Sete jogos, sete vitórias. Esse é o aproveitamento do São Paulo quando tem seu quarteto ofensivo atuando desde o início. Graças ao desempenho de Ganso, Kaká, Alexandre Pato e Alan Kardec, o São Paulo voltou à briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Subiu para o segundo lugar e diminuiu a diferença para o líder Cruzeiro: 46 pontos a 42. Agora, porém, chegou a hora de o Tricolor provar que também pode ser forte sem os quatro juntos.
Nos dois próximos confrontos, o ataque estará desfalcado. Nesta quarta-feira, contra o Coritiba, Kaká ficará fora por conta de suspensão. Já no clássico de domingo, contra o Corinthians, será a vez de Pato ficar ausente, já que tem contrato com o rival. Kardec, com dois amarelos, pode ser outro desfalque para domingo, caso seja advertido contra o Coxa.
Na partida em Curitiba, a mudança na parte tática será mínima, já que Michel Bastos tem as mesmas características de Kaká: velocidade e boa chegada ao ataque, sobretudo pelo lado esquerdo. Além disso, pode ajudar o setor defensivo, já que é bom marcador. Com ele, o time ganhará no potente chute de fora da área. Por outro lado, perderá na técnica e na liderança, que Kaká tem de sobra.
Já diante do Corinthians, domingo, a alteração deverá ser maior. Caso seja escolhido para substituir Pato, Luis Fabiano, que está voltando após três meses, atuará mais enfiado, recuando Alan Kardec, hoje muito produtivo como centroavante. Sendo Osvaldo ou Ademilson o escolhido, a velocidade pelos lados aumenta, mas sem a técnica, a categoria e, sobretudo, a presença de área de Pato. Já Michel Bastos deixaria a equipe com três meias e só Kardec centralizado.
O desempenho do São Paulo sem o quarteto em campo desde o início, após a chegada de Kaká, é ruim. Duas vitórias, dois empates e duas derrotas. Mas, na visão dos jogadores, o Tricolor tem elenco suficiente para ser forte mesmo com o desfalque no ataque.
– Acima de tudo, somos um time. Vivemos um bom momento e precisamos da vitória contra o Coritiba. Nosso grupo já provou que tem capacidade – disse Alan Kardec.
– Nosso coletivo está fazendo a diferença. Lá na frente temos Kaká, Ganso, Pato e Alan Kardec para resolver, eles que fazem os gols, por isso falam muito deles. Mas há os zagueiros, laterais e volantes por trás. É assim que se faz um time – analisou o zagueiro Edson Silva.
Os resultados mostram que o São Paulo está dependente de seu quarteto ofensivo. Agora, o time tem dois jogos para mostrar que sabe jogar sem ele e pode seguir na caça do líder Cruzeiro.
Fonte: G lobo Esporte