Rafinha conta reação do elenco com mudança no calendário 2025

A mudança no calendário do futebol brasileiro para 2025 tem dado o que falar. O Brasileirão terá seu início antecipado para o dia 29 de março e se encerrará em 21 de dezembro. Com isso, os jogadores terão um período de férias bem menor, já que os Estaduais terão início no dia 12 de janeiro.

Presidente do São Paulo, Julio Casares já havia criticado a decisão unilateral da CBF de antecipar os Estaduais. Agora, foi a vez do lateral direito Rafinha contar como ficou sabendo do assunto e expressar sua indignação com relação ao tema.

“Depois do jogo contra o Athletico-PR, a diretoria me chamou. Estava o Belmonte, o presidente, o Rui Costa, o Muricy. Me chamaram para perguntar se eu vi o que estava acontecendo e tal, e aí eu falei ‘Olha, gente, eu não sei nem qual que é o assunto, mas deixa eu me preparar (risos). E aí eles falaram que mudou o calendário, já confirmou, e os Estaduais vão começar dia 12 (de janeiro), com o primeiro jogo no dia 15. Aí eu falei: ‘Tá, mas qual o próximo passo? Você quer que eu leve isso para eles lá dentro do vestiário ou vocês vão falar?’. Aí eles falaram não, é só para dizer que o São Paulo está com uma pré-temporada definida, já tem tudo programado, a definição de quem vai sair e de quem vai ficar. Ai eu, pessoalmente, não posso nem me meter nisso, porque eu não sei nem como vai ficar a minha situação. Minha situação com o São Paulo é fácil: a gente conversa, e se o São Paulo quiser a gente renova mais um pouco, e se não quiser a gente para”, afirmou em entrevista ao podcast Denilson Show.

Rafinha, então, revelou qual foi a reação do elenco ao saber sobre tal mudança. Ele ainda afirmou que essa insatisfação não é apenas do São Paulo, mas sim de vários clubes da elite.

“Eu passei para eles e ninguém quer (essa mudança). Mas não é só no São Paulo. Ninguém quer porque não tem como você voltar dia 8 e jogar dia 12. E se você voltar dia 8 para jogar dia 15, também é ruim. Como que vai treinar uma semana para estrear no Campeonato Paulista? Com todo respeito aos outros, mas o Paulista são times de Série A. Só que para o Tite, o Campeonato Carioca é melhor (risos). Tite está de brincadeira também, po, para com isso…”, disse.

“Olha quantos times de Série A e de Série B têm no Campeonato Paulista. Se você toma duas porradas no Campeonato Paulista, uma abraço. (Os times menores) começam a treinar bem antes, os caras já estão sobrando. Eles vão sair na frente, com toda certeza, os caras começam a treinar em dezembro. No Paulista, não tem nenhum time que você fala: ‘Vamos ganhar’. Hoje em dia, não tem nenhum. Todos os times têm qualidade para brigar pelo título”, complementou.

Rafinha revela briga com James Rodríguez

Também em entrevista ao podcast Denilson Show, Rafinha detalhou um pouco mais sobre como era sua relação com o meia James Rodríguez e disse que chegou a brigar com o colombiano, mesmo sendo amigos de longa data.

James Rodríguez chegou com expectativa ao São Paulo e foi anunciado como um reforço badalado. Contudo, o colombiano não correspondeu no Tricolor. Segundo Rafinha, o meia não quis adotar o ritmo de treinos do restante da equipe, pois aquele não era “seu estilo”.

“É meu parceiro, meu irmão, jogamos juntos no Bayern, mas ele ficou sem falar comigo aqui. Chegamos a brigar aqui, não dá né. Eu não briguei não, mas ele ficou bravo comigo por chamar a atenção dele. Jogamos juntos três anos no Bayern, fomos campeões de tudo lá no Bayern. É um cara que eu tinha o maior respeito. Ligamos durante as férias inteiras para ele vir para cá para dar aquela força. Aí chegou aqui e eu acho que tipo assim, o James é o Ronaldo da Colômbia, o camisa 10 e capitão da Colômbia. O dez sabe da importância dele, fora que ele é um craque, um fenômeno jogando. Só que, no São Paulo, a gente estava em uma situação que estava todo mundo como soldadinhos. Os caras defendendo bem e fazendo gols. Quando ele chegou, eu acho que ele achou que ia chegar jogando. E o Dorival falou que ia vendo. Aí a gente foi dando uns toques nele, para treinar um pouco mais, fazer um trabalho a mais por fora para entrar em forma logo, e ele falava: ‘Mas não é meu estilo’. E realmente, ele não corria nem no Bayern, como que ia correr aqui? Mas assim, era outro estilo, outro jogo, outro time”, contou o lateral.

“E aí foi passando o tempo e ele percebeu que ele não estava com o prestígio que ele queria, sabe? Naquele momento, quando ele chegou, quem tinha isso era o Lucas. E continua sendo, Lucas é o nosso craquinho, ele é diferente, é um fenômeno, uma máquina. Aí quando ele chegou o Lucas já estava treinando, atropelando, e o James mais na dele. Ele se sentiu meio desprestigiado. Ele queria ter mais acesso, mais atenção para ele, só que não tinha como. Aí o Dorival chegou para ele e falou: ‘Olha, do jeito que você está treinando e jogando, não tem como eu te usar. Vou tirar quem do time?'”, completou.

Rafinha, então, explicou que James ficou chateado pela cobrança de sua parte. Mas apesar da falta de intensidade do meia, o experiente lateral destacou que o companheiro sempre foi profissional e nunca falou com respeito.

“Aí o Dorival chamou ele, eu também conversei com ele, e ele ficou zangado comigo. Falei: ‘Cara, não sou eu. Eu não sou treinador, sou jogador igual você. Estou aqui para te ajudar, o que você quiser que eu fale pra ele, eu falo’. Ele ficou meio chateado com isso, mas depois baixou um pouquinho a guarda. Mas uma coisa tenho que ser sincero: ele foi profissional. Nunca faltou com respeito com ninguém, nunca chegou atrasado, fazia o papel dele certinho, ia no clube e fazia as coisas que tinha que fazer sem desrepeitar ninguém. Isso temos que falar também, porque às vezes o torcedor, o cara que só nos vê no sábado ou no domingo, tem uma imagem do James de que ele é preguiçoso, mas joga bem na Colômbia, mas é diferente. No nosso time, não tinha como tirar ninguém”, finalizou Rafinha.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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