O campeão de todos os títulos que existem voltou!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o tempo de glória voltou. E com um rigor impressionante. Afinal, conquistamos o único título que faltava em nossa vasta coleção, com requintes de crueldade, eliminando, numa sequência, dois arquirrivais locais, como Palmeiras (não é o melhor da América?) e o Corinthians (não é nossa asa negra?) e, de quebra, o Flamengo (não é o melhor do mundo?). Foi um título com a marca do São Paulo, aquele que sempre foi gigante e estava um pouco adormecido, mas que deixaram acordar. Agora, segura.

Se há um acerto desta diretoria foi o momento da troca de técnicos. Rogério Ceni tinha criado atrito com todo o elenco e não conseguia mais fazer o time andar. Dorival chegou, mudou o clima, uniu o grupo e conseguiu tirar bons resultados dos mesmos jogadores que estavam com Ceni. Dorival disse na entrevista que havia pedido a Júlio Casares que, se não pudesse contratar, ao menos não vendesse ninguém. A diretoria atendeu o pedido e ainda trouxe, de quebra, Lucas e James Rodrigues (esse último um bom expectador dos grandes jogos).

Jogadores como Arboleda e Calleri não tinham nada a provar. Mas o crescimento de Rafinha, Beraldo, Caio, Rodrigo Nestor e Alisson nas mãos de Dorival é algo fora do comum. Essa somatória fez do São Paulo um digno e legítimo campeão.

Não teve Palmeiras, não teve Corinthians, não teve Flamengo, não teve ninguém. Chegamos como zebra contra todos eles, assim como acontecem em 1992 e 1993, quando Barcelona e Milan eram os favoritos disparados e conheceram a força do Tricolor. Agora, em menor intensidade por conta dos adversários, é claro, a história se repetiu.

O elenco está de parabéns, Dorival, acima de tudo, é sensacional. Todos que se envolveram nessa conquista devem ser reverenciados. Muricy voltou para ser campeão.

Falei durante a transmissão pela Rádio São Paulo e vou deixar marcado aqui. Sou um crítico desta administração, mas sou acima de tudo ético e sei bem separar as coisas. Devemos reverenciar algumas figuras que tem sido alvo de minhas críticas, às vezes, ferozes: Carlos Belmonte, diretor de Futebol, pois afinal foi ele quem montou, em última análise, o time que conquistou a Copa do Brasil; Dedé, diretor Social, que espalhou telões por todos os cantos do clube para que os sócios pudessem acompanhar a partida; Eduardo Toni, diretor de Marketing, pelo grande trabalho feito no final de semana, como um dirigível pelo céu de São Paulo, as bandeirinhas, a queima de fogos, etc. E, claro, Júlio Casares, o presidente que comandou tudo isso. Um presidente campeão.

Não vou permitir que o título encubra os erros da diretoria. Mas, como já disse aquele grande filósofo Confúcio, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. E, acima de tudo, de divergências e outras coisas mais, somos todos São Paulo.

Por último, quero apenas fazer uma retificação no título desta editorial. Não temos todos os campeonatos não. Há um Palmeiras e Corinthians tem e nós não. Aliás, esse eu não quero.

Salve o Tricolor Paulista, eterno amor da minha vida. Obrigado, São Paulo. É Campeão!!!

São Paulo jogo contra o Fortaleza pensando no Flamengo. Mas até o time reserva?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo voltou a perder no Campeonato Brasileiro e só não se afundou na tabela porque os times que estão atrás de nós também perderam ou empataram. Mas a situação está ficando cada vez mais preocupante no Brasileiro, pois estamos a apenas quatro pontos do Z4. Mas estamos pensando no Flamengo, no título da Copa do Brasil e o resto que se dane.

Interessante é que o Flamengo mandou seu time principal para Goiânia ontem. Apesar de jogar um futebol pífio e só empatar com o Goiás, ele, que teve que viajar, que terá viajar no final de semana, que terá que ganhar o jogo na casa do adversário, não poupou jogadores. Apenas os que estavam suspensos ou machucados não jogaram.

Já o São Paulo, que joga por um empate, não viajou para jogar com o Fortaleza, não viajará no final de semana, vindo de uma folga de 15 dias, precisou poupar o time todo. Vai entender.

Aliás, parece que até o time reserva entrou em campo pensando no Flamengo, pois se esqueceu de jogar contra o Fortaleza, assim como já houvera acontecido contra o Internacional, semana passada.

Por mais que eu admita que o elenco do São Paulo é fraco – temos bom time titular, mas elenco ruim – não posso admitir que nossa camisa seja vilipendiada deste forma dentro do Morumbi. São oito jogos sem vitória, quatro deles no Morumbi.

Pensem: esse time reserva não é do Nacional da Comendador Souza, do Juventus da Mooca. É um time reserva do São Paulo, que tem, por obrigação, encarar diversos times no Brasil de igual para igual. Um time reserva com James Rodriguez, Luciano, Wellington, Michel Araújo, não pode perder tão facilmente assim para o Fortaleza.

Ah, o goleiro deles foi o melhor em campo no primeiro tempo. Pegou até pênalti. Então é fácil concluir que continuamos fazendo o nome dos goleiros, pois a cada jogo um goleiro adversário se torna herói do jogo. Tem algo errado aí.

James perdeu outro pênalti. O segundo cobrado desde que chegou, o segundo perdido. Mas ele não foi tão mal. Mostrou que é um verdadeiro meia, que vem buscar a bola no meio de campo, se desloca por todos os pontos do campo no ataque, sabe dar assistência, tem ótima batida na bola e fez um gol de craque. Mas ainda não está no ritmo do time principal e, por isso, deve continuar no banco contra o Flamengo.

Em compensação, Luan, Nathan, Gabriel e Juan, definitivamente, desaprenderam a jogar futebol. Ou, em alguns casos, nunca aprenderam

Enfim, que a vitória venha domingo para coroar o ano, nos colocar na Libertadores em 2024, trazer o título que falta para nossa prateleira e, claro, os R$ 70 milhões para os cofres do clube. Porque se algo der errado e não vier, a casa vai cair.

Vitória irrefutável, de um time que jogou com cara de campeão!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória do São Paulo sobre o Flamengo no Maracanã mostrou que o time está com verdadeira cara de campeão. Não se assustou com os quase 60 mil flamenguistas presentes no estádio, nem com a fama do adversário tido como o melhor elenco das Américas. Mandou e desmandou na partida o tempo todo, criando oportunidades e não sofrendo com uma pífia pressão carioca no segundo tempo.

Desde o início do jogo já dava para perceber que o São Paulo havia entrado em campo consciente de sua força e possibilidade real de não se entregar facilmente ao adversário. Mais do que isso, que poderia vencer o jogo.

Dorival Jr armou um sistema de meio de campo muito forte, com Pablo Maia, Alisson e Rodrigo Nestor formando uma linha de três, ajudado por Caio que, por vezes, funcionava com quarto home, enquanto Rafinha ficava mais recuado formando a zaga com Arboleda e Beraldo.

Lucas tinha liberdade e se posicionava atrás do meio campo do Flamengo. Quando estava com a bola, Rodrigo Nestor virava ponta esquerda e Wellington Rato ponta direita. Aliás, as jogadas de Caio Paulista arrancando do campo do São Paulo, sem receber marcação, levando a bola em diagonal na direção da área, obrigavam Wesley a fechar para segurar sua descida. Rodrigo Nestor, aberto, sempre sobrava livre para receber as bolas. Na primeira que cruzou, Calleri desviou para a defesa do goleiro do Flamengo. Na segunda, Calleri colocou lá dentro.

O primeiro tempo terminou com 1 a 0 e o São Paulo sobrando em campo. Perdeu algumas oportunidades, não bem gols perdidos, mas demora em arrematar na direção do gol após chances criadas. Isso ocorreu duas vezes com Wellington Rato, uma vez com Calleri, outra com Rodrigo Nestor. A superioridade do Tricolor foi tão grande que levou o técnico Jorge Sampaolli a dar um chute nas placas de publicidade ao sair do campo para o intervalo.

Era evidente que o Flamengo viria para cima no segundo tempo. Everton Ribeiro entrou no lugar de um volante e o Flamengo passou a ter quatro jogadores na frente: Everton, Gabi, Pedro e Bruno Henrique. Só que o meio de campo do São Paulo estava fechado e o Flamengo não conseguia criar. Pablo Maia tirava tudo na frente da área e Alisson, bem, esse mais uma vez foi um gigante.

Restou ao Flamengo levantar bolas na área. Mas Arboleda, imbatível no quesito e Beraldo, também gigante no jogo não deixavam nada passar. Tanto que Rafael saiu de campo sem sujar uniforme. O que ele fez, o jogo todo, foi cobrar tiro de meta.

Vitória incontestável, irrefutável, de um time que mostrou ter cara de campeão. Mas como disse o próprio técnico Dorival Jr, nada está ganho. A torcida tem o direto de se empolgar, de rir, de comemorar. Ao elenco resta ter os pés no chão, treinar muito e manter concentração 100 por cento para o jogo do próximo domingo. São quatro tempos de 45 minutos. Ganhamos os dois primeiros. Precisamos manter o foco que o título inédito da Copa do Brasil está muito próximo de ser conquistado pelo Maior do mundo.

Depois de 15 dias treinando, é isso o que o São Paulo pode apresentar? Preocupa.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é no mínimo preocupante a situação do time num momento de decisão de título. A derrota de virada para o Internacional nesta quarta-feira, pelo Campeonato Brasileiro assustou e nos deixou apreensivos em relação ao que pode acontecer domingo, quando começamos a decidir o título da Copa do Brasil, contra o Flamengo. Ainda que o Mengo tenha ido pior ainda, perdendo, no Rio, do Athelico por 3 a 0.

Não quero com isso dizer que a derrota vai abalar os jogadores, que vai tirar a confiança, coisa e tal, até porque ficou nítido que o São Paulo jogou contra o Inter pensando no Flamengo. Por isso foi presa fácil de um time medíocre como esse do Internacional, mais um que não ganhava há dez jogos e nós ressuscitamos.

Alguns dizem que Rafael falhou no segundo gol. Posso até admitir que era uma bola defensável, não que foi falha dele. E temos que lembrar que ele fez duas grandes defesas na partida, evitando que sofrêssemos uma goleada no Sul.

O time estava tão fora de sintonia que até o pênalti cobrado por Calleri foi pessimamente batido. A bola só entrou porque o goleiro gaúcho, Keller, é ruim demais. Além de cometer a penalidade por um erro grotesco, não segurou uma cobrança fraca, no meio do gol. Então, se Caller estava assim, imagina o resto.

Tiro deste resto Lucas, por mais que tenha sido colocado por Dorival Jr como assistente de lateral esquerdo, soube se posicionar em campo e era o único que levava a bola na vertical. Os demais jogavam para o lado o para trás. Ou erravam passes grosseiramente como Pablo Maia, Luciano, Rafinha, Caio, Rato.

Mas Dorival, quando sofremos o empate, tirou Lucas, o único que arrancava suspiros da torcida. E o time desandou. Tomou o segundo gol e ficou a mercê do Internacional, grogue no canto do ringue. Só não foi goleado, repito, por conta de duas defesas de Rafael e da limitação do time gaúcho.

Culpo a diretoria por essa situação toda. É ela quem, mais uma vez, optou pelas Copas. Está cometendo o mesmo erro do ano passado, quando jogou fora o Brasileiro para ganhar a Copa Mundial Sul-Americana. Perdeu e se acabou no Brasileiro. Saiu do sexto lugar em que se encontrava e foi parar na décima-terceira posição. Agora, outra vez, largou o Brasileiro e optou pelas Copas. Já dançamos na Sul-Americana. Mas se perdermos do Flamengo e cairmos, de novo, sete posições, iremos para o Z4.

Não estou dizendo que tem que abrir mão da decisão da Copa do Brasil. De maneira alguma. Mas afirmo que não troco um título inédito na Copa do Brasil por outro inédito ano que vem, na série B. Até porque, já estamos em 12º lugar. A depender dos resultados, poderemos chegar domingo, no Maracanã, em 14º, empatados com o Goiás, que só estará atrás pelos critérios de desempate, tendo entre nós e o Z4 apenas o Bahia.

Enquanto tudo isso acontece, no clube e nos camarotes corporativos do estádios as festas continuam. Quase todos os dias tem uma. De grupos políticos ligados ao presidente Júlio Casares. O que prova que eles não estão nem aí com o futebol.

E isso tudo é. no mínimo, para se preocupar. E muito.

Casares demonstrou aversão à controvérsia e que não aguenta um apertão que entrega

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a entrevista do presidente Júlio Casares ao Roda Viva da TV Cutlura, nesta segunda-feira, tinha tudo para ser um elevador que o colocasse em alto patamar, mas tomou o sentido contrário. O presidente do São Paulo demonstrou total aversão à controvérsia, chegando mesmo a mostrar irritação em um pequeno debate, e justificou a razão de manter a imprensa tão longe do clube: basta um apertão que ele entrega.

Sua entrevista chegou a irritar vários torcedores nas redes sociais. Não foram poucos os sócios torcedores que se sentiram magoados, ofendidos com o descaso que vinham sentindo por parte do clube, agora chancelado pelo presidente, quando em momento algum defendeu ou deu explicações minimamente razoáveis para quem ficou sem ingresso nos jogos contra o Corinthians e o Flamengo, mesmo após ter frequentado as arquibancadas em jogos que “não valiam nada”. Foram preteridos pelos mais afortunados, colocados na classe Diamante.

Casares não conseguiu explicar os motivos de tantas contusões no São Paulo e um Refis, que outrora fora parâmetro internacional e hoje se encontra defasado em relação aos modernos equipamentos de fisioterapia. Ao chamar constantemente o local de Rafis Plus, Júlio Casares preferiu falar do restaurante, fartamente elogiado por Lucas Moura, do que detalhar os tais equipamentos de ponta que ele diz terem sido adquiridos.

Júlio também deixou claro, nas entrelinhas, que ainda há dívidas com os direitos de imagem dos jogadores. Quando alguém pergunta se você fez tal coisa, ou você diz que sim ou tergiversa. Foi o que ele fez. Alegando questão “interna corporis”, não quis falar sobre as dívidas. Apenas quero lembrar que muitas promessas de quitação foram feitas. A última, à véspera do jogo contra o Corinthians pela Copa do Brasil, prometendo que em caso de classificação para a final, dois meses de atraso seriam quitados. Ao que parece, mais uma promessa não cumprida por esta diretoria mitômana.

Não quis dar explicações sobre as questões dos ingressos, mudou o valor pago para Galoppo, fazendo crescer em dólares, disse agora que foi o São Paulo quem pagou pelo passe, desdenhou de quem quer saber se terá como comprar ingresso para o jogo do Rio de Janeiro, falou de venda de cervejas quando foi perguntado sobre a mudança de perfil dos sócios torcedores, ou seja, responde batata para uma pergunta sobre melão.

Mas quando foi apertado, entregou: admitiu textualmente ser candidato à reeleição e, contradizendo tudo o que pregou até agora, que a dívida do São Paulo hoje está em R$ 700 milhões, como vínhamos afirmando há tempos.

Casares demonstrou irritação ao ser questionado sobre os títulos conquistados pelos adversários enquanto o São Paulo comemora o Paulista de 2021. Deu respostas bruscas, se exaltando visivelmente. Isso por si só justifica sua resposta de ainda manter afastada do Centro de Treinamento da Barra Funda e também do Morumbi a imprensa. Afinal, tirando os cordeirinhos de plantão, os jornalistas costumam ser agudos. E isso não interessa para uma diretoria que só quer esconder o que há por detrás dos muros.

Triste entrevista de um grotesco presidente de um grande clube. Diria: de um clube gigante.

180 conselheiros decidiram que os conchavos políticos vão continuar

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, aconteceu o que eu esperava: a proposta de eleição direta para presidente do São Paulo foi derrotada no Conselho Deliberativo e, portanto, arquivada pelo presidente do CD, Olten Ayres de Abreu. 180 conselheiros decidiram que os conchavos políticos vão continuar. Os acordos, muitas vezes não republicanos, continuarão prevalecendo sobre a vontade do sócio são-paulino de eleger seu presidente.

É bem verdade que a mudança seria pequena. Afinal, ainda caberia ao Conselho Deliberativo indicar entre seus membros dois candidatos que iriam para votação na Assembleia Geral. Ou seja: democracia até a página 2. Mas de qualquer forma, os sócios teriam mais direito de cobrar seu candidato caso ele não cumprisse promessas feitas na eleição.

Vejam como a situação é hoje: Olten Ayres de Abreu prometeu que transmitiria todas as sessões do Conselho, para que conselheiros dessem satisfação aos sócios de atos e votos emitidos. Durou uma sessão e meia, se muito. Júlio Casares prometeu cumprir um mandato de três anos e teve um discurso veemente, como é normal em sua postura “marketeira”, e a primeira coisa que fez foi dar um golpe, passando a reeleição para si próprio (isso sem contar a praça com seu nome que foi inaugurada no clube) e foi firme e forte na defesa do voto antidemocrático, para derrubar a ideia de eleição direta, ainda que fosse para 2026. Isso, é lógico, porque novo golpe está sendo preparado, com texto de Carlos Miguel Aidar, para mostrar que ele pode se reeleger daqui a três anos, porque estará na vigência de um novo estatuto.

Os sócios não conseguem cobrar nada. Por mais que Olten e Júlio sejam frequentadores assíduos do clube, pouco tem contato com os sócios. Prendem-se às rodas políticas para aliciar, com falsos argumentos, conselheiros mais fracos de opinião.

Não me causou espanto ver que, além dos dois, Leco, José Eduardo Mesquita Pimenta, Leonardo Serafin, Osvaldo Abreu, Douglas Shwartzmann (a turma dos Jacks), Dorival Decousseau e Dario Speranzoni (ambos com problemas com a Justiça, e que já visitaram uma cela), Carlos Belmonte (mais uma gigantesca decepção) tenham votado pela manutenção do status quo. Mas os recém egressos da oposição (Fábio Mariz, Maurício Canassa, Itagiba Francês, Rodrigo Gaspar), isso já é demais. Acho que ali dentro a coisa é boa demais.

Vanglorio pessoas como Fernando Casal de Rey, José Douglas Dallora, Edson Lapolla, Carlos Sadi, Erovan Tadeu, Marco Aurélio Cunha, José Carlos Ferreira Alves, Alexandre Médicis, e mais alguns responsáveis e defensores da democracia, pelo voto Sim.

E chamo a atenção para mais dois nomes: José Sorrentino Dias e Sylvio de Barros. O primeiro, líder da oposição. Única abstenção na votação. O segundo, ex-provável candidato a presidente pela oposição. Votou NÃO. Depois se explicou ao grupo e disse ter errado. Ou seja: fosse candidato ficaríamos entre o marketeiro e o burro.

O São Paulo, após a votação do Conselho Deliberativo, deu milhares de passos atrás. Mostrou que continuará a ser um clube de conchavos, de igrejinhas, dominado pelos amigos do rei e que vai ficar cada vez mais distante de clubes, que outrora tinham que olhar para cima para nos enxergar. Hoje eles olham para baixo. E riem da nossa patética situação.

Votação de eleição direta para presidente será a democracia contra a ditadura

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o Conselho Deliberativo vota, nesta terça-feira, uma mudança no estatuto: ela permite eleição direta para presidente do clube, a partir de 2026. Quem votar SIM, estará aprovando o projeto; quem votar NÃO, estará contra. Será a democracia (o sim) contra a ditadura (o não).

É importante salientar esse ponto: a medida valerá para 2026. Isso derruba a narrativa de membros ligados a Júlio Casares, que estão alardeando ser mais um golpe, que vai tumultuar a eleição presidencial. Na realidade, golpe deu esta diretoria, ao aprovar, para essa gestão, a reeleição. O que se quer agora é aprovar a eleição direta para a próxima gestão. E se não for aprovada este ano, ficará para 2029.

Ouvi alguns relatos de sócios e conselheiros neste final de semana, entre eles e Júlio Casares, que esteve no clube tentando explicar a razão de votar NÃO.

Num dos diálogos, ele falou:

-Por que você é a favor do voto direto do sócio para presidente?

O interlocutor respondeu:

-O sócio quer votar para presidente.

Júlio: mas o sócio já vota para presidente, ao eleger o conselheiro, que elege o presidente.

Interlocutor: mas o sócio quer continuar elegendo o conselheiro e também votando direto no presidente.

Júlio: mas teremos corinthianos e palmeirenses elegendo o presidente do São Paulo, já que muitos sócios não torcem para o time.

Interlocutor: mas os corinthianos e palmeirenses já elegem o presidente do São Paulo, votando nos conselheiros.

Acho que ficou claro.

Outro ponto que os defensores do NÃO vão defender é que seria importante que nas eleições diretas fossem permitidos os votos dos sócios patrimoniais, sócios torcedores e proprietários de cadeiras cativas.

O que obtive junto aos signatários é que o projeto previu apenas sócios patrimoniais nesse primeiro momento para ser menos difícil de ser deglutido pelos situacionistas, mas que num segundo momento, nova alteração no estatuto seria proposta, com as inclusões de sócios torcedores e proprietários de cadeiras cativas.

Mas já que o discurso dos defensores do NÃO será esse, deixo aqui uma sugestão à oposição: feche um acordo com a diretoria, retire da pauta desta terça-feira esse projeto, apresente outro dentro de 15 dias, com essas inclusões e aprovem no Conselho Deliberativo, aí com voto da situação e da oposição. Mas atente, oposição: pegue assinaturas e registre em cartório, porque não dá para ficar na palavra com essa diretoria que adora flertar com a mentira.

Sei, de antemão, que Júlio Casares se fará presente na Sessão para defender o voto NÃO. Aqui encontro uma explicação: além dos flertes e casamento que citei acima, há também o temor de uma eleição direta, ainda que para 2026. Afinal, novo golpe será tramado, com apoio intelectual de Carlos Miguel Aidar, nos mesmos moldes que fez com Juvenal Juvêncio. Júlio Casares será eleito em um novo estatuto e, portanto, terá direito a mais uma reeleição em 2026. E ele não quer correr o risco de ter que disputar o voto do sócio.

Então, sócio, ligue para o seu conselheiro, mande mensagens, fale com ele. Diga a ele que, se votar sim, quando ele lhe pedir o voto você dirá sim, mas que se ele votar não, quando ele te pedir o voto, também ouvirá um não.

Nós, no Tricolornaweb e na Rádio São Paulo, vamos acompanhar minuto a minuto desta sessão. A votação será eletrônica, durante 24 horas (portanto acabando na quarta-feira), mas teremos debates na tribuna. E, principalmente, teremos os nomes dos que votaram SIM e dos que votaram NÃO.

Haverá uma página no Tricolornaweb, que ficará até o final do ano, com esses nomes.

O Tricolornaweb, neste editorial, defende o voto SIM. Aqui fazemos democracia e, por isso, a defendemos em todos os pontos. Porém, creio seja difícil a aprovação, já que esta diretoria, além de flertar com a mentira, é casada com a opacidade.

Mais uma grande decepção. E agora com o craque de R$ 1 milhão

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo nos fez passar mais uma decepção. A saga continua e nós permanecemos como simples coadjuvantes internacionais. E isso num torneio que é a segunda divisão da Libertadores. Imaginem, então, se estivéssemos nela. Talvez nem passássemos da primeira fase.

O time mudou completamente, apesar de estar com os mesmos jogadores e mesmo técnico. Ao contrário do que fez contra San Lorenzo e Corinthians (esse de forma impecável) o time estava frio, tenso. Não foi para cima. Ao contrário, foi a LDU quem mais criou no primeiro tempo. O time estava irreconhecível, e isso com um Morumbi, como sempre, lotado.

A zaga atrapalhada pela má atuação, de novo, de Pablo Maia. Beraldo estava visivelmente sem condição de jogo. Tinha receio de dar as arrancadas e os bons passes que dá para o ataque. Luciano e Calleri se esbaldando de perder oportunidades; Wellington voltou a tentar cruzamentos pelo alto e errou todos, como sempre. No único que deu rasteiro, deu uma verdadeira assistência, perdida por Luciano.

Pensei que Dorival viesse com mudanças para o segundo tempo. Afinal, já deu para perceber, ele está previsível para o técnico adversário. Mas não. Continuou com a mesmice, com Rodrigo Nestor não rendendo nada e o time não conseguindo atacar.

Aí veio a expulsão do zagueiro equatoriano. Pronto. Entraram James Rodriguez, Wellington Rato, Michel Araújo (cada um a seu tempo); ficamos sem volante (nem precisava mesmo). Houve uma avalanche para cima da LDU. E o gol saiu com Arboleda.

Só que o time começou a viver de cruzamentos altos na área. Mas Calleri perdeu um gol que, em condições normais, não perderia. O tempo passando e os pênaltis se aproximando. Tensão no Morumbi, entre os jogadores e os torcedores. E vieram os pênaltis.

Cantei, durante a transmissão, que Calleri, James Rodriguez, Lucas, Beraldo e Luciano seriam os batedores. Só errei no nome de Luciano, pois foi Wellington Rato. Queria ter errado no de James. Pois é. O cara dde R$ 1 milhão por mês (este ano, porque será R$ 1,3 milhão ano que vem), mais U$ 500 mil a cada 16 jogos, fez o favor de perder o pênalti. E a Sul-Americana ficou no passado.

Disse várias vezes que quero que se lixe a tal de Sul-Americana. Que, se perdesse, seria uma vergonha, eu iria xingar, reclamar, falar um monte. Mas que domingo, quando o time entrar em campo para pegar o Coritiba pelo Brasileiro, teria esquecido tudo. E é o que vai acontecer.

Só que o domingo ainda não chegou. Estou no day after do novo vexame do Morumbi. Mas, como está numa matéria, a “torcida que conduz” abraçou o time. Diria que abraçou mais a diretoria que o próprio time. Porém, a verdadeira torcida que conduz, essa está de saco cheio. E logo vai começar a gritar: é 24 de setembro. ! E eu vou gritar: É domingo!

São Paulo vive “pandemia” e decide trabalhar só “home office”

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo ressuscitou mais um: depois de tirar o peso do grande número de jogos sem vitórias do Atlético-Mg, agora deu sua mãozinha para o América-MG. Mas esse foi com requintes de crueldade – para nós -. Afinal, o América é o lanterninha do campeonato, nós ficamos com um jogador a mais boa parte do segundo tempo e conseguimos a proeza da derrota.

Desculpem o título que parece ser jocoso, ou para ganhar cliques, mas efetivamente é isso o que vem acontecendo: tiram dois jogos da primeira fase da Sul-Americana, onde conseguimos duas vitórias, e dois jogos da Copa do Brasil (Ituano, Sport e Palmeiras), não ganhamos uma única partida fora dos nossos domínios. No Brasileiro, já estamos no segundo turno e continuamos sem vitória; na Sul-Americana tivemos que virar o placar contra o San Lorenzo e agora temos com a LDU; na Copa do Brasil, tivemos que virar sobre o Corinthians. Por isso falei do home office, hábito criado a partir da pandemia de Covid-19.

E nossa situação no Brasileiro pode se tornar trágica nos próximos dias. Temos o Coritiba domingo à noite, n o Morumbi, mas como Dorival vai colocar o time titular para virar sobre a LDU, certamente voltará a colocar o reserva contra o Coxa. Só que já vimos que esse time reserva foi impotente contra Bahia, Atlético-MG e Botafogo, dentro do Morumbi. Para piorar, na sequência terá Internacional, em Porto Alegre.

Isso significa dizer que essa diretoria, nociva ao clube, gosta de conviver com o perigo e quer nos colocar na alça de acesso do Z4. Me obriga a voltar a fazer o que tinha desistido: contas para chegarmos aos 46 pontos. Como estamos com 28, faltam 18. Ou seja: seis vitórias, sendo que temos nove jogos no Morumbi. Com a média que estamos, alguém acha mesmo que será tranquilo conseguir essas vitórias?

A diretoria repetiu o mesmo erro do ano passado, quando abriu mão do Campeonato Brasileiro e se dedicou à Sul-Americana. Levou o AeroJúlio para Córdoba, mandou um ônibus sair de São Paulo com pessoas da Comunicação, fazendo um filme da viagem, tratou como uma espécie de final de Mundial, bem no estilo marqueteiro de Júlio Casares, para depois perder para o time do suco e voltar para cá com os rabos no meio das pernas, com Sul-Americana perdida e Brasileiro estragado, pois estávamos próximos do G6, e acabamos na rabeira da Sul-Americana deste ano.

Como eu disse, uma diretoria nociva ao clube e que a cada dia que passa nos coloca rótulos e mais rótulos de vexames a serem colecionados.

Derrota em Quito poderia ter status de tragédia, mas ficou de bom tamanho

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a derrota do São Paulo para a LDU nesta quinta-feira, pela Sul-Americana, poderia ter tido contornos de tragédia. Mas o gol de Lucas no final nos devolveu à competição e, acredito, temos um placar bem fácil de virarmos no Morumbi.

O primeiro tempo do time foi patético. Apanhado pela velocidade do time equatoriano, na altitude de 2.850 metros acima do nível do mar, o São Paulo virou presa fácil, tomando o primeiro gol logo aos 2 minutos. E a pressão continuou muito forte. Rafael foi fundamental para o placar não se elevar tanto, apesar do segundo gol ter saído ainda no primeiro tempo.

O problema que transformou o São Paulo em “presa fácil” foi o erro gritante de Dorival Jr na escalação. Ele nunca poderia ter entrado com dois segundos volantes e nenhum jogador à frente da área. Na ausência de Pablo Maia seria evidente que ele entrasse com Mendez ou Luan. Ao escalar Gabriel e Alisson deixou aquele setor à frente da área vazio, disponível para a velocidade e a verticalidade da LDU. Sem proteção à frente da zaga, Arboleda e Beraldo bateram cabeça e não conseguiam ganhar uma única jogada. Repito: a tragédia só não foi construída porque Rafael estava em grande noite.

Dorival acertou as coisas para o segundo tempo, tirando Gabriel e colocando Luan. Ao menos começamos a dar menos espaço para a LDU. Depois, com as entradas de Luciano e Michel Araújo nos lugares dos ineficazes Rodrigo Nestor e Wellington Rato, o São Paulo cresceu e passou a equilibrar as ações.

Depois Dorival ainda colocou James Rodriguez, que mais uma vez provou que está completamente fora de forma. Aliás, muito boa a convocação dele para a seleção da Colômbia, para as Eliminatórias da Copa do Mundo. Vamos ver se ele ganha ritmo ali.

Bem, mas no jogo de Quito, o 10 que funcionou foi o de Luciano, que deu excelente assistência para Lucas marcar o gol que nos permite acreditar numa virada no jogo de volta.

Agora é ver o que sobrou para o jogo contra o América-MG domingo, em Belo Horizonte. Não podemos brincar com o Brasileiro.