O departamento de marketing do São Paulo está no mercado em busca de um novo patrocinador que ocupe os ombros da camisa de treino e de jogo da equipe profissional, espaço que vinha sendo utilizado pela empresa Viva Sorte até 17 de abril.

Num projeto de fechar contratos até 2030, data do centenário do clube, o departamento já abriu conversas com empresas interessadas na propriedade.

Na semana passada, o clube rescindiu o contrato de patrocínio com a empresa Viva Sorte, que em agosto do ano passado havia firmado acordo válido até o fim de 2026. A antiga parceira pagava R$ 18,6 milhões anuais para exibir a sua marca no uniforme tricolor.

Neste momento, o clube conta com cinco patrocinadores: Superbet (máster), Elgin (centro do tórax), Ademicon (peito), Blue Saúde (barra das costas) e ABC da Construção (parte traseira do shorts).

O ge apurou que a razão do rompimento foi um conflito de interesses da marca com a Superbet, patrocinadora máster do clube. A Viva Sorte, inicialmente uma empresa de capitalização, lançou sua própria bet em janeiro deste ano, o que vinha causando problemas para o clube.

Procurado pela reportagem, o diretor de marketing Eduardo Toni disse que não pode entrar em detalhes sobre o fim do contrato, já que existem questões jurídicas envolvidas na negociação.

O Tricolor quer cobrar da Viva Sorte o valor da multa prevista por quebra de acordo. A avaliação do clube é que, ao entrar no mercado de bets, houve uma mudança “no objeto do contrato” por parte da empresa. Caso não haja um aceite, a tendência é que a situação seja resolvida nas vias judiciais.

Segundo o site Poder360, o patrocínio do São Paulo com a Viva Sorte era avaliado em R$ 45 milhões. Até dezembro de 2024, o clube havia recebido R$ 7,8 milhões da empresa.

Nestes próximos dois anos, o clube receberia R$ 18,6 milhões anuais, pagas em parcelas mensais de R$ 1,6 milhão. Assim, o Tricolor deixará de receber aproximadamente R$ 30,8 milhões.