O São Paulo espera para breve o retorno de James Rodríguez, eleito craque da Copa América disputada nos Estados Unidos, ao convívio do elenco no CT da Barra Funda.
Clube e jogador ainda acertam a data exata da reapresentação, mas ele deve ganhar uns dias a mais de folga após a final para descansar da maratona de jogos. O mesmo acontece com Richard Ríos, do Palmeiras, que só chega ao Brasil no fim de semana.
O futuro de James, porém, segue indefinido, embora a maior tendência seja a de que o jogador aceite uma proposta e deixe o Tricolor. Com o time encaixado e na briga pelo G-4, há o temor de que a presença do jogador se torne um peso para o técnico Luis Zubeldía, como foi com Thiago Carpini.
Com contrato até junho de 2025, o meio-campista teve enorme destaque no vice-campeonato da Colômbia e já recebeu algumas sondagens. Ex-jogador do Real Madrid, ele dá preferência a um retorno ao Campeonato Espanhol. No país, há especulações sobre Atlético de Madrid e Villarreal.
O São Paulo, que já não contava com a possibilidade de fazer dinheiro com o atleta, vê nesta janela a sua última chance de conseguir qualquer valor. No fim do ano, ele poderá assinar um pré-contrato para sair de graça na metade da próxima temporada.
O que deve facilitar as conversas entre as duas partes é a repactuação da dívida do clube com o astro colombiano. Há algumas semanas, a diretoria se reuniu com o estafe do atleta e apresentou um novo plano de pagamento para os 2 milhões de dólares (cerca de R$ 11 milhões) em luvas que ficaram em atraso com o jogador. O atleta topou a forma de parcelamento, que já está em andamento.
Nos Estados Unidos, James se encontrou e teve uma breve e amigável conversa com o presidente Julio Casares, que estava no país como chefe de delegação da seleção brasileira.
Fora dos planos de Zubeldía e de sua comissão técnica no primeiro semestre, o meia só entrou em campo por cinco minutos no clássico contra o Palmeiras, a segunda partida do treinador argentino. Depois, nem relacionado foi para os jogos do São Paulo. Sem jogar, focou na Copa América.
Onze milhões? James não joga no São Paulo porque o clube não tem como pagá-lo. Como eu vinha dizendo há meses. O resto é “nega-cinismo”. Se não treinasse jamais teria condições de apresentar o futebol que fez dele o melhor da Copa América. Simplesmente, é impossível fisiologicamente.
É um excelente jogador, muitas vezes decisivo, que precisa de treinamento e atenção diferenciadas. Infelizmente, não há lugar pra ele num clube semi-falido, sem o menor planejamento e com uma torcida que não enxerga um palmo à frente.