Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu o Talleres, se classificou em primeiro em seu grupo (talvez o mais frágil entre todos da Libertadores) e, possivelmente, vai ficar situado como segundo melhor no geral. A depender do jogo entre LDU e Córdoba, em Quito.
Deu dó olhar para a cara de Zubeldia. Tendo que improvisar, desta vez pelo lado esquerdo, com dois laterais, porque não havia ninguém para jogar por ali. Ferreira, Lucca, Lucas estão no departamento médico. Se colocasse Lucas Ferreira por aquele lado, não teria dobra pela direita, porque Cedric também sentiu contusão e não ficou nem no banco. Então Calleri, Luiz Gustavo, Lucca, Lucas, Oscar, Marcos Antonio, Cedric, Ruan, Igor Vinicius, Hugo, entre outros, estão fora de combate. Num elenco já de má qualidade, você perde meio time titular, fica difícil.
O primeiro tempo foi pífio. Sabino marcou, depois ele falhou e tomamos o empate. Jogamos contra um time de péssima qualidade e conseguimos sofrer pressão.
A coisa só melhorou quando Zubeldia trocou todo o ataque, tirando inoperantes André Silva, Ferreira e Alves para colocar Luciano, Ryan e Henrique. O time começou a andar, a velocidade predominou e chegamos ao segundo gol – um golaço de Luciano – que decretou a vitória do São Paulo. Mas paro por aí , porque é onde começa a notícia da noite: a xenofobia de Bobadilla.
Não sei o que foi pior: se o ato de Bobadilla ou o acobertamento desta diretoria maléfica do São Paulo, que chegou ao cúmulo de esconder o jogador da polícia, fazendo com que ele saísse por uma porta lateral do estádio, escondido. Gente, isso é típico de quem conhece artimanhas para se esconder da lei. E a cada dia que passa, essa diretoria me parece cada vez mais estar bem familiarizada com isso.
Bobadilla tem que ser severamente punido. Pela Justiça com cestas básicas ou até prisão; pela Conmebol com suspensão de suas competições (o meia uruguaio Pablo Ceppelini, do Alianza Lima, do Peru, pegou quatro meses de gancho por chamar torcedores do Boca Juniors de “bolivianos”. O crime foi registrado no jogo de volta entre os clubes na pré-Libertadores, em La Bombonera.).
Mas, repito: não sei o que foi pior: se o ato de Bobadilla ou da diretoria escondendo um “criminoso”. Pior que isso: não houve um único posicionamento, um único pronunciamento desta diretoria mequetrefe.
Por isso que digo que nada está tão ruim que não possa piorar. E nosso clube se afunda ainda mais em páginas policiais, agora mantendo em seu elenco um jogador xenófobo. Cadê a punição exemplar?
Certamente nada vai acontecer, até porque o presidente Julio Pavão Jack Casares preferiu, como sempre, fazer selfies com Luciano do que tratar das coisas sérias que envolvem o clube.