Conselheiros e membros da oposição fecharam na noite desta terça-feira um acordo para exigir o cancelamento da reunião marcada para o próximo dia 16 de dezembro, onde ditatorialmente o presidente Oltem Aires de Abreu Filho e o presidente Júlio Casares tentarão impor goela abaixo dos são-paulinos um novo estatuto, totalmente estapafúrdio e maléfico ao clube.
A nome dado a esse movimento foi GOL – Grupo de Oposição e Luta.
O GOL emitiu a seguinte nota: Abaixo o GOLPE. Todo são paulino exige o cancelamento da reunião do dia 16 e o arquivamento das absurdas propostas.
O Tricolornaweb se une a essa luta, por princípios próprios. Se todos que me acompanham puxarem pela memória, fiz uma campanha gigantesca contra a tentativa de golpe de Juvenal Juvêncio. Não consegui barrar, mas deixei claro minha não concordância, alertando pelos riscos que a instituição correria com a eternização no poder. A ponto de no final do terceiro mandato, Juvenal afirmar que não via alguém que pudesse sucedê-lo.
Bem, se pensarmos direitinho, ele não estava tão errado. Basta ver os que sucederam Juvenal Juvêncio: Carlos Miguel Aidar, Leco e, agora, Júlio Casares.
A perpetuação no poder só é aceita – ou engolida – em regimes autoritários. Parece ser esse mesmo o atual modelo do São Paulo. São traições e caça aos opositores, em todos os cantos, de todas as maneiras. Um sócio falar alto contra essa tentativa o coloca em rota de colisão com o diretor Social, Antonio Donizete Gonçalves, Dedé – chefe do grupo que abriga Douglas Schwartzmann, réu no processo no Ministério Público que apura as negociatas envolvendo Iago Maidana e a Far East.
Aliás, curiosamente, os réus Douglas Schwartzmann e Leonardo Serafim, além do afastado da CBF por assédio moral, Rogerio Caboclo, não assinaram o documento que muda o estatuto do clube. Talvez para não aumentar a ilegitimidade do ato.
Repito: estamos na luta. Não para adiar a sessão, como fez Oltem Aires de Abreu após a repercussão rigorosamente negativa, mas para o cancelamento e adiamento, aí sim, para 2023, quando o próprio estatuto atual, do qual participei com várias ideias, prevê uma revisão. Qualquer outra coisa, é golpe.
Paulo Pontes
A priori, não sou contra reeleição em si. É algo natural no processo democrático. Mas as iniciativas autoritárias para impedir a concorrência da oposição são as coisas mais nefastas a acontecer na história do clube. Uma falta de caráter e espírito cívico que não combinam com as tradições tricolores.
A priori, não sou contra reeleição em si. É algo natural no processo democrático. MAS as iniciativas “goebbelianas” para impedir a concorrência da oposição são as coisas mais nefastas a acontecer na história do clube. Uma falta de caráter e espírito cívico que não combinam com as tradições tricolores.
Estamos em pleno regime da SANTA INQUISIÇÃO… As pessoas de bem que frequentam o clube estão com medo de se posicionar e serem injustamente punidas. A fogueira está acessa à espera daqueles que insurgirem contra a ditadura…
Muito bom o posicionamento.