Última visita a Brasília teve Calleri goleador e expulso

Quase oito anos depois, o São Paulo está de volta a um jogo no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, por escolha da Inter de Limeira, que negociou o mando de campo com uma empresa para a organização do jogo adiado da quinta rodada do Paulistão, na noite desta quarta-feira, às 21h35.

Curiosamente, o único jogador que entrou em campo no time comandado por Eduardo Bauza no empate por 2 a 2 contra o Flamengo, em jogo válido pelo Brasileirão de 2016, foi também o grande protagonista do jogo pelo lado do São Paulo: Jonathan Calleri, em sua primeira passagem no clube.

Então com a camisa 12, o atacante argentino marcou o primeiro gol do jogo após linda enfiada de Ganso, viu o Flamengo empatar num lance em que Rodrigo Caio marcou contra e fez o segundo do Tricolor, de cabeça, após cruzamento de Kelvin. O Flamengo reagiu, com um gol de Willian Arão e um pênalti nos minutos finais que Alan Patrick teve a chance de marcar, mas chutou para fora.

Além dos gols, Calleri chamou a atenção por receber cartão vermelho por reclamação e deixar o time com um a menos por cerca de 25 minutos. O atacante reclamou de faltas não marcadas e, minutos depois de levar um amarelo, disse que estava sendo perseguido pelo juiz Elmo Alves Resende Cunha.

– Está de marcação comigo, c…! Só porque sou argentino? Essa arbitragem é uma vergonha – disse ele, segundo os relatos da súmula da partida.

A expulsão causou desconforto no goleiro Denis, que era o capitão do time naquele momento. No dia seguinte ao jogo, o goleiro chegou a dizer em entrevista coletiva que o colega tomou a decisão errada:

– Ontem, é verdade que a arbitragem deixou a desejar um pouco. Mas não acredito que tenha essa perseguição pelo fato de ser argentino. Mas, se ele imagina que tenha algo, não pode falar com o juiz, que é soberano na partida. Pelo que o Calleri falou para nós, ele fez uma pergunta para ele. Mas também, com um cartão amarelo, não tinha a necessidade de falar com o juiz. Ele tem de manter a cabeça tranquila – disse o goleiro.

Naquele ano, a história de Calleri no São Paulo duraria mais um mês. Em 14 de julho, depois da eliminação na semifinal da Commebol Libertadores com derrota por 2 a 1 para o Atlético Nacional da Colômbia, ele partiu para a disputa dos Jogos Olímpicos com a Argentina e foi para o West Ham, da Inglaterra. Em seis meses de empréstimo, fez 16 gols em 31 partidas e se tornou ídolo do torcedor.

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