Um grande time começa…

Desde criança ouço o ditado: “todo grande time começa por um grande goleiro”. Raríssimas vezes em sua história o São Paulo ficou por um tempo maior sem um ótimo “guarda metas” (desculpe, sou velho, recorro a termos antigos).

O time que já teve o argentino Poy, Sergio Valentim (que também foi conhecido como São Sergio Valentim), Valdir Peres, Gilmar (talvez, este o pior dos melhores), Rojas, Zetti e Rogerio Ceni, hoje, tem Sidão e a alternativa Jean.

Obviamente, nem todos estes grandes goleiros do passado se sucederam imediatamente. Lembro-me bem quando Valdir foi dispensado pelo Tricolor em 1984, Juvenal Juvêncio viria a ser o novo diretor de futebol, e quis renovar o elenco, fase em que nasceram os “Menudos do Morumbi”. Silas, Muller e Sidney foram paridos numa entressafra, na qual o time do Morumbi chegou a testar três apostas: Barbiroto, Tonho (vindo do Santo André) e Abelha (vindo da Ferroviária).

Nenhum se consagrou, mas não mais que um ano depois o São Paulo iria atrás de um ótimo goleiro, Gilmar, lá do Internacional, que também já havia servido as seleções de base, mas já titular do time de cima. Vejo que vivemos época parelha, mas estamos dedicando muito mais tempo a apostas do que deveríamos. Já foram Denis, Sidão e Jean, todos num espaço de mais de dois anos, e ninguém convenceu, ou melhor, convenceram, convenceram que precisamos de um camisa 1 muito melhor.

Goleiro é aquele que como o centroavante faz seus gols. Cada bola muito difícil defendida é como um gol feito pelo camisa 9. Então, há de se ter capricho e ousadia para a nova escolha. Que gaste-se bastante dinheiro, porque coisa boa custa caro mesmo. A xepa da feira nós já pegamos e pagamos alto. Que seja Vanderlei, que seja Fabio, que seja Armani, que seja Grohe, claro, com o devido respeito aos adversários, pagando aquilo que for legal para ambas as partes, senão vão pensar que estou os tratando como a quitanda do seu Manoel.

E que Perri seja o substituto imediato desse grande camisa 1.

 

***Radialista desde 1987, Sombra passou por várias emissoras de São Paulo nas mais diferentes funções. Em sua primeira emissora, Jovem Pan 2 (89 a 90), iniciou como assistente de promoção e produtor do programa Radio Flight, então capitaneado por Julinho Mazzei, ícone do FM. Na sequência, ocupou o cargo de programador e coordenador de promoção das rádios Manchete (90 a 91) e Nova FM (92 a 94), transferindo-se para a então 97FM, nas mesmas funções. Em 1999, idealizou o programa Estádio 97 e no mesmo ano se tornou coordenador artístico da emissora, onde está até os dias atuais.

4 comentários em “Um grande time começa…

  1. Tudo bem sombra,o jean foi expulso imjustamente, e ouvi você fazer criticas a isso,mas o futebol ta chato, e ele quis comemorar, enfim, claro ele n é um goleiro do nível do são paulo,mas ele fez algumas defesas boas nesse jogo e contra o inter tirou uma em cima da linha que o sidão n faria….tentaria thiago volpi que pede passagem…

  2. É isso Sombra. Precisamos trazer agora um goleiro de primeira linha e, como Rogério Ceni aguardou na reseva de Zetti, preparar o Perri para a próxima década.

    O Gilmar Rinaldi crescia muito nos jogos decisivos. As falhas que às vezes apresentava eram sempre em jogos de menor importância. Um abraço.

  3. Eu incluiria neste seu comentário, o Vitor do Atlético. Se o Atlético não for disputar a libertadores, o SPFC teria possibilidades.

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