Semana do São Paulo muda visão analítica e o coloca como candidato a algum título

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a semana do São Paulo me fez mudar a análise de performance do time e trocá-lo de lugar: ao invés de coadjuvante e campanha para chegar aos 46 pontos, passou a protagonista e campanha para chegar aos 68 pontos (vaga na Libertadores, no G4).

Não. Não estou empolgado assim por ter ganho de 4 a 1 do Santos. Afinal, este, talvez, seja o time mais fraco que vi do Peixe em toda a minha vida. Diria que é um sério candidato a brigar até o fim para tentar fugir do Z4, ainda que não esteja lá.

Mas creio não estar me iludindo com essa mudança de opinião, pois se era obrigação ganhar do Santos, dentro do Morumbi (e cumprimos a obrigação), não era a de ganhar do Palmeiras na Arena, ainda de virada e tenho um árbitro visivelmente contrário a nós.

Dito isso, passo a analisar especificamente o jogo deste domingo. Em nenhum momento o Santos causou nenhum susto ao São Paulo. Porém, mais do que a inoperância do ataque adversário, ressalto a postura do nosso meio de campo, onde Alisson, mais uma vez escalado para marcar o principal jogador deles, deu conta do recado. Nem Mendoza, nem Lucas Lima conseguiram jogar. Méritos, nesse caso, além de Alisson, para Rafinha, que fez outra excelente partida, e Mendez, que esteve muito bem à frente da zaga.

Aliás, Arboleda e Diego Costa, mais uma vez, fizeram uma partida impecável, sem qualquer falha, tanto por cima quanto por baixo. Diego Costa, inclusive, tem mostrado mais eficiência nesses quesitos. Só perdemos um pouco na saída de bola, com a ausência de Beraldo.

Em compensação, ganhamos um jogador no meio de campo. Recuperado plenamente da contusão que o deixou fora quatro jogos, Michel Araújo foi um gigante em campo. Foi segundo volante, foi meia. Aliás, um verdadeiro meia. Puxou contra-ataques, esteve dos dois lados do campo, flutuando com muita naturalidade, apareceu dentro da área, deu assistências, quase fez um gol antológico. Há muito tempo não via uma atuação de um jogador com essas características no São Paulo.

Mérito total a Dorival Jr. Ele enxergou em Alisson um bom segundo volante e em Michel Araújo o potencial para ser o meia. Não é um meia dos nossos sonhos, mas para quem estava se virando com Rodrigo Nestor, Luciano e Wellington Rato, me deixa feliz.

No ataque Calleri também teve uma atuação de gala. Além dos dois gols deu assistência, fez tabelas, saiu da área, ajudou a defesa, caiu pelos cantos, teve uma mobilidade que há muito tempo também não via no argentino.

E para fechar, a tarde era tão valiosa que até Alexandre Pato marcou o dele. Antes deu uma caneta. E o gol saiu em linda tabela entre ele e David, que também já tinha deixado o seu.

Enfim, uma tarde a comemorar, assim como foi a noite de quinta-feira. Estamos no G4, sim, no critério de desempates estamos à frente de Fluminense e Palmeiras. Portanto, temos muito o que nos animar.

Não pensem que esses resultados deixarão a diretoria imune às minhas críticas. Reafirmo que entre erros e acertos, a balança pende demasiadamente para o lado dos erros, e aponto como quase único, mas grande acerto, a contratação de Dorival Jr. O resto continua sendo tenebroso, em termos de administração.

São Paulo relembra o passado e faz o torcedor viver outra noite de gala

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o que é melhor do que eliminar o Palmeiras, ganhando de virada, dentro de sua arena e eliminá-lo do torneio, indo para a semifinal da Copa do Brasil? Repetir isso em outra oportunidade. Não há dúvida. Não há preço que pague essa alegria que tivemos nessa noite épica, de verdadeira gala.

O time teve uma atuação perfeita. Dorival Jr conseguiu surpreender Abel Ferreira. Quando todos pensavam que o São Paulo entraria recuado, defendendo o empate que já lhe garantiria a classificação, tendo que suportar um massacre do Palmeiras, aconteceu o oposto.

Fiquei preocupado com a escalação de só um volante, Gabriel, e jogarmos com Alisson e Rodrigo Nestor, que não marcam ninguém. Também me enganei.

O São Paulo entrou em campo como se estivesse no Morumbi e equilibrou as ações com o Palmeiras, fazendo com que o adversário também se preocupasse com seu sistema defensivo. Além disso, Alisson ficou responsável por encurtar o espaço e marcar Rafael Veiga. Foi perfeito. O meia palmeirense não conseguiu dar uma única assistência, ganhar uma única jogada. E com isso o perigo do ataque alvi-verde se perdeu.

Nem o gol marcado por Piquerez, para alguns falhas de Rafael, mas para mim um gol anormal, porque seria um cruzamento e a bola mudou de direção, mudou a postura do São Paulo. Imaginei que ali seria a marca da mudança do itinerário, que o São Paulo seria pressionado e começaria a degringolar toda e qualquer tática montada pelo nosso técnico.

Mas não foi isso o que aconteceu. O São Paulo continuou jogando, equilibrando as ações e passou a criar oportunidades.

O melhor de tudo foi que o gol de empate surgiu logo aos 3 minutos do segundo tempo. Não só por nos colocar de novo na partida, mas principalmente para jogar a pressão para cima do adversário. E por incrível que pareça, aconteceu com o Palmeiras o que não havia ocorrido com o São Paulo: eles sentiram o golpe e se desestruturaram em campo.

O São Paulo passou a ser senhor das ações, fez o segundo gol com Calleri, que o Daronko, dominado pela Leiloca, contrariando o próprio VAR, ou seja, brigando com a imagem, anulou. Mas ainda assim fez o segundo gol com David, levando o time à vitória, coroando a atuação de todos.

Destaco todo nosso sistema defensivo, com Rafinha arrumando muito fôlego, Arboleda e Diego Costa imbatíveis e Caio em mais uma grande atuação; nosso setor de meio campo, com Gabriel e Alisson. Foram destaques com atuações perfeitas nessa noite de gala.

Como eu disse, relembramos o passado. Tomara esse presente seja duradouro.

Mais uma vez a diretoria do São Paulo vive uma soberba e abandona o Brasileiro

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a soberba voltou à diretoria e o São Paulo abandonou o Brasileiro. De novo. Ou não teria colocado o time reserva para enfrentar o RB Bragantino, em Bragança Paulista. Vamos convir que corremos um sério risco de tomar uma chacoalhada de perder o rumo. Basta pegar o histórico de nossos confrontos lá, na era RB .

O time reserva até que se portou bem. Dentro da extrema mediocridade (para o lado pejorativo) que foi o jogo, o empate fica de bom tamanho. Afinal, foi conquistado fora de casa contra um adversário fatídico para nós. Mas esse não era o caminho.

Ano passado cometemos o mesmo erro. O São Paulo estava no G6 do Brasileiro, com toda a condição de conseguir uma vaga direta para a Libertadores (é o máximo que essa diretoria almeja conseguir), sem sustos, na boa. Mas os “iluminados” do futebol tricolor achavam que tínhamos um belo elenco e poderíamos disputar as três competições no mesmo nível. Pior: abandonaram por completo o Brasileiro para dedicação exclusiva à Sul-Americana, o grupo B da Libertadores. Levaram uma caravana para a decisão contra o time do suco. Precisavam desse campeonato para ter um título internacional para chaar de meu. O São Paulo perdeu e ficamos para trás do Brasileiro, com uma enorme decepção psicológica que foi passada ao elenco. Até Rogerio Ceni ameaçou entregar o cargo. Ou seja: fizeram da Sul-Americana um Mundial.

Agora o erro se repete. Mais uma vez, para ter um título inédito para chamar de meu, abandona-se o Brasileiro para focar o Palmeiras. Claro que quero ganhar deles, que quero trazer a classificação para a semifinal da Copa do Brasil. Pelo título, não pelo dinheiro. Mas, convenhamos, o caminho para este título, por mais que faltem apenas cinco partidas, é muito mais longo do que o do G6 do Brasileiro. Mais uma vez estamos errando, pois time completo neste domingo poderia nos dar a vitória e colocar-nos no G6. Mas…

São irresponsáveis. Mais do que ilusionistas. Vivem num universo que não é real. Uma vitória no Morumbi contra um Palmeiras completamente desfalcado, a melhor campanha na fase de grupos da Sul-Americana, algo absolutamente ilusório, faz essa diretoria “viajar na maionese”.

Por isso, mais do que nunca, continuo com minha contagem, por mais que alguns me taxem de anti-são-paulino: faltam 24 pontos para atingirmos nossa principal meta nesse Brasileiro.

São Paulo começou pressionado, mas mostrou maturidade e vontade para conseguir a vitória

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi uma noite de gala. Sim, porque quando colocamos mais de 50 mil pessoas no Morumbi e vencemos um clássico, quanto mais contra um adversário tido e havido como o mais poderoso time do País, não podemos adjetivar o momento de forma diferente.

A vitória do São Paulo contra o Palmeiras mostrou que o time consegue sofrer quando é pego de surpresa pela tática do adversário e que tem maturidade para mudar a direção do vento e conquistar o triunfo, com requintes de crueldade para o adversário, tal a formosura do gol de Rafinha, aquele mesmo jogador que alguns tratam como ex-atleta em atividade, mas que nesta noite de quarta-feira fez uma partida impecável, colocando no bolso o tal de Dudu e dando a vitória ao time.

Eu esperava ver um Palmeiras fechado em seu campo esperando o São Paulo atacar e errar, para sair em contra-ataque. Não foi isso o que aconteceu. O Palmeiras começou pressionando, tentando jogadas em profundidade buscando as costas dos laterais, mas tanto Rafinha quanto Caio estavam em ótima jornada e não perderam uma única jogada. Lá atrás, Arboleda, que falhou muito em outros jogos contra esse mesmo Palmeiras, estava impecável, tirando tudo, por cima e por baixo. O que contagiou o próprio Alan Franco, que não errou.

Porém o domínio do Palmeiras foi meio “fake”. Afinal, não deram um único chute na direção do gol. Aliás, o único chute dado pelo time verde foi no segundo tempo, fraquinho, que não fez nem cócegas no goleiro Rafael.

Já o São Paulo perdia gols. Calleri, primeiro, quase fez um golaço, com direito a chapéu em Weverton. E com Rodrigo Nestor e Wellington Rato, com chutes desnorteados.

Dorival voltou sem Gabriel (tomou cartão amarelo) e Calleri e Luciano (machucados), fazendo entrar Alisson, Juan e Rodriguinho. O time passou a pressionar muito o Palmeiras. E os gols foram sendo perdidos. Caio ganha uma bola na raça, entra driblando todo o mundo, fica cara a cara com Weverton, mas erra o chute mandando quase fora do estádio; depois David, que houvera entrado no lugar de Rodrigo Nestor, faz uma grande jogada pelo lado, cruza para Juan que cai dentro da pequena área, mas levanta, se livra de Weverton, entrega a Wellington Rato, mas Luan salva em cima da risca.

Porém, como alguém já disse um dia, água mole em pedra dura tanto bate até que fura. E furou. Outra jogada de David pela esquerda, defesa parcial de Weverton, Wellington Rato pega a bola na entrada da área, só rola para trás para Rafinha que manda a bomba no ângulo de Werverton.

A vitória poderia, pelas oportunidades, ter sido maior ainda, mas já nos dá vantagem para o jogo de volta.

Não posso encerrar meu editorial sem taxar de irresponsáveis os que permitiram que Calleri fosse a campo no estado precário que se encontrava. Agora teremos que ficar não sei quantos jogos sem ele, pois a lesão pode ter piorado ainda mais. Triste ver a cada dia quanta incompetência existe nesse departamento de futebol.

São Paulo venceu no último minuto uma partida em que só ele jogou

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu uma partida, nos minutos finais, contra um time que não veio ao Morumbi para jogar. Veio para empatar e sofreu o castigo de um time que pratica o anti-jogo.

Desde os primeiros minutos o São Paulo efetuou marcação no campo do Fluminense. O conhecido estilo de Fernando Diniz, de sair jogando de pé em pé de dentro de sua área, fez com que o São Paulo alugasse o campo adversário e ficasse o tempo todo por ali. Durante 45 minutos o Fluminense foi incapaz de arriscar um único chute a gol, mais pela sua decisão tática do que propriamente por conta de um hipotético excelente futebol do São Paulo.

Só lamento que Dorival não tenha pedido a algum jogador para fazer jogadas em cima de Felipe Mello, que havia tomado cartão amarelo com 11 minutos por falta feia em Juan e seria facilmente expulso.

O temido ataque veloz do Fluminense, com Arias, Cano e Keno simplesmente foi abafado pelo meio de campo e o sistema defensivo do São Paulo. Keno foi jogar atrás de Marcelo; Arias atrás de Samuel Xavier e Cano, bem, esse virou um segundo volante. Não poucas vezes ele era o jogador mais adiantado do Fluminense, postado na intermediária do seu campo. E a defesa do São Paulo avançando, empurrando ainda mais o time carioca para sua área.

No final do primeiro tempo, a marcação do São Paulo já era dentro da área do Fluminense. Roubamos algumas bolas, mas ela sempre caiu para finalização em pés errados, como de Rodrigo Nestor, por exemplo. Impressionante como ele não consegue fazer uma finalização boa para o gol.

No segundo tempo Dorival tirou Rodriguinho e colocou Wellington Rato. Era impossível entrar na defesa do Fluminense pelo meio tal o ferrolho criado por Diniz. Então a alternativa era jogar pelos lados do campo. Mesmo assim a situação estava difícil.

Ainda assim, com toda a ineficácia do time carioca, ele ainda teve uma chance clara de gol. Cabeçada de Lelê que havia acabado de entrar para defesa espetacular de Rafael. Mas…falha de quem? Alan Franco, que não subiu para cabecear.

Dorival percebeu que teria que partir para a jogada aérea e começou a colocar jogadores altos com esse propósito. Entraram Marcos Paulo e David. E foi assim que saiu o gol, com cruzamento de Wellington Rato para David, que arruma para Luciano. E gol. No sufoco, nos últimos minutos.

Foi uma vitória obrigatória, pois sempre que jogamos no Morumbi temos que vencer, e que nos colocou numa boa posição na tabela.

Agora viramos a chave para a Copa do Brasil. Mas não me preocupo muito. Minha visão está totalmente voltada para chegarmos aos 46 pontos no Brasileiro. Com a vitória deste sábado, faltam 25 pontos. Não é uma vitória que vai me deixar empolgado e tirar deste foco.

Vitória contra o Tigre serviu apenas para confirmar “psicologicamente” 2012.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu o Tigre no Morumbi, em jogo que não valia absolutamente nada. Mas só conseguiu fazer os dois gols no segundo tempo, depois de ter jogado mais da metade do primeiro tempo e metade do segundo tempo com um homem a mais. Muito pouco para um time que outrora conquistou títulos de extrema importância no futebol mundial.

O jogo contra o Tigre era guardado na memória como sendo esse adversário do último título internacional que conquistamos, em 2012, num jogo inacabado. Tanto que a diretoria poderia ter vendido ingresso para apenas um tempo do jogo. O segundo seria para completar aquele, quando eles fugiram de campo.

Foi um jogo muito feio, fraco, digno de uma Sul-Americana, séria B da Libertadores. Nosso adversário, tal qual o de sábado, não deu um chute na direção do gol. A diferença é que desta vez não marcamos contra.

Não entendi a escalação de Dorival Jr. Ele colocou um time com três volantes para um jogo onde já estávamos classificados e para perder a primeira posição precisaríamos ser goleados por 5 a 0, em pleno Morumbi. Defendi que ele colocasse o time inteiro reserva. Mas, além de mesclar titulares com suplentes, ainda entra com três volantes. Só pode estar de brincadeira.

Tanto não deu resultado que, para o segundo tempo, ele voltou com Calleri e Rato, reforçando o ataque> No primeiro tempo, com a contusão de Pablo Maia, ele tinha feito entrar Rodriguinho. Claro que a mobilidade do time melhorou e as condições de gol começaram a ser criadas.

Destaco Gabriel, que fez algumas assistências perfeitas, com lançamentos longos, mas não concordo com quem o enxerga como meia. Não tem chegada na frente, não tem chute de longa distância, não tem penetração na área. Um meia precisa de tudo isso.

Mas a vitória serviu para encher nosso caixa. Além dos US$ 500 mil pelas cinco vitórias (R$ 2,4 milhões), também recebemos dinheiro pela classificação, somado ao que já tíanhamos recebido pela participação. O que quer dizer que, só na Sul-Americana, já ganhamos quase R$ 10 milhões. Acho que dá para pagar alguns carnês atrasados.

A vitória serviu também para nosso ilustre presidente, Júlio Casares, ir para as redes sociais afirmando que fomos os melhores da Sul-Americana. Acho que ninguém merece.

Derrota para o Cruzeiro justifica nossa meta de chegar aos 46 pontos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a derrota do São Paulo para o Cruzeiro foi patética, simplesmente ridícula. Ressuscitamos um morto, time que não vencia há cinco jogo e que certamente, no transcorrer do Campeonato Brasileiro, vai se juntar a Goiás, Vasco, América e Coritiba na luta contra o rebaixamento. Não deu um único chute a gol e toda a partida. Seu gol foi obra nossa, contra de Rafinha. E nós conseguimos a proeza de perder para isso que se chama de time de futebol.

Dorival Jr deu uma de Rogerio Ceni e inventou. Tirou Luciano que voltou a viver uma boa fase e colocou Alisson para ser o companheiro de Calleri no ataque. Conclusão: o argentino ficou completamente abandonado na área, brigando com toda a zaga adversária. O Cruzeiro entrou com uma linha de seis e um jogando sozinho lá na frente. Depois formou uma linha de sete. E Dorival, vendo a coisa complicando, começou a encher o time de centro-avante. Só que continuamos sem meia. Portanto, a bola não chega.

Quando chegou, desperdiçamos. Ou o goleiro do Cruzeiro fez milagres, como em duas cabeçadas de Calleri e um chute de “tchutchuquinha” de Rodrigo Nestor. Perceberam: em duas cabeçadas de Calleri. O que quer dizer que voltamos a apelar para as jogadas aéreas.

Outra coisa: um monte de impedimentos do ataque do São Paulo, porque a defesa do Cruzeiro jogava em linha e adiantada. Um dia um tal de Telê Santana, não sei se vocês já ouviram falar dele, disse num programa Cartão Verde, da TV Cultura: “para quebrar linha de impedimento, se faz o jogo com o avante entrando na diagonal”. Há outra possibilidade, quando o meia puxa a bola e enfia para o lateral avançar do seu campo.

A primeira hipótese não houve em momento algum. A segunda, sempre com Caio, porque Rafinha não ataca. Aí o Cruzeiro encheu aquele setor e Caio não tinha o que fazer.

Entendo que isso tudo explica a ineficiência do São Paulo e a derrota estapafúrdia para um aglomerado de jogadores que forma um time que diz ser de futebol. Isso é o Cruzeiro. Portanto, o São Paulo conseguiu ser pior que esse catado.

Nas minhas contas continuam faltando 28 pontos, pois faço contas de 46 e não 45. E não me venham dizer que sou anti-são-paulino ao pensar desse jeito. O pavor está aí na nossa frente. Só não vê quem não quer. Entramos na rodada em sexto lugar, caímos para nono e podemos terminar em décimo-primeiro.

Socorro!!!!!!!!!

São Paulo mostrou força de vontade, raça e superação na virada contra Athletico

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, alguém já disse um dia: quando não dá na técnica, vai na raça. E foi o que o São Paulo fez nesta quarta-feira ao vencer, de virada, o Athletico. Está cada vez mais evidente que falta um meia no time. Desde os tempos de Rogério Ceni, que pediu jogadores para todas as posições, menos meias, até agora, com ausência por falta de contratação.

Até temos esse jogador que vem crescendo e consegue levar a bola da defesa ao ataque, real função de um meia: trata-se de Michel Araújo. Só que ele é mais um que entra no departamento médico como “dúvida para o próximo jogo” e fica dois meses para começar a tal transição.

Porém temos a comemorar a entrada de Rodriguinho. E não é a primeira vez que ele entra bem em uma partida. Aliás, ontem, em apenas dois minutos, fez mais do que Rodrigo Nestor o primeiro tempo inteiro.

A escalação de Dorival Jr era óbvia. As substituições, porém, mostraram que ele estava vendo o mesmo jogo que todos nós: faltava esse meia, estávamos perdendo o meio de campo, faltava velocidade. E ele mudou tudo isso no intervalo. Depois começamos a sofrer pressão, faltava um outro volante, já que Luan havia sido substituído. E ele colocou Mendez. Credito, portanto, a ele boa parte do resultado.

Algumas observações que se fazem necessárias: dez dias de Inter temporada e no primeiro jogo, Diego Costa sente lesão na coxa; Michel Araujo, antes mesmo do jogo, idem. O que acontece com o Departamento Médico do São Paulo? Alguém consegue explicar.

Outra conclusão: Luan está fora de forma por completo, nitidamente tem dificuldade para emagrecer, deve ainda estar sentindo aquela antiga lesão e não está rendendo o que dele se espera. Precisa ser afastado para recuperar sua forma ou teremos problemas com ele em campo,

Finalizando, a vitória era obrigatória e os três pontos necessários. Teve gente falando que o time não demonstrava vontade por conta do atraso de três meses no pagamento. Não concordo. Acho que o time buscou o tempo todo, correu muito e chegou á vitória. Entramos no G6 e isso, convenhamos, ninguém acreditava que pudesse estar acontecendo. Então, seguimos em frente porque sábado tem Cruzeiro, um velho conhecido. Vamos sem Calleri e sem Gabriel, que estão suspensos. Mas o Cruzeiro é mesmo velho freguês e, portanto, nada me assusta.

São Paulo perdeu por falhas próprias e da arbitragem

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo sofreu uma dura derrota para o Palmeiras, com mais de 55 mil pessoas no Morumbi. Jogou melhor, não merecia o resultado, mas por falhas grotescas de Arboleda, sim, aquele que consideramos um dos únicos titulares absolutos da equipe, acabamos sucumbindo ao melhor time do futebol brasileiro no momento.

O Palmeiras não fez nada diferente do que todos sabiam que ele iria fazer. Montou um forte esquema defensivo, deixou de marcar a saída de bola do São Paulo e permitiu que fizéssemos nosso jogo. Só que o São Paulo, muitas vezes, é um time penso, ou seja, joga apenas por um lado. O de Caio. E Artur virou lateral para marcar o nosso jogador. Aliás, Artur, Dudu e Rony eram coadjuvantes apagados, assim como Rafael Marques.

Estava tudo para o São Paulo conseguir uma grande vitória. E logo aos 2 minutos, pênalti. Para mim claro, mas o VAR mudou, alegando que a bola bateu primeiro no corpo do jogador e depois no braço. A regra diz que isso não se caracteriza como pênalti. Por mais que eu não admita, tenho que aceitar a regra. Mas o que questiono é que, fosse o inverso, ou seja, a favor do Palmeiras e na Arena, se isso aconteceria. Claro que não. Afinal, lá tem pressão, tem “presidenta” que manda e desmanda. Tem técnico que invade o campo, briga, grita e resolve a coisa. Nós, bem, nós temos pavões e gritões pós jogo. Por isso o pênalti foi desmarcado.

O time se desconcentrou e, poucos minutos depois, uma saída errada entre Alisson e Arboleda, nosso zagueiro perde a bola e…gol deles.

Aí Abel Braga entra em cena mais uma vez. Peita Calleri fora do campo e o árbitro apenas lhe dá cartão amarelo. Ah, Calleri. Se ali fosse um Serginho Chulapa, Chicão…a situação seria diferente para Abel.

Mas veio o segundo tempo, o São Paulo ganhou corpo com a entrada de Juan, pois passamos a ter lado direito. Só que, de novo, a arbitragem se fez presente de maneira dolosa para nós. Pênalti em Michel Araujo, que teve o pé travado por trás quando foi chutar, e o juiz dá falta de Calleri no lance seguinte. E o VAR, bem, nesse momento dever ter ido tomar um café.

Arboleda erra de novo e outro gol do Palmeiras. Aí as coisas se complicam de vez. Talvez tentando se redimir dos erros contra nós, o juiz nos ajudou ao não expulsar David, que havia acabado de entrar e deu um mata leão em Artur. Mas depois expulsou (e bem ) e inconsequente Pablo Maia, que recebeu cartão amarelo por uma falta dura e, 30 segundos depois, fez outra do mesmo jeito. Ou é burro demais ou está no esquema das casas de apostas.

Enfim, derrota doída para os mais de 55 mil torcedores presentes no Morumbi. Enquanto eles continuam prateleiras acima em todos os aspectos, nós continuamos com uma diretoria inerte, omissa e nociva ao clube. Eles tem um técnico que apita o jogo e nós temos um que aplaude a tudo e a todos. Esse é o São Paulo de hoje.

São Paulo apresentou jogadas ensaiadas que há muito não víamos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a goleada aplicada pelo São Paulo contra o Tolima trouxe algo que me deixou bastante animado: jogadas ensaiadas.

Golear esse time colombiano, que não veio jogar bola, mas sim dar porrada, foi o mínimo que eu esperava que pudesse acontecer. Mas fiquei muito satisfeito em ver que o time tem, realmente, treinado e colocado em prática o que Dorival Jr pede nos treinamentos.

Estou me referindo às jogadas ensaiadas que ocasionaram os gols. Recentemente comentei os contra-ataques certeiros. Agora as jogadas. No primeiro gol. tabela rápida, com Calleri finalizando. Mas o detalhe: Luciano e Calleri correndo lado a lado; no segundo gol, jogada pelo meio, Pablo Maia em linha com Calleri e Luciano. A jogada sai na vertical, Pablo Maia lança Calleri que apenas abre as pernas para Luciano pegar, virar e marcar; no terceiro gol jogada na horizontal, Michel Araújo, Calleri e Caio em linha. Michel Araújo lança Calleri que apenas abre as pernas para Caio receber e marcar.

Não foi à tôa que Calleri fez essas duas jogadas. Isso é fruto de ensaio, de treinamento, de posicionamento de jogador, dele saber que, no primeiro lance, Luciano estava atrás dele e que no segundo, Caio estava posicionado. Além do mais, a simples movimentação de Calleri mata dois ou três zagueiros do adversário.

Vamos combinar que, nem contra-ataques, nem jogadas ensaiadas, treinadas, nós víamos com Rogerio Ceni. Isso é muito bom, porque, finalmente, temos um futebol tático e técnico para ver do nosso time.

Destaco o coletivo, mas individualmente Caio, Calleri e Arboleda, que jogando em sua posição, faz Beraldo ser impecável, além de Gabriel, que se tornou, com méritos, dono da posição.

Quanto ao Tolima, ridículo e uma arbitragem mais ridícula ainda, por não ter tomado atitude enérgica contra quem só veio dar porrada. O tal de Rio deu um soco no estômago do Luciano, uma cotovelada em Juan, uma entrada no tornozelo do David, e só recebeu cartão amarelo no último lance. E outros tantos absurdos deste time que não merece ser chamado de time.

Agora é o Palmeiras. Esse sim me interessa. O Tolima foi treinamento de luxo. Agora vamos ver se colocamos em prática todas essas jogadas, todo esse treinamento, para triturar o Porco no Morumbi.