Diego Lugano foi contratado para ser o superintendente de relações institucionais do São Paulo após se aposentar no fim do ano passado. Nesta terça-feira, o uruguaio foi um dos 99 ex-jogadores do Tricolor homenageados pelo clube e fez questão de mostrar sua gratidão por tudo o que aprendeu no período em que esteve no Morumbi como jogador e agora como dirigente.
“Por educação familiar, sou muito grato. O São Paulo me abriu as portas profissionalmente e me ensinou muita coisa. Você tem que ser sempre grato a quem ensina você. O São Paulo mudou minha vida como jogador e pessoa. Tento fazer o melhor que posso, com todos os meus defeitos, muito pela torcida que deu a mim muito mais do que eu imaginava e mereço”, afirmou Lugano.
De fato, o uruguaio vem dando o melhor de si. Desde que assumiu um cargo diretivo no clube, ao lado de Ricardo Rocha e Raí, Lugano vem fazendo a diferença junto com seus companheiros de bastidores e ajudando a levar o São Paulo à liderança do Campeonato Brasileiro. Vivendo uma fase bem diferente das que o torcedor se acostumou nos últimos anos, o ídolo tricolor ´refere seguir com os pés no chão, esbanjando modéstia em sua autoavaliação.
“Eu acredito que tem que se fazer as coisas sempre com coerência, com conhecimento, sempre em senso comum, ninguém é dono da verdade, ninguém sabe mais que o outro. Temos a liberdade de chegar no vestiário, mas isso não nos faz diferente de ninguém. Também erramos, e muito. Acho que o São Paulo sente isso, tentar ser coerente, humilde, aprender sempre e não deixar fugir nunca a ambição de glória”, prosseguiu.
“A avaliação é que ainda é muito cedo para falar o que foi bem feito e mal feito. Estamos na metade do ano, tem muita coisa para acontecer ainda, é preciso estar muito equilibrado, porque no futebol o céu e o inferno ficam muito perto. Apenas dar o mérito aos jogadores e ao treinador, que é muito inteligente e tem um jeito de trabalhar. Valorizar os jogadores sabendo que falta muito para acontecer. Temos que ter tranquilidade, continuar evoluindo, temos que ser autocríticos e não nos deixar levar pelo ambiente eufórico que talvez hoje tenha o São Paulo”, completou.
Por fim, Lugano admitiu que jamais imaginava adquirir o status que adquiriu no Tricolor quando foi contratado em 2003 bancado pelo então presidente Marcelo Portugal Gouvêa. Embora tenha sido menos brilhante comparado a outros nomes, o campeão mundial em 2005 com o São Paulo compensou a falta de uma técnica apurada com bastante comprometimento e amor à camisa.
“Às vezes a rotina diária faz você não enxergar a importância que você adquiriu num time e num país como adquirimos. Quando cheguei ao São Paulo nunca imaginava que um dia o torcedor ia me colocar ao lado de Raí, Dario, Pedro Rocha, Kaká, Cafu… se você olha para trás, é difícil de acreditar. Temos que valorizar o que conseguimos e disfrutar. É muito difícil ser ídolo de um clube como o São Paulo. Ainda não acredito que sou tudo isso, mais fico feliz de fazer parte dessa turma e de a torcida me reconhecer desta forma”, concluiu.
Tem que tirar o nome do Cafu dessa calçada.