Essa semana tivemos a felicidade de receber nos estúdios da Energia 97FM (SP), no Estádio 97, o ex-atleta tricolor Zé Sérgio.
Zé foi um dos maiores jogadores que vi envergando a camiseta do São Paulo Futebol Clube. Da época que os pontas eram importantíssimos, cada clube tinha o seu pela direita e outro pela esquerda. Zé atuava pela esquerda, mas era destro, embora um dos gols mais bonitos da sua carreira tenha sido marcado com o outro pé, na final do Paulistão de 78, sim, Paulistão à época.
Zé foi um dos caras que me ajudaram a consolidar meu amor pelo Tricolor, junto de Waldir Peres, Chicão e Serginho nos anos 70. Era meu ídolo. Um ponta tão rápido que Zé Maria e Rosemiro, laterais rivais, ou davam porrada ou eram driblados. Só existiam essas opções para os defensores.
Zé Sérgio era daqueles que enfileirava, partia pra cima do primeiro, quando a cobertura chegava ele saia pelo outro lado, e se viesse o terceiro também seria driblado. O grande Silvio Luiz, narrando jogos da Seleção Brasileira, usava a frase “humilha, Zé!”. Porque, tecnicamente, era isso que Zé Sérgio fazia. Eu, na frente da tv, vibrava a cada drible.
Mas nem tudo foram flores na vida desse que, para mim, foi o melhor ponta que vi jogar. Zé Sérgio sofreria uma grave contusão no joelho. Perdera a chance de defender o Brasil na Copa de 82. Perdera também o Brasil de ter aquele craque em campo, ainda que o resto do selecionado também fosse recheado de grandes jogadores.
Como disse Zé Sérgio, no ar, foram 4 anos em alto nível, mas o destino fora ingrato. Ze não voltaria a atuar com o mesmo nível após sua longa recuperação. Para mim, quando adolescente, foi triste, ainda mais quando Zé, junto de Humberto, fora trocado por Pita com o Santos. Ok, ele viria a ganhar títulos mais tarde pelo Santos e Vasco, assim como o magistral Pita no Morumbi. Mas, mais triste foi ouvir, hoje, do craque, que o tratamento de seu joelho à época foi no mínimo equivocado. E que ainda houve quem considerasse que ele não estava se empenhando. Ora, ele teve o ligamento cruzado rompido e o mesmo não foi consertado. Só quem viu Zé Sérgio jogar sabe quanto o futebol perdeu por não tê-lo 100%. Nós, são paulinos, muito mais.
Você, lendo esse texto, pode pensar que sou saudosista, privilegio o olhar no passado. Ok, respeito. Mas meu olho no passado colocaria Zé Sérgio hoje nos mais importantes clubes do mundo. E provavelmente nessa Copa do Mundo não dependeríamos tanto de Neymar.
Obrigado Zé Sérgio por ter honrado nosso São Paulo Futebol Clube. “Humilha, Zé!”
****Radialista desde 1987, Sombra passou por várias emissoras de São Paulo nas mais diferentes funções. Em sua primeira emissora, Jovem Pan 2 (89 a 90), iniciou como assistente de promoção e produtor do programa Radio Flight, então capitaneado por Julinho Mazzei, ícone do FM. Na sequência, ocupou o cargo de programador e coordenador de promoção das rádios Manchete (90 a 91) e Nova FM (92 a 94), transferindo-se para a então 97FM, nas mesmas funções. Em 1999, idealizou o programa Estádio 97 e no mesmo ano se tornou coordenador artístico da emissora, onde está até os dias atuais.
O Zé Sergio foi mesmo o jogador mais espetacular daquele tricolor dos anos 70/80, o famoso Tricolaço!
Grandes memórias.
Waldir , Getúlio , Oscar, Dario e Marinho Chagas. Almir, Renato e Éverton . Paulo César , Serginho e Zé Sérgio . Como o futebol é legal !! Obrigado Tricolor !!!
Paulo César, Serginho e Zé Sérgio esse é o meu trio de ataque preferido, como eu gostava dos duelos ponta x lateral, era uma atração à parte ver o ponta exercer seu ofício de driblar o lateral e ir a linha de fundo, gostaria de poder perguntar a ele o que sente vendo um atacante chegando com a bola dominada na frente do marcador e recuar como fazem os atacantes atuais.
CONCORDO, O MELHOR PONTA QUE VI NO SPFC…..NÃO VI CANHOTEIRO…….
MAS PELO QUE ME LEMBRO ZE SERGIO TEVE DOIS PROBLEMAS:
1 – TOMOU NALDECON (JUSTIFICATIVA GRIPE)
2 – FRATUROU O BRAÇO.
AI COMEÇOU SUA DECADENCIA.
ESTOU ERRADO?
FIQUEM A VONTADE.
Zé Sérgio hj não duraria meia temporada jogando aqui e seria contratado por um grande europeu, não seria para o minúsculo Betis como foi o Denilson e nem para o médio Ajax que foi o Neres, aliás o Zé Sérgio jogava muito mais que os dois citados juntos.
Era craque e excelente driblador, o Serginho Chulapa que o diga pois cansou de fazer gols com assistências do Zé Sérgio.
Grande Zé Sergio, cansei de vê-lo dar show e acabar com os laterais adversários.
Não poderia descrever melhor. Perfeito! Também tive a honra e o prazer de ver no Morumbi as arrancadas deste ponta esquerda, insuperável.