É uma no cravo, outra na ferradura. Assim é o São Paulo.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a instabilidade do time é algo que impressiona muito. Grande times nesse Brasileiro, como Palmeiras e Flamengo, tiveram fases ruins, com muitas derrotas, mas se superaram. O São Paulo entrou nessa fase ruim, conseguiu dois brilhantes resultados que culminaram com as classificações na Sul-Americana e na Copa do Brasil, mas continua naufragando no Campeonato Brasileiro. Já são cinco jogos sem vitórias nessa competição.

Não aceito a explicação de que o Dorival entrou com a escalação reserva e que do outro lado era o líder. Não foi time reserva não. Ou teremos que considerar Arboleda, Wellington, Pablo Maia, Gabriel e Luciano e James Rodriguez reservas. Além deles, Diego Costa não pode ser considerado um reserva. Então, de suplentes mesmo, tinha em campo Nathan, (horrível), Juan (muito horrível) e Michel Araújo (muito abaixo da média), além de Jandrei, que sequer apareceu no jogo.

Além do mais, no segundo tempo, entraram Lucas e Calleri, entro outros. Ou seja: time titular. Mas a pasmaceira continuou e, por mais que Jandrei não tivesse trabalho, o Botafogo só não goleou o São Paulo pela extrema ruindade de seus atacantes, que receberam vários “presentes” da defesa do São Paulo, principalmente Diego Costa, e não souberam aproveitar. Ouso dizer que estivesse em campo Tiquinho Soares, a história poderia ser bem diferente.

O que me preocupa não é essa inconsistência do time por conta dos jogos da Sul-Americana (não estou nem aí para eles) ou mesmo da decisão da Copa do Brasil, até porque decisão mexe com todos e ninguém consegue entrar em campo com sangue de barata. Me preocupa, mesmo, a sequência do Brasileiro.

Que não temos a menor chance de brigar pelo título, isso não é novidade. Mas ao menos brigar pelo G6, porque não podemos repetir o erro do ano passado, quando abrimos mão de tudo para “ganhar a Sul-Americana”. E deu no que deu.

Além do mais, o Flamengo também está na final da Copa do Brasil e lá na frente no Brasileiro. Só caiu fora da Libertadores, por absoluta crise dentro do elenco e com o técnico. Então, mesmo ainda na Libertadores, em nenhum momento abriu mão do Brasileiro. Maldita mania desta diretoria nociva ao clube.

Sobre o time, parece que Nathan e Juan não vão virar nunca. É perda de tempo. Se entram porque a diretoria quer vendê-los, pode esquecer.

E volto a me preocupar com o Brasileiro. Não quero passar a fazer contas, de novo, para os 46 pontos. Mas…

A noite de quarta no Morumbi me fez retornar aos tempos mágicos de nosso time

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a quarta-feira me levou de volta aos tempos mágicos de nosso time, quando os adversários eram dominados e massacrados em nosso campo e nós mostrávamos o por quê somos São Paulo. Falar que a classificação para a final da Copa do Brasil foi justa é chover no molhado. O que houve no Morumbi foi um verdadeiro massacre, onde, no primeiro tempo, só um time jogou.

Dorival Jr deu uma verdadeira aula tática em Vanderlei Luxemburgo. Colocou Alisson colado em Renato Augusto. O cara que desequilibra jogos para o Corinthians foi quase jogar de goleiro. A disposição das peças, deixando Rodrigo Nestor jogando pelo lado esquerdo, já que Wellington não faz o papel de Caio Paulista; Wellington Rato aberto pela direita; Lucas livre para voar e Calleri segurando dois zagueiros. O São Paulo sufocou o adversário. Fez 2 a 0 no primeiro tempo, poderia ter feito três, quatro, cinco.

Até os 20 minutos do segundo tempo o quadro foi inalterado. Luxemburgo fez cinco substituições nesse período, ou seja, trocou meio time, e o São Paulo continuou superior. Wellington Rato, que fez um golaço lembrando não sei quem, voltou as ser Wellington Rato perdendo um gol incrível após linda jogada de Lucas e assistência de Calleri.

Alguns dizem que o time cansou. Sim, depois de jogar o que jogou, da pressão que fez, do volume de jogo apresentado, não havia como não cansar, até porque o adversário havia trocado meio time.

Então Dorival começou a mudar. Entendo que com dois erros: ao tirar Alisson, recolocou Renato Augusto no jogo; ao tirar Calleri, liberou os dois zagueiros corinthianos para virarem centro-avantes e trouxe o time deles para cima do nosso.

Mas isso não desmerece o que Dorival fez na partida e o que o time inteiro realizou. Há anos, muitos anos mesmo, não vejo tanta intensidade, tanto volume, tanta técnica, tanta tática, como a vista no Morumbi nesta noite mágica de quarta-feira. Tudo me fez lembrar as grandes noites de Libertadores, quando a torcida fazia um verdadeiro show do lado de fora, esperando a delegação, e do lado de dentro, com cânticos e gritos.

Todos nós somos vencedores. E não é para menos. Uma Copa do Brasil que ficará para a história. Afinal, não é toda hora que eliminamos, em sequência, Palmeiras e Corinthians de um torneio. É certo que felicidade igual não há.

Podemos até não ganhar o título. Podemos até perder para o Flamengo e todo o sistema. Mas já me dou por satisfeito. Esse time chegou muito mais longe do que qualquer um de nós – menos aquele que mandou nos danarmos – poderia sonhar.

E fica aqui uma menção muito honrosa: Lucas Moura. Lembrou o efeito Raí, em 1998, ou o efeito Amoroso em 2005. Esse garoto vale ouro. A diretoria trouxe James Rodriguez para vencer o Corinthians. Mas foi Lucas quem decidiu, pois o colombiano sequer entrou em campo.

Mais do que nunca, Vamos São Paulo!!!

Falta de força nos bastidores da diretoria nos tirou a vitória no Maracanã

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não podemos lamentar o empate no Rio de Janeiro pelo resultado em si. Afinal, mesmo se estivéssemos jogando com o time titular, um empate contra o Flamengo seria muito bem-vindo. Com o reserva, então, nem se fale. #SQN

Bem, não poderíamos lamentar, mas lamento sim. Era um jogo ganho. O São Paulo se aproveitou da tensão que envolve o Flamengo, com a torcida vaiando desde o início do jogo, colocando mais pilha ainda.

Lucas, mostrando o quanto poderá ser útil ao time, marcou seu primeiro gol na volta ao São Paulo. Impressionante como esses jogadores que vem da Europa, mesmo em fim de carreira, se sobrepõe aos que jogam por aqui. Prova que nosso futebol está nivelado muito por baixo.

Mas o São Paulo esteve muito bem o jogo todo, não sofreu pressão, não correu riscos. A defesa totalmente reserva, com Nathan, Diego Costa, Alan Franco e Wellington se portando muito bem. O meio de campo, com exceção a Alisson – errando tudo – também dando conta do recado.

Mas aí vieram nossos problemas, envolvendo jogadores e diretoria. Juan e Wellington Rato não podem perder os gols que perderam, que certamente definiriam a partida a nosso favor.

E a diretoria, onde entra? Na falta total de representatividade nos bastidores, seja da FPF, seja da CBF, seja da Conmebol. O pênalti marcado contra o São Paulo aos 50 minutos do segundo tempo foi um grande assalto. Duplamente assalto. Primeiro porque houve impedimento e o VAR, escandalosamente, aumentou a linha até colocar Luiz Araújo na mesma linha da defesa do São Paulo. Foi uma linha maldosamente entortada. Depois porque não houve pênalti. O toque de Michel Araújo foi muito sutil e não causaria queda de Luiz Araujo, que se atirou dentro da grande área. Como o árbitro estava doidinho para arrumar o empate para o Flamengo, a máfia conseguiu criar a oportunidade.

Tivéssemos um pouquinho de força nos bastidores, como tem Flamengo, Corinthians e Palmeiras, por exemplo, teríamos saiído do Maracanã com a vitória. Quando peço força nos bastidores não quero que roubem para o São Paulo, mas que não roubem o São Paulo.

Porém temos uma diretoria que se satisfaz em fazer selfies, seja com jogadores que vão bem na partida, ou mesmo para mostrar que está dentro do Maracanã, enfim, a elevação do próprio ego é o que importa. A reeleição também. O time, bem, esse que se vire e procure ganhar os jogos dos adversários, dos árbitros e do sistema. Sim, do sistema.

São Paulo mostrou eficiência, calma e qualidade, atributos que faltaram nos últimos jogos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo cumpriu sua missão, venceu o San Lorenzo por 2 a 0 e está nas quartas-de-final da Copa Sul-Americana. O time foi firme, não correu riscos, impôs seu jogo e chegou ao resultado mostrando muita calma e qualidade técnica e tática.

Vamos reconhecer que não tivemos nada disso nos últimos jogos. Por isso ficamos cinco partidas sem vencer, com quatro derrotas e um empate. Mas contra o San Lorenzo o time estava concentrado, consciente da necessidade de vencer e não se desesperou em momento algum, ainda que o primeiro gol tivesse surgido no apagar das luzes do primeiro tempo. Calleri, sempre Calleri. Monstro Calleri.

É verdade que sofremos um susto, com uma bola no travessão. Mas foi só do adversário. Tivemos, também, e mais uma vez, uma arbitragem tendenciosa, que minou a defesa do São Paulo com cartões amarelos no primeiro tempo, permitiu que os argentinos se jogassem no campo a todo momento, simulando contusão, deu apenas quatro minutos de acréscimo no primeiro tempo, enfim, fez o jogo do adversário. Também derrotamos a arbitragem.

Dorival manteve o time que ele julga titular, a exceção de Gabriel, ainda sem condição de jogar o tempo integral, e teve Rodrigo Nestor em grande noite. Aliás, o time se fechou e fez uma grande partida.

Consta que houve uma reunião dos jogadores sem a presença de Dorival. Não acho que, com isso, possa parecer que o técnico perdeu o comando. Apenas avalio como algo salutar, quando um grupo se une em prol de algum objetivo maior. E esse objetivo era a classificação na Copa Sul-Americana, uma resposta que tinha que ser dada à torcida, que mais uma vez se fez presente no Morumbi com mais de 50 mil pessoas.

Não resta dúvida que essa vitória nos dará moral para a sequência, não só contra um derrotado e abalado Flamengo, domingo, pelo Brasileiro, mas principalmente para o grande Majestoso da próxima quarta-feira, quando nossa missão será a mesma que a desta quinta-feira, com a diferença que o adversário é mais cascudo. E a tensão, certamente, será ainda maior.

Mas estou feliz. Não me perco do pensamento que o que me interessa é o Brasileiro. Porém, não resta dúvida que uma vitória com classificação para outra fase de qualquer torneio, também faz bem ao meu ego de torcedor.

São Paulo faz crer que as vitórias contra Palmeiras e Santos foram ponto fora da curva

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo foi ridiculamente derrotado neste domingo no Morumbi, com 56 mil pessoas no estádio, festa para Lucas Moura (que jogou) e James Rodriguez, e chega ao quinto jogo consecutivo sem vitória, sendo quatro derrotas e um empate. Dentre essas, o empate e uma derrota no Morumbi lotado.

As apresentações abaixo da crítica do time, sem qualquer criatividade e falhas individuais me levam a crer que as vitórias obtidas contra o Palmeiras, na Copa do Brasil, e Santos, no Brasileiro, foram ponto fora da curva. Que ao mudar minha linha de pensamento, começando a fazer cálculos para atingirmos 68 pontos eu estava enganado e deveria mesmo continuar com as contas para chegarmos aos 46 pontos. E faltam, portanto, 20.

O domingo era de festa, público pulsando nas arquibancadas, mais de 56 mil pessoas. Lucas e James entram em campo, vão ao símbolo do São Paulo, posam para fotos, saem ovacionados. Tudo indicava para uma grande atuação e uma vitória que nos traria a recuperação da confiança e moral.

Mas tudo se esvaiu aos três minutos de jogo, quando Hulk acerta uma bomba, em cobrança de falta, quase do meio de campo. Para alguns – poucos – um golaço; para outros – muitos – uma grande falha do goleiro Rafael. Me encontro no segundo time. É inadmissível um goleiro de um time da estatura do São Paulo tomar um gol do meio de campo. Isso justifica o que sempre dissemos: o São Paulo tem três goleiros reservas e nenhum titular. Por mais que Rafael tenha nos salvado em alguns jogos anteriores, mas suas falhas acabam superando esse passado recente.

A defesa provou, mas uma vez, que não consegue jogar sem Arboleda. Tanto Diego Costa quando Beraldo são dependentes do equatoriano. Sem ele, a presa fica fácil e o adversário entra como quer. Hulk conseguiu perder um gol debaixo das traves. Nova saída errada de Rafael e zagueiros completamente batidos.

Rodrigo Nestor, que até teve um bom início de jogo, depois voltou à mesmice e o São Paulo viveu de ligação direta defesa ataque, até porque Michel Araújo também ficou devendo e não jogou nada.

Na frente era um Calleri se virando sozinho, porque Luciano não conseguia render. Ainda assim algumas bolas chegaram foi Calleri quem levou mais perigo ao gol do Atlético, mas também desperdiçou muitas jogadas, o que prova que até ele está em má fase.

Lucas entrou muito bem, provando que está muito acima do nível de todos, mas teve a infelicidade de cometer o pênalti que selou de vez a sorte do jogo. Enquanto os demais que entraram…bem, já sabemos que nada mudou.

O que indago é algo que foi escrito por um leitor no Tricolornaweb: será que o vestiário não rachou? O diretor de Futebol, Carlos Belmonte, disse na última reunião do Conselho Deliberativo que com as bilheterias dos jogos do São Paulo contra o Palmeiras (Brasileiro e Copa do Brasil) e Tolima (Sul-Americana) tinha saldado dois meses de direitos de imagens dos jogadores e que se passássemos pelo Corinthians na Copa do Brasil, com os R$ 30 milhões que viriam, saldaria mais dois meses. Só não deixou claro se são meses a vencer ou vencidos. Mas, seja o que for, contar com um improvável valor para quitar salários, deixa os jogadores com as orelhas em pé.

Além do mais, o elenco vê dinheiro entrando nas bilheterias, empréstimos atrás de empréstimos sendo aprovados, jogadores contratados com ganhos mensais de R$ 1 milhão cada um e eles continuam vendo suas contas correntes com saldo baixo, esperando o pagamento dos direitos de imagem.

Se isso for fato – e me parece muito próximo de ser – o vestiário quebrou e ninguém vai conseguir colocar a casa em ordem. Temo pelas classificações na Sul-Americana, na Copa do Brasil e pelos dois próximos jogos no Brasileiro: Flamengo, no Rio e Botafogo, o líder, no Morumbi.

Em resumo: o pior, ao que parece, ainda está por vir. Mas não está tão longe. Está bem aí na frente, na nossa cara.

Inadmissível time completo do São Paulo perder para aquele arremedo de time do San Lorenzo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é inadmíssivel acontecer o que ocorreu nesta quinta-feira, em Buenos Aires: o São Paulo, completo, perdeu para um arremedo de time que é o San Lorenzo. Por mais que digam que foi na Argentina, que time argentino é sempre difícil de ser batido, coisa e tal, não dá para aceitar isso.

Penso aqui, e falei na transmissão, fosse o Palmeiras teria passado um trator para cima deste San Lorenzo. Mas aí lembrei que este é o motivo de estarmos na Sul-Americana e o Palmeiras na Libertadores; de que nosso nível é igual ao do San Lorenzo, que também está abaixo do River Plate, mas que por isso está na Sul-Americana, enquanto o River está na Libertadores. Série B, portanto.

Qual a desculpa a ser dada para essa derrota? Talvez porque tenhamos jogado desfalcados de Lucas Moura e James Rodrigues. Afinal, na coletiva de Dorival Jr, só se falou disso. Quando Lucas vai estrear, quando James estará pronto. Parece que vamos apagar todo o passado e jogar tudo daqui para a frente.

O primeiro tempo foi sofrível. O San Lorenzo montou um ferrolho e o São Paulo passou 45 minutos sem dar um chute a gol. Também com Alisson e Rodrigo Nestor como “pseudos” meias, fica difícil.

Rodrigo Nestor vinha mal no jogo. Isso não é novidade alguma. Aí entrou Michel Araújo e foi pior ainda.

La na frente, finalmente uma oportunidade. Já com 12 minutos do segundo tempo. Cruzamento de Rato para cabeçada certeira de Calleri e grande defesa do goleiro argentino. E foi só. Um chute de Pablo Maia para fora e ensaios em concretização.

Nem as entradas de David e Pato mudaram alguma coisa.

Quando digo que o time não é confiável, sou criticado por muitos que me taxam de negativista. Não sou. Apenas a realidade de mostra.

E dói ainda mais quando a diretoria pega uma semana positiva no futebol, com as contratações de James Rodriguez e Lucas Moura, e promove mais uma tentativa de golpe no estatuto. Agora contra os sócios.

Pobre São Paulo, realmente está indo para o mais fundo dos poços que conhecemos.

Situação acusando oposição de prejudicar o São Paulo. Era tudo o que faltava eu ler.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a oposição do São Paulo se reuniu neste sábado para definir parâmetros e caminhos que vai adotar na campanha eleitoral deste ano. Demorou. Ainda não saiu com candidato definido. Diria que, 60%, será Marco Aurélio Cunha. Mas os oposicionistas trabalham, também, com outras duas alternativas, caso MAC decida não decidir ser candidato.

Mas vi em algumas matérias algo que me deixou pasmo. Cito, especialmente, o blog de Ricardo Perrone, no Uol onde ele faz uma descrição precisa da reunião da oposição, mas traz a palavra de membros da diretoria dizendo que “com esse ato a oposição provou que quer tumultuar a vida do São Paulo, num momento em que estamos decidindo uma vaga na final da Copa do Brasil contra o Corinthians”.

Seria cômico, se não fosse trágico. Talvez a oposição tenha ficado de pijamas, pantufa e toca durante muito tempo mesmo. Talvez ela tivesse que ter lançado uma candidatura ainda no começo do ano passado. Bem, na época do golpe estatutário, se fizesse isso, diriam (os situacionistas) que ela estava presente no golpe.

Talvez tivesse que ter lançado candidato no segundo semestre do ano passado, quando Júlio Casares, Olten Ayres de Abreu e Dedé concretizaram o golpe no estatuto, passando a reeleição. Mas diriam os situacionistas que a oposição estava tumultuando o clube, num momento em que o São Paulo disputava a final da Sul-Americana.

Talvez a oposição devesse ter lançado seu candidato no primeiro semestre deste ano, mas a diretoria a responsabilizaria pela derrota para o Água Santa, no Campeonato Paulista.

É verdade que agora tem que esperar o jogo contra o Corinthians. E se ganharmos – e vamos ganhar, tenho certeza absoluta – esperar a final da Copa do Brasil para ver o que vai acontecer. E, quiçá, esperar dezembro chegar para ver se ficaremos perto do G4 ou do Z4 no Brasileiro, ainda que até lá a eleição já tenha passado e Júlio Casares tenha sido candidato único.

Mas é fácil responsabilizar a oposição. Afinal, foi ela quem causou esse rombo financeiro que o clube se encontra; é ela quem aprova empréstimo atrás de empréstimo para pagar empréstimos passados; é ela quem faz 35 contratações numa gestão e não consegue montar um elenco para ganhar campeonatos; é ela quem não paga direito de imagem dos jogadores, apesar de promessas constantes; é ela quem cria maquininha que desconta 8% do que os concessionários recebem e tem um diretor Social que diz que isso gera um “cash back” de R$ 180 por mês. #SQN

Talvez seja fato para comemorarmos uma diretoria que reduziu o São Paulo a time de esquina. Afinal, trazer Lucas Moura para fazer uma ponte para a MLS, fazendo um contrato de quatro meses (ou seja, até a eleição), isso sim é coisa de time grande e de uma diretoria vencedora. #SQN

E teremos que aguentar mais três anos disso que está aí. Mais três, não. Mais seis. Se preparem porque novo golpe virá, embalado com a interpretação jurídica, possivelmente assinada pelo grande advogado Carlos Miguel Aidar, de que Júlio Casares tem o direito a mais uma reeleição, por ser um novo estatuto. #SQN

São Paulo perde dois pontos irrecuperáveis no Morumbi

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo provou neste domingo sua “Calleridependência”. Empatou em 0 a 0 com o Bahia, time do Z4 do Brasileiro, num Morumbi com mais de 56 mil torcedores pagantes.

O número de chances criadas foi grande. O de gols perdidos maior ainda. É inadmissível jogadores profissionais como Rodrigo Nestor e Juan, por exemplo, perderem as oportunidades que perderam. Se Calleri estivesse jogando (eu sei que o “se” não joga), teria feito, no mínimo, dois gols.

O que esses jogadores fizeram foi dar nome ao goleiro do Bahia. É fato que algumas defesas foram espetaculares, mas na maioria das vezes se tratou mais de gol perdido do que mérito do goleiro.

Logo aos 15 segundos a primeira chance, com a bola cruzada por Caio na cabeça de Rodrigo Nestor. Dentro da pequena área, sozinho, bola na medida, ele errou o cabeceio. Depois uma bola na trave. E as chances foram se enfileirando.

Quando Erison sentiu mais uma contusão (fiquei muito triste com sua reação e senti no coração a dor que ele sentiu fisicamente), Silvestre colocou Juan, talvez ordem de Dorival Jr. Definitamente achou que esse garoto não vai “virar”. Se entra jogando pelo meio, dizem que ele tem que jogar pelos lados; se entra jogando pelos lados, dizem que ele tem que jogar pelo meio. Neste domingo jogou nas duas posições e foi horrível em ambas.

Aliás, provamos que nosso ataque depende de Luciano e Calleri. Exceção feita a David, que fez grande partida, todo o nosso ataque foi colocado em campo: Erison, Wellington Rato, Juan, Pato, e nada. Marcos Paulo nem no banco ficou. Provavelmente tenha ido a alguma balada do sábado à noite e não chegou a tempo de jogar.

Um parágrafo para Alexandre Pato. Fui defensor de sua contratação, aplaudi quando a diretoria fez um contrato de produtividade. Quando ele entrou contra o Santos e fez o gol, o jogo já estava 3 a 0, ou seja, definido. Hoje era o dia de entrar para resolver. Precisávamos marcar um gol. E ele demonstrou que, ou melhora muito em seu condicionamento físico e técnico, ou só vamos poder contar com ele para jogos festivos, porque ele está parecendo um ex-atleta em atividade. Triste, muito triste. Ainda tenho esperança, mas vai ter que melhorar muito.

De resto, demos adeus a uma remota e longínqua esperança de buscarmos o Botafogo (não riam de mim, pois eu sempre acredito). Também estamos longe, ao menos por enquanto, de nos preocuparmos com o Z4. Mas a continuar colhendo esses resultados horríveis, o G4 também poderá se tornar um sonho de vereão.

Derrota injusta em Itaquera pode e deve ser revertida no Morumbi

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi doído. O São Paulo não merecia a derrota para o Corinthians em Itaquera, no jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil. Mas perdeu porque deixou livre um dos dois únicos jogadores que conseguem resolver o jogo para o time de Itaquera.

Dorival Jr errou muito. Escalou errado, pois não fez Alisson colar em Renato Augusto, como fez com Rafael Veiga; mexeu errado no time, quando Calleri saiu e colocou Juan, jogador sem porte físico e característica de centro-avante, ao invés de colocar Erison ou mesmo David, jogadores de características semelhantes.

Dorival continuou errando ao não fazer a leitura do que Luxemburgo fez na volta para o segundo tempo. Sabendo que Caio era o principal polo de criação de jogadas ofensivas pelo São Paulo, o técnico corinthiano colocou Renato Augusto jogando pela direita, tentando com isso manter Caio na defesa. Dorival empurrou Michel Araújo por ali e equilibrou as ações. Renato Augusto teve que correr muito para conter Caio. No segundo tempo Luxemburgo colocou Renato Augusto na esquerda, já que Rafinha não desce e o corinthiano estava cansando, e Adison para correr em cima de Caio.

Dorival colocou Rodrigo Nestor para tentar resolver o problema do meio, mas ele também não entrou bem. Aliás, a essa altura Alisson já havia ficado longe de Renato Augusto e ele já havia feito primeiro gol. Luciano também já havia empatado o jogo.

O problema é que, com o empate, quando nitidamente o Corinthians sentiu o gol, Dorival preferiu recuar o time, entendendo que o empate estava bom. Mas foi um de nossos principais jogadores quem falhou. Foi grotesco o erro de Caio no segundo gol de Renato Augusto.

Nem tudo está perdido. O Corinthians tem um time ruim, que ganhou nas nossas falhas e empurrado pelas 44 mil pessoas presentes em Itaquera. No Morumbi a história será diferente. Temos totais condições de virar esse jogo, por mais que jogaremos sem Luciano (suspenso) e, creio, sem Calleri, pois não acredito que ele tenha condição de jogo, mesmo daqui a 20 dias.

Minha auto estima está forte e creio na classificação.

Derrota para o Cuiabá teve arbitragem como fundamental, mas time jogou muito mal

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo foi derrotado pelo Cuiabá neste sábado, na Arena Pantanal. Reputo à péssima arbitragem fator fundamental para a derrota, mas não só a ela. Também ao desempenho do time, que já não tinha feito um bom primeiro tempo, mas que foi engolido pelo Cuiabá no segundo tempo, principalmente após a marcação do primeiro pênalti, perdido para o time mato-grossense.

Dorival Jr optou por um time misto. Mais titular do que reserva. Afinal se pegarmos os 11 que estavam em campo, do time que deve enfrentar o Corinthians na próxima terça-feira não jogaram Rafinha, Luciano e, creio, Alisson e Michel Araújo, se os podemos considerar titulares. Então, diríamos que foi um time com alguns desfalques e não bem misto.

Mas isso não quer dizer que o time foi uma enganação nos jogos passados, ou que Dorival Jr não é tudo o que imaginávamos. Não podemos descartar a eliminação do Palmeiras e a goleada sobre o fraquíssimo Santos, mas que não deixa de ser um clássico.

A arbitragem deste sábado foi muito danosa. Nenhum dos dois pênaltis aconteceu. Aliás, no segundo, o lance que origina o pênalti tem um impedimento do jogador que caiu na área, e o VAR não observou isso.

Mas a diretoria tem mais é que ficar calada. Está completamente sem moral para qualquer reclamação. Depois do jogo contra o Palmeiras, daquela arbitragem calamitosa de Anderson Daronko, a gritaria deveria acontecer. Ali tínhamos ganho o jogo, portanto não seria choro de perdedor. Mas Júlio Casares e Carlos Belmonte optaram pelas redes sociais com festa. Júlio Casares postou foto com seu filho e todos os jogadores no vestiário, enquanto Belmonte preferiu mandar todos se danarem.

Agora, depois de perder o jogo, não adianta reclamar, pois será choro de perdedor. Aliás, desta vez eles não optaram pelas redes sociais. Simplesmente desapareceram.

Aliás, fui criticado nas redes sociais, e aqui mesmo no Tricolornaweb pela matéria que fiz sobre a sociedade entre o filho do presidente Júlio Casares e um empresário de jogadores de futebol. Acharam que eu estava jogando contra o time, por publicar essa matéria antes de um jogo de tanta importância como da próxima terça-feira.

Quero deixar claro que minha ideia era publicar a matéria na próxima quarta-feira, mas que alguém “vazou” nossa informação e o UOL acabou publicando. Não tive outra escolha.

Além do mais, não me consta que os cachorrinhos e gatinhos entram em campo. Então, onde é que atrapalhei o time com essa matéria? O que querem? Que eu torça para o time perder e eu poder publicar minhas matérias? Ou que eu torça para o time ganhar e me cale, para que a diretoria continua cometendo erros escondidos pelo futebol?

Sei bem de onde partem as críticas. E, como já disse várias vezes, não quero unanimidade. As críticas, quando são respeitosas, sempre serão bem-vindas. Mas também me dão o direito de respondê-las.

Portanto, como diz aquele que outrora era meu amigo, seguimos em frente. Mas não quero que se danem!

Uau Uau!