Pior que a derrota em Porto Alegre, foi a falta de atitude

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a derrota do São Paulo para o Grêmio, em Porto Alegre, pode ser colocado naquele lado da balança onde entram os jogos “perdíveis”. Quando iniciamos um campeonato como o Brasileiro, por pontos corridos – para mim o critério mais justo para indicar o verdadeiro campeão -, insistimos na fórmula que um time para chegar ao título precisa, na média, vencer todos os jogos em casa e empatar quase todos fora, ganhando alguns. Isso dá chance para o time perder alguns contra adversários fortes, caso do nosso deste domingo.

Mas o problema não está na simples derrota por 1 a 0, que poderia ter sido por 5 ou 6, não fosse a performance exuberante do goleiro Denis, criticado por todos e- por mim -, mas que hoje foi fundamental para não sairmos de Porto Alegre humilhados com uma sonora goleada. O problema está na atitude que o time não teve e que fez com o São Paulo fosse facilmente dominado pelo até frágil time do Grêmio.

Bauza parecia estar em outro planeta, ou em outro País. Certamente sua ida à Argentina, sua reunião com a AFA tirou sua concentração do jogo. Se concentrado ele já faz um monte de bobagens, imagina com a cabeça em outro lugar. Aí o time ficou sem comando, sem aquele cara aguerrido que fica na beira do campo gritando, cobrando ações de seus jogadores, indicando posicionamento, marcação, ultrapassagens. Enfim, faltou o comandante.

O time em campo foi presa fácil. O ataque foi uma vergonha. Centurion e Michel Bastos continuaram sendo os cemitérios de jogadas;  Gilberto tentou buscar a bola no meio de campo, já que ela não chegava lá na frente. Essa incumbência era de Cueva, que fez uma péssima partida e não acertou um único passe.

Wesley e Thiago Mendes fizeram uma partida medonha. Não conseguiram marcar o meio-campo gremista e sobrecarregaram a defesa. Aliás, neste meio de campo do time gaúcho tinham Maicon, aquele que mandamos embora; Negueba, aquele quem chegou a jogar por aqui; e Douglas, com uma barriga maior que a do Ronaldo no final de carreira. Foi esse time que passeou contra o São Paulo.

Pior do que tudo isso é ver que o melhor do elenco estava ali. Exceções feitas a Kelvin, que entrou no segundo tempo e ainda está sem ritmo, Hdson, suspenso, e Chavez, que vai estrear, mas é uma incógnita, o time que foi a campo foi o nosso titular. Então tenho que concluir que Hudson fez muita falta, pois o meio de campo ficou sem pegada. Convenhamos que dependermos de Hudson para equilibrar o meio de campo é querer muito.

O padrão de jogo imposto por Edgardo Bauza não existiu em Porto Alegre. Fomos um amontoado em campo, sem vontade, sem atitude, sem determinação, se futebol. Um lateral direito que é limitadíssimo e um esquerdo que tem sido uma constante avenida e que hoje, de novo, falhou no gol e ainda foi expulso. Ah, antes quase tinha dado um gol de presente ao Grêmio. Ele bem que tentou até conseguir.

Faltam três jogos para o final do primeiro turno. A tabela é boa para o São Paulo: jogamos em casa contra Chapecoense e Atlético-MG e saímos, na última rodada, para pegar o Santa Cruz, em Recife. Para um time que almeja ser campeão ou, na pior das hipóteses, chegar ao G4, serão nove pontos obrigatórios. Esticando mais um pouco, vendo que a primeira partida do segundo turno é contra o Botafogo, no Morumbi, posso afirmar: são 12 pontos obrigatórios. E não me venham com chorumelas, pois não aceitarei um ponto a menos que estes 12 nesses próximos quatro jogos.

20 comentários em “Pior que a derrota em Porto Alegre, foi a falta de atitude

  1. Analisando aqui (em minha humilde opinião, que não é sinônimo de verdade absoluta em nenhuma circunstância), creio que temos alguns problemas no SPFC e em algumas escolhas do Bauza.

    Gostaria de compartilhá-las com você, uma vez que tenho poucas pessoas inteligentes para conversar a respeito e você é uma delas.

    1 – Oscilações bruscas e apagões:

    O apagão do time ontem, contra o Grêmio, não foi um episódio isolado. Isso aconteceu muitas vezes neste ano e tivemos mais partidas parecidas com este jogo, do que com as melhores partidas da Libertadores, por exemplo.

    Volta e meia, jogamos um futebol sem inteligência, sem saber girar a bola. O time parece não ter um repertório ofensivo muito consistente.

    Tivemos oscilações parecidas contra o Atlético-MG no jogo de volta, contra o Toluca no jogo de volta, na pré-libertadores, sem contar o Paulistão e os pontos perdidos no Brasileiro.

    2 – Falta de jogadores mais velozes e ofensivos nas pontas

    Começamos a apresentar um futebol mais razoável quando o Kelvin, jogador rápido, driblador e de muita agressividade ofensiva, começou a ser escalado.

    Mas nas vezes que ele esteve ausente, insistimos em soluções que não funcionam, como Wesley e principalmente Centurión, por exemplo.

    Se ele quer manter o esquema, é preciso que escale substitutos com características parecidas, como Luiz Araújo, por exemplo.

    3 – Insistência em peças que não funcionam

    Temos alguns jogadores que simplesmente não estão a altura do SPFC e é difícil aceitar a escalação de alguns deles, como Centurión, por exemplo.

    O próprio Lugano tem falhado demais. Tenho o maior respeito pelo Lugano, mas creio que é preciso pensar no bem do time, escalar mais o Lyanco (não adianta segurar o jogador e não escalá-lo).

    Outra questão é a insistência agora em manter João Schmidt na reserva, que poderia contribuir muito mais para o time que o próprio Centurión, uma vez que poderíamos deslocar o Cueva para o lado do campo.

    4 – Falta de repertório ofensivo

    Temos um time que não toca bem a bola. Não tem movimentação ensaiada e estamos “vivendo” apenas das tentativas de contra-ataque ou jogar a bola na área de qualquer jeito pra ver o que acontece.

    Muitas vezes, essa falta de repertório ofensivo nos coloca em situações complicadas. Perdemos demais a bola lançando-a toda hora na área, rifamos demais a saída de bola, muito passe ruim para o domínio ofensivo. A bola bate e volta toda hora e vimos isso acontecer no jogo todo contra o Grêmio.

    5 – Subutilização das promessas

    Acho que o próprio Dorival Jr. faz um trabalho muito mais consistente que o do próprio Bauza, ainda que o Dorival não tenha um “apelo comercial” muito valorizado pela mídia e pelo mercado.

    Ele monta um time com jovens, o time tem movimentação, toque de bola, inteligência… e os jovens correspondem.

    Precisamos aproveitar mais o talento e a vitalidade de promessas como o Luiz Araújo, Pedro, Lyanco…

    É triste admitir, mas começo a torcer para que a proposta da Seleção Argentina chegue mesmo para o Bauza.

    PRECISAMOS URGENTEMENTE TRAZER O FERNANDO DINIZ. Vocês viram como o Audax jogou bola e de todos os treinadores, ele é o que tem o estilo de jogo mais atual e que permitiu um time pequeno como o Audax, sem jogadores badalados, chegar até a final do Paulista, isso goleando o SPFC.

    O estilo de jogo do Fernando Diniz é a cara do SPFC.

    FERNANDO DINIZ JÁ!

    Abraço e desculpe o longo texto.

  2. Coitada da seleção argentina: colocar o Bauza para treinar Messi e cia é como colocar uma criança de colo para pilotar um caça supersônico. E tem gente que ainda se orgulha pelo interesse da AFA no Paton!
    Já fomos bem mais seletivos em nosso torcer. Sinal dos tempos; maus tempos…

  3. Meus amigos, temos uma notícia pior. O Paton não vai mais dirigir a Seleção Argentina! Dizem que ao chegar à Buenos Aires, os dirigentes da AFÃ lhe perguntaram “Quais os jogadores que estariam em sua lista de convocáveis”? Ele prontamente respondeu “Por enquanto Centurion, o restante vamos esperar um pouco”. Os dirigentes desistiram na hora! Kkkkkk

  4. Ou está diretoria acorda, ou … estamos a 5 pontos da zona da degola, com um time composto por Mena, Wesley, Centurion, entre outros, que nunca deveriam vestir a camisa do SPFC, comandados por um treinador que prefere jogadores que marcam, a jogadores que marcam gols nos adversários, já que não temos como contratar mais ninguém, que invistam na molecada, e coloque na comissão técnica aquele treinador que consegue tirar o máximo destes garotos. Porque ficar no banco e ver o Centurion jogar, é dose, e desanimador.

  5. O time entrou em campo? Sinceramente, eu não percebi… Do meio para frente, nota 1 para todos, exceto Centurión, que leva um zero, como sempre! Quanto ao treinador, sua cabeça, ao que parece está em Buenos Aires. Vamos acender o sinal de alerta. Estamos mais próximos do Z4 que do G4. De resto é cair na real. Temos um time nota 4. Jogadores contratados na hora da xepa.

  6. Um treinador que diz ser capaz de arrumar a defesa, mas os gols tomados ultimamente (ontem também) são de uma defesa ridiculamente treinada.E o pior é ver Rogério Neymar do Nordeste resolvendo um jogo sozinho enquanto Bauza continua apaixonado pelo Centurion..os dois teriam um caso???? Agora vou gritar novamente: FORA BAUZA!

  7. Difícil é ler os que se denominam torcedores propagar o apelido de bambi. Sou fã do Bauza, mas a situação tem que se resolver e rápido. Não tem essa de esperar entrevista. Ou fica ou sai. Hoje o time foi a cara da situação atual do técnico, indefinido. Quanto a escalação ficou claro que kelvin está fora de ritmo e não tinha mesmo como entrar de titular só que Schmit e Luiz Eduardo deviam ter entrado jogando.

  8. Só acho que o fato de termos chego a semi final da Libertadores , não pode servir sempre de amuleto pra defender o Bauza , embora o elenco seja fraco , ele erra e não erra pouco em escalações e substituições e não é de hoje.

    Ricardo Gomes que era massacrado pela torcida do São Paulo e fazia um trabalho ruim em 2010 também chegou a uma semi final de Libertadores , onde foi eliminado pelo Internacional RS pelo critério do gol fora.

  9. A torcida do Vasco da Gama deu graças a Deus quando o Gilberto saiu ano passado ,e o cara um ano depois vira o centroavante titular do São Paulo é BIZARRO.

    Bizarro 17 derrotas no meio do ano , mantendo este ritmo perdendo quase todo fim de semana , vamos terminar o ano com 30 derrotas.

    São Paulo é 2°equipe da série A que mais perdeu na temporada ,a frente apenas do Sport que perdeu 18.

  10. O início do post resume tudo: era uma derrota esperada. Ponto. No entanto, a má apresentação serviu para atiçar os instintos corneteiros que andavam reprimidos.
    Ter um técnico cotado para assumir a seleção argentina seria motivo de honra para qualquer equipe do mundo, menos o São Paulo. Nem Juvenal seria tão arrogante.
    Outra observação que ninguém ousou dizer é: o time sentiu muito, mas muito, a falta do Ganso. Semana passada o Paulo publicou um post bizarro, totalmente discrepante com a linha que adota, demonstrando uma enorme ingratidão pelo PHG. Foi o que bastou para que os malhadores de Judas pegassem suas pedras. Taí a resposta: sem o atleta insignificante, o time vira um catado.
    Quando o Mano Menezes enterrar o time, espero que se envergonhem de ter pedido a saída de Bauza.

  11. Paulo , hoje acho que o pensamento do Paton estava distante ,e acho que assim continuará até se resolver se ele será chamado ou não pra seleção da Argentina.

  12. Paulo Pontes , também não sou fã do Paton , aliás seu retrospecto é bizarro a frente do clube 46 jogos , 17 vitórias , 12 empates , 17 derrotas.

    Mais você concorda que o elenco do São Paulo é muito fraco( pior que do 1°semestre) e nossa diretoria não foi bem na janela de contratações ,e a nossa realidade é ficar no meio da tabela neste Campeonato Brasileiro?

  13. Realmente torço pra esse técnico sair. O cara fez o favor de queimar o Rogério e continua insistindo com Centurion. Rogerio fez 2 hoje… O time do SP faz tempo que vive de chuveirinho pra área, quando alguém acerta, a bola entra. Quero ver quando ele sair e o SP sobrar com esse monte de argentinos que ele tá trazendo… Melhor nem imaginar.

  14. Paulo, vou insistir, enquanto jogarmos com 2 (dois) inúteis (Michel Bastos e Centurion) e tivermos esse químico dirigindo a equipe, além de não ganharmos nada ainda é difícil comemorarmos um gol!

  15. Paulo, acho que é o Atlético Mineiro em casa, o Paranaense já jogamos e o Treineiro com mais uma péssima atuação do seu amor Centúrion, perdemos em casa.
    Estou realmente torcendo pra AFA levar esse Jumento argentino, e que convoque essa Ameba que ele tanto ama, o Centúrion, coitado dos Hermanos, nem Messi dará jeito.
    Pena que ele não possa levar o Wesley, a nova paixão dele, seria um favor.

    FORA BAUZA!!

    Diretoria, quando vcs vão contratar um técnico de ponta brasileiro, tipo Tite, Mano Menezes ou Cuca?

    Chega desses gringos que tem mais garganta do que competência!

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