Desfalques. Essa é uma realidade que Cuca tem precisado enfrentar desde que assumiu efetivamente o comando do São Paulo. Depois de não poder contar com os recém-contratados na decisão do Campeonato Paulista, somado a nomes como Liziero e Luan, lesionados, o treinador segue sem poder utilizar força máxima nos primeiros jogos do Brasileirão também por problemas físicos. Mas na contramão disso há a versatilidade de algumas peças, exaltada pela comissão técnica.
Em entrevista coletiva concedida na última sexta-feira, na prévia do duelo com o Fortaleza na Arena Castelão, pela 4ª rodada da competição nacional, o treinador foi questionado sobre seu estilo característico de jogo no Palmeiras, conhecido como “Cucabol”, e alertou para a mudança de cenário. Nesse sentido, Cuca brincou com o rótulo e elogiou as opções que possui no São Paulo, principalmente pelas diferentes características dentro do elenco.
“O Cucabol não era pela bola longa, era pelo lateral do Moisés na área. Depois que originava a segunda bola, no rebote, cansamos de fazer gols assim. Não sei jogar só com centroavante fixo. A gente se adapta a outras condições. Aqui no São Paulo estamos tentando com Pato, Toró, esperando Pablo, Everton Felipe. São jogadores versáteis”, comentou. “Quem dera ganhasse todo ano e ficasse eternizado o Cucabol”, brincou o treinador.
Desde que chegou ao São Paulo, Cuca ainda não repetiu escalações, ora por desfalques ora por opção. Depois de estrear com o Palmeiras no Allianz Parque, o treinador mudou o time para o primeiro jogo da final diante do Corinthians por não poder contar com Liziero e Pablo. As alternativas foram Everton por dentro e Gonzalo Carneiro no comando de ataque. Para o jogo decisivo em Itaquera, outras mudanças: Jucilei e Everton Felipe, como “falso 9”.
Para a estreia no Campeonato Brasileiro, contra o Botafogo, Cuca perdeu Luan, mas ganhou Tchê Tchê e Alexandre Pato, sua nova opção para o comando do ataque. Além disso, apostou no retorno de Hudson, até então lateral-direito, ao meio-campo, com Igor Vinícius atuando pelos flancos. Contra o Goiás, a expectativa era de repetição, mas o treinador escalou o jovem Toró na vaga de Igor Gomes.
No duelo contra o Flamengo, Cuca voltou a perder a opção da lateral-direita pela expulsão de Igor Vinícius, inovou com três zagueiros, entre eles o jovem Walce e Anderson Martins, substituto do lesionado Arboleda, e voltou a ter Liziero. A lesão de Pato, porém, deixou o time sem um centroavante fixo. No fim, o Tricolor ficou com a linha de quatro defensores, Hernanes desde a reta final da primeira etapa e um meio-campo mais “leve”.
O Profeta, aliás, não foi escolha de Cuca para a equipe titular em nenhuma oportunidade. E o treinador explicou o motivo, alertando para a necessidade de uma recuperação completa do camisa 15. “O Hernanes está evoluindo no aspecto físico e automaticamente na autoconfiança. Jogador quando está bem a confiança aumenta. Entrou mais nesse jogo com o Flamengo, mais do que nos outros. É experiente, um ídolo, baita caráter. Com certeza vai nos ajudar”, disse.
No jogo deste domingo, contra o Fortaleza, Cuca não terá Anderson Martins e Alexandre Pato. Dessa forma, a provável escalação deve ser a seguinte: Tiago Volpi; Igor Vinícius, Bruno Alves, Walce e Reinaldo; Hudson, Tchê Tchê, Liziero; Everton (Igor Gomes), Antony e Toró.
Fonte: Gazeta Esportiva