Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, chegamos ao final de 2024 podendo respirar. Talvez esse tenha sido o lado positivo da temporada. Afinal, lá atrás, ainda com Carpini, nossas previsões eram as piores possíveis. Mas acabamos o Brasileiro na zona de classificação para a fase de grupos da Libertadores, em sexto na tábua de classificação, e é isso que nossos dirigentes comemoraram.
Ah não! Em seu cartão de Natal, Júlio Casares comemorou mais um título inédito: a importantíssimo e fundamental Copa Rei, empatando em 0 a 0 com o Palmeiras e vencendo nos pênaltis. Seguramente foi resultado de muitos treinos, muito trabalho, isolamento e outras coisas mais para a conquista deste idolatrado título.
Como são-paulino não me acostumei a comemorar quartas-de-final da Libertadores, Copa do Brasil ou Campeonato Paulista, muito menos sexta posição no Brasileiro. Mas essa diretoria, que apequenou ainda mais o São Paulo, teima em comemorar isso. Afinal, Carlos Belmonte postou em suas redes sociais, assim que terminou o jogo do Botafogo com o Atlético-MG que “estaremos na Conmebol em março acompanhando o sorteio dos grupos da Libertadores”.
Uma diretoria que alardeou que nosso elenco era muito bom e o time era ótimo. Porém está se desfazendo de vários deles, outrora considerados titulares (Rato, Rodrigo Nestor, Rafinha) e os que foram contratados para isso (Galoppo, Orejuela, Mendez, Liziero). Tem uma penca sendo mandada embora. Por que? Só parar economia? Por que não pensou nessa economia antes de contratar esse bonde? E depois falam que não sabem onde está o prejuízo. Se eles não sabem, certamente os empresários amigos da diretoria saberão.
Agora vem Oscar. Como torcedor, me divido 50% a favor, 50% contra. A favor por se tratar de um grande jogador. Contra, por não ter cicatrizado em meu coração a traição de 2010. Alguns dirão que ele fez isso porque estava com os direitos de imagem atrasados em dois meses. Mas vou no fígado, porque foi alimentado dentro do São Paulo e permitiu que o nefasto Giuliano Bertolucci conduzisse sua carreira. Aliás, ele continua sendo o empresário de Oscar e aí se explica facilmente porque ele voltou para o São Paulo.
Financeiramente o ano foi trágico. Vamos fechar com déficit superior a R$ 200 milhões, e uma dívida que já pode ter ultrapassado R$ 1 bilhão (só saberemos isso no fechamento do balanço do trimestre). E já que o FIDC não começou a valer – começa em 1º de janeiro), fechamos o ano com uma reunião online do nosso egrégio Conselho Deliberativo aprovando mais dois empréstimos (total de R$ 22 milhões) e uma garantia de R$ 90 milhões para deixar o FIDC mais tranquilo. E Cotia, com parte dela sendo negociada com um magnata grego.
Por mais que eu queira ser otimista, está difícil. Nos bastidores, alguns diretores já admitiram em off para mim: vamos acender velas na virada do ano para que nenhuma tragédia esportiva aconteça.