Kaká e mentalidade de Kobe Bryant: as inspirações de Galoppo

Era comum ver Giuliano Galoppo com uma camisa rubro-negra na infância. Na Itália, país onde morou quando criança, o meia do São Paulo se encantava com o Milan do início do século e tinha um nome especial como referência: Kaká. Era no brasileiro que o argentino se inspirava e quem mira até hoje para fazer sucesso no futebol.

O pai Marcelino atuava na Itália, e Galoppo acompanhava o sucesso do time de Kaká no país. Hoje, quase duas décadas depois, o argentino é quem se destaca como protagonista em uma outra equipe do ex-meia brasileiro, o São Paulo. A presença do ídolo, inclusive em fotos no CT da Barra Funda, serve como inspiração.

– É uma inspiração. Cresci vendo o Kaká, cresci com sua camisa. Quando era menino, eu queria ser como Kaká. Agora poder sentir-se tão perto dele por conta do São Paulo é muito bonito – comentou Galoppo, em conversa que também irá ao ar domingo, no Esporte Espetacular.

– De menino, na Itália, sempre via o Milan, e era um Milan que ganhava tudo. Eu era fã deste Milan e do Kaká, era o jogador que jogava na minha posição, tinha a camisa dele e tudo mais. Infelizmente, ainda não o conheci pessoalmente, mas acho que irei conhecê-lo. Espero muito este momento – diz um esperançoso Galoppo.

Galoppo tem sete gols e é o vice-artilheiro do Campeonato Paulista de 2023. Para crescer ainda mais com a camisa do Tricolor, a preparação vai do campo para os livros e tem outra referência: Kobe Bryant, estrela da NBA que morreu em um acidente de helicóptero no ano de 2020.

Se Kaká é a referência da infância, a estrela do basquete surge como um exemplo de qual caminho seguir. A “mentalidade mamba”, filosofia de trabalho registrada por Kobe em livro, tornou-se um exemplo para Galoppo buscar o sucesso no Morumbi. Kobe, aliás, virou nome do cachorro do jogador, um fila brasileiro que está na Argentina.

– O livro é sobre preparação e mentalidade, sempre estar focado no presente. Kobe meditava muito, eu medito também e gosto de meditar para sempre estar focado, mais tranquilo. Foi algo que aprendi com o livro. Não gosto muito de falar sobre isso, mas medito quase todos os dias. De manhã, às vezes de tarde – comentou.

– Gosto de ler sobre grandes atletas. Eu gostei muito da série do Jordan, “Last Dance” (A última dança), é algo que eu gostei muito. Eu li o livro do Rafael Nadal também. Gosto muito da mentalidade desses grandes atletas porque se mantiveram no topo por muito tempo, então eu acho que sempre podemos aprender com eles – acrescentou.

Fora Kobe e Kaká, Galoppo carrega outra inspiração, vinda de casa. O pai Marcelino era jogador e atua como conselheiro atualmente. O meia, quando se trata de futebol, quer mais um técnico do que um parente.

– Com meu pai, conversamos e falamos de futebol, mais ainda quando estávamos na Argentina, pois falávamos dos jogos. Gosto que ele fale como treinador, não como pai, para sempre procurar melhorar – destacou o são-paulino.

– Quase todos os dias falamos de treino, de futebol na televisão, então gosto muito de ouvir a opinião dele, considero ótimo para melhorar. Tudo o que vai acontecer na minha carreira, ele passou, então gosto de saber sua opinião e sua lembrança sobre – assegura.

Confira mais alguns assuntos tratados com Galoppo:
Explicação para a boa fase
– Acredito que seja o trabalho, porque agora estou tendo mais minutos do que no ano passado. Na Argentina, eu já tinha mostrado que poderia fazer gols, e fiz gols jogando como volante. Agora o que acontece aqui no São Paulo é muito importante, porque trabalhei muito para chegar a essa fase. Mesmo não tendo muitos minutos e jogando em posições diferentes, trabalhei.

– Agora estou sendo recompensado pelo esforço que fiz. Pela quantidade de minutos, estou contente de mostrar ser o jogador que entra na área e faz gols. Às vezes acham que é sorte, mas não acho que é sorte, pois sempre acredito que a bola pode sobrar. Muitas vezes ela não sobra, mas, quando sobra, tenho que estar preparado.

2 comentários em “Kaká e mentalidade de Kobe Bryant: as inspirações de Galoppo

  1. Ainda espero ser convencido de que se trata de um bom jogador.
    No primeiro teste, contra o São Bernardo, um time meia boca organizado, ele não passou.
    Vamos ver nas finais do campeonato paulista e no iníco do brasileiro.
    Até lá vou ficar com a primeira impressão, que era de um perna-de-pau…

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