Há cerca de um ano, quando Caio Paulista decidiu que não aceitaria a proposta para permanecer no São Paulo – e, dias depois, se acertou com o Palmeiras –, a diretoria do clube do Morumbis entrou num “looping” do qual ainda não conseguiu sair: o da busca por um reforço para a lateral esquerda.

Por toda a temporada, a contratação de um jogador para a posição se tornou prioritária, já que o elenco tinha apenas Welington e Patryck – sendo que o segundo, formado na base, contava com pouca confiança dos treinadores.

A chegada do norte-irlandês Jamal Lewis, nos instantes finais da janela de transferências do meio do ano, não foi uma solução. Emprestado, ele pouco jogou, não convenceu e será devolvido ao Newcastle para tratar uma lesão.

A situação, então, se agravou neste final de temporada: Welington, titular em 2024, deixou o clube a caminho do Southampton, da Inglaterra. Por ora, o elenco tem só Patryck em condições de iniciar a temporada.

O alvo principal, hoje, é Wendell, do Porto. O lateral tem contrato com a equipe portuguesa até o meio do ano, e o São Paulo tenta viabilizar a liberação nesta janela.

Uma opção oferecida pelos tricolores é o empréstimo do lateral-direito Moreira, que interessa ao Porto. Mas a equipe europeia também quer receber uma parte em dinheiro para negociar Wendell.

Cenário que lembra a negociação por Alex Sandro, no meio da temporada, quando lateral deixou o Juventus e foi cortejado pelo São Paulo – mas acabou se transferindo para o Flamengo.

Desta vez, porém, há mais otimismo no São Paulo, que já tem as bases de um acordo com o jogador.

As dificuldades com a lateral esquerda ficaram evidentes no segundo semestre, quando, na falta de Welington, o técnico Luis Zubeldía preferiu improvisar jogadores no setor, como Sabino e Liziero, a escalar Jamal. Patryck recebeu chances na reta final da temporada depois de se recuperar de uma lesão na clavícula.