Um dos objetivos do técnico Thiago Caprini é deixar o São Paulo mais ofensivo. Para isso, quer que o Tricolor chegue à área adversária com mais jogadores. Luciano, então, tem precisado superar um pouco de sua ansiedade, como define o próprio treinador, para guardar posição e não circular tanto pelo campo.

No empate em 2 a 2 com o Red Bull Bragantino, por exemplo, Luciano formou uma linha de quatro atacantes com Nikão, Calleri e Ferreira. Thiago Carpini decidiu deixar o São Paulo com quatro jogadores mais perto do gol adversário justamente para que em jogadas pelos lados tivesse mais gente pisando na área.

Acostumado a ficar mais “solto” pelo campo, Luciano ainda tenta se readaptar às novas funções para agradar a Thiago Carpini. O técnico explicou por que tem utilizado o atacante mais perto da área adversária e por que ele não pode buscar a bola nos pés dos volantes.

– Em relação a hoje, é uma coisa que tenho cobrado muito do Luciano. Ter mais paciência e ficar mais perto da área. Ele tem um poder de definição, uma capacidade técnica (grande). Tem uma ansiedade de vir próximo do volante, e aí ele fica muito distante dessa finalização. Hoje, taticamente, ele cumpriu mais isso – disse Carpini.

Ciente das dificuldades de Luciano para ficar mais “quieto” em campo, o treinador havia entrado em campo no clássico contra o Santos com Juan e Calleri juntos. O objetivo era o mesmo: ter dois centroavantes para chegar à área do rival com mais jogadores.

Diante do Red Bull Bragantino, a estratégia para alcançar o mesmo objetivo foi outra. Carpini tirou Juan e Galoppo, que havia sido titular no meio, e escalou o São Paulo também com Ferreira e Nikão. Assim, Luciano foi o atacante ao lado de Calleri.

Até aqui, nesta temporada, Luciano tem nove jogos e apenas um gol marcado. Ao ser substituído contra o Bragantino, ouviu um misto de aplausos e vaias.