Flamengo, Fluminense, mas também jogos “ganháveis”, como Bahia, Coritiba, Goiás, Botafogo, Cruzeiro. Então, um jogo compensa o outro. O importante é chegarmos no final do Brasileiro com a média de dois pontos por jogo.

Já saímos no prejuízo ao perdermos um jogo “ganhável” para o Botafogo, na abertura do Brasileiro. Contra o Coritiba tínhamos obrigação de ganhar o jogo, para compensar aquela derrota. Mas ficamos no empate. E, mais uma vez, graças a Rafael e a ruindade extrema do atacante do Coxa não perdemos o jogo.

Porém depois, pensando, pensando, entendi que tenho que calcular de forma diferente, pois esse é o nosso momento (já de anos). Ao invés de projetar 76 pontos, tenho que projetar 46. Portanto, temos que comemorar o empate. Afinal, faltam 42 para atingirmos a meta. E mais: conseguimos empatar na casa de um time que certamente vai brigar para não cair. Portanto, adversário direto em nossa meta deste ano.

Não entendi a opção de Dorival Jr. E digo mais: tenho certeza que não foi decisão dele, pois acabou de chegar ao clube e não teve tempo de entender as prioridades. Certamente foi ordem da diretoria de poupar alguns jogadores contra o Coritiba para ir com força total contra o Tolima, pela Sul-Americana. Uma diretoria que brinca com o rebaixamento, acreditando que a força da nossa camisa, que entorta varal, por si só, será capaz de evitar o vexame maior. E insiste em tentar conquistar um título menor para colocar um quadro nas paredes do clube como a diretoria que ganhou o Campeonato Mundial Paulista e pode conquistar o Campeonato Interplanetário Sul-Americana.

Sobre o jogo em si, nada a salientar, a não ser outra grande apresentação de Rafael e o talismã Marcos Paulo, que entrou e empatou o jogo para nós. Fez coisa que Luciano e outros companheiros de ataque não conseguiram fazer. Realmente, o time sem Calleri padece muito, pois não temos criatividade e dependemos de um cara goleador, que enxergue a lugar onde a bola vai, se antecipe e coloque para o fundo da rede.

Será, cada vez mais tenho absoluta convicção, um ano de muito sofrimento, com uma diretoria ridícula, que só pensa na reeleição e no próprio ego, deixando que o resto se dane.

Mesmo sem convencer, São Paulo avança na Copa do Brasil

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, mesmo sem convencer, levando um sufoco no final do jogo, o São Paulo venceu o Ituano e garantiu sua classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil. Além da vitória esportiva, teve também importância econômica, pois foram mais de R$ 3 milhões que entraram no caixa do Tricolor.

Dorival mostrou que tem estrela e bom papo, pois não acredito que em apenas cinco dias, dentro dos quais foram dois jogos, conseguiu mudar tanta coisa no time a ponto de obter duas vitórias, marcando quatro gols e não sofrendo nenhum.

Claro que conto com o fator mudança de técnico, que faz naturalmente com que os jogadores corram mais, se entreguem à exaustão, até como fator para mostrar serviço e ganhar posição.

Dorival mexeu no time desta terça-feira, em relação ao que jogou sábado. Rafinha entrou na lateral direita, já que Raí Ramos não podia jogar; Caio ganhou o lugar de Patryck; Gabriel no de Luan; e Marcos Paulo no de Calleri, diagnosticado com Dengue.

O ataque não se encontrou. Luciano perdido, Marcos Paulo dando trombada com ele, não havia uma definição quem abria e quem ficava pelo meio. Enquanto isso a defesa continuava sólida demais, com Arboleda ganhando tudo lá atrás.

O time fez um primeiro tempo melhor que o segundo. Mas, curiosamente, ganhou o jogo quando jogava pior. Foi preciso Wellington Ratro entrar e, no segundo lance que pegou na bola, definir o jogo com um golaço.

As outras substituições de Dorival, por mais que tenham sido acertadas, não renderam frutos. Todos, sem exceção, entraram muito mal. Luan, Michel Araujo e Orejuela só erraram e atrapalharam o time.

De saldo ficou mesmo a vitória, Prefiro ganhar jogando mal do que perder jogando bem. Como venho dizendo, não me importaria se fosse eliminado pelo Ituano. Iria gritar, xingar, cornetar, mas passados dois dias iria esquecer. Meu foco está no Campeonato Brasileiro. E sábado, a coisa pega.

Vitória dá moral, apesar de Rafael ter sido o melhor em campo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, sem dúvida alguma uma vitória por 3 a 0 sobre qualquer time dá moral ao elenco. Não importa se Rafael foi o melhor em campo, se o primeiro gol, além de falta de Luciano, contou com uma grande falha do goleiro, se o terceiro gol nos foi dado de presente pelo zagueiro do América. O que importa é a vitória e o placar elástico. Os detalhes são apenas detalhes, que fazem parte do futebol.

Agora tem um ponto: não me venham dizer que o elenco não estava de corpo mole, prontinho para derrubar Rogerio Ceni. Não é possível tanta vivacidade e produtividade em apenas 24 horas de Dorival Jr à frente do elenco.

Bem, mas o que importa, repito, é a vitória. Vimos Luciano voltando a marcar, Calleri idem e Marcos Paulo provando, mais uma vez, que merece uma chance nesse time. Quiçá agora com Dorival isso seja possível.

Também temos algumas constatações: Patryck não tem pegada para o profissional. Ou volta para a base e se arruma por lá, ganhando experiência e poder de marcação, ou não terá futuro algum no futebol, principalmente nessa posição; Rai Ramos me parece um Igor Vinicius piorado. Ou seja: estamos muito mal pelas laterais.

Talvez tenha sido por isso que sofremos tanto no jogo. Wagner Mancini, muito espero, fez o jogo dele todinho pelas pontas. As avenidas Patryck e Rai Ramos facilitaram o trabalho do técnico adversário e fizeram de Rafael o grande nome do jogo. Arrisco a dizer que foi a melhor partida de sua carreira.

Não gostei a improvisação de Pablo Maia pelo lado. Dorival jogou com dois volantes de ofício e um segundo volante. Mas admito o receio que ele tinha de perder o jogo em sua estreia. Então tratou de rechear o meio de campo. Além do mais, é claro que não vou criticar Dorival agora, pois acabou de chegar e não teve tempo de conhecer o elenco que tem em mãos.

Vamos virar o foco. Terça-feira tem Ituano, jogo decisivo pela Copa do Brasil. Acho que vamos passar.

Vitória nos últimos minutos contra o tal de Cabello. Nós merecemos sofrer.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu o Puerto Cabello (quem?), sim, Puerto Cabello, por 2 a 0, com dois gols nos últimos minutos. É para sofrer mesmo. Não que eu esteja preocupado com a Sul-Americana. Já disse e repito: que se dane Sul-Americana. Que se dane Copa do Brasil.

O problema é a vergonha, o vexame, a humilhação. Não ganhar do Puerto Cabello (quem?), Puerto Cabello, em pleno Morumbi, seria mais uma para colecionarmos.

Rogério Ceni mandou um time quase misto a campo. Deixou jogadores como Calleri, Wellington Rato, Mendez e Rafinha no banco. Mas, verdade mesmo que precisava do time titular para ganhar do Puerto Cabello (quem?), sim, Puerto Cabello?

É. Parece que sim. Afinal, precisamos ter Calleri e Wellington Rato em campo para chegarmos à vitória, até porque o primeiro tempo foi horrível. Nada de nada. De ambos os lados. Bem, do lado de lá, nada para estranhar, porque o time é muito ruim. Mas do lado de cá, se pensarmos, também nada a estranhar, porque o nosso time é muito ruim também.

Rogério Ceni entrou com Juan e Luciano na frente. Aliás, fez um 4-2-4, porque Michel Araujo jogava aberto pela direita e Alisson pela esquerda. Nossos meias, mais uma vez, eram Beraldo e Arboleda. Desnecessário falar que a bola nunca chegou aos atacantes. Juan, por exemplo, acho que só falei o nome dele na escalação e na substituição.

Com o emprego em jogo ele foi colocando os titulares no segundo tempo. Mas foi Marcos Paulo quem resolveu a situação. Sim, o jogador desprezado por Rogerio Ceni, que lhe fez críticas nas redes sociais, que causou um alvoroço. Assim como já tinha incendiado o time no jogo contra o Botafogo, quando entrou, desta vez repetiu a dose. Além de criar jogadas, marcou o gol que abriu o placar.

A teimosia de Rogerio Ceni não tem fim. A vitória suada contra o Puerto Cabello (quem?), Puerto Cabello, rendeu mais alguns dias no cargo ao nosso técnico. Mas não sei se ele sobreviverá a um resultado negativo contra o América-MG, no Morumbi ou, principalmente, a uma hipotética eliminação contra o Ituano, na Copa do Brasil.

Enfim, parece que sofrer é o nosso destino. Nos tornarmos um time médio, deixando de ser um gigante, não se mostra ser algo tão distante de acontecer. Ao menos enquanto tivermos na diretoria profissionais em muitas coisas, menos nas gestões financeira, administrativa e no futebol.

Lembramos o México: jogamos como nunca, perdemos como sempre

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, como até prevíamos, com a razão, não com o coração, o São Paulo estreou com derrota no Campeonato Brasileiro. Num gramado artificial e muita chuva no Rio de Janeiro, perdemos para o Botafogo por 2 a 1.

Os primeiros 13 minutos de jogo foram sufocantes. O Botafogo abriu o placar aos três minutos e impôs um verdadeiro massacre ao São Paulo. Não tomamos mais dois ou três gols nesse pequeno intervalo de tempo por obra do acaso. Em determinado momento Arboleda foi flagrado pelas câmeras pedindo a Rogerio Ceni para inverter as posições dele com Alan Franco. Destro, o argentino já é muito fraco pelo lado direito. Imagina do lado esquerdo. Foi um sufoco.

Mas quis o destino que Rogério Ceni tivesse um minuto de humildade e cedesse ao que a torcida queria: Luciano e Calleri juntos no ataque. E na primeira descida do time, lançamento de Wellington Rato para Calleri, que tabela com Luciano e empata o jogo.

O Botafogo, um time tão ou mais fraco que o São Paulo, sentiu o impacto e passou a ser presa fácil. O São Paulo passou a dominar o jogo e se tivesse terminado o primeiro tempo vencendo por um placar elástico, não seria de se abismar.

Veio o segundo tempo e o São Paulo sem Luciano. O gramado sintético fazia mais uma vítima no Tricolor. Entrou David e o ritmo caiu assustadoramente. Afinal, Calleri se viu isolado lá na frente. Mas David também se machucou e entrou Marcos Paulo. O São Paulo voltou a crescer.

Pressionando muito, desta vez sem cruzamentos, mas com bola no chão, penetrações pelo meio ou pelos lados do campo, o time fez com que Lucas Perri se tornasse o grande nome do jogo, com ótimas defesas, impedindo a vitória do Tricolor.

Só que no final, mais uma bobeira da defesa, entenda-se Alan Franco, e tomamos o segundo gol.

Antes disso Rogério Ceni já havia cometido diversos erros. O time foi bem no primeiro tempo, mas ele colocou Michel Araujo pela direita e trouxe Wellington Rato pelo meio. Perdemos o meio campo. Quando Rato se machucou, colocou Gabriel, quando poderia ter colocado Juan. Já perdíamos o meio de campo, perdemos, também, o ataque. Sobrou espaço para o Botafogo vencer o jogo.

Portanto atribuo diretamente a Rogério Ceni a derrota na partida deste sábado. Com ela, o fantasma que nos assusta desde antes de começar o Brasileiro. O Z4.

Oremos!!!

Empate grotesco em casa contra time pequeno. Nossa sina continua.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a sina de nosso sofrimento continua. Não tem fim. Nesta terça-feira ficamos no 0 a 0 contra o Ituano. Sim, aquele time que até a última rodada do Campeonato Paulista estava para ser rebaixado no Estadual.

Lá atrás, em janeiro, primeiro jogo do Paulista, também empatamos em 0 a 0 com o Ituano. A desculpa foi o início de temporada. Agora, em abril, qual será a desculpa? Início da Copa do Brasil. Bem, se não ganhar lá, adeus Copa do Brasil. Adeus matéria encomendada pela diretoria, que alguns sites se deixaram levar, de que começava a Copa do Brasil e com ela a possibilidade do clube ter dinheiro para pagar os jogadores.

No jogo contra o Tigre, na Argentina, depois de 23 dias de inter temporada, analisamos de forma a esquecer o primeiro tempo, horrível, e pensar apenas no segundo, quando realmente crescemos, fizemos dois gols e ganhamos.

Nesta terça-feira, quando terminou o primeiro tempo, pensei que pudesse ser a mesma coisa. Rogério Ceni, de novo, entrou com o time errado, ele mudaria no intervalo e seria gênio, conseguindo uma grande vitória. Realmente ele mudou, o time até saiu do marasmo inicial, mas nada de novo aconteceu.

O São Paulo, mais uma vez, viveu de cruzamentos ineficazes, foi dependente de bolas paradas, e nenhuma outra jogada convincente. Afinal, com meias no nível de Beraldo e Alan Franco, a coisa não pode fluir.

O primeiro lance de tabela surgiu aos 40 do segundo tempo, quando Luciano e Calleri, que deveriam ter começado o jogo, quase conseguiram alguma coisa. E o único lance de perigo para o gol do Ituano foi aos 49 minutos do segundo tempo, uma cabeçada de Luciano, grande defesa do goleiro, com direito a rebote, mas a zaga colocando para escanteio.

Enfim, um horror, digno das vaias da torcida ao final da partida. E vou repetir: que se dane se for eliminado pelo Ituano; que se dane se não avançarmos na Cola Sul-Americana. Para a diretoria será um transtorno, pois ela só pensa no dinheiro. Para nós, torcedores, não fará a menor diferença.

Que não se dane, isso sim, é o jogo contra o Botafogo sábado, no Rio de Janeiro. Aí sim, é que a coisa vai pegar.

São Paulo volta a jogar apenas um tempo contra o Tigre

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo ganhou do Tigre na Argentina, o que em outras épocas seria uma obrigação, mas nas circunstâncias atuais, levando-se em conta a guerra que foi armada fora de campo, temos que valorizar muito esse resultado.

Para analisarmos o jogo, vamos direto ao segundo tempo, porque o time jogou apenas essa etapa. No primeiro Rafael foi o grande nome, fazendo ótimas defesas, salvando o Tricolor. Lá na frente apenas dois gols perdidos por David e Erison. E nada mais.

No segundo tempo, Rogério Ceni fez uma pequena mudança tática. Michel Araujo, que foi contratado para ser meia ou atacante, mas foi escalado como ala esquerdo, passou a ser responsável pela saída de bola. Como não temos meias, os “armadores” do time vem sendo Alan Franco e Beraldo. Claro que a qualidade cai muito.

Então, ao invés das intermináveis viradas de jogo de Beraldo da esquerda para a direita, buscando Nathan, quase sempre erradas, ou das arrancadas de Alan Franco, quase sempre perdendo a bola antes de dar o passe, Michel Araujo passou a ter mais domínio da bola, recebendo de Arboleda ou Beraldo e dando início às jogadas.

Também não tivemos qualidade no passe, é verdade, mas ao menos ficamos mais tempo com a bola e começamos a apertar o adversário.

Curiosamente, foi num contra-ataque que surgiu o primeiro gol. Arboleda ganha uma bola na intermediária, serve Michel Araujo, que liga rápido para Rodrigo Nestor que também, rapidamente, encontra Erison. Aí foi “caixa”.

O segundo gol, tenho que reconhecer, foi num desses arranques de Alan Franco. Não tão longo, mas optando por um lançamento. Erison, de novo, recebe, parte para a direção do gol, chuta, a bola desvia no zagueiro e entra.

Aí foi só tocar a bola e esperar o jogo acabar. É bom salientar que o Tigre, que até teve algumas oportunidades no primeiro tempo, mais por erros graves de Nathan, Alan Franco e Mendez do que por méritos próprios, repetiu 2012 e bateu à vontade.

Depois da vergonha passada, ou seja, de ter perdido em casa, levando-se em conta que no último jogo dessa fase de grupos o Tigre terá que vir ao Morumbi, é bem provável que, já sem chance de classificação, arrume um jeito de não vir e dar WO.

Quanto ao São Paulo, apesar da vitória, confesso não ter visto evolução alguma depois dessa Inter temporada. Tem que melhorar. E muito.

Triste 2023. Triste São Paulo. Diretoria incompetente e oposição de pijama!

Amigos são-paulino, leitor do Tricolornaweb, abril chegou, o meio do ano já está aí, passa e não percebemos, e as profundezas vão se aproximando cada vez mais do nosso Tricolor. Depois de uma eliminação patética para o tal Água Santa (não é porque ganhou do Palmeiras que vou aceitar isso), agora vibramos com 11 a 0 aplicados sobre o Joseense (cuja divisão sequer sei a que frequenta) e ficamos brincando de treinar na Barra Funda ou em Cotia, escondido da imprensa, tudo feito de forma sigilosa, como é a administração Júlio Casares.

Temos frio na barriga por ver que o Brasileiro está prestes a se iniciar. Primeiro teremos um compromisso na Sul-Americana e outro na Copa do Brasil. Como tenho dito, que se dane se formos eliminados na fase de grupos da Sul-Americana, que se dane se formos eliminados pelo Ituano na Copa do Brasil. Mas que não se dane o que acontecer no Brasileiro.

Estamos absolutamente conscientes que o risco de rebaixamento é grande. Tanto que a diretoria, sabiamente, optou por dar prioridade total ao Brasileiro, deixando em segundo plano as duas copas.

Apesar desse acerto da diretoria, não se pode esconder sua completa incompetência na gestão administrativa. Não fossem contratações ridículas e estapafúrdias, com perda de um grande volume financeiro, ainda há, na administração, um excesso de empréstimos tomados, aprovados pelos cordeirinhos do Conselho Deliberativo, mas que só servem para quitar outros empréstimos não pagos. Ou seja: estamos enxugando gelo. Os direitos de imagem do elenco continuam com dois meses de atraso e nós continuamos contratando reservas de outros times.

Ah, mas tem dinheiro para transformar o gramado natural do CT da Barra Funda em gramado sintético. Isso, realmente, deve ser mais importante do que pagar os jogadores ou contratar bons nomes. Como eu disse, diretoria extremamente incompetente. Para não ir mais a fundo em adjetivos.

Mas e a oposição? Bem, essa continua de pijamas, toquinha e pantufas, esperando o inverno chegar para colocar o roupão e as meias de lã. Até agora não conseguiu definir um nome para disputar a eleição. Alguns acham que o simples fato de serem conhecidos podem ganhar a eleição sem levantar o bumbum da cadeira. Vão fazer, com isso, Júlio Casares se reeleger, esse sim, sem tirar o traseiro do sofá.

Publicamos um excelente texto do nosso consultor Jurídico, Valter Roberto Augusto, intitulado “A limpeza começa dentro de casa”. Ele analisa precisamente a atuação de nossos conselheiros (salvo honrosas exceções) e nos faz concluir que temos que dizer CHEGA. Não dá para continuar essa situação.

O São Paulo está sendo colocado na latrina com nome, camisa e patrimônio. Isso não pode continuar assim e temos que nos unir para denunciar esse estado de coisas, seja da diretoria, seja da oposição (que praticamente inexiste). O voto em troca de uma viagem, um ingresso, ou seja o que for, tem que acabar. O extremo egocentrismo de se inaugurar uma praça para se auto homenagear nos coloca no picadeiro, onde a piada somos nós.

Para tentar colocar tudo isso para fora a Web Rádio São Paulo e o Tricolornaweb puxaram uma corrente, contando do Ricci Jr, da Digital Cultural, e iniciaremos, na próxima segunda-feira, dia 10 de abril, um programa semanal, das 20h às 21h, em áudio e vídeo, por todas as nossas redes sociais, contando, já, com 14 influenciadores digitais, para alertarmos o torcedor e o sócio do São Paulo o risco de corremos de desaparecer como força gigante que fomos, pois já não o somos mais.

Para começo de assunto pregamos eleições diretas já, com votos de sócios patrimoniais, sócios torcedores e proprietários de cadeira cativa. Sem discussão.

Portanto, de nossa parte, a gritaria vai começar. Quem não quiser ouvir, que tampe os ouvidos. Quem não quiser ver, que feche os olhos. O barulho vai ser grande.

Esse mesmo grupo se uniu e conseguiu a grande vitória do NÃO contra o SIM. Por isso nos fortalecemos e vamos fazer alguma coisa para mudar, afinal, servimos ao São Paulo e não nos servimos do São Paulo, como fizeram muitos nos últimos anos.

Mais um vexame. Vamos colecionando as decepções.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a tragédia estava anunciada e a profecia se concretizou. Desde o jogo contra o Botafogo o técnico Rogerio Ceni vinha alertando e procurando desculpas para o indesculpável.

Ao longo desta semana falei várias vezes nos jornais São Paulo e Tricolornaweb que todo o cenário apontava para uma tragédia, a qual eu não poderia e não posso aceitar. Mas com as desculpas de Rogério Ceni, a escolha por um estádio cuja grama nos é prejudicial, mas pela capacidade e a ganância da diretoria em ganhar mais direito, em detrimento do título, tudo isso levava a crer que a eliminação viria.

Também falei várias vezes – e não mudo meu discurso – de que dane-se a derrota para o Água Santa; dane-se uma eliminação na primeira fase da Copa do Brasil; dane-se a eliminação na primeira fase da Sul-Americana; mas não dane-se um possível rebaixamento no Brasileiro.

O time foi patético. Presa fácil para a retranca do Água Santa. Gramado maléfico para nós. O resultado foi a eliminação, recheada com contusão grave no joelho de Galoppo, e outras menos graves, como Wellington Rato e Wellington.

Mas, talvez, essas contusões (menos Galoppo) não sejam problema. Afinal, vamos ficar um mês sem jogar. Dá par tirar férias, curtir praias, montanhas e outras coisas mais. Afinal, todos devem estar extenuados por terem feito 13 partidas em três meses deste ano.

Nosso elenco é medíocre. Não consegue eliminar um simples Água Santa, com todo o respeito que o time de Diadema me mereça. Mas comparem folha de pagamento, estrutura, camisa, tudo o que quiserem. Não dá nem para começar.

E Rogerio Ceni tem muita responsabilidade nisso. Eu diria que muito próximo dos 90% (os outros dez divido entre jogadores e diretoria). Afinal, a diretoria trouxe os jogadores que ele pediu. O David, que ele exigiu, não pode perder os dois gols que perdeu no jogo; Mendez não pode perder um pênalti no momento mais decisivo do campeonato. Só para citar dois exemplos.

Um time sem padrão tático, que vive dos cruzamentos de bola parada ou dos lançamentos de Rafael e da dupla de zaga. Sim, porque Rogério pediu atacantes pelos lados, atacante de meio, volantes, zagueiros, laterais. Só esqueceu que um time tem que ter um meia. Sem esse jogador, nada se cria.

Quanto a diretoria, bem, uma folga nas redes sociais. Nenhuma postagem, nenhum consolo, nenhuma mensagem. E assim ficará por muitos dias, até aparecerem aquelas mensagens de “Juntos pelo São Paulo” e “Juntos por mais”.

Só temo que a tragédia do Paulista não tenha sido tão grande que não possa ser maior e irremediável no final do ano. Afinal, o jogo está aberto e dele não podemos fugir.